Você está na página 1de 19

Na camada de mistura do oceano (~100

primeiros metros)

• Fluxos de calor
• Evaporação Temperatura
• Chuva
• Descarga de rios e
• Congelamento Salinidade
• Derretimento de gelo
Então o que é que vai modificar a salinidade
abaixo dos 100 metros de profundidade?

• É a mistura de massas de água. E é através das características T-S


que se pode seguir uma massa de água.

• As características T-S das águas profundas são adquiridas à


superfície em zonas delimitadas do oceano por interação com a
atmosfera.

• Perdido o contato direto com esta, as águas só variam as suas


características T-S por difusão (molecular ou turbulenta), variando
portanto gradualmente.
Se a água da superfície
Guarda informações da
afunda no oceano
proporção entre T e S
profundo

A distribuição de Necessitamos então conhecer


densidade é relacionada a a distribuição de T, S e P
distribuição do gradiente
horizontal de pressão e
correntes
Salinidade
Em 1 quilograma de água do mar há, em média, 35 gramas de compostos
dissolvidos, chamados sais inorgânicos, ou seja, 96,5% da água do mar é
constituída de água pura e 3,5% de sais.

Definição mais simples: Salinidade é definida como a quantidade de material


dissolvido (em gramas) em um quilograma de água do mar. Grandeza
adimensional (gramas de sal por quilogramas de solução  ‰)
Salinidade

A definição mais simplista não é útil: i) material dissolvido é


praticamente impossível de se medir na prática e ii) ao
secarmos a água do mar, cloretos por exemplo, são
evaporados

Definição mais completa (1902): “quantidade total de


materiais sólidos (em gramas) dissolvidos em 1 quilograma
de água do mar quando todos os carbonatos forem
convertidos em óxidos, os brometos e iodetos substituídos
por cloretos e quando todo o material orgânico for totalmente
oxidado”
Pelas dificuldades de se aplicar esta definição mais completa, definiu-se:

Salinidade baseada na clorinidade: baseado no principio da


proporcionalidade dos sais dissolvidos na água do mar e considerando-
se que a clorinidade pode ser medida com precisão por técnicas de
análise química simples S = 0,03 + 1,805Cl (1902)
Onde clorinidade, Cl.

1969, a UNESCO (United Nations Scientific Education and Cultural


Organization) definiu --> A proporção entre os íons na água do mar
apresenta uma razão constante, independente da salinidade. Com isto, a
salinidade pode ser avaliada, por métodos químicos, através dos
cloretos (íon de maior concentração)
Salinidade Absoluta  S = 1,80655Cl
1978  Salinidade baseada na condutividade: adotada como uma forma
alternativa de se medir a salinidade, onde C(35,15,0) é definido como a
condutividade da água do mar padrão “Copenhagen” e C(S,15,0) a
condutividade de uma dada amostra de água do mar a 15°C e pressão
atmosférica a 1atm.

Salinidade Prática

2
S = 0,08996 + 28,29729R 15 + 12.80832 R 15
3 4 5
- 10,67869R 15 + 5,98624R 15 - 1,32311R 15

C ( S ,15,0)
R15 =
C (35,15,0)
Distribuição horizontal
MAR VERMELHO
(SALINIDADE=40),
devido a excessiva
evaporação,
Mar Báltico
(SALINIDADE=20),
devido a grande
descarga de água
doce.

Distribuição superficial da salinidade (anual)


Processos que afetam a salinidade da água do mar

Processos que causam diminuição da salinidade na água do mar

 Precipitação
 Runoff
 Derretimento de icebergs
 Spray marinho

Processos que causam aumento da salinidade na água do mar

 Formação de gelo
 Evaporação
Distribuição latitudinal
• Ver animação
Distribuição vertical
9.5º N, 176.3E
Warm Pool
Oeste do Pacífico
 Camada de mistura: Tropical 12/3/89
T e S são
aproximadamente
constantes (100-200 m)

62.0º S, 31.8º N, 64.1º W


170.0º E Bermudas
Antartic 17/4 e 10/9/90
Circumpolar
Current
AAC
 Termoclina, 16/1/69
haloclina e picnoclina:
T, S e ρ apresentam
fortes gradientes
verticais (até 1500-2000
m)

modificado de Stewart (2008)


Variação da salinidade à superfície
ALTAS LATITUDES TEM BAIXA SALINIDADE SUP.
 Alta precipitação e runoff
 Baixa evaporação

TRÓPICOS TEM ALTA SALINIDADE SUP.


 Alta evaporação
 Baixa precipitação

EQUADOR APRESENTA UMA ELEVAÇÃO EM


REALAÇÃO AOS POLOS PORÉM A SALINIDADE SUP.
É MAIS BAIXA QUE NOS TRÓPICOS
 Alta precipitação compensa as altas evaporações
Temperatura
• Diferente da salinidade, a temperatura da água
do mar varia em grande extensão, seja
horizontal ou vertical na coluna dágua.

• Para muitos propósitos, T e S não podem ser


tratadas separadamente:
▫ A S afeta a T na qual a água do mar congela
▫ T e S identificam massas dágua e sistemas de
correntes
Distribuição superficial da temperatura
(anual)
• A temperatura superficial dos oceanos está
relacionada com a latitude

Na superfície a
variação anual da
temperatura é de
apenas 1º C próximo
ao equador e,
conforme o
hemisfério, de 5,5º a
10º C aos 40º de
latitude.
• Ver animação
Distribuição vertical
A temperatura da coluna dágua geralmente decresce com a profundidade
em pequenas e médias latitudes
Devido a rápida transferência de calor na região superficial, cria-se uma
camada isotérmica. Essa região, geralmente situa-se até cerca de 500m de
profundidade e é denominada de camada de mistura.
Separando a região superficial definida como
camada de mistura de uma região de
características intermediárias (água central),
encontra-se a termoclina sazonal.

Separando a região superficial aquecida


pelo Sol e as águas frias e profundas,
encontra-se a termoclina principal.
Termoclina sazonal
• Em latitudes baixas e médias pode-
se originar uma termoclina sazonal
causada pelo grande aumento da
temperatura nas águas superficiais
nos meses mais quentes do ano.
• T e S constantes na CM (10 – 200 m
espessura nas lat. Tropicais e
médias)
• A T e profundiade da CM varia de
dia para dia e de estação para
estação em resposta a:
▫ Fluxos de calor Evolução da camada de mistura e termoclina
sazonal de Nov/89 a Set/90, a 31.8º N 64.1º
▫ Turbulência misturando o calor para W (Stewart, 2008)
baixo.
Termoclina sazonal

Você também pode gostar