Você está na página 1de 2

Odes ao Ethos do Novo Querer e Agir

Os estrondos frenéticos ensurdecedoramente ecoam

Estilhaços de lampejos no céu dispersam-se

Euforias são de celebrar o novo ano

Este é o imperativo do ethos da cultura

De novo ano celebrar

Quem na desolação encontra motivos para celebrar?

Sei lá agarrar dos lampejos alguma chama

Sim, a louvada chama de esperança

Embora a esperança seja o que sobrar

Dos malefícios e moléstias da caixinha da pandora

Odes ao ethos do novo querer e agir

A alma minha deseja cantar

No silencio anseio pela nova aura

Para o espirito dos amargores se desanuviar

Que desejo profundo de me espairecer

Ah desejo! Sim, furtuita esperança

Que virtuosidade há na maldita esperança?

Ora na bendita esperança a desvirtuosidade?

Que incomoda e encolerizadora ambivalência!


Quiçá haja esperança na acção ou inacção

Na acção a esperança do esperançar

E a esperança do esperar na inacção

O fulgor de vislumbrar na esperança a virtuosidade

Faz-me ressurgir das cinzas

Odes ao ethos do novo querer e agir

A alma minha deseja cantar

Se há no esperar desvirtude

E virtude no esperançar inversamente

Porquê não pensar também o contrário

Paradoxos, paradoxo, talvez simples palavrório

Mas, a alma minha deseja cantar

O odes ao ethos do novo querer e agir

Você também pode gostar