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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MINEIROS (UNIFIMES)

WENDELL OLIVEIRA SILVA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO APLICADA AO CANTEIRO DE


OBRAS

MINEIROS - GO
2021
2

WENDELL OLIVEIRA SILVA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO APLICADA AO CANTEIRO DE


OBRAS

Monografia apresentada ao curso de Engenharia


Civil, na instituição de ensino UNIFIMES - Centro
Universitário de Mineiros-GO, como requisito para
a obtenção do título de bacharel em Engenharia
Civil.

Orientadora: Selma Araújo Carrijo.

MINEIROS - GO
2021
3

WENDELL OLIVEIRA SILVA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO APLICADA AO CANTEIRO DE OBRAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário de Mineiros –


UNIFIMES, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Civil. Orientado pela: Prof. Selma Araújo Carrijo.

Data: 14 de maio de 2021.

Resultado: _________________

BANCA EXAMINADORA

Assinatura: ----------------------------------------------------------------------------------------------
Prof.(a). Selma Araújo Carrijo
UNIFIMES

Assinatura: ------------------------------------------------------------------------------------------------

Prof.(a). ____________________
UNIFIMES

Assinatura:--------------------------------------------------------------------------------------------------

Prof.(a). ___________________
UNIFIMES
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DEDICATÓRIA

Antes de tudo dedico tudo o que tenho a Deus


pois ele selecionou as melhores pessoas para
colocar em meu caminho.
Aos meus pais maravilhosos que amo muito.
Aos meus amigos e a todos que conheci
durante esta minha caminhada.
5

AGRADECIMENTOS

Primeiramente tenho muito a agradecer a Deus que foi o alicerce de tudo o


que construí e por sempre me abençoar.
Agradeço a meu pai Genildo e minha mãe Ezilda por me darem a
oportunidade de conseguir um futuro melhor. Sou muito grato a vocês por
trabalharem dia-pós-dia para me proporcionarem conforto e proteção. Obrigado
meus pais vocês são os melhores, amo muito vocês.
Agradeço a minha irmã Aliny, minha sobrinha Isadora e ao meu cunhado
Nildo por todo o apoio durante esses anos.
Agradeço aos meus professores, amigos e colegas de curso, principalmente
ao Luan Silva, pelas sugestões, pela assistência e incentivo.
Agradeço a Minha Orientadora Selma, que não poupou esforços para que
esse trabalho fosse concluído, e colaborou imensamente através de suas
considerações.
Por fim, agradeço a todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram
de alguma maneira para a realização deste trabalho.
6

"O Mestre na arte da vida faz pouca distinção entre o


seu trabalho e o seu lazer, entre a sua mente e o seu
corpo, entre a sua educação e a sua recreação, entre o
seu amor e a sua religião. Ele dificilmente sabe distinguir
um corpo do outro. Ele simplesmente persegue sua
visão de excelência em tudo que faz, deixando para os
outros a decisão de saber se está trabalhando ou se
divertindo. Ele acha que está sempre fazendo as duas
coisas simultaneamente."

Zen-Budista
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RESUMO

Com um mercado cada vez mais exigente cobrando das empresas cada vez mais
produtividade, eficiência e qualidade, este trabalho vem para apresentar formas de
se alcançar essas características através do emprego de ferramentas da gestão da
qualidade nos canteiros de obras. Apesar de comprovado o ganho de produtividade
e qualidade com o aprimoramento do canteiro e sua gestão, muitas empresas ainda
negligenciam essa parte, aumentando custos e prejudicando a qualidade do produto.
A Gestão de Obras é um campo que paulatinamente tem adentrado à Construção
Civil, mediante a dinâmica exigida para este setor que ainda é predominado pela
manufaturaria. Com o objetivo de implantar um trabalho continuo e organizado a
gestão visa orientar os engenheiros responsáveis por uma obra em todo o processo
construtivo, desde planejamento a entrega final do produto, fazendo valer o
cronograma proposto para o tempo e orçamentário, tendo em vista que o mercado
financeiro urge por essa organização, cabe aos engenheiros e construtoras adequar
a nova proposta de mercado. O método de pesquisa a ser utilizado para a pesquisa
proposta é a metodologia baseada em pesquisa bibliográfica, onde pretende abordar
de forma suscinta, como é relevante a preocupação por parte das construtoras em
tempo de competitividade, a adesão de programas ou meios que lhe garanta a
implantação de gestão dentro dos seus canteiros de obras, mediante aos benefícios
decorrentes de sua introdução desde o canteiro de obras em um projeto executivo.

Palavras-Chave: Canteiro de obras. Gestão. Benefícios.


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ABSTRACT

With an increasingly demanding market demanding more and more productivity,


efficiency and quality from companies, this work comes to present ways to achieve
these characteristics through the use of quality management tools in construction
sites. Despite the gain in productivity and quality with the improvement of the
construction site and its management, many companies still neglect this part,
increasing costs and impairing the quality of the product. Construction Management
is a field that has gradually entered Civil Construction, due to the dynamics required
for this sector, which is still predominant in manufacturing. In order to implement a
continuous and organized work, the management aims to guide the engineers
responsible for a work throughout the construction process, from planning to the final
delivery of the product, enforcing the proposed schedule for the time and budget,
considering that the financial market is urgent for this organization, it is up to the
engineers and construction companies to adapt the new market proposal. The
research method to be used for the proposed research is the methodology based on
bibliographic research, where it intends to address in a succinct way, how relevant
the concern on the part of the construction companies in time of competitiveness, the
adhesion of programs or means that guarantees it the implementation of
management within its construction sites, through the benefits resulting from its
introduction from the construction site in an executive project.

Keyword: Construction site. Management. Benefits.


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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Tipologia de canteiros de obras..............................................................17


Figura 2: Área de vivência......................................................................................21
Figura 3: Planta baixa de um refeitório...................................................................22
Figura 4: Planta baixa de um vestiário....................................................................24
Figura 5: Planta baixa de uma área de lazer e lavanderia......................................26
Figura 6: Croqui de um alojamento.........................................................................27
Figura 7: Planta baixa de uma instalação sanitária.................................................29
Figura 8: Planta baixa de um ambulatório...............................................................30
Figura 9: Planta baixa de uma central de armação.................................................33
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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Dimensionamento de armazenagem e transporte de


materiais..........37/38
Quadro 2 – Tipos de transportes verticais e
horizontais............................................38
Quadro 3 – Critérios para armazenar
cimento............................................................40
Quadro 4 – Armazenamento de agregados
miúdos..............................................40/41
Quadro 5 – Armazenamento de blocos e
tijolos.........................................................41
Quadro 6 – Armazenamento de tubos
PVC...............................................................42
Quadro 7 - Cuidados com EPIs no combate a Covid 19 dentro dos canteiros de
obras......................................................................................................................51/52
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..........................................................................................................12
1.1 OBJETIVO GERAL.......................................................................................13
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................................................13
1.3 JUSTIFICATIVA...........................................................................................13
2 CANTEIRO DE OBRAS: REQUISITO IMPORTANTE DE UMA GESTÃO ....15
2.1 CANTEIROS DE OBRAS.............................................................................15
2.2 TIPOLOGIA DE CANTEIROS......................................................................17
2.3 ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DE UM CANTEIRO DE OBRAS.............20
2.3.1 Área de vivência........................................................................................21
2.3.1.1 Refeitório................................................................................................22
2.3.1.2 Vestiário.................................................................................................24
2.3.1.3 Área de lazer e lavanderia.....................................................................25
2.3.1.4 Alojamento.............................................................................................27
2.3.1.5 Instalações sanitárias.............................................................................28
2.3.1.6 Ambulatório............................................................................................29
2.3.2 Área operacional.......................................................................................30
2.3.2.1 Almoxarifado..........................................................................................31
2.3.2.2 Escritório da obra...................................................................................32
2.3.2.3 Guarita/recepção....................................................................................32
2.3.2.4 Central de carpintaria/argamassa/armação...........................................33
2.4 PLANEJAMENTO DE UM CANTEIRO........................................................34
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2.5 A LOGÍSTICA ALIADA A GESTÃO DE QUALIDADE NOS CANTEIROS DE


OBRAS...............................................................................................................43
2.5.1 Gerenciamento de obras...........................................................................44
3 METODOLOGIA.............................................................................................55
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO...............................................................................59
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................62
REFERÊNCIAS..................................................................................................63

1 INTRODUÇÃO

Nesse cenário de incertezas a indústria da construção civil tem a necessidade


de se reinventar enxugando custos e investindo em planejamento e produtividade
para garantir margens lucrativas e manter o faturamento ativo. Entretanto nessa
mesma indústria, ainda hoje, existem obras sendo executadas de formas artesanais
sem um planejamento formal, garantias de prazos ou orçamento, onde um dos
fatores agravantes para a concretização dos fatores descritos encontra relacionados
a desorganização dentro do setor, partindo dos canteiros de obras.
A existência de um almoxarifado bem-organizado e estruturado dentro do
canteiro de obras não é garantia do não desperdício de materiais, mas seguramente
a implementação e o devido gerenciamento desse almoxarifado contribuirão para o
uso dos materiais e na sua reutilização. É trivial encontrar material armazenado de
forma irregular no canteiro de obras. Podendo acarretar atrasos na construção e na
execução do trabalho dos funcionários, a desorganização e a falta de capacitação
dos responsáveis por essa tarefa fazem com que diversos materiais sejam
desperdiçados ou ainda inutilizados.
A organização sempre é vista com um olhar de desconfiança, por ser
considerada algo difícil de empreender ou por delongar certo período para que
ocorra e por isto acaba sendo protelada e, isto é uma questão quase que
abrangente em todos os aspectos da vida do ser humano, logicamente que nem
todos, mas em um percentual bem elevado muitos protelam a organização.
Dentro da Construção Civil, este tema também é muito debatido tendo em
vista a repercussão que a desorganização pode trazer para um engenheiro,
cabendo, pois os mesmo em estarem atento a este fator, por isto que o tema
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proposto para este trabalho é de grande relevância para o gerenciamento de obras,


já que é nítido o grande desperdício de material nos canteiros de obras, por falta de
organização.
Um dos caminhos para enfrentar um cenário cada vez mais competitivo,
trilhado por diferentes agentes setoriais, dentre os quais as empresas gerenciadoras
de obras, tem sido a implantação de um conjunto de práticas, que adequadamente
empregadas, proporcionem aumento da competitividade e satisfação do cliente.
Este conjunto de práticas, conhecido como sistema de gestão da qualidade,
ou simplesmente SGQ, tem por objetivo aprimorar a capacidade da organização de
atender aos requisitos do cliente e aos requisitos regulamentares e por
consequência trazer benefícios para a empresa que adere o mesmo, com a
intencionalidade de proporcionar resultados positivos e satisfatórios em um ambiente
que encontra em expansão que é o setor construtivo.

1.1 OBJETIVO GERAL

O objetivo geral deste estudo foi demonstrar a importância que uma gestão
possui dentro do setor construtivo, partindo da sua implantação dentro do canteiro
de obras.

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Para o alcance de demonstrar a importância da gestão para o setor


construtivo, partindo da sua implantação dentro dos canteiros de obras o estudo
delimita como objetivos específicos os seguintes pontos:
 Discorrer sobre o canteiro de obras;
 Descrever os elementos construtivos de um canteiro;
 Estudar sobre a logística dentro de um canteiro aliada a gestão

1.3 JUSTIFICATIVA

O presente estudo se justifica na vertente da validade da discussão da gestão


dentro dos canteiros de obras do setor da construção civil. A construção civil foi um
dos setores que mais demorou em aderir inovações advindas das evoluções
14

ocorridas na sociedade moderna e, consequentemente, um lastro de dificuldades


pode ser apontado ainda em pleno século XXI frente a este impasse gerado pelo
atraso dentro do setor, mediante ao impasse de adesão da modernização dentro do
setor.
Um dos fatores que reflete ao descuido com adesão de ferramentas
tecnológicas dentro do setor pode ser apontado a questão de gestão. A gestão é
vista como um conjunto de ferramentas em prol a organização de um determinado
departamento, no intuito de aprimorar medidas e ações que promova melhor
desempenho nas atividades realizadas dentro do mesmo em prol a um todo,
ofertando significativamente melhoria no resultado final.
Dentro do setor construtivo, paulatinamente algumas ferramentas vêm sendo
aderidas na intencionalidade de ofertar um resultado positivo ao setor, sendo,
portanto, debatido neste estudo a importância da utilização de um sistema de gestão
dentro dos canteiros onde a logística aplicada dentro do canteiro pode retornar as
construtoras em eficiência na execução dos projetos delineados pelas mesmas. Um
canteiro de obra é onde ocorre o maior percentual de um projeto executivo, logo,
quando bem gerido, impasses poderão ser evitados e resultados positivos poderão
ser colhidos.
Nesta pesquisa, de abordagem qualitativa, buscou-se nos diversos recursos
eletrônicos elementos que proporcionassem melhor compreensão sobre a
importância das construtoras em estarem atuando de forma organizada, prevendo
resultados satisfatórios em meio a um mercado que vem se mostrando cada vez
mais competitivo, necessitando, de organização para estarem aptas a programas do
Governo e outras instituições e, assim ter uma margem de segurança que lhe possa
garantir uma solidez que seja possível ser repassada ao cliente final.
Pretende-se, com esta pesquisa, aprofundar os conhecimentos a respeito da
importância da gestão dentro dos canteiros de obras, independente do projeto a ser
executado, mas, sendo de fator relevante as grandes construtoras, na atual
conjuntara econômica. Sendo um fator preponderante a inúmeros requisitos, desde
a necessidade de sua presença em obras maiores, onde construtoras dependem de
recursos financeiros advindos de financiamentos, como a viabilidade econômica
apresentado pela presença desta dentro de um canteiro, por ofertar tanto a
pequenos construtores, como a de maior porte resultados positivos economicamente
falando, resultado, de uma organização que evita perdas de materiais, baixa
15

produtividade, rotatividade, perda de tempo, que encontram todos relacionados a


resultado final do projeto executivo.

2 CANTEIRO DE OBRAS: REQUISITO IMPORTANTE DE UMA GESTÃO

Dentro deste contexto aplicado a Construção Civil, há vários fatores que


devem ser observados para o sucesso de uma construção desde planejamento ao
momento de entrega da obra e, um deles diz respeito a construção de canteiros de
obras. Segundo Pinto (1984) o atraso na entrega da obra e a baixa produtividade
estão relacionados a ausência ou má administração de canteiros de obras .
Segundo Silva e Cardoso (2000) dentro de uma construção civil, o canteiro de
obras deveria ser um dos principais projetos valorizado pelos engenheiros, pois da
sua estruturação e gerenciamento dependerá a execução de um projeto
arquitetônico, mas infelizmente esta não é uma realidade condizente dentro de
várias obras, inclusive de grandes obras, que não tem preocupado com este
requisito, que pode contribuir diretamente no projeto de construção ou grandes
reformas.

Os projetos para produção de canteiros são os instrumentos que permitem a


construtora planejar e desenvolver eficientemente a logística no canteiro de
obra. As informações neles contidas subsidiam o planejamento, a operação
e a verificação das atividades logísticas na construção de edifícios
(abastecimento, armazenamento, processamento, disponibilização de
recursos materiais) informando quando, onde e como as atividades de
produção serão realizadas, indicando a quantidade de insumos a ser
utilizada em cada etapa, permitindo a programação da mão de obra e
auxiliando no desempenho do sistema de informações. (OLIVEIRA, 2003,
p.98).

Percebe-se que há uma preocupação crescente no quesito a construção e


gerenciamento dos canteiros de obras, de forma que mesmo sendo, o canteiro de
16

obras, um lugar que sofra modificações no decorrer da execução de um projeto,


cabe aos engenheiros civis e mestre de obras atentarem para a construção e o
gerenciamento deles, tendo em vista que nestes, estarão contidos os recursos para
a execução do projeto em apreço. Por isto que Yasigi (2000, p.102) descreve que,
“Planejar e, pois, pensar antes de agir [...] preparando-se para o inevitável,
prevenindo o indesejável e controlando o que for controlável. Planejar é o oposto de
improvisar”.

2.1 CANTEIROS DE OBRAS

O canteiro de obra é um lugar destinado a colocação de materiais que serão


utilizados no decorrer de uma obra seja ela uma construção ou uma reforma, além
de ser também um local em que os trabalhadores poderão alimentar-se, utilizar para
higiene pessoal e até mesmo dormirem dependendo a proporção da obra, constitui-
se em um local importante dentro de uma obra, independentemente do tamanho e
tempo a ser realizada, pois existem diversos tipos e tamanhos de canteiros cada um
que adéqua a uma realidade (SOUZA, 2000).
A NR 18 foi desenvolvida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas –
ABNT, com o objetivo de proporcionar aos trabalhadores da construção civil, as
condições necessárias para sua segurança no desempenhar de suas funções. A
mesma é composta por 27 capítulos, cada um com uma finalidade protetiva dentro
do contexto canteiro de obra, cabendo aos gestores de obra ter uma atenção voltada
para a implantação e execução da mesma dentro do canteiro de obras, tanto por
parte das construtoras, como por parte dos trabalhadores, como forma de
proporcionar um ambiente seguro e garantir a eficiência do projeto executado
(BRASIL, 2013).
Para a Associação Brasileira de Normas – ABNT, o canteiro de obra é
definido como uma área de apoio aos trabalhadores e a execução de trabalho por
parte destes, podendo ter duas áreas definidas dentro de um canteiro de obra, a
área operacional e a de vivência.

O canteiro de obras pode ser definido como: a “área de trabalho fixa e


temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma
obra” (NR-18)
17

O conjunto de “áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da


indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de
vivência (NB-1367)

Para a Norma Regulamentadora NR¹, o canteiro de obra é uma área fixa, mas
de caráter temporário, onde será executada toda operação de apoio durante a
execução, demolição ou reforma de uma obra.
Este aspecto sobre o canteiro de obra e de sua logística e gerenciamento
deve ser um ponto bem observado dentro da construção civil, pois de acordo com
Handa (1988) o planejamento do canteiro de obras tem sido um dos aspectos mais
negligenciados dentro de uma obra, gerando custos altíssimos, pois gera
desperdícios e modificações constantes visando atender a necessidade da obra.

2.2 TIPOLOGIA DE CANTEIROS

Antes da execução ou construção de um canteiro de obras, o gestor de obra


deve observar o projeto que será executado, para assim poder projetar o mesmo,
pois mesmo que seja de caráter temporário um canteiro de obras deve estar
adequado ao tipo de projeto e a dimensão geográfica onde o mesmo será construído
(CÉSAR et al., 2011).

O planejamento ineficaz do projeto de canteiro de obras ou layout, irá


continuamente afetar o custo da produção, encarecendo o produto. É
importante que o setor responsável pelo arranjo físico seja constantemente
alimentado por um sistema de informações da estrutura industrial. Portanto,
o canteiro de obras é uma estrutura dinâmica, mutável com o desenvolver
da obra. Enquanto a obra vai sendo executada, ele assume características e
formas especiais em função da diversidade dos serviços, materiais e
equipamentos presentes, caracterizando diferentes fases de configuração
do canteiro. (CESAR et.al. 2011, p. 560).

De acordo com Illingworth (1993) existem três tipos de canteiros e, isto pode
ser observado de maneira detalhada e de fácil compreensão na figura 1, onde de
acordo com o tipo de obra ou lugar onde será executado o projeto, o mesmo deve
ser adequado de forma que problemas comum na falta de conhecimento de sua
instalação prejudique a logística de matérias e dos trabalhadores que ali
desempenharão o seu trabalho na execução do projeto, assim como evitar
problemas provenientes da ausência de conhecimento sobre suas instalações de
forma correta e legalmente exigida.
18

Figura 1: Tipologia de canteiros de obras

onte: Pereira, 2018.

O canteiro restrito pode ser observado, ocorre dentro de construções em


áreas urbanas e, isto deve se ao fato do alto valor de terrenos em áreas centrais,
assim os seus proprietários tendem aproveitar ao máximo toda sua extensão
geográfica, para uma rentabilidade maior (ILLINGWORTH, 1993).
De acordo com Illingworth (1993) ao planejar um canteiro restrito alguns
cuidados devem ser observados para não ocorrer problemas em sua gestão e, um
dos primeiros pontos apontados pelo mesmo é acerca da logística que será utilizada
dentro desta obra, tendo em vista não iniciar a construção e depois enfrentar
problemas sérios como para o transporte de matérias, terrenos com declives que
dificulte o acesso e árvores de grande porte que depois serão de difícil remoção.

Os restritos são aqueles em que a obra toma todo, ou quase, o espaço do


terreno, o que torna limitada as opções de layout e leva a necessidade de
muitas alterações no decorrer da obra. Outra característica importante é a
dificuldade encontrada no fluxo de materiais, equipamentos e mão-de-obra
neste tipo de canteiro. Canteiros restritos são comuns em centros urbanos
principalmente em construção de edifícios. (SANTOS, 2010, p.20).

Outro ponto que deve criteriosamente observado antes de planejar e executar


um canteiro de obra é se o projeto terá obra no subsolo, pois esta deverá ser
executada de forma a desocupar terreno para a construção do canteiro de obra. Por
isto que em muitas obras em centros urbanos é recomendado o aluguel de terrenos
19

vizinhos ou de casas paralelas a obra ou em última instância que o escritório da


construtora possua um espaço reservado para atender este tipo de necessidade.
(SOUZA, 2000).
Um canteiro de obra de tipologia amplo e encontrado em construção onde a
expansão demográfica do terreno é extensa e o projeto a ser executado ocupa uma
área pequena deste, dando um espaço significativo para a construção de um
canteiro que possibilite o fluxo de pessoas, estocagem e a logística de recebimento
e trafego de materiais utilizados na construção (ILLINGWORTH, 1993).

Os canteiros amplos são assim classificados devido à área que o mesmo


ocupa em relação à área do terreno ser relativamente pequena,
possibilitando maiores opções de layout. Ao contrário do canteiro restrito no
amplo não se encontra tanto problema com o fluxo e acessos na obra.
Obras de condomínios residenciais horizontais e obras isoladas como
barragens e hidroelétricas são exemplos de obras com canteiros amplos.
(SANTOS, 2010, p.21).

Este tipo de canteiro pode ser observado sempre em obras de grande porte,
pois, geralmente os terrenos são bem amplos, ofertando aos engenheiros a
liberdade de planejarem e construírem um canteiro de obras bem amplo, pois
geralmente em obras deste porte, devem conter todos os elementos constituintes,
de um canteiro devido o tempo e magnitude da obra, porém o gestor de obra deve
ter o cuidado com a logística dele, a fim de não torna oneroso para a construtora
(SANTOS 2010).
Já no canteiro de obra estreito ou longo, segundo Illingworth (1993) é uma
tipologia de canteiro construída em uma área em que o projeto a ser executado
possui pouca possibilidade de acesso, como obras que são executadas em ferrovias
e rodovias. Cabe ao gestor de um projeto deste teor em projetar um canteiro onde
possua os elementos necessários e entendendo que a demanda por espaço deve
ser estrategicamente estudada e sem esquecer a logística acerca dos materiais
necessários para a execução do projeto de obra

Outro tipo de canteiro são os longos, os quais são restritos em uma direção
e amplos na outra. Possuem certa facilidade de acesso e fluxo a depender
do tipo de obra. Nos canteiros longos, normalmente, as unidades do
canteiro devem possuir certa mobilidade devido às características
dimensionais do canteiro. Obras de estradas é um exemplo de canteiro
longo. (SANTOS, 2010, p.21).
20

De acordo com Ribeiro (2011) dentro de uma construção civil,


independentemente de ser a execução total de um projeto, ou parcial e até mesmo a
restauração de uma obra, é necessária que o canteiro de obra seja devidamente
estudado, por isto que uma grande maioria de obras tem optado pela presença de
engenheiros gestores de obras, a fim de garantir o desempenho do projeto com
eficiência.

[...] é necessário para instalação do canteiro: definir o escopo da


construção; realizar análise do empreendimento – os objetivos do
proprietário e as particularidades a serem observadas; desenvolver o Plano
de Execução da Construção; definir, estruturar o método de execução da
obra e estabelecer fluxograma de materiais; estruturar os processos de
construção, e ordenar as fases de execução da obra; detalhar as fases, e
definir como serão executadas; projetar as instalações, da “fábrica” e as
operacionais auxiliares; estabelecer cronograma de execução da obra;
definir as equipes de construção e estruturar o seu comando; estabelecer
princípios – os de gerenciamento – e de controle de seu andamento.
(LIMMER, 1997 apud RIBEIRO, 2011, p.19).

O estudo criterioso para estruturação de um canteiro de obra independente da


sua tipologia é muito importante para o desfecho do projeto a ser executado, tendo
em vista que um canteiro de obra é visto como o cartão postal de uma obra e de seu
engenheiro cabendo ao mesmo estar atento a este detalhe que influencia
diretamente no desenrolar do projeto a ser executado, sem esquecer que, mesmo
que possua um caráter temporário deve ser muito bem planejado, não esquecendo
por isto mesmo que, não cabe um dispêndio elevado para a sua construção, mas,
cabe o cuidado no gerenciamento do mesmo (AZEREDO, 1997).
De acordo com Saurin e Formoso (2006) ao ser planejado um canteiro de
obra os critérios a serem seguidos são: o custo de aquisição para sua implantação e
qual o custo de manutenção será dispensado ao mesmo no decorrer da obra, se os
materiais utilizados possui durabilidade suficiente para o decorrer do projeto e até
mesmo se após o termino da obra os materiais poderão ser customizados ou
aproveitados em novas obras, assim como se a montagem e desmontagem deste
canteiro de obra possui facilidade, assim como o isolamento térmico e acima de tudo
o cuidado que o engenheiro deve ter é sobre o impacto visual que o canteiro de obra
pode exercer sobre aqueles que visitam a obra.

2.3 ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DE UM CANTEIRO DE OBRA


21

Como já discorrido o canteiro de obras é uma área fixa, que contém diversos
elementos constitutivos dentro de uma obra, ainda que de caráter temporário, em
sua grande maioria, pois existem casos de canteiros de obras que após o termino da
execução de uma obra ficam como elemento permanente a ser utilizado, com
alguma finalidade, mas, isto são exceções (SAURIN, 1998).
Os elementos constitutivos de um canteiro de obras dependem da dimensão
da obra a ser realizada, por isto envolve um estudo detalhado da planta da obra,
para assim ocorrer a sua estruturação e implantação dentro de uma obra. Segundo
Lins (2012) dependendo da dimensão da obra, existem elementos que nem serão
necessários, outros itens já serão obrigatórios em qualquer tipo de obra ou ainda
como já se sabe outros poderão estar presentes ao início de uma obra e no decorrer
da mesma deixar de existir, para aproveitamento de espaços e redução no número
de trabalhadores.
De acordo com Lins (2012) os elementos que compõem um canteiro de obra
podem estar diretamente ou indiretamente ligados ao processo de execução do
projeto de obra, e, encontra dividido em operacional, apoio e área de vivência. Os
elementos constitutivos de um canteiro de obras devem ser classificados de acordo
com suas finalidades, por isto os elementos que estão diretamente ligados a
produção, estarão na área operacional.
Os elementos que dizem respeito ao armazenamento de materiais utilizados
durante a execução da obra, será destinado para área de apoio e, o setor
administrativo e destinado a área de apoio técnico e por fim tem a área de
transporte, que possui a disponibilidade e responsabilidade de todo transporte
realizado dentro da obra (LINS, 2012).

2.3.1 Área de vivência

De acordo com as normas reguladoras sobre os canteiros de obras dentro da


construção civil, a NR 18, a área de vivência, será constituída pelos seguintes
elementos, refeitório, vestiário, área de lazer, alojamentos e instalações sanitárias e,
em obras com mais de 50 colaboradores podem ser exigidos a instalação de um
ambulatório médico, para atendimentos emergenciais (BRASIL, 2013).

Figura 2: Área de vivência


22

Fonte: CBIC, 2015, p. 12.

Na figura 2, pode ser observado um layout de uma área de vivência e dos


elementos constitutivos desta. De acordo com esta norma, os elementos que
compõem a mesma não podem ser instalados em porões ou no subsolo de uma
obra e suas instalações devem estar afastadas da área operacional (BRASIL, 2013).

2.3.1.1 Refeitório

O refeitório é um dos elementos que deve estar presente em um canteiro de


obra e suas instalações deve estar pautada em concordância a norma brasileira, que
é regida pela NR 18 e complementada pela NR 24. No layout presente na figura 3,
podem ser observados os componentes requisitados pela norma da construção civil
voltada a este requisito (BRASIL, 2013).

Figura 3: Planta baixa de um refeitório


23

Fonte: CBIC, 2015, p.42

De acordo com a NR 18, a cozinha é o local de preparo das refeições e só é


obrigatório caso haja necessidade de se preparar as refeições na obra, deve possuir
pia para lavar os alimentos e utensílios, instalações sanitárias, que não se
comuniquem com a cozinha, de uso exclusivo dos encarregados de manipular
gêneros alimentícios, refeições e utensílios e recipiente, com tampa, para coleta de
lixo.
Mesmo os canteiros de obras que não possua cozinha devem ofertar aos
seus funcionários lugar apropriado para a realização das refeições e um lugar
apropriado para o aquecimento das refeições levada de casa, como afirma a NR
18.4.2.11.3 “Independentemente do número de trabalhadores e da existência ou não
de cozinha, em todo canteiro de obra deve haver local exclusivo para o aquecimento
de refeições, dotado de equipamento adequado e seguro para o aquecimento”
(BRASIL, 2013).
Ainda em acordo com a NR 18 (2011) os locais de refeições devem seguir os
seguintes requisitos:
24

a) as paredes devem ser dotadas de isolamento para evitar calor ou frio


durante as refeições;
b) o piso do refeitório deve ser de concreto, cimentado ou de outro material
lavável desde que não seja escorregadio;
c) o lugar do refeitório também deve ser coberto, a fim de proteger os
colaboradores do sol, chuva e demais intempéries;
d) o tamanho deve adequar as exigências das normas regulatórias
observando a quantidade de trabalhadores de forma a garantir a todos de uma só
vez a participação das refeições;
e) o local das refeições de ser bem ventilado independente de ser natural ou
artificial, assim como deve garantir uma boa visibilidade dentro do mesmo e não ser
um local penumbro;
f) o refeitório deve ofertar lavatórios para as mãos, podendo ser dentro do
mesmo ou nas proximidades;
g) as mesas devem ser laváveis e com tampos lisos;
h) se o mesmo deve comportar a todos em momento das refeições, e
obrigado ter assento a todos os trabalhadores da obra;
i) deve possuir lixeiras dispostas no seu interior com tampas;
j) outra condição observada ao mesmo, e que este não deve ser instalado em
porões ou no subsolo;
k) as instalações sanitárias não podem estar em contato direto com o
refeitório;
l) ter pé-direito mínimo de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros), ou
respeitando-se o que determina o Código de Obras do Município, da obra.
Cabe aos gestores da obra estar atentas aos requisitos necessários para a
instalação destes elementos constitutivos da área de vivencia dentro de um canteiro
de obra, a fim de evitar transtornos dos mais diversos tipos, para a construtora que
presta serviço ou até mesmo serviço particular (LIMA, 1995).

2.3.1.2 Vestiário

De instalação obrigatória dentro de um canteiro de obras, tendo em vista ser


um local reservado para troca de roupas apropriadas e de colocação do EPI’s
obrigatórios dentro de uma construção civil. A NR 18 alega que: “Todo canteiro de
25

obra deve possuir vestiário para troca de roupa dos trabalhadores que não residem
no local” (BRASIL, 2013).

Figura 4: Planta baixa de um vestiário

Fonte: CBIC, 2015, p.30


A sua instalação deve seguir as normas regulatórias que descreve: que o
vestiário mesmo sendo de caráter provisório deve ter as paredes de madeira ou de
alvenaria ou ser de material equivalente, assim como o piso não pode ser de chão,
mas deve ser revestido por concreto, por cimento, madeira ou outro tipo de
revestimento, deve ser ventilado, ser bem iluminado (SAMPAIO, 1998).
Deve possuir armários individuais com fechaduras, deve ser construído
respeitando as normas do município ou das normas reguladoras e por fim deve ter
dentro do mesmo banco em número suficiente a atender a quantidade de
trabalhadores da obra, que utilizarão o mesmo como apoio na troca e colocação dos
equipamentos (EPIs) utilizados no canteiro de obra (BRASIL, 2013).
A higiene dos equipamentos e do lugar deve ser seguida rigorosamente a fim
de evitar problemas de saúde e acidentes de trabalho, portanto o gestor da obra
26

deve estar atento as normatizações estabelecidas evitando problemas com o


Ministério do Trabalho e de demais órgãos fiscalizadores. De acordo com o Manual
de Segurança e Medicina do Trabalho (2003) existem alguns critérios a serem
observados para sua instalação, devendo respeitar um espaço mínimo de
1,50m2/pessoas, norma esta que em canteiros restritos não é seguida devido ao
espaço restrito, seguindo o espaço de 1,00m 2/pessoas (GONÇALVES, 2011).
A localização do mesmo deve ser próxima ao portão de entrada e saída dos
operários, tendo em vista facilitarem a troca de roupas e colocação dos
equipamentos básicos, necessários dentro de uma obra, assim como a sua retirada,
já próxima ao local de saída, com o objetivo de evitar acidentes dentro do local de
trabalho em percorrer pelo pátio da obra sem os equipamentos protetivos
(GONÇALVES, 2011).

2.3.1.3 Área de lazer e lavanderia

Estes dois elementos, não são obrigatórios em canteiros que não alojam seus
colaboradores, mas pode ser um ambiente que proporcione aos seus colaboradores
momentos de descontração após as refeições até ao momento do retorno ao
trabalho, isto em relação a área de lazer. Esta pode ser uma área que possua uma
televisão, ou mesa com jogos diversos, que proporcione aos trabalhadores um
momento de descontração. Dentro das áreas de vivência, a construtora pode
construir uma área destinada ao lazer dos colaboradores, podendo ser campo de
futebol, sala de televisão, ou de jogos (ABNT, 1991).

Figura 5: Planta baixa de uma área de lazer e de uma lavanderia


27

Fonte: CBIC, 2015, p.54, 57.

Embora a área de lazer seja opcional de acordo com a dimensão do projeto


executado, as construtoras que optam por oferecer uma sala com televisão ou mesa
de bilhar um jogo bem comum, o faz como forma de ofertar aos seus colaboradores
um incentivo (SAURIN; FORMOSO, 1999).
De acordo com a NR 18, as áreas de vivencias mesmo sendo de caráter
temporário, deve ser composta por locais próprios e distintos. Assim as obras que
alojam colaboradores devem possuir um local onde estes trabalhadores possam
realizar a lavagem de suas roupas. A norma determina que este local deva ser
coberto, bem iluminado e ventilado, pois dentro deste espaço os colaboradores irão
utilizar para lavar, secar e passar suas roupas de uso pessoal (ABNT, 1991).
De acordo com o número de colaboradores, as lavanderias devem conter
tanques na quantidade que atenda a demanda do uso, as construtoras podem optar
pela terceirização, mas este serviço não pode ser cobrado dos trabalhadores.
2.3.1.4 Alojamento

Outro elemento que compõem a área de vivência de um canteiro de obra e


que segue as normas determinadas para sua implantação e permanência dentro do
28

mesmo, tendo em vista que envolve vários requisitos, como segurança, saúde,
higiene entre outros, como afirma o Guia da CBIC (2015, p.36) “O alojamento deve
ser mantido em permanente estado de conservação, higiene e limpeza”. A norma
regulatória acerca das áreas de vivencias para os canteiros de obras, dispõe que as
camas devem possuir lençóis, fronhas e travesseiros, cobertores em ótimas
condições de uso.

Figura 6: Croqui de um alojamento

Fonte: CBIC, 2015, p.38.

As camas devem ser individuais, ainda que possam ser beliches, mas devem
abrigar somente um colaborador e respeitando o limite de colaboradores por
quartos, não podendo exceder 25 em um quarto. A construtora deve estar ciente que
dentro dos dormitórios a mesma deve dispor de bebedouro, para ofertar água
potável para os colaboradores no período noturno (BORGES, 2009).
É vedado o uso de fogões ou fogareiros dentro dos dormitórios, pois é
proibido cozinhar ou aquecer alimentos dentro dos alojamentos, por conter
equipamentos de fácil combustão. Outro ponto que deve ser observado e verificado
constantemente pelo gestor de obra é a questão da saúde dos colaboradores, pois
os colaboradores que forem acometidos de qualquer doença contagiosa e
29

transmissível devem ser afastados da permanência dentro dos alojamentos


(BORGES, 2009).
Ao discorrer a norma sobre canteiros de obras, nos requisitos acerca de
alojamento percebe que as exigências são elevadas, pois isto refere as condições
ofertada aos trabalhadores em seu momento de descanso, e preparo para um novo
dia de trabalho.
Mediante as inúmeras exigências para com a instalação e manutenção de um
alojamento em uma obra, as grandes construtoras, quando necessário a utilização
deste em obras, tem optado por alojar seus colaboradores em hotéis da cidade mais
próxima, alegando que, este meio é menos oneroso a empresa do que manter um
alojamento, pois sabem que deverão seguir as normas acima descritas, sem contar
com a necessidade de aumentar responsáveis pela segurança destes na obra e da
própria obra em andamento (BORGES, 2009).

2.3.1.5 Instalações sanitárias

As instalações sanitárias é um local destinado aos trabalhadores para a


realização de sua higienização corporal, assim como de suas necessidades
fisiológicas. Embora este elemento seja um item pouco valorizado, ele deve ser
importante, pois há uma base legal para a instalação e manutenção das mesmas
dentro de um canteiro de obras (BORGES, 2009).
O tópico 4.2 da NR 18 em quase toda sua extensão vai discorrer acerca das
exigências voltadas a este elemento que engloba a instalação de lavatórios,
sanitários, mictórios e chuveiros, como afirma o manual da CBIC (2015, p.19) em
que as mesmas devem: ”[...] ser constituídas de lavatório, vaso sanitário e mictório,
na proporção de 1 (um) conjunto para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores [...],
bem como de chuveiro, na proporção de 1 (uma) unidade para cada grupo de 10
(dez) trabalhadores ou fração. Devem ser separados por sexo as instalações
sanitárias, vestiário e alojamento. “, como pode ser observado na figura 7, na planta
baixa de como deve ser as instalações sanitárias de um alojamento em um canteiro
de obra que necessite de sua presença.

Figura 7: Planta baixa de uma instalação sanitária


30

Fonte: CBIC, 2015, p.20.

2.3.1.6 Ambulatórios

O ambulatório é um elemento que compõem a área de vivência também, mas


a sua instalação de acordo com a NR18, dar-se-á mediante a presença de 50
trabalhadores dentro do canteiro de obra. Mas, esta decisão e contestada pela NR 4,
que trata sobre a Segurança e Medicina do Trabalho que dispõe ser necessário a
implantação de um ambulatório somente mediante a presença acima de 500
trabalhadores (BORGES, 2009).

Figura 8: Planta baixa de um ambulatório


31

Fonte: CBIC, 2015, p. 61

Estas controvérsias infelizmente servem de base para que as construtoras


não instalem os mesmos dentro do seu canteiro de obra, pois, seria um custo
adicionado em seu orçamento, mediante a necessidade de contratação de um
técnico de enfermagem para estar presente no mesmo, prestando os primeiros
atendimentos quando necessário. As construtoras preferem ter um carro disponível,
mediante a uma necessidade transportar o seu colaborador até o pronto
atendimento mais próximo (SAURIN; FORMOSO, 2006).

2.3.2 Áreas operacional

As áreas operacionais são os elementos que encontram diretamente a


produção, devendo ser cuidadosamente estudada quanto a suas localizações dentro
de um canteiro de obra, a fim de evitar interferências que prejudique no momento da
execução do projeto, como diz Filho e Mendes (2016, p.22) “As áreas operacionais
se destinam ao armazenamento de materiais e é o local onde as atividades
auxiliares do processo construtivo serão executadas”.
32

Segundo Lyra (2016) as áreas operacionais encontram dividida em elementos


destinados ao transporte flexível, dos poucos flexíveis, estocagem de materiais e
insumos básicos e de elementos para o processamento destes insumos.
E dentro deste contexto que a atuação do gestor deve ser redobrada quando
o quesito observado é o custo e os benefícios advindos dos mesmos, tendo em vista
que este elemento constitutivo tem sobremodo preocupado os engenheiros no que
diz respeito aos desperdícios, acumulando prejuízos financeiros, atraso de
cronograma e prejuízos ambientais (SAURIN; FORMOSO, 2006).

2.3.2.1 Almoxarifado

Este elemento deve estar presente em um canteiro de obra e encontra ligado


a área de produção, pois neste ambiente estarão presentes alguns materiais que
serão utilizados no processo de execução da obra, segundo Saurin e Formoso
(2006):

O almoxarifado abriga as funções de armazenamento e controle de


materiais e ferramentas, devendo situar-se idealmente, próximo a três
outros locais do canteiro, de acordo com a seguinte ordem de prioridades:
ponto de descarga de caminhões, elevador de carga e escritório. (SAURIN;
FORMOSO, 2006, p.66).

A logística deve ser bem estudada pelo gestor de obra na instalação dele,
pois ela deve ser criteriosamente pensada, a fim de intervir em elementos como
desperdício de tempo no transporte de materiais e na busca de ferramentas ali
abrigadas, até o local de utilização (BORGES, 2009).
De acordo com Saurin e Formoso (2006) o mesmo deve ser instalado próximo
ao ponto de descarga dos materiais a serem utilizados durante a execução do
projeto, uma que facilita aos operários ao processo de alguns destes elementos
serem acomodados no almoxarifado e outro ponto que deve ser pensado é que este
deve ser próximo ao elevador de cargas, pois também facilita a vida dos operários,
no transporte dos materiais que deverão ser encaminhado para outros pavimentos e,
por fim o mesmo autor afirma que, é bom que este esteja perto do escritório, para
que mestre de obra e responsável pelo almoxarifado possa ter uma comunicação
acerca do controle dos materiais ali depositado.
33

2.3.2.2 Escritório da obra

O escritório dentro de um canteiro de obras é visto como um elemento de


apoio técnico, ainda que esteja ligada diretamente a produção, este ambiente será o
lugar de trabalho dos gestores, dos demais engenheiros, arquitetos, mestre de obra,
estagiários, auxiliares contábeis, entre outros, trabalhando em prol ao bom
andamento da execução do projeto (BORGES, 2009).
A logística recomenda que a sua instalação seja em ponto estratégico, para
que seu ambiente seja um lugar de visualização de vários ângulos dentro do
canteiro de obras, recomenda que seja a entrada do canteiro de obra, próximo ao
almoxarifado e de frente para a obra, a fim de que engenheiro e os demais possam
estar trabalhando em cima do projeto e observando o que está sendo executado,
assim como ter um controle de que entra e quem sai do canteiro de obra. (SAURIN;
FORMOSO, 2006).

O escritório da obra deve ser localizado próximo ao acesso da construção e


tendo em vista toda a obra para que o supervisor tenha controle e fácil
percepção dos acontecimentos do canteiro. [...] O controle da obra geral fica
nas mãos dos administradores e a segurança do canteiro deve receber
devida atenção para evitar furtos, neste sentido faz-se necessário organizar
o escritório de forma que a entrada e saída sejam observadas e reguladas
de forma eficaz. (FILHO; MENDES, 2016, p. 23).

Este local dentro do canteiro de obras serve também para arquivar


documentos dos diversos departamentos, correlacionados com a obra a ser
executada, como por exemplo, licenças diversas sobre a obra, como alvará, Sema,
entre outros. Este ambiente mesmo que de caráter provisório deve aproximar ao
mesmo ambiente de caráter permanente, proporcionando aos trabalhadores um
lugar que eles possam desempenhar seu trabalho com afinco. (LYRA, 2016).

2.3.2.3 Guarita/recepção

Lugar destinado para apoio de controle de entrada e saída de pessoas e


caminhões de cargas e descargas, por isto deve ser posicionado entre um portão e
outro, assim como deve ser localizado em um ponto que dá uma visão do canteiro
de obras em toda sua extensão. De acordo com Souza (1997) além de a guarita ser
34

posicionada junto aos portões de entrada e saída de pessoas e de carga e descarga


de materiais, deve ter uma mesa de apoio para anotações de controle.

2.3.2.4 Central de carpintaria/concreto/argamassa/armação

Estas centrais estão diretamente ligadas a produção dentro de um canteiro de


obra, e podem ser construídas de acordo com o Layout determinado pela logística,
tendo em vista estarem próximos de onde poderão ser uteis. A central de
carpintarias é um local destinado ao corte de madeiras para fabricação de forma que
poderão ser utilizadas em concretagem, entre outras utilidades, como também os
escoramentos para alguns pontos, pois os de lajes foram sendo substituídas
pelos escoramentos metálicos (SOUZA et al., 1997).
Na central de concreto, ficam as betoneiras para a fabricação de concretos,
devem ficar próximas ao depósito de cimentos e argamassas, para facilitar o
transporte, sendo que no atual momento em obras de grandes portes esta central
pode estar presente dentro dos canteiros para pequenos serviços, pois a facilidade
do concreto usinado tem contribuído muito com a construção civil (SOUZA et al.,
1997).

Figura 9: Planta baixa de uma central de armação

Fonte: Souza et al. 1997. 


35

E por fim, a central de armação, é o local destinado para o corte e montagem


de ferragens, estrategicamente também deve estar próxima ao deposito, devendo
ser em local coberto, evitando as intempéries naturais que podem causar alguns
prejuízos aos materiais utilizados dentro dela (SOUZA e al., 1997).
O conhecimento destes elementos que compõem um canteiro de obras é de
suma importância para o engenheiro, que irá gerenciar a obra, dando condição ao
mesmo segurança no planejar o layout do canteiro, tendo em mãos as diversas
fases que ele irá passar dentro de uma execução de um projeto, possibilitando a
logística, garantindo o armazenamento, processamento e materiais sempre disposto
aos operários no decorrer da obra.

2.4 PLANEJAMENTO DE UM CANTEIRO

Ao buscar pelo significado do termo planejamento, os dicionários no arremete


que este é um termo derivado do latim “planus”, ou “planum”, que trás em seu
conceito o significado de “achatado, nivelado”, “superfície lisa”, que ao ler de forma
isolada parece que não possui uma significativa aliada ao seu fim utilizado, mas,
dentro de uma perspectiva mais profunda, pode ser delineado que se trata da ação
de preparar um trabalho, ou um objetivo, de forma sistemática; planificação, logo,
planificar, organizar a atividade em uma superfície plana de forma que o objetivo
final possa ser previsto de forma clara (DICIONÁRIO ONLINE).
Planejar dentro dos diversos ângulos e estruturas da vida em sociedade
possui diversas intencionalidades e, dentro da perspectiva da engenharia, ele
também possui seu papel em colaborar com sua ideia de organizar de forma
sistemática um projeto de forma alcançar o objetivo final. No que tange ao
planejamento de um canteiro de obras, esta ação encontra voltada para uma
estruturação logística dos elementos construtivos de um canteiro, ou seja, planejar o
layout deste, que envolve melhor localização de cada elemento, dando o local
adequado para estocagem, das áreas de trabalho, de equipamentos, de materiais,
das instalações de segurança, do melhor sistema de movimentação e
armazenamento dos materiais a serem utilizados dentro deste (FRANKENFELD,
1990).
36

Segundo Tommelein (1992) o intuito do planejamento voltado para os


canteiros dentro de uma obra, possui o objetivo de utilizar de forma consciente e
organizada o espaço físico disponível em uma obra, com a intencionalidade que
ocorra uma sincronia perfeita entre todos os elementos que fazem parte de um
canteiro e o desempenho da ação humana, buscando ofertar segurança e eficiência
nas ações realizadas dentro destes, sendo que, o autor descreve que um bom
planejamento dentro de um canteiro deve visar:
*Segurança dos trabalhadores;
*Organização visual dos canteiros;
*Organização e distribuição do tempo;
*Evitar deslocamento desnecessários;
*Organização de forma evitar obstrução aos operários e transporte de
materiais.
Tendo essa visão, observa a importância do conhecimento prévio da tipologia
de cada canteiro e, da necessidade da instalações dos elementos que comporão
este, em concordância a duração e estrutura do projeto a ser executado, por parte
do engenheiro e dos demais envolvidos no processo, por isso que Saurin e Formoso
(2006) destaca que um planejamento de um canteiro deve ser encarado como
primordial dentro de um processo construtivo, cabendo aos responsáveis, coletar
todos os dados possíveis para elaborarem um planejamento adequado, garantindo
um processo executivo com menor indicie de imprevisto. Por isto eles acreditam ser
eficiente seguir algumas etapas para o planejamento, sendo: Diagnóstico de
canteiros de obra existentes; Padronização das instalações e dos procedimentos de
planejamento; Planejamento do canteiro de obras propriamente dito e manutenção
da organização dos canteiros, baseando-se na aplicação dos princípios dos
programas 5S.
Dentro do diagnóstico dos canteiros, os responsáveis pelo canteiro devem
realizar um checklist, elaboração de croqui do layout e registro fotográfico. Por
intermédio do checklist, Saurin e Formoso (2006, p. 24) destacam ser possível
verificar “uma ampla análise qualitativa do canteiro, no âmbito da logística e do
layout, segundo os seus três principais aspectos: instalações provisórias, segurança
no trabalho e sistema de movimentação e armazenamento de materiais”.
Algumas construtoras possuem canteiros fixos, de onde transportam para as
obras em execução os elementos necessários para o desempenho da obra, mas,
37

sempre há necessidade de instalação de alguns elementos no local da obra, visando


o bom desempenho das ações realizadas. Sendo que, existem algumas opções da
instalação destes elementos dentro do canteiro, sempre seguindo a verificação e
análise das opções que será viável para a construtora, verificando sempre, custos
de aquisição, custos de implantação, custos de manutenção, reaproveitamento,
durabilidade, facilidade de montagem e desmontagem, isolamento térmico e impacto
visual (SAURIN; FORMOSO, 2006).
No que se refere a segurança dentro dos canteiros de obras, a construção
civil é regulamentada pela Norma Regulamentadora - NR 18, que dispõe sobre
condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção.

A Segurança do Trabalho corresponde ao conjunto de ciências e


tecnologias que tem por objetivo proteger e preservar a integridade física do
trabalhador em seu ambiente de trabalho, buscando minimizar e/ou evitar
acidentes de trabalho e doenças ocupacionais que tem como base as
normas regulamentadoras, sendo entre elas a mais importante a NR-18
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Industria da Construção que
tem por finalidade estabelecer diretrizes que objetivam a implementação de
medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos,
nas condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção
(SENA, 2019, p.13).

A intencionalidade da observação destas normas, é prevista de forma legal,


tendo em vista que o Brasil é considerado um país com alto indicie de acidente de
trabalho dentro dos canteiros de obras, sendo que, a maioria destes poderiam ser
evitados mediante cumprimento e observação das normas que regulam o setor
(RODRIGUES, 2013).
No que tange a movimentação e armazenamento de materiais, Saurin e
Formoso (2006) recomendam ser observado algumas diretrizes, visando, organizar
de forma logística a fim de garantir melhor desempenho das ações construtivas
dentro do canteiro. Onde de acordo com os autores, para melhor desempenho da
ação executiva de um projeto, dentro de um planejamento de canteiro, no quesito a
movimentação e armazenamento de materiais disponibilizados para a obra, as
diretrizes observada devem ser: dimensionamento das instalações, definição do
layout das áreas de armazenamento, posto de produção de argamassa e concreto,
vias de acesso, disposição do entulho, armazenamento de cimento e agregados,
armazenamento de blocos e tijolos, armazenamento de aço e armaduras, e
armazenamento de tubos de PVC. Sendo um item muito relevante dentro de um
38

canteiro de obras, tendo em vista ao alto indicie de desperdício de materiais


apontados dentro dos canteiros frente a ineficiência de uma instalação correta e
logística deste item dentro de um canteiro (BESSLER, 2017).
No quesito dimensionamento das instalações dos elementos que podem ser
utilizados para o transporte de materiais dentro de um canteiro de obras, geralmente
adotados em grandes execuções, dependerá dos materiais e elementos utilizados
no desempenho da obra, sendo, portanto, necessário uma avaliação de todos esses
itens, para não ocorrência de instalações de elementos que demanda um alto custo
sem uma finalidade extensiva ao processo de construção (LICHTENSTEIN, 1987).
Para Saurin e Formoso (2006) os dimensionamentos adotados para
transporte e armazenamento devem obedecer aos seguintes requisitos:

Quadro 1: Dimensionamento de armazenamento e transporte de materiais

Elevador de carga as dimensões em planta de 1,80 m x


2,30 m são as mais usuais para torres
metálicas de elevadores de carga;
Roldana louca e tambor do guincho: deve estar compreendida entre 2,5 m e
3,0 m (NR-18), devendo ser
considerada para estimar a posição do
guincheiro;
Baias de agregados as baias devem ter largura igual ou
pouco maior que a largura da caçamba
do caminhão que descarrega o material,
enquanto as outras dimensões (altura e
comprimento) devem ser suficientes
para a estocagem do volume
correspondente à uma carga.
Estoques de cimento dimensões do saco de cimento:
0,70 m x 0,45 m x 0,11 m (altura);
altura máxima da pilha: 10 sacos.
No caso de armazenagem inferior a 15
dias a NBR 12655 (ABNT, 1992)
permite pilhas de até 15 sacos;
Estoque de blocos O estoque deve utilizar o espaço
cúbico, limitando, por questões de
ergonomia e segurança do operário, a
altura máxima da pilha em
aproximadamente 1,40 m;
Caçamba tele entulho dimensões usuais em planta de
caçambas tele entulho são de 1,60 m x
2,65 m;
Bancada de fôrmas a bancada deve possuir dimensões em
39

planta que sejam pouco superiores às


da maior viga ou pilar a ser executado;
continua....

Portão de veículos o portão deve ter largura e altura que


permitam a passagem do maior veículo
que entrará por ele na obra, no decorrer
de todo o período de execução.
Usualmente a largura de 4,00 m e a
altura livre de 4,50 m são suficientes;
Caminhões de transporte de madeira Dimensões usuais são as seguintes:
raio de curvatura: 5,00 m;
largura e comprimento do veículo: 2,70
m x 10,00 m;
Caminhões betoneiras dimensões usuais desses caminhões
são as seguintes:
raio de curvatura: 5,00 m;
largura e comprimento do veículo: 2,70
m x 8,00 m
Fonte: Saurin; Formoso, 2006, p.75-77.

Segundo Lichtenstein (1987) no requisito transporte de materiais, este pode


ocorrer de forma horizontal e vertical, sendo estes demonstrado de forma bem
simples no quadro 2 abaixo:

Quadro 2: Tipos de transportes verticais e horizontais

Movimento horizontal • Girica


• Carro porta pallet
• Pá carregadora
Movimento vertical • Gruas ascensionais
• Gruas estacionárias
• Bombas de concreto e
argamassa
Fonte: Baseado em Lichtenstein,1987.

Ao ser requerido sobre o ponto de estoque dos materiais dentro de um


canteiro de obra, durante o processo de construção, é apontado que, estes devem
ser devidamente acomodados de forma que garanta um melhor transporte (logística)
a fim de garantir melhor produtividade e redução do desperdício.
Ainda relacionado a transporte e movimentação de materiais, um ponto a ser
40

observado na organização dos canteiros e referenciado no layout do canteiro é o


posicionamento das betoneiras, estas devem estarem próximas ao estoque de areia,
cimento, brita, cal e argamassa ensacada ou pré-misturada, além de serem
cuidadosamente instaladas próximas aos elevadores, objetivando minimizar a
circulação dos carinhos por vias com fluxos de pessoas e de materiais (SAURIN;
FORMOSO, 2006).
Dentro desta visão Santos (1995) declara para que, um sistema de
armazenamento de materiais em um canteiro de obra ocorra de forma eficiente deve
ser observado, os seguintes requisitos: local para estocagem adequado;
dimensionamento em função da programação da produção, visando a redução do
estoque; e controle de entrada e saída de materiais, assim como de quantidades
existentes, com procedimentos padrão e a definição de um responsável para esta
atividade.
No que tange a transporte de resíduos, este item, possui uma vertente
elevada de preocupação dentro do setor construtivo, uma ligada ao desperdício,
frente a desorganização e falta de questão logística e gestão dentro dos canteiros e
outro ponto, é relacionado ao impacto ambiental decorrente do descarte incorreto
dos resíduos construtivos. Segundo Blumenschein (2007) são classificados como
resíduos e entulhos, tijolos, blocos cerâmicos, concretos, resinas, colas, tintas.
Madeiras, argamassas, gessos diversos, vidros, sacarias provenientes de materiais
utilizados no processo de construção, na reforma ou no preparo do solo para
edificação.

Para que se consiga promover uma gestão de resíduos adequada é


necessário que todos os agentes (equipe técnica e gerencial da obra,
operários, empreiteiros e direção da empresa) estejam comprometidos com
a nova proposta, pois todos precisarão contribuir para o sucesso da gestão
dos resíduos. O comprometimento dos diversos envolvidos dependerá de
treinamento e respeito às novas condições necessárias para a limpeza da
obra, segregação e destinação responsável dos resíduos. (SEBRAE;
SENAI; GTZ, S/A, p.40).

Para uma descarga desses entulhos dentro do canteiro de obra, em obras


planas, são realizados os descartes por intermédio de caçambas coletoras dispostas
em pontos estratégicos dentro do canteiro e, em obras com pavimentos, os tubos
coletores, é uma estratégia muito utilizada, sendo que, “[...] os tubos coletores
devem ser de material resistente (como madeira, plástico ou metal), com inclinação
41

máxima de 45º e fixadas à edificação em todos os pavimentos (SAURIN;


FORMOSO, 2006, p. 83).
Quanto ao armazenamento de matérias, Bonin et al. (1993) descreve que,
para armazenar cimento, deve ser observado os seguintes critérios:

Quadro 3: Critérios para armazenar cimento

Ser colocado um estrado sob o estoque para evitar a ascensão de umidade do


piso;
O estrado deve estar localizado em área com piso ou contrapiso nivelado,
podendo este ser constituído por uma chapa de compensado com 20 mm de
espessura apoiada sobre pontaletes de madeira à 30 cm do solo;
As pilhas devem estar a uma distância mínima de 0,30 m das paredes e 0,50 m do
teto do depósito para evitar o contato com a umidade e permitir a circulação do ar;
No caso de absoluta impossibilidade de dispor-se de locais abrigados, manter os
sacos cobertos com lona impermeável e sobre estrado de madeira;
Evitar o uso de lona plástica de cor preta em regiões ou estações de clima quente;
As pilhas devem ter no máximo 10 sacos. Uma boa prática é pintar nas paredes
do depósito ou em paredes / pilares adjacentes uma faixa na altura
correspondente a 10 sacos empilhados. No caso de armazenagem inferior a 15
dias, a NBR 12655 (ABNT, 1992) permite pilhas de até 15 sacos;
É recomendável que em frente ao depósito seja colocado um cartaz indicando a
altura máxima da pilha (em sacos) e a distância mínima da pilha em relação as
paredes e ao teto;
Quando a temperatura do cimento entregue superar 35°C, manter as pilhas com
no máximo 5 sacos e afastadas pelo menos 50 cm umas das outras;
em canteiros nos quais existirem grandes estoques deve-se adotar a estocagem
do tipo PEPS (primeiro saco a entrar é o primeiro a sair), de forma a possibilitar o
consumo na ordem cronológica de recebimento
Fonte: Bonin et al., 1993.

Para armazenar agregados miúdos, como pedras, britas e areia, os mesmos


autores descrevem que alguns requisitos necessários para evitar desperdícios e
perdas são necessários, tais como:
42

Quadro 4: Armazenamento de agregados miúdos

Construir baias com contenções no mínimo em 3 lados, com cerca de 1,20 m de


altura;
as pilhas de agregados devem ter altura até 1,5 m, a fim de reduzir o gradiente de
umidade delas;
continua...
Caso as baias se localizem em local descoberto, sujeito a chuva e / ou queda de
materiais, deve ser colocado um telheiro de zinco ou uma lona plástica sobre elas;
A largura das baias deve ser no mínimo de 3 m (igual a largura da caçamba do
caminhão);
Caso as baias não se localizem sobre uma laje, deve ser construído um fundo
cimentado para evitar a contaminação do estoque pelo solo;
Deve ser providenciada uma drenagem das baias para minimizar o problema de
variação de umidade do agregado. Esta drenagem pode ser feita inclinando-se o
fundo cimentado da baia em sentido contrário ao da retirada do material;
Uma outra opção, caso não se deseje fazer o fundo cimentado, pode ser
desprezar os últimos 15 cm das pilhas, sendo estes depositados em solo
previamente inclinado.
Fonte: Bonin et al., 1993.

Para blocos e tijolos, os critérios são:

Quadro 5: Armazenamento de blocos e tijolos

Local de estoque, limpo e nivelado, para garantir a estabilidade das pilhas;


Os blocos e tijolos devem ser separados por tipo;
Altura das pilhas devem possuir no máximo 1,40 m de altura, de acordo com o
Instituto Nacional de Tecnologia (INT, 1988);
Local coberto ou então possuir cobertura com lona plástica, a fim de diminuir as
variações dimensionais dos materiais;
Se possível demarcar a área do estoque com pintura no piso. A altura máxima da
pilha também pode ser demarcada em paredes ou pilares adjacentes;
No estudo de layout do canteiro deve-se procurar que os materiais sejam
descarregados o mais próximo possível do local de uso, ou sejam descarregados
o mais próximo possível do equipamento de transporte vertical;
Buscar que, os materiais estejam paletizados, para facilitar o transporte através de
carrinhos porta-pallets associados com grua ou elevador de carga para transporte
43

vertical. Entretanto, caso não se disponha de paletização, a utilização de carrinhos


porta-blocos é recomendada para reduzir o tempo e o esforço gasto em transporte
Fonte: Bonin et al., 1993.

O armazenamento de ferros e aços, envolve questões relacionadas ao local


da ocorrência dele, tendo em vista alguns fatores que poderão influenciar de forma
direta sobre eles. Em locais como regiões próxima ao mar e industrias, o
armazenamento destes, deve ser viabilizado em galpões e coberto com lona
plástica, sendo recomendável ainda pintar as barras com nata de cimento de baixa
resistência ou cal e, em locais com a umidade relativa do ar alta, estes devem ser
envolvidos por lona plástica, sobre madeira e longe 30 cm do solo. Tendo sempre o
cuidado de acondicionar elas de acordo com o diâmetro ou polegada e, quando não
existir a possibilidade de acondicionarem de forma horizontal, estes podem ser
estocados de forma vertical, por ganchos fixados na parede (SAURIN; FORMOSO,
2006).
Para armazenar tubos de PVC, os autores descrevem que os requisitos a
serem observados são:

Quadro 6: Armazenamento de tubos PVC

Devem preferencialmente ser armazenados no almoxarifado em armários que


permitam separação entre as diferentes bitolas, atentando que os tubos de PVC
podem ter comprimento máximo de 6,0 m;
etiquetar com identificação da respectiva bitola;
Fora do almoxarifado, ele deve situar-se em local livre da ação direta do sol ou
então possuir cobertura com lona;
Os tubos de PVC também podem ser acomodados em ganchos fixados nas
paredes, de forma similar a utilizada para barras de aço.
Fonte:Saurin; Formoso, 2006.

A organização de forma planejada de um canteiro, encontra aliada ao


requisito de obtenção de resultados positivos dentro do processo construtivo, tendo
a intencionalidade de ofertar a todos envolvidos no processo melhor condições de
trabalho e consequentemente agilidade nas ações desempenhadas dentro do
canteiro.
44

2.5 A LOGÍSTICA ALIADA A GESTÃO NOS CANTEIROS DE OBRAS

O ato de gerenciar empreende a ação de organizar, planejar caminhos que


possibilite maior facilidade ao processo de qualquer trabalho que esteja sendo
desenvolvido. Dentro do campo administrativo, a gestão tem seu início com as
teorias administrativas que procuraram organizar de forma sistematizada o trabalho,
com intuito de alcançar os objetivos traçados e desperdícios, é vista como, “um
conjunto de práticas e de atividades fundamentadas sobre certo número de
princípios que visam uma finalidade [...]. (CHANLAT, 1999, p. 31).
No campo da Engenharia Civil, muitos avanços ocorreram desde dos tempos
primórdios e, consequentemente passou a existir a necessidade de um
gerenciamento adequado das obras executadas de forma a atender a demanda da
sociedade contemporânea, transferindo assim muitos conceitos com sua
aplicabilidade da ciência administrativa para a engenharia, de forma que hoje
existem cursos específicos voltados a esta área como forma de atender as
necessidades que surgem no cotidiano da construção civil, tendo em vista que,
gerenciar uma obra significa administrar, simultaneamente, o cumprimento do
cronograma e a previsão financeira, gerindo profissionais que têm formações e
práticas diversas. (NAKAMURA, 2014).
Um projeto para ser executado exige em suas diferentes etapas de
acompanhamento, de forma que, ao final, todos possam estar em perfeita sincronia
e, o trabalho do gestor é de ajustar todas estas etapas de forma que os objetivos
traçados sejam atingidos, pois como declara Silva (2011, p.22) “o estudo, a análise,
o planejamento e o gerenciamento, como também o comprometimento dos
envolvidos, (gerentes e funcionários) o resultado esperado, será o êxito do
empreendimento”.
Dentro do processo de gerenciar obras o gestor pode contar com duas
vertentes, sendo uma forma total, onde ele terá em seus cuidados todos os
processos a serem executados em um projeto e, o gerenciamento parcial, onde o
gestor terá apenas algumas responsabilidades, este tipo de gerenciamento deve ser
estabelecido no momento da contratação do serviço entre contratado e contratante
de forma que, se alguns percalços surgirem às partes envolvidas deve revisar os
pontos que lhe são destinados (NISKIER; BLOIS, 2003).
45

Em meio as mudanças que ocorrem em toda a sociedade, e eminente que em


todos os setores e segmentos elas serão observadas, algumas com maior rapidez e
eficiência outras de forma mais lenta, mas nem por isto deixarão de ser eficiente.
Dentro da construção civil, desde o período Paleolítico, muitas mudanças ocorreram
e, em meio a uma sociedade tecnologicamente evoluída, a mesma também tem sido
alvo de diversas mudanças, algumas com certas resistências, enquanto outras
foram instauradas de forma sorrateira (MARTINS, 2003).
O gerenciamento de obras são mudanças que vem sendo implantado de
forma bem recente, tendo como objetivo auxiliar engenheiros no cumprimento de
execução de projetos com um custo inferior ao que vinha ocorrendo e, também
como forma de atender a sociedade imediatista que prolifera o século XXI (PRADO;
AMARAL; TOLEDO, 2001).

2.5.1 GERENCIAMENTO DE OBRAS

Como já descrito acima sobre a importância do gerenciamento de obras para


a execução de um projeto e, dentre a etapas do gerenciamento um dos pontos que
também deve ser cuidadosamente observado pelos gestores de obras é o canteiro
de obras, tendo em vista que em seu contexto ocorre grande parte da execução de
um projeto e, muito entrave vem sendo apontados dentro do mesmo, sendo um
campo a ser estudado e de preocupação no que tange ao trabalho do gestor de
obras (MENDES JÚNIOR, 1999).
O canteiro de obras é citado como um dos entraves no cumprimento da
execução do projeto. Segundo Pinto (1984) o atraso na entrega da obra e a baixa
produtividade estão relacionados a ausência ou má administração de canteiros de
obra.
Dentro de uma construção civil, o canteiro de obras deveria ser um dos
principais projetos valorizado pelos engenheiros, pois da sua estruturação e
gerenciamento dependerá a execução de um projeto arquitetônico, mas infelizmente
esta não é uma realidade condizente dentro de várias obras, inclusive de grandes
obras, que não tem preocupado com este requisito, que pode contribuir diretamente
no projeto de construção ou grandes reformas. (SILVA; CARDOSO, 2000).
46

Embora seja reconhecido que o planejamento do canteiro desempenha um


papel fundamental na eficiência das operações, cumprimento de prazos,
custos e qualidade da construção, os gerentes geralmente aprendem a
realizar tal atividade somente através da tentativa e erro, ao longo de muitos
anos de trabalho (SAURIN; FORMOSO, 2006, p.14).

Tendo em vista estes entraves apresentados, dentro deste estudo de


gerenciamento de obras o canteiro de obras, foi escolhido para ser estudado, tendo
em vista que um gerenciador de obras deve ter conhecimento das particularidades
existentes que envolvem o sucesso de uma obra e, se ele é visto como um dos
entraves no decorrer da execução de um projeto, cabe ao gestor de obras verificar o
que deve ser realizado a fim de criar ações que propicie melhoras ou sane o
problema existente (SILVA, 2011).
Um processo que solidificou com a filosofia japonesa criada após a 2ª Guerra
Mundial, baseada no sistema Toyota de produção, que utiliza a logística para
aumentar o fluxo de produção e reduzir desperdício e custos. A logística é um
conceito voltado para o processo de movimentação dentro de uma empresa, ou
seja, como descreve Bowersox e Closs (2001, p.19) “Logística é o processo de
planejamento, implementação e controle eficiente e eficaz do fluxo e armazenagem
de mercadorias [...] desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o
objetivo de atender as necesidades dos clientes.”

Logística é o processo de planejar, executar e controlar o fluxo e


armazenagem de forma eficaz e eficiente em termos de tempo, qualidade e
custos, de matérias primas, materiais em elaboração, produtos acabados e
serviços, bem como as informações correlatas, desde o ponto de origem até
o ponto de consumo (cadeia de suprimentos), com o propósito de assegurar
o atendimento das exigências de todos os envolvidos, isto é, clientes,
fornecedores, acionistas, governo, sociedade e meio ambiente. (GASNIER,
2002, p.17).

De acordo com Ballou (2001) a globalização da economia fez com que a


logística passou a ser um critério valorizado dentro das empresas, por intermédio da
mesma, ele podem organizar de forma planejada e estratégica, a fim de
proporcionar tanto a empresa como ao cliente satisfação e ganho, pois a mesma
oferta condições mais econômicas desde produção a entrega do consumidor final.
Já para Bowersox e Closs (2001, p. 21) ”. Embora os custos logísticos sejam
significativos, o foco de interesses não está na contenção dos custos, mas na
47

competência logística que algumas empresas desenvolveram para criar vantagens


competitivas. ”
Tornando, portanto, um dos processos mais visados dentro das empresas,
com intuito de diminuir custo e mesmo assim agregar valor as mesmas, por
ofertarem um produto à altura das exigências do cliente em tempo hábil e a um
preço flexível, por aplicar o processo dentro delas. E, isto também não se difere em
empresas da construção civil, devendo elas atentar para a necessidade atual de
implantar atitudes diferenciadas dentro de seu contexto, a fim de favorecer com um
melhor desempenho de suas funções, pois os conceitos logísticos serão
implantados dentro do seu contexto de desempenho (VIEIRA, 2006).
A logística aplicada a construção civil constitui em uma abordagem voltada
para aplicação dos conceitos dela de forma a extinguir características impregnadas
dentro do setor e que não são favoráveis no presente contexto de globalização
econômica. Dentro do setor civil, pode ser notado características peculiares em uma
grande proporção de obras como, desperdício, improviso e atrasos, todos
decorrente da ausência de um planejamento, objetivo primordial dentro da logística
(NETO, 2014).

No Brasil, apenas nos anos 90, estes conceitos de logística começam a ser
aplicados no âmbito da construção civil. O alvo da logística neste setor é
gerenciar os fluxos entre pontos de trabalho, pondo a disposição o material
adequado, no lugar necessário, respeitando quantidades solicitadas e
controlando o custo. (BARROS, 2016, p.10).

De acordo com Vieira (2010) quando os conceitos logísticos são implantados


dentro da construção civil, ocorre um planejamento de todos os processos que
envolve a execução de uma obra desde a planta a entrega da obra, envolvendo
aquisição de matérias, fornecimento e manutenção de equipamentos,
armazenamento de matéria prima e controle de mão de obra, entre outros pontos, a
fim de evitar problemas que são nítidos e comumente observado dentro deste setor
(FRANCO, 1992).
E, assim como os demais setores produtivos e de prestação de serviços tem
adotados a este processo mediante a uma necessidade advinda da globalização
econômica, a construção civil também não deve ausentar de aplicar a mesma ao
seu contexto, tendo em vista que mesmo em obras que não aplicam a mesma em
48

totalidade, percebem que um canteiro de obra bem planejado, organizado,


desencadeia em resultados satisfatórios a construtora e do cliente (SAURIN, 1997).

Com o planejamento logístico, é possível reduzir a mão de obra de serventia


da obra, que é comumente utilizada no dia a dia pelo mestre para trabalhos
como transporte de materiais e outros. É possível também planejar o próprio
transporte, se com guincho ou grua. A economia acontece em itens que não
são possíveis medir, que são ganhos puramente indiretos. (BARROS, 2016,
p.11).

Cabe a este setor realmente perceber que é uma necessidade e não apenas
uma inovação passageira, tendo em vista que a sua aplicação pode servir como
diferencial em relação as demais empresas do mesmo setor, pois poderão ofertar
um trabalho em tempo recorde, ou seja otimizando o tempo, por intermédio de
planejar de forma correta o melhor caminho para a execução da obra. Pois de
acordo com Vieira (2006, p.16) “o ambiente mercadológico da construção vem nos
últimos anos sofrendo mudanças significativas, onde a concorrência do mercado,
antes quase inexistente, hoje se manifeste através de uma ação competitiva mais
forte. ”
De acordo com Tommelein (1992) para que estas vantagens ocorram, tanto
de cunho operacional, como econômica, é necessário que engenheiros, mestre de
obra, em geral, possuam um conhecimento detalhado de todos os passos e
caminhos a serem percorridos para o desfecho final de uma obra.

Atualmente no Brasil o setor de construção civil trabalha de forma muito


artesanal, fazendo com que existem muitas indefinições se comparada com
a indústria automobilística, por exemplo. Isto acaba por gerar dificuldade na
previsão das atividades e consequentemente o planejamento deve ser mais
flexível com relação às mudanças e repactuações. Para isto os envolvidos
no projeto devem acompanhar muito de perto o andamento da obra.
(BARROS, 2016, p.12).

No contexto atual é necessário que os responsáveis pela obra tenham em


mãos um estudo detalhado, com diversas possibilidades para execução de um
projeto, tendo dentre definido as medidas necessárias para que a execução do
mesmo ocorra sem imprevistos, mas se estes ocorrerem deve os mesmos ter
alternativas viáveis, a fim de evitar prejuízos às construtoras e até mesmos para os
engenheiros e responsáveis (SILVA, 2011; NETO, 2014).
49

No âmbito da Construção civil, “o processo de planejar, implementar,


integrar e controlar, de forma eficiente e eficaz, o fluxo de recursos materiais
e humanos, de serviços, de armazenagens e de informações associadas, a
partir dos fornecedores até o cliente final, objetivando, com isso, o
atendimento às necessidades desse cliente. Deve-se destacar que entre os
extremos "fornecedores" e "cliente final" existe uma gama muito grande de
"clientes intermediários" dentro da cadeia de suprimentos, que devem ser
atendidos coordenados e integrados com o mesmo interesse, pois somente
assim os 16 objetivos pretendidos serão alcançados. ” (VIEIRA et al., 2006
apud BARROS, 2016, p.15).

Os conceitos logísticos podem ser aplicados dentro da construção civil, da


mesma forma que na administração, atuando na cadeia de suprimentos, no canteiro
de obras e de forma integrada. Dentro das empresas demais empresas, a cadeia de
suprimento é formada por fornecedor, fabricante, distribuidor, varejista e cliente,
englobando todo o processo que age de forma direta ou indireta no processo
produtivo de um produto ou de um serviço. (COPRA; MEINDL, 2003).

[...] uma cadeia de suprimentos (supply chain) é constituída pelo conjunto de


organizações que mantém relações mútuas desde os fornecedores
primários até os consumidores finais de um fluxo logístico, criando valor na
forma de produtos e serviços. (GASNIER, 2002, p. 20).

Voltada para o setor da construção civil, a logística de suprimentos, vai estar


relacionada ao fornecimento de recursos materiais e humanos, envolve a aquisição
de produtos, envolvendo fornecedores, sendo preciso ocorrer uma gestão entre
estes, assim como com os transportes a fim de evitar a programação prevista dentro
do planejado (NETO, 2014).
Segundo Vieira (2016) a logística dentro deste setor visa aquisição de
materiais observando o sistema “just in time” a fim de evitar esperas infindas da
chegada de material, tendo em vista que na logística também foi planejado o mínimo
de estocagem, a fim de evitar inúmeros fatores como perca, desperdícios entre
outros.

O conceito de gestão de suprimentos tem atraído empresas e


pesquisadores, visto como uma forma de coordenar as ações das empresas
com outras empresas que influenciam o sucesso de seu negócio. Esta
qualidade parece ser especialmente relevante no contexto da construção
civil, onde o sucesso dos projetos usualmente depende da cooperação entre
várias empresas distintas. No entanto, a aplicação deste conceito á
construção civil tem sido bastante limitada até ao presente momento. De
acordo com estudos recentes, as principais razões para tanto são a pobre
compreensão do contexto pelas empresas de construção, e as
50

peculiaridades que caracterizam a atividade desta indústria. (ISATTO, 2005,


p.17).

A logística voltada para o canteiro de obras, procura cuidar da gestão dos


fluxos, físicos e de informação dentro dele no processo de execução do projeto da
obra. De acordo com Cardoso (2006) a primeira está ligada ao planejamento
detalhado dos fluxos de execução dos serviços e dos seus mecanismos de controle,
enquanto no fluxo de informação a mesma irá gerenciar todos os agentes que
interagem no processo produtivo.

A logística do canteiro trata da gestão dos fluxos físicos e dos fluxos de


informações ligados à execução dos serviços no canteiro de obras. São
considerados importantes para este tipo de logística: gestão dos fluxos
físicos ligados à execução; gestão da interface entre agentes que interagem
no processo de produção do edifício; gestão física da praça de trabalho
(implantação do canteiro, movimentação interna; zonas de estocagem,
zonas de pré-fabricação, atendimento aos requisitos de segurança).
(GAZABIM, 2010, p.9).

De forma sucinta percebe que em uma proporção elevada a logística não é


um habito usual dentro das construções, e que de forma bem tímida ela vem sendo
implantada em muitas construtoras que têm percebido a importância dela para o
setor, tendo em vista que sua implantação não deve mais ser considerada um mero
detalhe, percebendo que a logística quando implantada dentro de cada cadeia
produtiva, resulta em um diferencial para elas (NETO, 2014).
Um estudo detalhado da planta de um projeto, pode não gerar um orçamento
preciso, mas, pode conceder aos interessados uma visão mais significativa de
antemão dos custos que a execução dela poderá ter, a fim de valorizar o trabalho
executado e gerando resultados positivos, tanto aos clientes como aos construtores.
Pois é de conhecimento dos interessados na área que a construção civil é um setor
que tem gerado maior desperdício em seu processo produtivo e, isto não pode
perpetuar, a necessidade de uma construção enxuta tem sido cobrada, a fim de
evitar superfaturamento e gastos desnecessários (SAURIN; FORMOSO, 2006;
RODRIGUES, 1995; LIMMER, 1997).
Segundo Souza (2006) o vilão da construção civil e o desperdício e isto e
causado por diversos fatores como superprodução, deficiência no transporte interno
e externo, falta de supervisão e controle do estoque, por substituição, pelo uso
inadequado de materiais indevidos, falta de acompanhamento do serviço executado.
51

Fatores este, que englobam o conceito logístico dentro do setor e que deve ser
adequado a situação em eminência, a competividade, que paulatinamente tem
invadido o mesmo e questões econômicas, advindas da crise e da globalização.
Sendo, portanto, necessário as construtoras e construtores em geral,
preocupar com a implantação dela dentro do seu campo de trabalho, visando um
diferencial, pois somente assim poderá aliar baixo custo na execução da obra, aliado
a otimização de cada processo (SOUZA, 2006).
Um fator recente e que pode ser incluindo no serviço de gestão dentro dos
canteiros de obras, refere aos cuidados que as construtoras devem estar prestando
no cuidado a gestão de seu pessoal no combate ao Corona Vírus, trabalhando pela
saúde dos trabalhadores, pela empregabilidade e pela manutenção das atividades
da construção.
De acordo com a SINDUSCON-SP (2020) o inicio da pandemia é originaria da
China, o novo coronavírus (denominado SarsCov-2) provoca uma doença, a Covid-
19, que pode ser assintomática, mas também pode causar uma síndrome aguda
respiratória grave em pessoas de todas as idades, especialmente em idosos,
levando a óbito. Devendo estar atentos aos sintomas por serem estes semelhantes
aos da gripe, como febre, tosse, dificuldade respiratória, coriza, dor de garganta e,
nos casos mais graves, pneumonia e insuficiência respiratória. O período de
incubação costuma ocorrer de 2 a 14 dias. Contaminada, a pessoa passa a
transmitir o novo coronavírus, mesmo que esteja assintomática. Sem encontrar
defesas, o vírus se propaga com muita rapidez e facilidade.
Tendo o País já um processo de vacinação na intencionalidade de minimizar
a taxa de mortalidade e erradicação da doença é válido ressaltar que este processo
vem sendo realizado por etapas e, portanto, sendo necessário que medidas
protetivas ainda sigam sendo tomadas dentro dos canteiros com o objetivo de
proteção e cuidado do pessoal que diretamente envolvidos em obras nos canteiros.
Para um trabalho saudável e seguro nos escritórios e nos canteiros de obras,
SindusCon-SP, Seconci-SP e Sintracon-SP elaboraram uma lista de
recomendações, distribuídas em folhetos e cartazes nos canteiros de obras. São as
abaixo especificas para os canteiros de obras: limitar o número de pessoas
trafegando nos elevadores fechados (até 2 colaboradores) e nas cremalheiras (até
4); aumentar o número de turnos no café da manhã, no almoço e nos banhos, para
evitar aglomerações; orientar o uso de máscara e a higienização frequente das
52

mãos e dos EPIs; determinar aos gestores de contratos e aos subcontratados que
notifiquem qualquer afastamento que ocorrer por suspeita da doença. Certamente
estas e outras medidas ajudarão a preservar a saúde dos colaboradores e
familiares, manter a continuidade das atividades e colaborar para que a pandemia
não se espalhe rapidamente e ameace de colapso o sistema público de saúde
(SINDUSCON-SP; 2020).
Há o alerta ainda sobre o recebimento dos materiais em canteiros de obras,
sendo recomendado, evitar o contato direto com o entregador – o distanciamento
mínimo deve ser respeitado, 1,5cm, “Tanto o entregador quanto a pessoa que
receber a encomenda devem usar equipamento de proteção como máscaras e
luvas”, referência José Bassili, gerente de Segurança Ocupacional do Seconci-SP
(Serviço Social da Construção) (SINDUSCON-SP; 2020).
Ainda de acordo com a SINDUSCON-SP (2020) a administração da obra
deve definir um local para que as entregas sejam realizadas. Posteriormente o local
precisa ser esterilizado, ocorrendo a necessidade de se assinatura de comprovantes
de recebimento, o ideal é utilizar caneta e prancheta próprias e não os itens do
entregador, e higienizar as mãos antes e depois do recebimento. O próximo passo é
higienizar as embalagens com álcool e descartá-las o mais rapidamente possível.
Eles ainda recomendam, medir a temperatura e encaminhar ao médico quem
apresentar sintomas; usar máscara e manter distância mínima de 2 m entre as
pessoas; lavar constantemente as mãos principalmente após usar o banheiro; não
levar a mão aos olhos, nariz e boca; higienizar o celular com álcool e não colocar a
mão no rosto ao usar o aparelho; higienizar as ferramentas de trabalho
compartilhadas; não compartilhar garrafas de café ou água, copo e talheres; limpar
com frequência as áreas de convivência; dividir as equipes em turnos nos horários
de refeições; manter as janelas abertas durante as atividades em ambientes
fechados; tomar banho antes de sair da obra; ir diretamente para casa, são as
recomendações descritas pelo engenheiro de Segurança do Trabalho, Ricardo Vaz
Marcon, ao (SINDUSCON-SP; 2020, p. 16).
Acerca da utilização de máscaras caseiras, que podem ser utilizadas pelos
trabalhadores em locais em que não ocorra a exigência de máscaras especificas, há
uma recomendação de que estas seja confeccionada em tecido de algodão,
tricoline, TNT, ou outros tecidos, que podem assegurar uma boa efetividade se
forem bem desenhadas e higienizadas corretamente. O importante é que a máscara
53

seja feita nas medidas corretas cobrindo totalmente a boca e nariz e que esteja bem
ajustada ao rosto, sem deixar espaços nas laterais. A substituição das máscaras,
devem ocorrer a cada 2 ou 3 horas (ou, quando úmida, antes disto), no caso de
máscaras descartáveis, e a cada jornada de trabalho, no caso das PFF2
(SINDUSCON-SP; 2020).
No que tange a outros cuidados com os equipamentos que devem ser geridos
dentro dos canteiros de obras podem ainda ser listados os do quadro 1 abaixo:

Quadro 7: Cuidados com EPIs no combate a Covid 19 dentro dos canteiros


de obras
limpe com um pano úmido, ao final do
dia, para retirar o excesso de sujeira.
Capacete Caso esteja trincado ou sem a fita, não
o utilize e solicite um novo ao
responsável pela entrega de EPI.
lave com sabão neutro ou detergente.
Óculos Não utilize caso esteja embaçado ou
trincado. Não use esponjas, apenas as
mãos. Seque com papel toalha ou
toalha macia.
passe um pano úmido, ao final do dia, e
Respirador seque com papel toalha ou toalha
macia. Troque os filtros sempre que
necessário
deixe descansar no período em que
estiver fora do trabalho, sempre na
Calçados sombra. Lave e seque pelo menos uma
vez a cada quinze dias. Não utilize se
estiver rasgado, furado ou danificado e,
principalmente, não use fora do trabalho
lave com sabão neutro e seque na
Luvas, mangotes e perneiras sombra. Não utilize se apresentar
qualquer dano e não use para outros
fins fora do trabalho
ave ao final do dia para retirar sujeiras e
Protetor auditivo: secreções do ouvido. Seque
naturalmente, na sombra.
apesar de nem sempre serem
considerados EPIs, os uniformes
também devem ser cuidados para não
prejudicar a saúde e integridade física
Uniforme dos trabalhadores. Lave sempre que
necessário e não o utilize,
especialmente se for um EPI (aventais,
roupas térmicas etc.) fora do ambiente
54

de trabalho onde ele é obrigatório. Se


apresentar danos, solicite a
substituição.
Fonte: SINDUSCON-SP; 2020 p. 29-2

Mediante os diversos pontos descritos concernentes ao crescimento global e


a competitividade, percebe a necessidade das empresas do ramo construtivo em
ampliar sua produtividade com qualidade e, essa qualidade depende de vários
pontos e dentre elas pode ser citado a organização dos canteiros de obras, um
elemento de relevante importância do setor, pois dentro dele ocorre a maior parte de
um projeto de construção. Sendo assim como refere Braga (2016) a implantação do
sistema de gestão dentro dos canteiros visa contribuir de forma significativa, pois,
objetiva com a instalação deste dento do setor, uma minimização dos processos
executados neste ambiente, pois dentro deles, como descreve Matos (2010) uma
boa gestão dentro dos canteiros permite a construtora, o ”poder” de garantia de
prazos, custos e qualidade, proporcionando as construtoras uma margem que lhes
permite competir com as demais.
Percebe que a logística dentro do canteiro de obras vai além da organização
física dele, começando desde planejamento e engloba as demais atividades que
serão responsáveis pelo detalhamento da execução de um projeto. No planejamento
do layout do canteiro a mesma encontra presente detalhando de forma correta em
observação as NR 18 e 12 284, as regras cabíveis ao mesmo desde início de uma
obra ao seu final (SILVA, 2011).
Depois ela possui sua importância no que se refere a movimentação de
matérias, produtos, ferramentas, como forma de garantir a cada frente de trabalho
os recursos necessários para o desempenho de suas funções. Assim como nos dias
contemporâneos ela tem sua parcela de contribuição no que refere a economia,
sendo atrelado um processo logístico ao estoque ou armazenamento, controlando
de forma efetiva, de forma que não ocorra investimentos desnecessários, assim
como ociosidade por falta de materiais ou equipamentos necessários no
cumprimento de uma determinada atividade. Sendo, portanto, um fator que agrega
valor à construção civil, devendo ser devidamente repensado pelas construtoras na
contratação de gestores de obras que auxiliaram na implantação de um processo
logístico eficiente (SILVA, 2011; NETO, 2014).
O engenheiro responsável por gerenciar uma obra, pode por intermédio do
55

planejamento, delegar tarefas aos responsáveis por cada departamento dentro da


construtora como forma de melhorar sua coordenação do projeto, evitando uma
sobrecarga e consequentemente um fracasso no planejamento previsto.
Segundo Vieira (2006) o vilão da construção civil e o desperdício e isto e
causado por diversos fatores como superprodução, deficiência no transporte interno
e externo, falta de supervisão e controle do estoque, por substituição, pelo uso
inadequado de materiais indevidos, falta de acompanhamento do serviço executado.
Fatores este, que englobam o conceito logístico dentro do setor e que deve ser
adequada a situação em eminência, a competividade, que paulatinamente tem
invadido o mesmo e questões econômicas, advindas da crise e da globalização.
Por de acordo com Silva e Cardoso (1997) o processo logístico possui como
objetivo garantir dentro da construção civil uma resposta significativa aos problemas
enfrentados pela classe. Para tanto disponibiliza de formas para aquisição,
armazenamento, processamento e disponibilização dos recursos físicos e materiais
no tempo certo e, em cada fase ou etapa do projeto. E, dentro do canteiro de obras
no que diz respeito as transformações que ele estará sujeito a passar no decorrer de
um projeto, cabe ao gestor planejar previamente o layout de forma que a obra vai
sendo viabilizada as mudanças possam ser implantadas de forma correta sem
apresentar transtornos e desperdícios que são considerados os grandes
responsáveis pelos prejuízos da classe.
Dentro deste processo de gestão de obras ao delegar as tarefas a cada
departamento, no que refere ao canteiro de obras o gestor pode contar com ajuda
do operador logístico, que terá a responsabilidade de contribuir com os demais
responsáveis pelo processo em trabalhar em conjunto aos demais responsáveis,
cabendo-lhe a incumbência de cuidar do transporte de materiais no subsidio a mão
de obra, da armazenagem ou estocagem de produtos, assim como de maquinas e
ferramentas necessárias ao desempenho dos profissionais no que se refere ao
processo produtivo (NETO, 2014).
Sendo um profissional importante dentro da implantação logística dentro do
canteiro de obra, pois por intermédio de relatórios diários o mesmo manterá o gestor
e demais responsáveis acerca de que se um determinado produto será suficiente
para a execução de quantas diárias e, também se um determinado fornecedor está
cumprido com os prazos estabelecidos ou se tem concorrido para o atraso do
cronograma previamente estabelecido (NETO, 2014).
56

De acordo com o ponto de vista de Neto (2014) o operador logístico mediante


as mudanças implantadas frente ao processo de sustentabilidade dentro da
construção civil, possui também a responsabilidade em orientar a equipe no
descarte dos entulhos e isto pode ocorrer mediante a disponibilização de caixas
coletoras colocadas em pontos estratégicos que depois serão devidamente
conduzidas e selecionadas em caçambas de descartes.
Sendo, portanto, necessário às construtoras, preocupar com a implantação
dela dentro do seu campo de trabalho, visando um diferencial, pois somente assim
poderá aliar baixo custo na execução da obra, aliado a otimização de cada processo
e, isto pode ser possível mediante a contratação de um gestor de obras.

3 METODOLOGIA

A metodologia direciona o caminho que o pesquisador irá percorrer para


atingir os objetivos traçados, compreendendo diversos caminhos que um acadêmico
poderá adotar em seu estudo de pesquisa para realização de um trabalho de
conclusão de curso. O trabalho ira fundamentar sob o tipo de pesquisa bibliográfica
com leitura, análise e compreensão de livros e artigos técnicos disponibilizados em
revistas e na internet cujas fontes foram legitimamente citadas conforme pede a
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para apresentação de trabalhos
acadêmicos.
Pesquisa bibliográfica segundo Gil (2008): “é desenvolvida com base em
material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Não
se recomenda trabalhos oriundos da internet”.
Para Marconi e Lakatos (1992, p.44) as fases da Pesquisa Bibliográfica
compreendem oito fases distintas:

a) Escolha do tema: é o assunto que se deseja provar ou desenvolver


b) Elaboração do plano de trabalho: deve-se observar a estrutura de todo
trabalho cientifico. Coletar o material bibliográfico e planejar a
introdução, desenvolvimento e conclusão;
c) Identificação: é fase de reconhecimento do assunto pertinente ao tema
de estudo para realizar a análise do material bibliográfico;
d) Localização: localizar as fichas bibliográficas nos arquivos das
bibliotecas;
e) Compilação: reunião de todo material coletado;
f) Fichamento: transcrever os dados coletados, as fontes de referência em
fichas;
57

g) Análise e interpretação: é a crítica do material bibliográfico e


comprovação ou refutação das hipóteses, com base nos dados
coletados expondo a sua compreensão;
h) Redação: é a escrita da pesquisa, que pode ser uma monografia,
dissertação ou tese.

Lakatos e Marconi (2011) diz que a pesquisa bibliográfica “oferece meios para
definir, resolver, não somente problemas já conhecidos, como também explorar
novas áreas, onde os problemas ainda não se cristalizaram suficientemente”.
A pesquisa bibliográfica é aquela que se utiliza de fontes secundárias, ou
seja, aquelas que já foram publicadas tais como livros, jornais, revista, artigos entre
outras. Seu objetivo é fazer um levantamento de tudo o que já foi escrito sobre o
assunto. Permitindo assim uma análise de todas as informações colhidas,
encontrando dessa maneira a resolução do problema que está sendo estudado.
Para o desenvolvimento deste trabalho foi realizada uma revisão bibliográfica
abrangente ao planejamento, implantação e gestão de canteiro de obras e a suas
influências na qualidade, no custo e no prazo das obras de construção civil. Foram
pesquisadas monografias de graduação e de cursos de especialização ligados ao
tema, dissertações de mestrado, teses de doutorados, livros, artigos de revistas e
boletins técnicos, bem como pesquisa de sites especializados.
Nesta pesquisa, de abordagem qualitativa, buscou-se nos diversos recursos
eletrônicos elementos que proporcionassem melhor compreensão sobre a
importância das construtoras em estarem atuando de forma organizada, prevendo
resultados satisfatórios em meio a um mercado que vem se mostrando cada vez
mais competitivo, necessitando, de organização para estarem aptas a programas do
Governo e outras instituições e, assim ter uma margem de segurança que lhe possa
garantir uma solidez que seja possível ser repassada ao cliente final.
Buscou-se responder aos objetivos e ao interesse inicial deste estudo; sendo
uma pesquisa em que utilizamos artigos recentes, publicados dentro do recorte
temporal entre a década de 90 até obras mais recentes. Importam esclarecer que
não foram descartadas algumas obras anteriores a esse período dos últimos dez
anos. Utilizamos as referências que aqui se encontra em virtude do teor de dados e
análises que elas apresentam.
Uma vez contextualizado um breve panorama do nosso estudo, enfatizamos
que a estrutura do trabalho se encontra organizada da seguinte maneira:
58

i) Introdução: apresenta uma visão ampliada sobre o tema abordado expondo


a importância da implantação da gestão dentro do setor construtivo;
II) Fundamentação Bibliográfica: foi formulado contendo discussões sobre a
importância do conhecimento da constituição, tipologia de um canteiro de obra,
tendo em vista que esse conhecimento é de suma importância para o desfecho de
uma gestão com qualidade, tendo em vista que o percentual maior do processo
construtivo ocorre dentro do canteiro de obras. Discutido também sobre a efetividade
da gestão para o alcance proposto de uma qualidade das obras executadas. A
gestão dentro do setor construtivo ela engloba diversos fatores, mas dentre esses
um dos quais depende um percentual elevado do sucesso de um projeto, a gestão
eficiente do canteiro de obras, pois dentre os fatores que depende o sucesso
construtivo, encontra o cronograma de uma obra, pois este se alia a realização em
tempo recorde do projeto e, consequentemente esse contribui com fatores como
recurso dentro do prazo estipulado entrega em tempo determinado, determina
confiabilidade e credibilidade a construtora executante do projeto. Por fim diversos
são os benefícios de uma gestão com qualidade dentro do setor da construção,
sendo, portanto, um item importante a ser discutido e empregado dentro do setor.
III) Esta seção foi destinada aos resultados e discussões, de pesquisas já
realizadas dentro da vertente proposta do estudo, a fim de solidificar o ponto de vista
do acadêmico e de todos quantos possuem interesse pelo tema abordado, com os
mais diversos fins.
Por fim, na última seção do trabalho são apresentadas as referências
bibliográficas, onde encontra relacionado todas as obras dos autores que de forma
(in)direta contribuíram com a solução do objetivo proposto inicialmente.

Delineamento estrutural do estudo realizado neste trabalho de conclusão de


curso:

METODOLOGIA
Objetivo Geral: demonstrar a importância da gestão dos canteiros de obras,
tendo em vista o seu impacto no planejamento, instalação, administração e
manutenção de canteiros de obras e quais as boas práticas necessárias para
atendê-los e gerar um aumento da qualidade e da produtividade para a execução
59

das obras de construção civil.


Objetivos específicos
1 Descrever sobre canteiro de Foi formulado contendo discussões sobre
obras a importância do conhecimento da
constituição, tipologia de um canteiro de
obra, tendo em vista que esse
conhecimento é de suma importância para
o desfecho de uma gestão com qualidade,
tendo em vista que o percentual maior do
processo construtivo ocorre dentro do
canteiro de obras.
2 Estudar sobre os elementos .após descrever sobre os tipos de
construtivos de um canteiro canteiros de obras, estudar sobre os seus
elementos construtivos é relevante dentro
do estudo tendo em vista a aplicabilidade
da logística como forma de organização
destes elementos para obtenção final de
resultados positivos no que tange a
execução do projeto com viabilidade
financeira.
3 Descrever sobre a logística A gestão dentro do setor construtivo ela
aliada a uma gestão de engloba diversos fatores, mas dentre
qualidade nos canteiros esses um dos quais depende um
percentual elevado do sucesso de um
projeto, a gestão eficiente do canteiro de
obras, pois dentre os fatores que depende
o sucesso construtivo, encontra o
cronograma de uma obra, pois este se alia
a realização em tempo recorde do projeto
e, consequentemente esse contribui com
fatores como recurso dentro do prazo
estipulado entrega em tempo determinado,
determina confiabilidade e credibilidade a
construtora executante do projeto. Por fim
diversos são os benefícios de uma gestão
com qualidade dentro do setor da
construção, sendo, portanto, um item
importante a ser discutido e empregado
dentro do setor.
4 Análise e discussão Seção destinada a apresentação de
resultados obtidos pela aplicação da
gestão em canteiros de obras.
60

A estruturação do trabalho permite observar a importância que a gestão vem


ocupando no setor construtivo, tendo em vista que o processo de construção civil
vem se tornando mais complexo e detalhado ao decorrer dos tempos devido,
principalmente, a grande crescente das tecnologias construtivas elaboradas por
grandes engenheiros e empresas. Porém, para que as implantações destas
tecnologias sejam feitas de forma correta e efetiva, o ambiente na qual elas se
encontram devem possuir as diretrizes ideais de instalação e organização para total
eficiência.

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

Aqui trazemos algumas outras análises e discussões dos dados coletados –


textos bibliográficos. Ao longo da construção dos capítulos teóricos tentamos
responder aos objetivos do estudo, apontando análises e discutindo conceitos que
pudessem fornecer subsídios para referenciar as discussões propostas.
Em Brandalise (2017) pode ser encontrado o discorrer da viabilidade
econômica, fator relevante e necessário dentro do setor construtivo em tempo de
concorrência acirrada. O autor foca nesta viabilidade por intermédio do quesito
tempo, onde afirma que este é um dos fatores relevante e fundamental para o
alcance desta viabilidade, alegando que, quando fator tempo, não é bem gerido
dentro de um canteiro de obras, na execução de um projeto resultará em
interferências na totalidade do empreendimento, que consequentemente gera
prejuízos econômicos.
Demonstrando assim, a importância já discorrida neste estudo sobre a
eficiência existente para as construtoras em estarem utilizando da gestão dentro dos
seus canteiros de obras, englobando todos os fatores possíveis a serem geridos,
afim de garantir melhores resultados nos projetos executados por elas, tendo em
vista que, a gestão pode resultar no aumento do sucesso das atividades, que resulta
na concretização dos projetos no prazo estabelecido, com qualidade prevista dentro
dos custos e escopos desejados.
Para Lisboa e Castro (2018) a gestão de qualidade nos canteiros de obras por
parte das construtoras deveria ser algo a ser priorizado e visto com mis atenção. Na
pesquisa de campo realizada pelos autores em seu trabalho de conclusão de curso,
eles puderam verificar a importância existente na gestão de qualidade nos serviços
61

executados pelas construtoras em seus projetos executados, salientando que a falta


desta gestão da origem a inúmeros fatores como, perdas de matérias, baixa
produtividade, desperdício de tempo que consequentemente gera perdas
econômicas, um dos fatores de extrema relevância em um mercado competitivo
como o da construção civil na atualidade.
Os autores apontam a importância existente das construtoras em
preocuparem com o planejamento operacional, fator relacionado a questão de
logística dentro dos canteiros, como forma de garantir o sequenciamento executivo
do projeto, sem a ingerências de fatores que resulte nas perdas já relacionadas
acima e prejudicando o resultado do projeto.
Em Bezerra (2010) os resultados obtidos pela pesquisa de campo aponta a
importância da logística aliada a uma gestão de qualidade dentro dos canteiros. Na
pesquisa realizada pelo autor, pode ser detectado, que, que o estoque de areia era
distante da betoneira, levando um maior tempo para transportar a mesma até a
betoneira. Outro fato que atrasava a produção de argamassa era a falta de um
peneirador elétrico, gastando mais tempo do que o necessário para peneirar,
chegou-se a parar a produção de argamassa por falta de areia peneirada ou ao uso
de areia não peneirada para não parar os serviços (BEZERRA, 2010, p.20).
Ainda relacionado a questão logística e referente a organização de um
canteiro desde o estudo prévio da sua instalação pode ser observado que a
instalação de carga e descarga não foi planejada devidamente e, essa ocorria longe
dos lugares onde deveria ser armazenados os materiais, levando um tempo para
descarga e depois remanejo destes para os lugares apropriados. “Os gestores da
obra não estão preocupados com as atividades de transporte e planejamento do
leiaute do canteiro de obra. Isso resultou num elevado consumo de mão de obra por
essas atividades” (BEZERRA, 2010, p.25).
E no que diz respeito a interferência da gestão dentro do canteiro de obras foi
detectado no estudo realizado pelo autor que, um fato que agrava a movimentação
de materiais e de pessoas é que, em várias vezes, foi observado que os resíduos
sólidos eram depositados na laje, devido ao atraso da retirada do container. Em
alguns casos, isto prejudicava a produção de argamassa. O transporte de agregados
era prejudicado pela obstrução dos resíduos (BEZERRA, 2010, p.20).
Outro ponto de vista sobre a questão da gestão dentro dos canteiros pode ser
observada na pesquisa realizada por Braga (2016). A autora afirma que em sua
62

pesquisa de campo, ela pode observar que uma gestão aliada ao conhecimento
prévio de canteiros pode ofertar resultados positivos em um projeto executivo de
obra. A autora descreve que a má gestão dentro deste canteiro resultou em perda
contratual da construtora, sendo, portanto, válido expor este exemplo, para
demonstrar que uma gestão vai abranger desde a organização dos elementos
construtivos de um canteiro, até a deliberação de todo trabalho realizado dentro
dele.
Em Neto (2014) também pode ser observado o resultado positivo da
aplicação de uma gestão eficiente dentro de um canteiro de obras, visando melhoria
na produtividade e redução de desperdícios de tempo e de materiais e, ainda o
resultado final de uma execução com qualidade do projeto previsto pela construtora.
Afirmando que a logística empregada no momento da elaboração do layout do
canteiro foi essencial para o alcance dos resultados da obra
Percebe assim que, o setor da construção civil no que tange ao canteiro de
obras, ainda é cercado pelo sistema manufatureiro e, mesmo aqueles que já contam
com a utilização de alguns avanços tecnológicos, necessitam de uma implantação
adequada para sua devida utilização a fim de garantir que seu uso possa ofertar os
resultados esperados.
Nos dias contemporâneos, canteiros bem planejados e bem geridos são um
dos pontos a ser observado pelas construtoras independente do tamanho da obra a
ser desenvolvida, pois, os resultados advindos de sua aplicabilidade resultam que
efeitos como o descrito acima por Braga (2016) venham ocorrer, além de ocorrência
de acidentes, prejuízos financeiros por desperdícios de materiais.
63

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo permitiu observar e confirmar por intermédio da leitura de


alguns estudos de casos registrado em trabalhos de conclusão de curso e, de
dissertações, sobre a importância da gestão dentro dos canteiros de obras, no intuito
de ofertar as construtoras, resultados positivos em meio a um cenário competitivo.
Um dos pontos apontados por estes estudos foi a importância de conhecer o
canteiro de obra, sendo, portanto, estudado, sobre ele, discorrendo sobre suas
diversas tipologias, pois, em conformidade com cada obra um destes deverá ser
adequado. Esse conhecimento é importante, para no momento do desenvolvimento
do layout de um canteiro, o planejamento deverá ser adequado de acordo com a
tipologia do canteiro a fim de que os elementos necessários a obra seja distribuída
de forma organizada e, o engenheiro, gestores, mestre de obras e demais
trabalhadores possam usufruir de uma organização correta do canteiro.
Com a implantação correta dos elementos construtivos de um canteiro, o
engenheiro já tem em mente a logística a ser empregada dentro deste, a fim de
proporcionar transporte eficiente, ofertando redução de tempo no desempenho das
atividades realizadas pelos trabalhadores, assim resultando em eficiência no
trabalho e ganho econômico, por serem essas tarefas realizadas dentro do tempo
previsto.
A organização dos canteiros também pode ser apontada como um fator de
aparência para as construtoras, sendo um cartão postal para esta. Evidenciando que
a gestão de um canteiro influencia até dentro deste requisito, pois como apresentado
uma má gestão decorre em perdas significativas para as construtoras. Logo, a
empregabilidade das mais variadas ferramentas de gestão, que encontra disposta
aos gestores dentro do setor da construção, pode sem duvidas, ofertar resultados
positivos as construtoras, indo desde o aproveitamento correto do tempo na
64

execução das tarefas, além de evitar desperdício de materiais, consequentemente


ganho econômico por entregar a obra no tempo previsto, sem desperdiço de
material.

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