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Engº Afonso H Manta

CURSO SOBRE SISTEMAS DE


CLIMATIZAÇÃO EM SALAS LIMPAS – P9
(Clean Rooms)

2010
Teste de vazamento de filtros HEPA e ULPA

 Este teste visa a verificação da integridade física e de montagem


destes filtros, responsáveis finais pela função do sistema.
A realização do teste consiste na introdução de um aerossol pelo lado
sujo do filtro, com varredura pelo lado limpo. Este aerossol é gerado pelo
insuflamento de ar comprimido limpo e seco (ou outro gás inerte),
através de um bico pulverizador tipo Laskin, pulverizando um líquido em
pequenas gotículas. O líquido usado em temperatura ambiente, é o
dioctylphtalato (DOP) ou uma alternativa pré-definida entre as partes.

 Quando gerado por DOP e bico Laskin, o aerossol produzido tem a


seguinte distribuição aproximada (em peso), medida por dispersão de
luz, dos tamanhos médios de gotículas:
 menores que 3,0 mm (99%)
 menores que 1,5 mm (95%)
 menores que 1,0 mm (92%)
 menores que 0,72 mm (50%)
 menores que 0,45 mm (25%)
 menores que 0,35 mm (10%)
Fotômetro Geradores de Aerossol

The test parameters for Percent Penetration, Filter Resistance, and Filter Test Flow are shown
on individual digital display panels. All three test parameters have individually adjustable alarm
set points which are continuously monitored by the microprocessor. Should a parameter
exceed its set point, the FAIL light will illuminate and the parameter's digital display will flash.
Testing will not be permitted until the alarm is reset.
The microprocessor self-checks the system during operation and the FAULT light alerts the
operator to any system faults. The specific problem causing the fault is identified on the VF
display. The near monodispersed aerosol is also microprocessor controlled, allowing fully
automatic, unattended operation when integrated into an automated production line.
The new TDA-100P Automatic Filter Tester is housed in a compact, tabletop cabinet which
features an ergonomic front control panel. The TDA-100P has new safety features on its test
fixture that can be configured to accommodate any canister filter manufactured today or in the
future. An RS-232 port and user interface on the TDA-100P give the capability of data
collection for SPC purposes and control of the machine by remote PC.
Método de teste de varredura com gerador de aerossol e
fotômetro
Este método deve ser limitado a sistemas de SL’s com pequenos volumes
de ar.
A concentração básica de aerossol adequada, gira em torno de 10 μg / L de
ar (3x1010 gotas / m³ de ar, quando a mistura é gerada por bicos de Laskin).
O aerossol será introduzido à montante do filtro em teste, através do
gerador de aerossol, o qual poderá possuir meios próprios de geração da
mistura (ar + aerossol) já nas condições necessárias ou necessitar de ar
comprimido para este fim (dependendo do modelo empregado).

 Alguns critérios adotam a aplicação do aerossol na aspiração do


ventilador, de forma que o fluxo de teste seja estabelecido pela própria
vazão do sistema. Preferencialmente não adotaremos este critério, pois
o mesmo envolve alguns inconvenientes, como o contato (e possível
resíduo) de aerossol com as pás do ventilador, além de atingir ao
mesmo tempo, todos os filtros do sistema, o que torna a varredura
impraticável. A verificação da integridade dos filtros, será realizada com
a varredura pelo fotômetro, efetuada à jusante do filtro.
O critérios de aceitação, estabelece que concentrações de aerossol
menores que 0,01%(penetração padrão) serão aceitáveis.
 Para valores superiores a este limite, constata-se a existência de
vazamentos, os quais poderão ser reparados por métodos pré-
acordados entre usuário e fabricante, desde que a área reparada não
exceda a 3% da área do filtro e que a dimensão do reparo não
exceda a 3,8 cm. Após a realização dos reparos, repetir o
procedimento.
Para maiores detalhes sobre procedimentos, consultar a SBCC-RN-
005-97 (Recomendação Normativa 005 da SBCC – Testes em áreas
Limpas).

 Outro Critério

 Testes de varredura com contador de partículas e fonte alternativa


de aerossol (PSL – Polystyrene Látex Spheres ou poeira de sílica).
Vide SBCC-RN-005-97 e “Procedural Standards for Certified Testing
of Cleanrooms – NEBB (National Environment Balancing Bureau).
Contagem de partículas em suspensão no ar

O objetivo deste teste é comprovar que as condições pré-definidas de


pureza da SL, foram alcançadas, nas situações “ as built”,“at rest” e
“operation” (“como construída”, “em repouso” e “em operação”).
Emprega-se para o teste, um contador de partículas, com capacidade
adequada ao menor tamanho de partícula, definido para a classe da SL.
Entretanto, a partir de um comum e prévio acordo entre as partes, poderão
ser verificadas partículas menores que aquelas definidas para a respectiva
classe, a título informativo.
Contador de Partículas de Mão Contador de Partículas de Mesa

 Procedimento de Teste
Em primeiro lugar, antes do procedimento propriamente dito, deveremos
nos certificar sobre as condições de funcionamento regular de todos os
componentes do sistema, em conformidade com os parâmetros definidos
por ocasião da definição e concepção do projeto. Satisfeita esta condição
fundamental, poderemos então dar continuidade ao teste em si.
Observemos os seguintes aspectos:

• Mapeamento do plano de trabalho


Esta atividade constitui-se na determinação dos pontos de amostragem
para o teste, a qual será dada em função da classe da SL, da
confiabilidade desejada, da área envolvida e do fluxo implantado.
A tabela abaixo apresenta uma sugestão de escolha do nº de pontos a
serem verificados:
Determinação do Nº de Pontos de Tomadas de Amostras – Fluxo
Turbulento
O nº mínimo de pontos será dado pela seguinte expressão:
Determinação do Volume Mínimo de Amostra de Ar (MSV)
Para cada diâmetro de partículas da classe em análise, o volume mínimo
de ar ou MSV (Minimum Sampling Volume), será tal que pelo menos 20
partículas sejam detectadas no limite da classe.
Ex.: Classe 10 (M2,5) ⇒
partículas de ∅ 0,1μm ⇒ 350 partículas / ft³
MSV = 20 / 350 = 0,057 ft³
partículas de ∅ 0,2μm ⇒ 75 partículas / ft³
MSV = 20 / 75 = 0,266 ft³
partículas de ∅ 0,3μm ⇒ 30 partículas / ft³
MSV = 20 / 30 = 0,66 ft³
partículas de ∅ 0,5μm ⇒ 10 partículas / ft³
MSV = 20 / 10 = 2 ft³
Relatório de Contagem de Partículas em Suspensão no Ar
O Relatório deverá ser composto pelas seguintes informações:
 Mapeamento da área a ser testada, com identificação de cada malha
de medição considerada;
 Identificação das malhas empregadas como pontos de medição;
 Faixa de tamanhos de partículas com os respectivos quantitativos
medidos para cada ponto;
 Volume de ar amostrado;
 Horário das medições;
 Identificação do executante e fiscalização;
 Observações gerais sobre as condições de realização dos testes.
Aceitação do Teste de Contagem de Partículas

A aceitação do teste dar-se-á quanto ao atendimento da classe de


limpeza da SL, satisfazendo-se as seguintes condições,
cumulativamente:

♦ A média da concentração de partículas em cada malha de medição for


≤ ao limite da classe;

♦ A média das médias, considerando o limite de confiança de 95%, for ≤


ao limite da classe.

Observar que a classificação da SL poderá ser realizada nas diversas


fases de operação (condição do ambiente).

Deve-se também ter em mente que, conforme a aplicação da SL,


condições particulares de testes e de aceitação poderão ser
estabelecidas entre as partes, o que deverá ocorrer previamente, por
ocasião da contratação.
Teste de paralelismo do fluxo de ar
Este teste aplica-se exclusivamente, aos sistemas com fluxo de ar
unidirecional. Tem por objetivo comprovar que o fluxo caracterizado na
SL é realmente unidirecional em toda a SL e comprovar a capacidade
de limitação da dispersão de partículas geradas internamente. Este
teste só deverá ser realizado após a aceitação dos testes anteriores.
GERADORES DE FUMAÇA PARA TESTE
O teste é realizado em conformidade com o desenho esquemático acima
ilustrado, empregando algum dos tipos de geradores de fumaça
apresentados, ou outro previamente definido entre as partes
contratantes.
A aceitação do teste ocorrerá para desvios de paralelismo ≤ 14°, tanto
em fluxos verticais, como horizontais.

Teste de infiltração por indução


Este teste só apresenta sentido prático em SL’s de classes ≤ 100 e
submetidos à pressão negativa ( o que raramente ocorre). A ocorrência
de ambas situações é tão efêmera que não vale à pena uma perda de
tempo acerca da descrição do teste e suas características. Vide Norma
SBCC-RN-005-97, trata do assunto em detalhes.
Teste de recuperação
Este teste tem por finalidade caracterizar a capacidade de recuperação
da SL, de uma situação de desafio em que ocorre uma concentração de
partículas acima do limite permitido, até a obtenção de concentrações
satisfatórias. O parâmetro de verificação neste caso, é o tempo
transcorrido entre a situação de desafio (término da introdução de
aerossol ou fumaça no recinto), até o instante em que se comprove o
restabelecimento da condição ideal da SL.
Este teste só apresenta sentido em SL’s com fluxos turbulentos, tendo-se
em conta que em fluxos unidirecionais, a recuperação ocorreria quase
que instantaneamente.

O procedimento de teste será como a seguir:


 Com um contador de partículas (vazão mínima de 1 cfm e
sensibilidade para detecção de partículas ≤ 0,5 μm), medir a
quantidade de partículas na saída do ar de retorno da SL. Gerar
fumaça na entrada de ar da SL, até que a contagem de partículas na
saída (retorno), esteja substancialmente acima da concentração
definida para a condição operacional “at rest”. Desligar o gerador de
fumaça e iniciar neste instante a contagem de tempo.
Registrar junto ao ponto de retorno de ar, a contagem de partículas,
por um período de 6 (seis) segundos a cada minuto transcorrido, até que
a concentração retorne à contagem efetuada inicialmente, anotando-se
o tempo transcorrido. O tempo que servirá de parâmetro para a
aceitação deste teste deverá ser acordada entre as partes contratantes.
Contudo, uma recomendação prática, indica que um tempo entre 15 e
20 minutos representa uma boa condição de análise e que confere boas
características ao sistema implantado.

 Contagem de partículas sedimentadas

As partículas maiores que 5 μm apresentam uma tendência natural à


sedimentação, não sendo facilmente detectadas pelos contadores
óticos, Estas partículas ficarão sedimentadas sobre os equipamentos e
mobiliário da SL, podendo vir a causar problemas operacionais,
dependendo da aplicação.

Torna-se então importante definirmos a situação na qual a SL


encontra-se quanto a estas partículas, muito embora estas não sejam
consideradas na classificação do ambiente.
O teste consiste em deixar-se que estas “grandes partículas”
sedimentem-se sobre placas de teste, as quais serão avaliadas para
determinação da taxa de deposição de partículas.
A escolha dos instrumentos a serem aplicados deverá ser efetuada em
comum acordo entre as partes contratantes, bem como em função da
expectativa de partículas a serem encontradas.

O procedimento de teste de contagem de partículas sedimentadas,


deverá seguir o procedimento abaixo:

Verificar que todos os componentes do sistema da SL estejam


completos e em funcionamento conforme as exigências da classe e da
condição operacional da SL.
 Estabelecer um mapeamento dos pontos de teste, o que será objeto
de comum acordo entre as partes contratantes, satisfazendo às
necessidades de utilização do ambiente.

 Especificar o método de identificação de cada placa de teste.

Determinar e registrar o valor de contagem de fundo de cada placa de


teste, em termos de número médio de partículas por centímetro
quadrado(dado através do número total de partículas, dividido pela área
total da placa de teste, em centímetro quadrados).

 Adicionalmente às placas de teste definidas pelo nº de pontos a serem


testados, deverão ser preparadas também, em nº mínimo de três
unidades, placas de controle, as quais deverão ser manuseadas como
as demais, sem entretanto serem expostas ao ambiente de teste.

Colocar todas as placas de teste (incluindo as de controle), num


recipiente limpo, apto ao transporte até o local de realização dos testes
na SL.
Colocar cada placa de teste sobre uma superfície horizontal, evitando-
se a ocorrência de cargas eletrostáticas. Destampar as placas de teste
(exceto as de controle), imediatamente antes de coloca-las sobre a
superfície a ser testada.

 Abrir as placas de controle, coloca-las sobre a superfície suporte,


fechando-as logo em seguida para remessa de contagem de partículas,
simulando a condição de partículas adicionadas pela manipulação.

 Deixar as placas de teste expostas no ambiente por um período de 4


horas (no mínimo). Caso este tempo não seja satisfatório em termos de
obtenção de uma amostragem significativa (estatisticamente), o mesmo
deverá ser elevado de maneira a obter-se uma condição adequada ao
propósito.

 Colocar no mínimo, três placas de teste em cada ponto.


Relatório de contagem de partículas depositadas

 Calcular e relatar a taxa de deposição de partículas, conforme a


seguir:

1. determinar o nº de partículas por cm², adicionado em cada placa de


controle = , onde:

AC = nº partículas depois da contagem.


BC = nº partículas antes da contagem.
ACW = área da placa de controle em cm².

2. determinar a média aritmética das partículas adicionadas às placas


de controle (ACA).
3. determinar o nº corrigido de partículas / cm², adicionadas em cada
uma
das placas de teste, que será dado por:

NP = número corrigido de partículas adicionadas / cm².


ATW = área das placas de teste em cm².

4. obter a taxa de deposição de partículas normalizada (partículas /


cm².h), através da divisão do valor NP pelo nº total de horas de teste.

5. registrar todas as medidas individuais, de forma a obter-se a


contagem média em cada ponto do mapeamento.

Aceitação dos testes


Os parâmetros de aceitação deverão ser previamente definidos entre as
partes contratantes.

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