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O poder afrodisíaco dos Óleos Essenciais

e das plantas medicinais

Por Fábián László*

Seja pelo aroma ou pelo uso na forma de chás, há milênios o homem tem utilizado
as plantas medicinais por seus poderes afrodisíacos. Encontramos referências no
Egito, Mesopotâmia, Europa, Índia e recentemente este uso tem crescido por parte
do público em geral, haja visto que a cada dia surgem mais e mais problemas
relacionados à frigidez, relacionamentos insatisfatórios e impotência entre as
pessoas.

Em se tratando da ação em nível psicológico, os óleos essenciais agem diretamente


no cérebro, numa área conhecida como sistema límbico. Nesta área estão localizados
nossos instintos primários e básicos de sexo, sede e fome. Também todas as
experiências, tanto boas quanto ruins se associam a esta área no cérebro. Quando
inalamos certos aromas, eles trazem lembranças guardadas nesta região à tona, que
podem nos ajudar a vencer o medo e a timidez, facilitar a união a dois, trazer uma
sensação de sensualidade e auto-estima, mas são incapazes de trazer excitamento
sexual direto, agindo portanto de maneira indireta como importantes ferramentas
que facilitam criando um clima numa relação a dois.

Assim, os óleos essenciais agem diminuindo a tensão num primeiro relacionamento,


pois muitos são calmantes, outros agem estimulando, trazendo mais ânimo para o
contato com o outro. Mas, é importante saber exatamente qual o óleo essencial que
será utilizado e com qual finalidade, pois, produtos sintéticos podem não trazer o
objetivo esperado e variações químicas devidas a fatores ambientais dos países onde
as plantas são cultivadas podem diferenciar em muito o efeito dos óleos essenciais,
tornando-os menos potentes em ação.

Muitos óleos essenciais e chás são afrodisíacos em razão de suas propriedades


hormonais. Óleos essenciais como a sálvia esclaréia, ilangue-ilangue, rosa e gerânio
podem ser úteis neste sentido para as mulheres. A sálvia esclaréia, por possuir em
sua composição química alto teor (acima de 3%) de esclareol, pode ser empregada
no tratamento de desordens menstruais pois equilibra as taxas de estrógenos da
mulher.

Sabe-se que os animais e o homem utilizam-se de substâncias químicas conhecidas


como feromônios, que são liberados no suor e são os principais fatores de atração
sexual entre si. Os feromônios são elementos-chave no relacionamento e podem,
apesar de não serem percebidos conscientemente, determinar a escolha do parceiro.
É muito comum, em casais que se casam muito jovens, ainda adolescentes, ou em
pessoas de meia idade que estejam na fase da menopausa e andropausa, ocorrerem
mudanças hormonais tão intensas que chegam a mudar o cheiro exalado do corpo e
isto afeta decisivamente o relacionamento a dois. O efeito dos feromônios sobre as
pessoas é tão forte que em experiências feitas com meninas internas em colégios de
freiras e que manifestavam desarranjos menstruais, todas tiveram uma redução
perceptível destes problemas ao passarem a estudar em colégios onde mantinham
contato com meninos, ou seja o feromônio do sexo oposto.

Empresários norte-americanos, tendo como base este conhecimento, têm borrifado


sobre lingeries, revistas e outros produtos femininos o feromônio masculino que,
inconscientemente, atrai as mulheres e as faz gastarem mais com tais produtos.
Certos óleos essenciais possuem compostos que imitam os feromônios, causando
efeito semelhante sobre as pessoas. Alguns exemplos são o aipo (principalmentre
planta), cominho (todos), ylang ylang I e completo, os jasmins e o benjoim do sião.

A região do hipotálamo no cérebro recebe um número considerável de neurônios


olfativos e libera diversos hormônios que passam para a pituitária, induzindo-a a
segregar por exemplo, os hormônios que governam e controlam os ciclos sexuais dos
mamíferos. Isto permite se entender o efeito dos feromônios masculinos sobre o
sexo oposto. Alguns óleos, como o Jasmim, são considerados estimulantes da
pituitária, isso por seus compostos conseguirem atravessar o cérebro chegando até
esta glândula. Não somente a pituitária é atingida, mas também o glândula pineal.
Chegando lá, muitos destes compostos ao serem metabolizados liberam oxigênio e
causam um estímulo destas glândulas, o que faz com que elas produzam mais de
alguns de seus hormônios como a serotonina. Muitos deste hormônios, como o
exemplo da serotonina, terão efeito sobre a sensação de prazer do indivíduo, o que
acaba facilitando o orgasmo. Mas o efeito não é somente num sentido afrodisíaco, na
vida diária estes óleos podem ser utilizados também para tratar de distúrbios
depressivos, falta de auto-confiança, apatia, etc.

É possível que alguns óleos que estimulam no inconsciente uma sensação de


sensualidade podem ter este efeito associado a estímulos hormonais destas
glândulas. Óleos como a canela e o cravo, que sempre foram tidos como
afrodisíacos, agem na verdade como estimulantes da circulação e aquecedores. Esta
sensação pode favorecer, aumentando o apetite sexual dos parceiros e a excitação,
mas ainda não é o fator principal de estímulo, pois sem desejo (atração) a canela ou
o cravo de nada adiantam. O princípio ativo na canela que age como estimulante é o
aldeído cinâmico.

Certos óleos essenciais que trabalham a autoestima e a


vaidade das pessoas, acabam agindo indiretamente
como afrodisíacos. No passado, as grandes rainhas, a
exemplo de Cleópatra, utilizavam largamente os
aromas para manterem sua beleza e sentirem-se mais
sensuais. Os óleos possuem propriedades úteis dentro
da cosmética contra o acne, pele envelhecida e na
diminuição de rugas, o que explica este seu efeito
sobre a beleza pessoal. Se nos sentimos internamente
satisfeitos com nossa aparência, este estado se
refletirá externamente em nossa vida e com toda
certeza interferirá sobre nossa parte sexual-
afetiva. Óleos como a rosa, ylang ylang (flores na foto
ao lado), sândalo e gerânio são bons neste caso.
Assim, podemos ver que os óleos essenciais agem como afrodisíacos de maneira
indireta, atuando tanto quimicamente no organismo, quanto em nível psicológico
sobre as pessoas. Suas diferentes formas de utilização neste sentido vão desde a
inalação, a banhos e a massagem, sendo também úteis na forma de perfumes ou
quando empregada a planta, na forma de chá.

Os seguintes óleos essenciais relacionados abaixo são alguns dos mais


indicados como afrodisíacos:

Para a mulher: Rosa, Gerânio, Ylang-ylang, Jasmins, Pau rosa, Cravo da Índia,


Casca e Folha de Canela, Néroli, Íris (Orquídea), Folha de Mandarina, Gerânio.

Para o homem: Noz-moscada, Pachouli, Casca e Folha de Canela, Cravo da índia,


Jasmins, Vetiver, Cedro, Cominho, Aipo, Mace, Baunilha, Gengibre, Benjoim do Sião,
Chocolate (Cacau) e Sândalo, Tabaco.

Alguns exemplos da ação dos óleos sobre a psiquê:

Sândalo - Bom para homens usarem pois transmite à mulher uma sensação de
segurança, de capacidade e auto-domínio, características admiradas pelas mulheres
num homem; 
Ylang Ylang - Bom para mulheres, traz uma sensação de sensualidade, de
feminilidade e envolvimento, auxilia na entrega ao parceiro; 
Benjoim do Sião - Relaxante e facilitador do relacionamento, quando sob tensão. 
Jasmim - Bom para mulheres, sensação de sensualidade, estimula o lado feminino
da mulher, é um aroma envolvente; 
Aipo, Cominho, Tabaco - Bom para homens, usados como nota de fundo em
perfumes, podem ser estimulantes sexuais, mas puros tornam-se desagradáveis e
excessivamente fortes, estimulam a masculinidade; 
Rosa e Gerânio - Bom para mulheres, dá a sensação de uma mulher decidida, que
sabe o que quer, são suavemente quentes e estimulantes; 
Vetiver, Pachouli - Bom para homens, aromas fortes, inspiram capacidade e
segurança.

* Fábián László é Professor de Terapia com Óleos Essenciais, Reiki e


Photocromaterapia no SENAC e SESC de Belo Horizonte (MG).

Fonte: www.aromalandia.org

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