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Vitorio de Sanzio

Clã: Giovanni
Senhor: Enzo Havalov
Natureza: Autocrata
Comportamento: Diretor
Geração: 10ª
Nascimento: 1814
Abraço: 1827
Idade Aparente: 13
Idade como vampiro: 201
Descrição física: aproximadamente 165 cm de altura, 60 kilos, cabelos negros
compridos, olhos verdes acinzentados.

Vitorio de Sanzio nasceu em Valáquia, província da Romênia situada ao


norte do rio Danúbio e ao sul da Transilvânia, nas terras da Europa Oriental, na próspera
família “de Sanzio”, em 16 de fevereiro de 1814. Filho de Tristan de Sanzio e Helena G.
Himmer. Teve uma infância normal, pais presentes e dedicados, conheceu todas as
vantagens de um nascimento nobre, boa educação, genialidade em tenra idade e fortes
amizades. Tristan foi um comerciante de grande poder e fortuna, enquanto Helena, dona
de casa dedicada.

Já em idade escolar, Helena e Tristan tentaram matricular Vitorio num


colégio interno católico, o Cardeal Lucian Mureşan, lá, depois de uma extensa prova, o
jovem Vitorio entrou numa lista de espera. Depois de algumas semanas, era aceito.

Selada a aceitação, Hargos Andersen, Monsenhor renomado em Bucareste,


acabara por visitar a família “de Sanzio” numa cinzenta manhã de domingo. O sacerdote
explicava às vantagens de ter um filho no colégio Cardeal Lucian Mureşan, assim como
todos os benefícios futuros. Com muito pesar, Tristan abraça Vitorio e o liberta,
permitindo que vá. Helena, sorridente, acreditava muito no potencial do filho, dando um
beijo na testa do garoto acompanhada de uma bênção. Assim, Hargos Andersen levava
Vitorio de Sanzio para longe da família.

A estada no Colégio Cardeal Lucian Mureşan foi tranqüila e próspera. Até


seus 10 anos, tudo era normal. Era possível sempre encontra-lo nas bibliotecas
estudando os mais variados assuntos. Medicina sempre o atraiu. Fisicamente, Vitorio
nunca fora uma criança forte, por esse motivo, obrigou-se a ser uma criatura de mente
afiada. Porém, numa noite chuvosa, o jovem Vitorio estava ofegante, pressentia algo
ruim. Os clarões dos relâmpagos iluminavam o tenebroso quarto de Hargos, enquanto
isso ouvia gritos no saguão principal do colégio. Visões inundavam sua mente. Sem
nexo. Em seguida, um som forte e a porta do quarto era destroçada. Dor. Uma forte
pancada na nuca o apagava.

Depois desse evento, as memórias dele ficavam confusas, cheias de lacunas


e brechas, ele não entendia muito bem. Finalmente terminava o ensino fundamental,
encerrando este ciclo no colégio. Hargos Andersen desejava muito conversar, mas, por
algum motivo escuso, Vitorio evitava essa conversa, indo embora do colégio sem se
despedir. No fundo, odiava esse local, mesmo não entendendo o motivo.
Finalmente voltaria para casa. Mesmo passando as férias de verão com a
família, nunca era o bastante. A saudade era tamanha que, sempre quando deixava a
casa dos pais, Vitorio chorava muito. Contudo, fazia dois anos que não passava algum
tempo com a família. Chegando a casa, percebia que tudo estava diferente, a residência
estava reformada, mais bonita.

...

- Não adianta. Sua mãe cometeu suicídio, teu pai ficou depressivo, vendeu a
casa e isolou-se em Constança – afirma uma estranha voz masculina, vinda das costas
de Vitorio.

- Quem é o senhor? – indaga Vitorio, arregalando os olhos e nitidamente


perturbado.

- Você é a contemplação perfeita para minhas futuras formas, só com você


alcançarei a iluminação. Venha comigo, nobre Vitorio de Sanzio, só assim descobrirá a
verdade por detrás do véu – respondeu o misterioso interlocutor.

- Onde... Estão... Os meus pais! Não tenho tempo para bêbados drogados! –
brada Vitorio, virando-se em direção a voz e, surpreendentemente, nada encontrava.

- Estou aqui, atrás de você. Calma, sua ira de nada adiantará. Antes que bufe
novamente, tudo que lhe contei é verdade e, para mostrar veracidade, estive presente
naquela noite de relâmpagos. Eu acertei tua nuca. Vai vir comigo ou precisarei ser mais
áspero?

Sem escolha, Vitorio seguia o estranho homem. O nome dele era Hyev
Ritra, nobre romeno. Na realidade, um influente ancião Tzimisce. Vitorio passou um
ano aos cuidados de Hyev como carniçal, aprendendo sobre a maldição do vampirismo,
as lendas de Caim e Abel, sobre as seitas Camarilla e Sabá e o mundo das trevas.

Descobriu, também, que a própria mente estava alterada. Por algum motivo
desconhecido, descobriu que era torturado em Cardeal Lucian Mureşan. Qual seria o
motivo disso? Vitorio nunca descobriu. Os torturadores sempre falavam numa língua
desconhecida, como se Vitorio fosse algo muito ruim, contudo, não poderia ser morto.
Eis o mistério que nunca descobriu.

Porém, nunca esquecera o desejo de reencontrar o pai, muito menos em


saber o que acontecera verdadeiramente com a mãe, Helena. Hyev não permitia
sentimentalismo e, pouco a pouco, matava a humanidade de Vitorio. O ancião tinha
planos grandiosos, contudo, estranhamente, não poderia “forçar” o jovem Vitorio a
nada. Ele necessitava de um “sim”.

Já com 13 anos, levemente esclarecido sobre o mundo das trevas, sentia


mais repulsa sobre a bizarra aparência de Hyev. O relacionamento entre eles era tenso,
ele insistia no “sim”, mesmo não explicando o real propósito para Vitorio. Ele dizia
“não” ao “mestre”, finalmente.
-“Não?” – indaga Hyev, irônico.

- Não. Você tirou tudo que eu tinha, moldou-me como quis. Graças a você,
seu sangue e seus poderes, jamais sairei desse corpo infantil. Não sou um fantoche,
Hyev. Mate-me se assim desejar, já que é o único método que conhece, tenho... –
Vitorio era interrompido, levando um tapa na face e caindo ao chão.

- Cale-se, criança tola. Matá-lo? Nunca daria tal presente por tua insolência.
Farei algo muito melhor.

...

O castelo de Hyev era invadido por um único homem, que passava por
diversos carniçais estranhos e proteções grotescas. Enzo Havalov era o nome dele, um
cainita poderoso. Era belo, cabelos prateados e longos, olhos azuis e rosto angelical,
aparência de 25 anos, porte atlético e alto. Temperamento calmo, enigmático e literário,
ótimo instrutor, um visionário que já conhecia Vitorio de Sanzio desde o nascimento do
jovem. Havalov acompanhou o garoto sempre que podia, usando métodos quiméricos,
somados com ofuscação, para assim, não ser detectado pela Sociedade de São Leopoldo
(os verdadeiros responsáveis pelo colégio interno) e por Hyev.

- Havalov? Irmão... Vo- Você por aqui, depois de três séculos, não me
diga...

- Vitorio é meu. Entregue-o, “irmão”, e tudo ficará bem – ele sorria, falando
de forma cordial.

- Leve-o. A trupe chegou ao fim, ó desolação imperfeita, não desejo mais


vê-lo. Pegue o mortal e desapareça. Até nunca mais, Havalov.

- Até breve, Hyev.

Enzo Havalov Giovanni, doutrinou Vitorio de Sanzio como um perfeito


Giovanni. O desaparecimento da família “de Sanzio” nunca fora explicada. Êxtase, dor
e fome eram as únicas lembranças que Vitorio mantinha daquele episódio, o abraço.
Depois de tornar-se um cainita, passou a estudar com Havalov, virando seu aprendiz.
Havalov ensinou as artes do Clã para a cria: “Teu futuro é grandioso demais para se
encarcerar em pactos inócuos, você merece mais. Sem perguntas, apenas me escute, tolo
aprendiz.” O treino foi banhado por sangue, torturas e testes mentais rigorosos. Por
algum motivo, Havalov desejava blindar a vontade do aprendiz.

Vitorio não entendia os motivos de tamanhos “cuidados”, entretanto, o


Mentor era deveras rigoroso em seu treinamento, não aceitando argumentos, apenas
atos. Havalov era milionário, enquanto Vitorio, tirado da vida normal com apenas 11
anos, nada tinha. Porém, o mentor passara a Vitorio algumas ações e dinheiro para que
ele pudesse começar sua não-vida, deixando assim o neófito com alguma renda para se
virar.

Após o árduo treinamento, o mortal Vitorio de Sanzio morria. Já mais livre,


acostumava-se com a vida na cidade. Nas andanças em constantes clubes noturnos,
conhecera Arya Blythe, ficando admirado por tamanha beleza. Estranhamente lhe trazia
memórias de sua mãe. Acabou a ajudando em alguns assuntos.

Depois de vários anos freqüentando o clube noturno de Arya, Vitorio a


ajudou a solucionar um problema envolvendo uma gangue local. Vitorio nunca
perguntou como ela havia se envolvido com eles, mesmo ajudando-a de bom grado,
desejando fixar uma aliança daqui para frente, ambos se envolveram numa estranha
amizade.

Vitorio de Sanzio sente que algo de errado o acompanha desde criança,


Havalov não toca no assunto, mas, ao descobrir tudo que passou, pois teve a mente
reorganizada pelo mentor, descobrira que sofria torturas ritualísticas dos padres de
Cardeal Lucian Mureşan. Em seguida, nunca compreendera o real motivo da aparição
de Hyev e o ano que passaram juntos, o que aquele Tzimisce queria? Vitorio está aberto
as possibilidades, deseja aprender mais e mais, acumular poder e seguir os preceitos de
Enzo Havalov, ele pressente algo...

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