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Introdução
Testemunha-se hoje um renovado interesse pela Diaconia Cristã e suas implicações para
a igreja e a sociedade. A responsabilidade social está em voga nas diferentes áreas da
sociedade, inclusive na iniciativa privada. Empresas descobrem os aspectos sociais de
sua atuação junto a seus funcionários e à comunidade.
Cresce no meio cristão a consciência de que a diaconia é crucial para a fé, a vida e a
missão da igreja. Muitas vezes um tema negligenciado e mal compreendido no
pensamento e na prática cristã, o serviço cristão cada vez mais tem sido entendido como
inseparável da essência da igreja, a continuação no mundo da vida de ADORAÇÃO da
comunidade.
Por esta razão, a diaconia deve ser legitimada não somente como uma função cristã,
mas como o MODO DE SER da igreja.
Muitas igrejas, no entanto, não consideram este tema como prioritário em sua agenda.
Uma boa ilustração dessa atitude pode ser vista no empobrecimento do ofício do
diaconato em nossas comunidades. Em muitas igrejas, os diáconos limitam-se a
atividades tais como auxiliar a manutenção da ordem durante os cultos e recolher as
contribuições dos fiéis sem qualquer reflexão bíblico-teológica sobre seu papel no culto.
Todavia, por ser um conceito central nas Escrituras, na Ética e na Teologia, a Diaconia
Cristã deve ter alta prioridade na vida e no testemunho da igreja. Os diáconos, na igreja
do primeiro século, eram oficiais responsáveis pela assistência social aos pobres além de
versados na fé cristã.
Definições
A imagem é de alguém que está se movendo tão rapidamente para cumprir suas
obrigações, que seus pés, quando passa, fazem a poeira levantar e rodopiar. Havia tanto
para os diáconos fazerem que eles não podiam parar, nem conversar trivialidades, nem
se demorar muito em suas funções.
O sentido da palavra na Bíblia inclui: servos domésticos (Jo 2:5-9), e governantes (Rm
13:4), além do uso mais comum de servos de Cristo e da Igreja. Jesus usou a palavra
para descrever seus discípulos, um em relação ao outro (Mt 23:11). Paulo usou a
mesma palavra frequentemente para descrever evangelistas ou pregadores da palavra
(1 Co 3:5; Ef 6:21). Estes termos, no uso geral, descrevem tanto homens como
mulheres (Lc 10:40; Rm 16:1). Todos os cristãos devem servir uns aos outros (1 Pe
4:10).
Não é que Paulo tentasse revogar a percepção de Cristo quanto ao assunto, mas trata-se
do apóstolo dramatizar e salientar ainda mais sua SUBMISSÃO a Cristo, o que deveria
ser nossa disposição voluntária à soberania e ao governo de Cristo.
A palavra: diácono empresta leveza ao tema, pois se tem em mente o servir com prazer,
zelosa e diligentemente; ajudar seu superior na execução de trabalhos. Nesse sentido o
servo considera-se um INSTRUMENTO e dá toda a glória a seu Senhor.
O Novo Testamento apresenta o ministério do serviço como uma marca de toda a igreja,
isto é, como uma conduta normal para todos os discípulos (Mt 20: 26-28; Lc 22: 26-27).
Bem, todo crente foi salvo para servir, não para ser SERVIDO. Portanto, no sentido
teológico, todo crente deve ser um serviçal, “diakonos” de Deus, de sua igreja local e de
cada um dos seus irmãos individualmente.
Em Lucas 10: 25 – 37 a parábola do bom samaritano, Jesus nos mostra a partir de onde
devemos articular a diaconia: a partir da outra pessoa, daquela pessoa que necessita de
ajuda para viver, que está mais distante da vida plena, duradoura, perene. Jesus inverte
a preocupação inicial do interprete da lei: muda a pergunta “ que devo fazer para herdar
a vida?” em “que devo fazer para que a outra pessoa (cuja vida esta ameaçada) tenha
vida?”.
Toda organização tem pessoas que trabalham nos bastidores. Esta é a função do diácono
na igreja. Ele trabalha nos bastidores para servir e ministrar às necessidades das
pessoas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS