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comunhão.
Paulo Freire argumenta sobre a necessidade do constante diálogo crítico com os oprimidos. O
processo de libertação em comunhão se dá pelo fato de que, sozinho não é possível ao
homem alcançar os níveis mais elevados de percepção da realidade. É no diálogo que os
homens aprendem mais. A libertação do estado de opressão seria uma ação social, não
podendo, portanto, acontecer isoladamente. Pois o homem é um ser social e por isso, a
consciência e transformação do meio deveria acontecer em sociedade. No desenvolver de seu
livro, Paulo Freire procura conscientizar o docente do seu papel problematizador da realidade
do educando e de como a educação também tem um papel importante nesse processo de
busca pela liberdade. E aí para exemplificar um pouco mais essa fala eu trouxe essas duas
partes do texto que explica bem isso.
No que diz respeito à necessidade da comunhão dos homens para se libertarem, somente
quando o oprimido descobre o opressor e se compromete na luta pela sua libertação começa a
crer em si mesmo, sendo «ação cultural» para a liberdade por ser ação com o povo. A ação
libertadora como resultado da «conscientização» (p. 54) do povo traduz o carácter pedagógico
da revolução, em que o método é a própria consciência enquanto caminho para algo
apreendido com intencionalidade, em que educador e educandos numa tarefa em que ambos
são sujeitos desmistificam a realidade e criticam-na para conhecê-la recriando o
conhecimento, descobrindo-se como «refazedores» (p. 56) permanentes. P
Na medida em que esta visão “bancária” anula o poder criador dos educandos ou o
minimiza, estimulando sua ingenuidade e não sua criticidade, satisfaz aos interesses dos
opressores: para estes, o fundamental não é o desnudamento do mundo, a sua
transformação (p. 83).
O Paulo Freire faz uma crítica logo direta a chamada educação bancária. Essa educação
bancária traz a ideia de que o aluno é como se fosse uma conta bancária e o professor aquele
que deposita. Então eu tenho as moedas e deposito no cofrinho do banco, você estudante é o
cofrinho. Então ele critica essa educação onde existe um que doa e um que recebe um que fala
e um que ouve, na qual aos educandos, os recipientes, não resta outra coisa a não ser arquivar
os depósitos, memorizá-los, sem qualquer possibilidade de pensar autenticamente e de criar.
Só lhes resta se adaptar. e ele chama esse modelo depositário da educação, essa educação
bancária como um modelo falido e que nós precisamos superar isso porque esse tipo de
educação desconsidera um elemento que ta na relação, nós temos professores e alunos,
quando eu tenho uma educação bancária eu desconsidero o aluno, o professor é o motor
dessa ação ele diz o que vai acontecer. Paulo Freire vai olhar pra isso e vai dizer Não isso não
pode acontecer, e ele entende que essa educação caminha junto com o ato político, o ato
político nesse sentido de se posicionar socialmente, se posicionar criticamente e agir. Então ele
vai falar de uma pedagogia problematizadora em favor da libertação que é oq a Max vai falar
agora.
Paulo Freire é um filósofo educador da ação. Ação, reflexão, ação. Então eu faço, eu vou agir,
vou refletir sobre o que eu fiz e aí eu preciso de teoria para que eu possa agir novamente.
Então pra ele educação e política não se separam. E ele vai dizer o seguinte, nós somos seres
incompletos que aprendemos no encontro, nós aprendemos com o outro, em comunhão,
nesse encontro nós aprendemos, e aprendemos pra que? Pra nos libertar da condição de
oprimidos. E o professor não é aquele que deposita, mas esse conhecimento é construído em
conjunto, em conjunto com os aprendizes, então eu tenho sim um professor que é
fundamental, eu tenho disciplinas, eu tenho currículo, só que isso ao invés de ser pensado por
um professor e entregue a um aluno, ele deve ser pensado e constituído em conjunto, então
juntos nós vamos construir de onde partiremos. Então esse currículo freiriano é construído em
conjunto, sem desprezar o conhecimento científico produzido pela humanidade. Então esse
currículo não é imposto ele é um currículo na dinâmica, no diálogo entre professores e
estudantes, então quando esse estudante entender que os saberes deles são saberes
valorizados, por que o professor pode sim se valer dos saberes populares pra junto com o
aluno organizar um currículo e ofertar a ele saberes organizados. E aí sim esse estudante
sabedor empoderado dos seus saberes populares e dos saberes eruditos construídos e
organizados em conjunto ele deve se libertar da sua condição de oprimido, é o conhecimento
como fator de libertação e de transformação.