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Fundamentos dos Materiais de Construção

2 – Estrutura atômica e ligações interatômicas

Universidade Federal de Santa Maria – UFSM


Departamento de Engenharia Mecânica – DEM
Curso de Engenharia de Produção
ONDE ESTAMOS?

Aulas Datas Tema da aula


Aula 1 12-mar-19 1.0 Apresentação da disciplina/ 1.1 Introdução ao estudo dos materiais.
Aula 2 14-mar-19 1.1 Introdução ao estudo dos materiais.
Aula 3 17-mar-19
2 Estrutura atômica e ligações interatômicas.
Aula 4 21-mar-19
Aula 5 26-mar-19
Aula 6 28-mar-19 3 Estrutura dos sólidos cristalinos.
Aula 7 27-mar-19
Aula 8 2-abr-19 4 Imperfeições nos sólidos cristalinos.
Aula 9 4-abr-19 5 Solidificações dos metais e ligas.
Aula 10 9-abr-19 6 Difusão em sólidos.
Aula 11 11-abr-19
7 Propriedades mecânicas dos materiais.
Aula 12 16-abr-19
Aula 13 18-abr-19
8 Discordância e mecanismos de aumento de resistência.
Aula 14 19-abr-19
Aula 15 23-abr-19
Aula 16 25-abr-19 9 Diagrama de fases.
Aula 17 30-abr-19
Aula 18 2-mai-19
Aula 19 7-mai-19 10 Transformações de fases.
Aula 20 9-mai-19
Aula 21 14-mai-19 1ª Prova (tópicos 1 a 10)
ROTEIRO DA AULA

• Introdução.
• Estrutura atômica.
• Ligações atômicas nos átomos.
OBJETIVOS DO TÓPICO 2

• Identificar os dois modelos atômicos apresentados e entender


suas diferenças.
• Descrever o princípio quântico-mecânico que está relacionado
às energias dos elétrons.
• Descrever de forma sucinta as ligações iônica, covalente,
metálica, e de van der Waals.
• Identificar quais materiais exibem cada um dos tipos de ligações
citadas anteriormente.
INTRODUÇÃO

Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 16.
INTRODUÇÃO

• Exemplo: diamante x grafite


ESTRUTURA ATÔMICA

• Conceitos fundamentais – o átomo:


 Número atômico (Z): número de prótons (neutralidade = número de elétrons).
 Massa atômica (A)  soma da massa de prótons e nêutrons (A  Z + N).
 Isótopos: diferentes massas atômicas.
 Peso atômico: média ponderada da massa dos isótopos. Elétrons (-)
-1,6 x 10-19 C
9,11 x 10-31 kg
Prótons (+)
+1,6 x 10-19 C
1,67 x 10-27 kg
Nêutrons (N)
1,67 x 10-27 kg
ESTRUTURA ATÔMICA

• Conceitos fundamentais – modelos atômicos:


 Modelo de Bohr.
− Energia dos elétrons é quantizada (valores específicos).
− Salto quântico → mudança da energia do elétron.
− Níveis ou estados de energia.
− Não explica alguns fenômenos.

Modelo planetário
Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 18 .
ESTRUTURA ATÔMICA

• Conceitos fundamentais – modelos atômicos:


 Modelo mecânico-ondulatório → probabilidade do átomo estar na posição.

Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 20.
ESTRUTURA ATÔMICA

• Números quânticos: Princípio da exclusão de Pauli


 n, l, ml, ms → determina o tamanho a forma e a orientação da nuvem.
Momento de spin

Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 20.
ESTRUTURA ATÔMICA

Fonte: https://www.slideshare.net/DeividPrates/cincia-eengenhariadosmateriais, slide 19.


ESTRUTURA ATÔMICA

• Nem todos os átomos tem os níveis energéticos completos.


• Estado fundamental (todos os e- ocupam as menores energias possíveis).
• Transições eletrônicas para estados de maior energia.
• Configuração eletrônica (ocupação dos estados energéticos).
• Elétrons de valência (ocupam a camada mais externa).
• Configuração eletrônicas estáveis (ganha ou perde e-).
ESTRUTURA ATÔMICA

Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 22 e 23.
ESTRUTURA ATÔMICA

• A tabela periódica:
 Colunas  relacionadas com a Valência (propriedades semelhantes).

Gases Inertes
Doa 1e

Aceita 1e
Aceita 2e
Doa 2e
Doa 3e

H He
Li Be O F Ne
Na Mg S Cl Ar
K Ca Sc Se Br Kr
Rb Sr Y Te I Xe
Cs Ba Po At Rn
Fr Ra
Elementos eletropositivos: Elementos eletronegativos:
Doam elétrons para se tornar íons +. Recebem elétrons para se tornar íons -
Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 24.
ESTRUTURA ATÔMICA

• A tabela periódica: eletronegatividade.


 Gama de 0,7 a 4.
 Valores elevados: Tendência de receber elétrons.

Menor eletronegatividade. Maior eletronegatividade

Metal → eletropositivo → cede elétrons

Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 24.
ESTRUTURA ATÔMICA

• A tabela periódica: eletronegatividade.

Fonte: http://www.cienciadosmateriais.org/index.php?acao=exibir&cap=2&top=209 .
LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS
SÓLIDOS

• Forças de energias de ligação:


 Propriedades → forças interatômicas.
 Aproximação → forças atrativas e repulsivas.
 Equilíbrio com F=0 ou E=min.

Energia de ligação entre os átomos

Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 25.
LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS
SÓLIDOS

• Tipos (ligações primárias – químicas):


 Iônicas.
 Covalentes
 Metálicas.
• A ligação envolve os elétrons de valência.
• Depende da estrutura eletrônica dos elementos.
• Ligações secundárias (físicas – mais fracas).
LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS
SÓLIDOS

• Ligações primárias (ligações iônicas):


 Um átomo sede um elétron e o outro recebe.
 É a ligação predominante nos cerâmicos.
 Energia de ligação elevada (600 a 1500 kJ/mol).
 Temperaturas de fusão elevadas.
 Materiais duros e quebradiços.
 Isolante térmico e elétrico.
 Não direcional.
LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS
SÓLIDOS

• Ligações primárias (ligações iônicas):


 Exemplo do NaCl.

Na (metal) Cl (não metal)


Instável Instável
elétron

Na (cátion)
Estável + Atração
- Cl (ânion)
Estável
Columbiana

Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 27.
LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS
SÓLIDOS

• Ligações primárias (ligações covalentes):


 Um átomo compartilha elétrons com outro átomo adjacente.
 Ex: H2O, HCl, Cl2, H2, diamante, Si, etc.
 Podem ser forte (diamante: 713 kJ/mol) ou fracas (bismuto: 450 kJ/mol).
 Número de ligações covalentes (8-N’).
 Direcional.
 Nenhuma ligação é 100% iônica ou covalente (posição e eletronegatividade).
 Principal tipo de ligação entre os materiais poliméricos.
LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS
SÓLIDOS

• Ligações primárias (ligações covalentes):

Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 28.
LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS
SÓLIDOS

• Ligações primárias (ligações iônicas vs ligações covalentes):

Fonte: http://www.cienciadosmateriais.org/index.php?acao=exibir&cap=2&top=203.
LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS
SÓLIDOS

• Ligações primárias (ligações metálicas):


 Elétrons de valência não se ligam à elétrons de outros átomos.
 Núcleos iônicos.
 Ligação pode ser fraca (Hg, Sn) ou forte (W) (68 a 849 kJ/mol).
 Elétrons livres mantém os núcleos iônicos colados.
 Não direcional.
 Ligação existente nos materiais metálicos.

Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 29.
LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS
SÓLIDOS

• Ligações primárias (ligações metálicas):

Fonte: http://www.cienciadosmateriais.org/index.php?acao=exibir&cap=2&top=213.
LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS
SÓLIDOS

• Ligações secundárias ou ligações de Van der Waals.


 Fracas comparadas as ligações primárias (10 kJ/mol).
 Existe em todo átomo ou molécula (pequena quando comparada às primárias).
 Força de ligação surge a partir de um dipolo elétrico.

Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 29.
LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS
SÓLIDOS

• Ligações secundárias ou ligações de Van der Waals.


 Dipolo Induzido Flutuante:
(ex: gases raros, H2 e Cl2)

 Dipolo Induzido – moléculas polares:


(mais intensa que a flutuante)

 Dipolo permanente:
Mais forte (ponte de Hidrogênio)

Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 31.
LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS
SÓLIDOS

• Ligações secundárias:

Fonte: http://www.cienciadosmateriais.org/index.php?acao=exibir&cap=2&top=33.
LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS
SÓLIDOS

• Ligações (exemplos):

Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 28.
LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS
SÓLIDOS

• Ligações e os materiais:

Fonte: Shackelford, J. F.. Ciência dos materiais. 6ª ed. São Paulo: Editora Pearson, 2008, Pág. 38.
LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS
SÓLIDOS

• Estudos de caso:

Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 32.
LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS
SÓLIDOS

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=molecula-individual-fotografada&
O QUE É IMPORTANTE
LEMBRAR?

• Tipo de ligação atômica influencia nas propriedades.


• Elétrons de valência são fundamentais para formação de ligações.
• Os três tipos de ligações e suas características.
• Existência das ligações secundárias e sua importância.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS

• CALISTER, W.D.; RETHWISCH, D.G. Ciência e


engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed.
São Paulo: Editora LTC, 2012.
►Capítulo 2 – Estrutura atômica e ligação interatômica.
→ Páginas: 16 – 32.

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