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Cartilha Energias Renováveis
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Energias Renováveis
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Energias Renováveis |1
Expediente
Nara Nami
Gerente do Centro Internacional
de Hidroinformática
Comunicação e Marketing do
Parque Tecnológico Itaipu
Apoio
Contato
Telefone: (45) 3576-7038
jornalismo@webradioagua.org.br
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VIVA ÀS ENERGIAS
RENOVÁVEIS!
O Brasil segue dando exemplo para o de gases poluentes na atmosfera e, con-
mundo na área das energias renováveis. sequentemente, as alterações climáticas,
De acordo com dados do Balanço Ener- promovendo o desenvolvimento de ma-
gético Nacional 2017, essas fontes corres- neira sadia e sustentável.
pondem a nada menos que 43,5% da nos-
sa matriz energética nacional. Isso é muito Com a energia hidrelétrica já conso-
acima da média global que, em 2014, era lidada, chegou o momento de democra-
de apenas 13,5%. tizar e informar sobre outras fontes não
poluentes. Seja por meio da energia dos
O uso desse tipo de fonte é importante ventos, do sol ou da decomposição de
por diversos fatores, o mais nobre talvez resíduos orgânicos, elas ajudam – e mui-
seja a preservação ambiental, já que di- to – nesse processo de construção de um
minui, consideravelmente, as emissões ambiente mais humano.
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Produzida a partir da força dos ventos, limpa, renovável e abundante, a energia
eólica apresenta muitas vantagens. O custo para implementação está cada vez mais
baixo e o impacto causado ao meio ambiente é mínimo, o que evita que toneladas
de dióxido de carbono (CO2) sejam emitidas na atmosfera.
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Um pouco de história
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De Catullo Branco à ABEEólica:
os avanços brasileiros
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Somente em 1992 entrou em operação
comercial a primeira turbina eólica do Bra-
sil e da América do Sul. A instalação foi no
Arquipélago de Fernando de Noronha (Per- Impactos ambientais e
nambuco), resultado de uma parceria entre poluição sonora já foram vistos
o Centro Brasileiro de Energia Eólica (CBEE)
e a Companhia Energética de Pernambuco como preocupação, mas se
(CELPE), com financiamento do instituto de transformaram em mitos à medida
pesquisas dinamarquês Folkecenter.
que os estudos e as tecnologias
Na época, a geração de eletricidade des- avançaram. Os aerogeradores
sa turbina correspondia a cerca de 10% da
energia gerada na Ilha, proporcionando uma estão mais silenciosos e os
economia de, aproximadamente, 70 mil li- pássaros não correm mais riscos
tros de óleo diesel por ano no local.
de morte já que a legislação
Os incentivos para a contratação de em- proíbe a instalação de parques
preendimentos eólicos no Brasil retornaram
com mais força durante a “Crise do Apagão”, próximos a rotas migratórias.
entre 2001 e 2002, quando foi criado o Pro-
grama Emergencial de Energia Eólica (Proeó-
lica), cuja meta era contratar cerca de 1 GW
em projetos relacionados à fonte até dezem- A ABEEólica foi criada no contexto de que
bro de 2003. seria a associação dos investidores e poten-
ciais investidores da fonte eólica no Brasil,
Em 2002, o Programa de Incentivo às Fon- que se reuniriam para identificar as neces-
tes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) sidades do que poderia ser a energia eólica
abriu caminho para a fixação da indústria de no Brasil e sinalizar para as autoridades e to-
componentes e turbinas eólicas no território madores de decisões o que deveria ser feito
nacional e, em 2002, foi criada a Associação para fomentar a fonte eólica no Brasil”.
Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).
No final de 2009 foi realizado o 2º Leilão
A instituição sem fins lucrativos nasceu de Energia Reserva (LER), o primeiro volta-
com o objetivo de congregar e representar a do, exclusivamente, para a fonte eólica, com
indústria de energia eólica no País, conforme a contratação de 1,8 GW provenientes da
conta a presidente Elbia Silva Gannoum: “fonte dos ventos”.
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Capacidade instalada no mundo: salto
de 2 GW para 539,5 GW em 27 anos
A energia eólica já está presente em mais crescimento vem superando a taxa de 10%
de 90 países e, ao final de 2017, alcançou a ao ano. A partir de 2014, a contribuição glo-
importante marca de 539,5 GW de capaci- bal total é de pelo menos 50 GW anuais.
dade instalada. O cenário era inimaginável
até a década de 1990, quando a capacidade Nove países fecharam 2017 com mais
instalada era inferior a 2 GW. de 10 GW de capacidade instalada. Entre
Um grande boom ocorreu entre 1994 e eles, o Brasil, na oitava posição, com 12,77
2002, quando em apenas oito anos a capaci- GW. O ranking continua sendo liderado
dade instalada no mundo cresceu 764%, de pela China, com 188,2 GW, quase 35% de
3,7 GW para 32 GW. Desde 2005, a taxa de todo o mercado.
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No Brasil, preços competitivos
e crescimento
A participação da energia eólica na ma- Em 2017, foram gerados 42,25 TWh (Te-
triz elétrica brasileira é de 8,1%, na terceira rawatt-hora) de energia eólica no Brasil. De
posição, atrás apenas das hidrelétricas, com acordo com a ABEEólica, o montante médio
60,4%, e das biomassas, com 9,2%. Os 12,77 gerado pelas eólicas, em 2017, foi equivalen-
GW de capacidade instalada no Brasil estão te ao consumo médio de cerca de 22,4 mi-
distribuídos por mais de 500 usinas eólicas lhões de residências por mês. No dia 10 de
espalhadas pelo território nacional. setembro de 2017, nada menos que 70,45%
da energia consumida no Nordeste era pro-
A potência atual é quase equivalente à veniente das eólicas. Não por menos que a
da usina hidrelétrica de Itaipu, recordista lista de capacidade instalada nacional é lide-
mundial em geração de energia limpa e rada por três estados da região: Rio Grande
renovável. O nosso potencial é bem maior: do Norte, Bahia e Ceará. O Rio Grande do
143 GW, de acordo com o Atlas de 2001. Po- Sul aparece em quarto.
rém, como considerava apenas torres de até
50 metros, este número deve ser ainda su-
perior. No conteúdo em áudio, Ênio Bueno
Pereira, doutor e coordenador do Labora- Segundo dados do Conselho
tório de Modelagem e Estudos de Recursos Global de Energia Eólica, a fonte
Renováveis de Energia (LABREN) do INPE,
explica esta relação. poderá responder por 20% de
toda a eletricidade gerada no
mundo até 2020. No Brasil,
somente com base nos leilões
já realizados, até 2023 o setor
deve alcançar a marca de 19
GW com a construção de 252
novos parques já contratados.
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Como a Energia Eólica é produzida?
O vento nada mais é do que o ar em mo- minuto para cerca de 3 mil giros por minuto
vimento. Por isso, sentimos quando ele se ou mais, permitindo que o gerador produza
desloca de um lado para o outro. O vento é eletricidade na frequência adequada.
gerado pelo aquecimento não homogêneo
da atmosfera, que é uma consequência das A eletricidade gerada é, então, enviada
irregularidades da superfície terrestre (por por cabos que descem pelo interior da torre
exemplo: terra versus mar), da rotação da e, no caso de sistemas interligados à rede,
terra (noite versus dia) e da forma quase es- se conectam com uma rede de energia e é
férica do nosso planeta. levada para as centrais, onde pode ser unida
a outras formas de energia antes de seguir
Para que esse vento seja transformado para os domicílios.
em energia, o processo é simples e inicia
quando os aerogeradores (ou turbinas eó- Para aproveitamento máximo dos ventos
licas) captam essa energia do vento. Nos para a geração de energia eólica, o ideal é que
modelos mais tradicionais, a força do vento estes sejam rápidos e constantes, porém sem
gira as pás do rotor, o qual se conecta ao rajadas, preferencialmente mantendo-se uni-
eixo principal, que, por sua vez, move um direcionais. Isso porque toda vez que o vento
gerador elétrico. muda de direção ou de velocidade, por exem-
plo, os ângulos das pás são alterados, bem
Dentro da nacele da turbina, entre o eixo como a posição do rotor e as condições de
do rotor e o referido gerador, há uma caixa turbulência do vento. Portanto, quanto mais
multiplicadora de velocidade, que eleva a constante o vento, menos ajustes para serem
rotação do rotor, de cerca de 15 giros por feitos e maior rendimento do equipamento.
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As contribuições socioambientais
da fonte eólica
Energia produzida pelos ventos é reno- Um dos melhores custo-benefício na
vável, não polui, possui baixo impacto am- tarifa de energia. Nos leilões realizados em
biental e contribui para que o Brasil cumpra dezembro de 2017, por exemplo, a energia
seus objetivos no Acordo do Clima. eólica apresentou os melhores preços.
Parques eólicos não emitem CO2. Em Permite que o proprietário da terra siga
um ano, a fonte eólica evitou a emissão de com plantações ou criação de animais.
CO2 equivalente à emissão anual de cerca
de 16 milhões de automóveis. Capacitação de mão de obra local.
E o futuro?
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As estruturas de edifícios residenciais, comerciais, públicos ou industriais estão receben-
do novos componentes. Além de tijolos, concreto, aço, ferro e outros materiais já tradicio-
nais da construção civil, as células solares fotovoltaicas estão cada vez mais presentes no
cenário arquitetônico urbano e rural. Comumente chamadas de placas solares, esses equi-
pamentos são utilizados para absorver a irradiação solar e transformá-la – através do efeito
fotovoltaico – em energia elétrica. A tecnologia não é novidade, mas o número de adeptos
dessa forma de produção de energia limpa e renovável vem crescendo, consideravelmente,
ao redor do mundo, graças ao avanço tecnológico do setor, aos incentivos, à competitivida-
de da fonte e, principalmente, à disponibilidade abundante dos raios solares.
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O inicício da energia solar fotovoltaica
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Histórico no Brasil
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Sustentabilidade e
Desenvolvimento Econômico
O sol, fonte inesgotável de energia limpa e renovável, é a grande aposta para as futuras
gerações, por meio da energia solar fotovoltaica. Sendo o seu processo de geração considerado
um dos mais sustentáveis.
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namento das termelétricas emergenciais acoplados nas edificações onde a energia
e os custos repassados aos consumidores, será consumida ou próximos das cidades,
além de reduzir os impactos ambientais que portanto, excluindo essa necessidade. Desta
essas instalações geram. forma, contribui para a economia com in-
O sistema solar fotovoltaico permite a vestimentos ao mesmo tempo que reduz as
redução do uso das linhas de transmissão, perdas elétricas do sistema
uma vez que os painéis solares podem ser
Geração distribuída
Em 20 de outubro de 2015, a Agência Na- é possível injetar na rede elétrica a produção
cional de Energia Elétrica (ANEEL) publicou excedente e distribuí-la a diferentes usuários
a Resolução Normativa nº 687 que atualizou das proximidades, enquanto o consumidor
as condições gerais para o acesso de micro- que injetou essa energia recebe um crédi-
geração e minigeração distribuídas aos siste- to de energia da distribuidora local, que
mas de distribuição de energia elétrica e ao pode ser utilizado para abater o consumo
sistema de compensação de energia elétrica. de energia elétrica nos meses posteriores,
Além de produzir energia renovável e configurando o sistema de compensação de
limpa na sua própria unidade consumidora, energia elétrica.
REDE ELÉTRICA
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Como a microgeração e os leilões
impulsionaram a energia solar
fotovoltaica no Brasil
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Já em 27 de dezembro de 2013, outro redor do Brasil, resultando na contratação
importante passo foi dado em prol do cresci- de 1.048 megawatts de capacidade instalada
mento da produção de energia solar brasilei- em 31 projetos solares. Com isso, é possível
ra. Foi realizado, em Pernambuco, o primeiro afirmar que as usinas solares iniciaram um
leilão de energia solar do País. Na ocasião, processo de transformação, deixando para
foram leiloados mais de 100 megawatts de trás a fase experimental e tornando-se um
energia proveniente do sol, equivalente a seis negócio rentável.
vezes mais do que era produzido até então. Em 2017, pela primeira vez na história do
No ano seguinte, o Governo Federal rea- Brasil, a energia solar fotovoltaica foi vendi-
lizou o primeiro leilão nacional de energia da mais barata do que biomassa e pequenas
solar do qual participaram vários projetos ao centrais hidrelétricas (PCH’s).
Em geração centralizada, 3,3 GW de potência foramcontratados em leilões nos anos de 2014 e 2015. Em 2017,
entrará em operação o primeiro 1 GW de potência instalada de fonte solar fotovoltaica.
Fonte: ABSOLAR
1115,9 MW
1048 MW 1043 MW
574 MW
92 MW
Leilão PE 2013 LER 2014 1o LER 2015 2o LER 2015 LER 2017
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Quanto custa produzir energia
solar fotovoltaica
Para aderir ao sistema solar fotovoltaico Outra forma de prospectar gastos com
é preciso um investimento inicial conside- a geração de energia solar é utilizando fer-
rável. O custo dependerá do tamanho e da ramentas online de simulação. Essas “cal-
complexidade da instalação. Em contrapar- culadoras” virtuais permitem que, a partir
tida, especialistas afirmam que o sistema de informações inseridas no sistema, sejam
“se paga” em uma média de 5 anos em levantados os custos de implantação de um
operação. Levando em consideração que a sistema solar fotovoltaico. Várias instituições
duração média do sistema é de 25 anos, o e empresas disponibilizam esse serviço para
período restante será de custo quase nulo diferentes regiões do Brasil. No Paraná, por
com energia elétrica. exemplo, a Ferramenta Interativa Web do
Atlas de Energia Solar do Estado do Paraná
permite a visualização da distribuição da ir-
Para uma residência média, com radiação solar permitindo maior assertivida-
4 pessoas, seria necessário um de quanto à investimentos na área de ener-
gia solar, do pequeno ao grande investidor.
investimento de cerca de R$ 15.000.
Com esse sistema seria possível
atender até 90% da demanda
local reduzindo a taxa da fatura
energética apenas ao custo fixo
cobrado pela distribuidora.
FONTE: Associação Brasileira
de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), 2018.
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Capacidade instalada
Cadeia produtiva
Políticas de incentivo
Apesar dos avanços consideráveis, a energia solar fotovoltaica no Brasil ainda precisa
passar por mudanças. Além das linhas de crédito, as isenções tributárias, como isenção
do ICMS sobre a energia da micro e minigeração, estão entre as ações de maior destaque
quanto ao incentivo para o uso dessa fonte. Ao todo, 24 estados brasileiros já oferecem essa
vantagem aos consumidores produtores de energia elétrica.
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Você sabia que dejetos animais, resíduos orgânicos, esgotos e até grama podem ser
transformados em matéria-prima para a geração de energia? Este é o caso do biogás, um
composto de gases proveniente do processo de decomposição de matéria orgânica realiza-
do por bactérias quando não há oxigênio no ambiente.
A fonte, que vem evoluindo ano após ano, chama a atenção pelos seus aspectos de
sustentabilidade, já que ajuda a transformar passivo ambiental em ativo econômico e social,
gerando energia elétrica, térmica e veicular.
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Um pouco de história
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Biogás no Brasil e no mundo
Desde 2000, na busca pela redução das gás voltou a ser discutido no país no embalo
emissões de gases de efeito estufa e no cum- de projetos de visionários que acreditavam
primento de suas metas, os países europeus no potencial da fonte. Esse retorno, aliado
lançaram incentivos, inclusive financeiros, ao grande potencial de produção, atraiu a
para o crescimento do uso de fontes renová- atenção de instituições governamentais, em-
veis de energia. Dentre essas, o biogás. presas e centros de pesquisa, gerando várias
iniciativas, desde 2008, no sentido de desen-
A Alemanha foi o primeiro case de im- volver e consolidar essa fonte de energia.
portância mundial relacionada ao tema.
Com base em uma política de subsídios, o
país fez com que as plantas de biogás mi-
A Itaipu Binacional possui
grassem para o mercado livre de forma ma-
dura e eficiente. Na Suécia, já é realidade diversos projetos de pesquisa
a produção de biogás a partir de efluentes
sanitários para uso como combustível no
e desenvolvimento na área de
transporte público. Áustria e a França tam- biogás, em parceria com o Centro
bém possuem políticas muito eficazes.
Internacional de Energias Renováveis
No Brasil, com a evolução de políticas, - Biogás (CIBiogás), instalado no
pesquisas e iniciativas nos últimos anos, o
uso de biodigestores para a produção de bio- Parque Tecnológico Itaipu (PTI). O
Centro é uma instituição científica,
tecnológica e de inovação formada
por instituições que desenvolvem e/
ou apoiam projetos relacionados
às energias renováveis. A estrutura
conta com um laboratório em Foz
do Iguaçu (PR) e 11 unidades de
produção de biogás no Brasil.
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Potencial nacional é subutilizado
O Brasil tem tudo para se destacar no Considerando a média per capita de con-
cenário de produção de biogás em razão da sumo de energia em 2016, que foi de 2,266
enorme oferta de resíduos agrícolas como MWh por habitante, a atual capacidade ins-
vinhaça, palha e bagaço de cana-de-açúcar, talada de biogás poderia alimentar uma ci-
além de resíduos urbanos como lixo, esgoto, dade de quase 470 mil pessoas, conforme os
resíduos de podas e dejetos animais. cálculos da Associação Brasileira de Biogás e
Biometano (ABiogás).
De 2016 a 2017 houve 14% de aumento
da produção de energia elétrica no Brasil a Apesar dos significativos avanços do
partir do biogás. As usinas que aproveitam setor nos últimos anos, essa é só uma mí-
rejeitos urbanos, da pecuária e da agroin- nima parte da capacidade de produção do
dústria somaram 135,279 megawatts (MW) Brasil e equivale a apenas 0,0817% da matriz
médios entregues ao longo do ano frente elétrica brasileira, de acordo com a ANEEL.
aos 118,6 MW médios gerados no período Todos os anos, o Brasil deixa de gerar 115
de 2016 segundo dados da Agência Nacional mil gigawatts-hora (GWh) de energia com o
de Energia Elétrica (ANEEL). não aproveitamento do potencial disponível
para geração de biogás. Esse volume pode-
Esse volume significa uma geração de ria abastecer 25% de toda energia consumi-
1.065,5 megawatt-hora (MWh) por ano. da em 2016.
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Os benefícios do biogás
O biogás é uma fonte energética que gera diversos benefícios ambientais, sociais e eco-
nômicos, sendo considerado um grande aliado na busca pela sustentabilidade nos proces-
sos produtivos. Nas áreas urbanas, apresenta-se como solução para o tratamento adequado
de efluentes domésticos e industriais. Enquanto no campo pode ser utilizado como opção
de tratamento, ambientalmente, adequado para resíduos da cadeia produtiva, reduzindo
o risco de contaminação do solo, do ar e dos recursos hídricos, transformando passivos
ambientais em ativos econômicos.
Mobilidade sustentável
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Energia que vem do campo
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