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Professor Orientador:
Paulo Vilhena
Professor Orientador:
Paulo Vilhena
Nas turmas da professora Ana Valéria (7º anos – tarde), são caracterizadas por
alunos, que na maioria das vezes estavam na escola por obrigação, muita desordem é
encontrada e a falta de interesse quase não existe, fazendo assim não existir quase
nenhum progresso dos conteúdos.
Algo que aconteceu na escola por umas duas semanas seguidas e contribuíram
muito para que as aulas da tarde fossem mais prejudicadas foi à falta de água na escola,
pela agitação dos alunos, barulho, o clima quente da tarde e a falta de ventilação nas
salas, muitos alunos sentiam muita sede e vontade de ir embora. Na maioria das vezes a
direção teve que liberar todas as turmas da escola depois do intervalo para tentar não
prejudicar a saúde dos alunos enquanto não era resolvido o problema na escola.
Nas turmas do professor Sílvio (8º e 9º anos – manhã), observasse um pouco mais
de concentração e interesse por parte dos alunos no momento da explicação, foram
turmas mais fácies de trabalhar na minha visão. Todos os alunos tinham em média uma
mesma faixa etária de idade. As turmas eram mais participativas e apresentava um bom
comportamento. O único aborrecimento aconteceu devido a um aluno. Em várias
ocasiões, o aluno foi chamado à atenção devido ao mau comportamento, uso do celular,
falta de comprometimento nas aulas e do desrespeito atribuído com palavras. Foi
necessário numa aula o professor pedir para o aluno se retirar da sala de aula, na saída
do aluno que estava quase a porta, ele disse em forma de sussurro alto: “seu trabalho
aqui na escola é dar aulas e não ficar olhando pra vida dos alunos”. O professor muito
indignado e com toda razão fez uma ocorrência da situação.
As turmas tiveram algumas dificuldades, pois de um lado tinha que avançar nos
conteúdos, devido aos inúmeros feriados e dias sem aula que tivemos nesse período,
para que assim mais na frente o aluno não se sentisse prejudicado. Por outro lado,
muitas vezes havia a necessidade de recuar, explicar várias vezes o mesmo conteúdo e
rever assuntos que eles não lembravam mais, porque muitos não estavam entendendo
nada.
O que mais me deixou intrigada sobre todas as turmas e professores citados
acima, é como cada um deles conseguem fazer com que as aulas sejam diferentes, como
conseguem usar de forma simples e sem muitos recursos, a diferenciação de trabalhar os
conteúdos de forma diferente, ou então, a parte de se reinventar como professores. E os
alunos reagem de forma diferente quando é apresentado algo novo e que chama a sua
atenção.
3. Relatório da fase de Planejamento:
Minha maior dificuldade encontrada foi o tempo, é difícil avançar conteúdos, lidar
com alunos difíceis, turma grande, situações de estruturas precárias da escola que ao
invés de facilitar, faz com que o sentimento de insegurança ao ministrar a aula domine e
a impressão de que a qualquer momento alguma coisa pode dar errado.
Pelo fato de ser residente na escola, já venho atuando com essas turmas por algum
tempo e conhecendo as dificuldades e limitações encontradas, então se torna um pouco
mais acessível à identificação, observação e domínio da turma e dos conteúdos
abordados nas aulas. De modo que estimula uma busca de respostas e soluções para
cada situação encontrada na escola.
Alguns pontos são necessários frisar para ajudar a escola como um todo em se
tornar um espaço educativo como soluções para problemas como a falta de entusiasmos
dos professores, seriam: Reduzir o número de alunos nas salas de aulas, assim melhoraria o
processo de ensino-aprendizagem e o docente teria maior facilidade de atender a cada um
individualmente; Dispor de recursos didáticos e de um ambiente adequado para utilizá-los;
Melhoria do salário, para que o professor na precisasse trabalhar em mais de uma escola,
assim, utilizando seu tempo vago para planejar e preparar as aulas, corrigir as atividades e
se qualificar.
Essa experiência foi muito importante para a minha formação como docente. Não
tive dificuldades com os conteúdos, nem com a interação professor-aluno. Pude
perceber a grande dificuldade que a maioria dos alunos tem com a Matemática e como
eles acham que é algo muito difícil. Muitas vezes a culpa está no professor, que
apresenta ao aluno uma disciplina apenas abstrata, esquecendo-se de mostrar sua
importância e as aplicações no cotidiano. Portanto, é importante trabalhar essa
disciplina de forma contextualizada, no que diz respeito às práticas sociais e a outras
áreas do conhecimento.
Aprendi que o professor como mediador do conhecimento tem que se impor em
sala de aula, dominar bem o conteúdo, respeitar os alunos, ser interativo, comunicativo
e dinâmico. Aprendi também que o professor tem que respeitar o ritmo da turma, e não
só jogar conteúdos sem nem se importar se os alunos estão aprendendo ou não. O
professor tem que ser paciente, pois o que é fácil para um, pode ser difícil para o outro.
Acredito que alcancei meus objetivos que foi de aprender a trabalhar com turmas
de Ensino Fundamental II.