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NEOPLASIAS MIELOPROLIFERATIVAS - Mapeamento do exoma da Janus Kinase (JAK2/YAK2) ->

alteração de proteina transmembrana de precursores


mieloides -> aumento da atividade proliferativa.
1. INTRODUÇÃO - Mutação: substituição de aminoácidos: valina por
fenilanina.
- Surgiram os inibidores da JAK2 (drogas): Ruxolitinibe.
- Grupo de doenças hematológicas com medula hipercelular
as custas de céulas maduras associados ou não a necrose
de médula óssea.
2.1) ETIOPATOGENIA

- Linfoides aguas: leucemia linfocítica aguda


- Alterações fenotípicas, genéticas (JAK2, MPL E CALR) e
- Linfoides crônicas: leucemia linfocítica crônica, LNH, interações com meio ambiente.
linfoma Hodgkin e mieloma múltiplo.
- O padrão de hereditariedade não é mais importante, mas
até 30% pode ter história familiar.
- Mieloides agudas: leucemia mieloide aguda.
- Mieloides crônicas: leucemia mieloide crônica, neoplasias **vários eventos genéticos nos precursores mioloides que
mieloproliferativas crônicas phi (-), mielodisplasia e geram repercussão em células da linhagem mieloide. ->
mielodisplasia meieloproliferativa. interação com proteinas transmembranas. -> mutação. ->
proliferação celular.

**as agudas foram vistas nas aulas anteriores.


**iremos estudar as neoplasias mieloproliferativas crônicas
que podem ser phi – ou phi + (cromossomo Philadelphia) ->
mutação de translocação do Gene BCRABL que confere
aumento da propriedade tirosinoquinase da linhagem
granulocítica).

Doutor William: descreveu desordens mieloproliferativas ->


proliferação de precursores mieloides de células maduras.
**natureza maligna.

2. NMP Ph (-)
Policitemia Vera -> aumento do hematócrito (> 56%) e da
hemoglobina ( > 16 muher e >16,5 homem) -> aumento da
massa eritrocitária (critério maior obrigatório para
** Basicamente iremos falar de três doenças: Policitemia
diagnóstico) -> associação com mutação da JAK 2 (quase
vera, Trombocitemia essencial e Mielofibrose primária.
100% dos pacientes).
(Mioeloproliferativas clássicas).

Trombocitemia essencial -> caracterísitca essencial


- São doenças que aumentam risco de eventos trombóticos,
plaquetose acima de 450.000 persistente (cirtério
podem evoluir para mielofibrose secundária e também
diagnóstico) -> as principais mutações na imagem acima. ->
evoluir ainda para formas mais graves, as leucemias
sobrevida alta e pacientes jovens (em torno dos 20 anos). ->
agudas.
uma das causas mais importante de AVE em pacientes
jovens.
**causas de plaquetoses: infecções e anemia ferropriva.
Mielofibrose -> difícil manejo, evolução clínica mais maligna ** eritromialgia é muito comum na Trombocitemia essencial
e tratamentos pouco eficazes. -> também associada a -> dor que incomoda muito na ponta dos dedos das mãos e
mutação da JAK2 (maioria dos casos) e outras mutações dos pés.
mostradas na imagem acima.
** risco de eventos vasculares

Critérios atualizados para Policitemia Vera.


2.2) EVOLUÇÃO DA DOENÇA
- Divididos em critérios maiores e menores -> o primeiro
cirtério maior de HB ou hematócrito (aumento da massa
eritrocitária) aumentada tem que estar presente. -> segue os
- Quanto maior a carga alênica com a evolução da doença,
critérios abaixo.
maior são as chances maior atividade patológica e maior
comprometimento de sobrevida.
**quanto maior carga de JAK2, maiores são as
manifestações clínicas. (plaquetas, leucocitos, hemoglobina,
hematócrito).

2.3) CLÍNICA NMP Phi (-)

- Média de idade 61 anos (18 – 95 anos);


**pode aparecer em qualquer idade, porém comum nos
idosos.
- As manifestações clínicas comuns estão relacionadas ao
aumento da viscosidade sanguínea -> cefaleia, turvação
visual, diaforese (Síndrome Vagal), tontura, perda ponderal, **Resumindo: alteração massa eritrocitária (Hb/
prurido (65% dos pacientes com Policitemia Vera -> hematócrito), biopsia de medula óssea (panmielose) e
acontece principalmente no banho -> água morna -> mutação da Jak2 (90% dos pacientes) são critérios maiores.
aquagênico -> degranulação de mastócito), esplenomegalia Os critérios menores eritropoetina subnormal e formação de
(70%), hepatomegalia (36%), panmielose (associada a colônia eritroide endógena (sangue no meio de cultura que
policitemia vera).. cresce independente do estímulo da eritropoetina).

2.4) POLICITEMIA VERA Como diferenciar a Policitemia vera de causa secundária


(IC, DPOC, infecção) -> dosar eritropoetina -> aumentada
nas causas secundárias.

DIAGNÓSTICO POLICETEMIA VERA:

- 3 CRITÉRIOS MAIORES OU 2 CRITÉRIOS MAIORES E 1


MENOR.
**sempre ter que ter crescimento da massa eitrocitária.

- Descartar as causas secundárias de Policitemia ->


hipoxemia por causas pulmonares, cardíacas e aumento de
eritropoetina por questões renais e hepáticas.
**Dica da HORA: pacientes com plaquetoses extremas o
risco é paradoxal -> risco maior de sangramentos
TRATAMENTO
(principalmente em órgãos nobres) -> plaquetose que gera
plaquetopatia (Von Willebrand like -> alteração funcional
das plaquetas). TENHO TANTA GENTE NA SALA DE
- Evitar trombose, hemorragia e suas complicações. ATENDIMENTO QUE NÃO FUNCIONA.
- Minimizar risco de evolução -> transformar em Leucemia
aguda ou Mielofibrose.
**Inibidores da Jak2 -> Ruxolitinib -> pacientes refratários ou
- Controlar fatores de risco sistêmicos: HAS, DM, obesidade, intolerantes a Hidroxiureia, esplenomegalia grave, anemia
dislipidemia, fumo, eventos trombóticos prévios e etc. grave e não precisa o paciente ter mutação da JAK2 para se
- Idoso > 60 anos e HF (JAK2) -> risco maior. beneficiar da terapia.

**vamos classificar os pacientes de acordo com os riscos


presentes. -> exemplo abaixo para conseguirmos entender. **Interferon -> situação de refratariedade, não tolera as
outras terapias e gestantes.

2.5) TROMBOCITEMIA ESSENCIAL

- Todos os pacientes serão tratados com redução da massa - Mais comum em mulheres com incidência maior entre 50 e
eritrocitária -> SANGRIA. 70 anos.
- AAS: todos os pacientes de alto risco (baixo risco podemos **apesar de ser mais comum em idoso é a que mais
analisar). aparece em pacientes jovens das Neoplasias
- Pacientes de alto risco faremos além da sangria e mieloproliferativas.
antiagragação, também a terapia citorredutora. - Maioria em evolução assintomática.
(HIRDROXIUREIA)
- Sintomas similares a Policitemia vera.
Geral:
- Complicações: sangramento e trombose em 20% dos
1. Monitorar pacientes.
2. Sangrias
3. Aspirina
4. Terapia citorredutora
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICO
5. Inibidores de JAK2

**Objetivo da Flebotomia -> reduzir hematócrito -> < 45%


homens e < 42% mulheres. -> diminui risco ao longo do
tempo e eventos vasculares.

**Aspirina tem benefício na policitemia vera de alto risco.

**Terapia citorreductora -> HIDROXIUREIA -> pacientes


**Teoricamente há necessidade de todos os critérios
muito alto risco ou que não toleram flebotomias com
maiores.
frequência -> alto risco de trombose -> esplenomegalia
progressiva -> trombocitose acima de 1 milhão -> **Critérios menor serve para excluir outros diagnósticos.
leucocitose progressiva.

TRATAMENTO
- Sintomas de esplenomegalia: perda de apetite, dor
abdminal, perda de peso, fadiga, indisposição ..
**Classificar pacientes em risco -> de maneira geral todos
os pacientes com eventos trobóticos anterior, >60 anos, **inicialmente simula sinais e sintomas de outras neoplasias
esplenomegalia e leucocitosse extrema progressiva são de mieloproliferativas até a fase fibrótica.
auto risco. Comorbidades -> intermediário.
- Evolução ruim -> pode evoluir para leucemia aguda.

- Célula em lágrima -> dacriócitos -> comum de pacientes


com esplenomegalia.

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS

- AAS, controle dos fatores de risco (obesidade, eventos


trombóticos, dislipidemia, HAS, DM...), controle de doença
crônica, flebotomia para controlar hematocrito e citorredução
em alguns casos (descrito acima).
**Paciente baixo risco podemos observar -> não precisa
fazer citorredução.

**Aqui o tratamento conservador não é bom e o objetivo é o


transplante de medula.
**quanto mais mutações -> pior sobrevida.
Interferon quando hidroxiureia é contraindicada.
Anagrelide é benefico para reduzir plaquetas, mas eventos TRATAMENTO
tromboembólicos é feito com hidroxiureia.

- Inibidor de JAK2 -> RUXOLITINIB -> avanço no tratamento


da mielofibrose -> melhora sintomas, sobrevida e diminui
fibrose medular.
2.6) MIELOFIBROSE

- Mais rara, porém com pior prognóstico.


- Fibrose medular e hematopoiese extrameduar.
- 25% assintomáticos.
- Anemia, citopenias, reação leucoeritroblastica, trombose.
**Doenças infecciosas crônicas (TB. Calazar) podem cursar
com mielofibrose (fibrose medular).
**esplemomegalia -> pior prognóstico
**Retirar baço na mielofibrose piora a evolução da doença.

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