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De Gusta Cao
De Gusta Cao
Aminoácidos 1
I. VISÃO GERAL
COOH COOH
+H N C
3 H +H N
C H COOH
3
CH2 CH2 +H N
C H
2
C CH2 H2C CH2
CH2
CH S
N
H CH3
Figura 1.2
A classificação dos 20 aminoácidos-padrão (encontrados nas proteínas), de acordo com a carga e a polaridade de
suas cadeias laterais em pH ácido, é mostrada aqui e continua na Figura 1.3. Cada aminoácido é mostrado em sua
forma completamente protonada, com os íons hidrogênio dissociáveis representados em vermelho. Os valores de pK
para os grupos ␣-carboxila e ␣-amino dos aminoácidos apolares são semelhantes àqueles mostrados para a glicina.
CH2 CH2 +H
3N C H
C CH2 CH2
O NH2 C pK3 = 10,8 SH pK2 = 8,3
O NH2
COOH COOH
+H N +H N
pK3 = 9,8 3 C H pK3 = 9,7 3 C H
CH2 CH2
C CH2
O OH 3.9
pK2 = 3,9
C
O OH pK2 = 4,3
9.2
pK3 = 9,2 pK2 = 9,2
pK2 = 9,0
COOH COOH COOH
+ +H +
H3N C H H3N C H H3N C H
CH2 CH2 CH2
C CH CH2 CH2
+HN NH CH2 CH2
C
H CH2 N H
+ 12.5
pK3 = 12,5
6.0
pK2 = 6,0 NH 3 10.5
pK3 = 10,5 C NH2+
NH2
Figura 1.3
A classificação dos 20 aminoácidos-padrão, de acordo com a carga e a polaridade de suas cadeias laterais em pH
ácido (continuação da Fig. 1.2). (Nota: em pH fisiológico [7,35 a 7,45], os grupos ␣-carboxílicos, as cadeias laterais
com caráter ácido e a cadeia lateral da histidina livre estão desprotonados.)
F. Isômeros de aminoácidos
O carbono ␣ de cada aminoácido está ligado a quatro grupos químicos
diferentes e, portanto, é um átomo de carbono quiral (assimétrico), ou
opticamente ativo. A glicina é a exceção, pois seu carbono ␣ apresenta
dois átomos de hidrogênio como substituintes. Aminoácidos com um HO
OH OC
CO
carbono ␣ quiral existem em duas formas isoméricas distintas, desig- H H C
C NH
nadas D e L, que são enantiômeros, ou imagens especulares (Fig. 1.8). +H3N H C +
3
(Nota: enantiômeros são opticamente ativos. Se um isômero, seja CH3 3
D-A
ina la
D ou L, causa um desvio no plano da luz polarizada, fazendo com que lan nin
L-A a
gire no sentido horário, a esse isômero é designada a forma [+].) Todos
os aminoácidos encontrados em proteínas de mamíferos apresentam a
configuração L. Alguns D-aminoácidos são, contudo, encontrados em
alguns antibióticos e nas paredes celulares bacterianas (ver pág. 252). Figura 1.8
(Nota: as racemases interconvertem enzimaticamente os isômeros D e L As formas D e L da alanina são
dos aminoácidos livres.) imagens especulares (enantiômeros).
A. Derivação da equação
Considere a liberação de um próton por um ácido fraco, representado
por HA:
OH– H2O
ácido fraco próton “sal” ou base conjugada
– −
CH3COOH CH3COO O “sal” ou base conjugada, A , é a forma ionizada de um ácido fraco. Por
FORMA I FORMA II definição, a constante de dissociação do ácido, Ka, é
(ácido acético, HA) H+ (acetato, A– )
Região de
tamponamento
[II] > [I]
Equivalentes de OH – adicionados
1.0 (Nota: quanto maior o Ka, mais forte é o ácido, pois indica que a maior
parte de HA dissociou-se em H+ e A−. Por sua vez, quanto menor o Ka,
menos ácido foi dissociado e, portanto, mais fraco é o ácido.) Se isolar-
mos [H+] na equação acima, tomando o logaritmo de ambos os lados da
[I] = [II] pKa = 4,8
0.5 equação, multiplicando ambos os lados por –1 e substituindo pH = –log
[H+] e pKa = −log Ka, obteremos a equação de Henderson-Hasselbalch:
– –
OH H2O OH H2O
– –
COOH COO COO
+H N C H +
H3N C H H2N C H
3
CH3 CH3 CH3
H+ H+
FORMA I pK1 = 2,3 FORMA II pK2 = 9,1 FORMA III
Figura 1.10
Formas iônicas da alanina em soluções ácida, neutra e básica.
C. Titulação de aminoácidos
A curva de titulação de um aminoácido pode ser analisada da mesma
forma como descrita anteriormente para o ácido acético.
1. Dissociação do grupo carboxila. Considere a alanina, por exem-
plo. Esse aminoácido contém um grupo ␣-carboxila e um grupo
␣-amino ionizáveis. (Nota: seu grupo R –CH3 não é ionizável.) Em
pHs baixos (ácidos), os dois grupos encontram-se protonados
(Fig. 1.10). À medida que o pH da solução é aumentado, o grupo
–COOH da forma I pode dissociar-se, doando um próton (H+ ) ao
meio. A liberação do próton resulta na formação do grupo carbo-
xilato, –COO−. Essa estrutura é mostrada como a forma II, a forma
dipolar da molécula (Fig. 1.10). Também denominada zwitterion (da
palavra alemã para “híbrido”), essa é a forma isoelétrica da alanina,
ou seja, possui carga líquida igual a zero.
2. Aplicação da equação de Henderson-Hasselbalch. A constante
de dissociação do grupo carboxila de um aminoácido é denomina-
da K1, e não Ka, pois a molécula contém um segundo grupo titulável.
A equação de Henderson-Hasselbalch pode ser utilizada para ana-
lisar a dissociação do grupo carboxila da alanina, do mesmo modo
descrito para o ácido acético:
2,0
b. Quando pH = pK. Quando o pH é igual ao pK1 (2,3), exis-
pI = 5,7
tem quantidades iguais das formas I e II da alanina na solução.
1,5
Quando o pH é igual ao pK2 (9,1), estão presentes na solução
–
B ABSORÇÃO DE FÁRMACOS
Bases fracas (BH+) também podem liberar um H+. A forma protonada dos –
fármacos básicos, no entanto, normalmente possui carga elétrica, e a • pH = pK + log [Fármaco ]
[Fármaco-H]
perda de um próton produz a base desprovida de carga (B).
• No pH do estômago (1,5), um fármaco
como o ácido acetilsalicílico (ácido fraco,
pK = 3,5) estará predominantemente
protonado (COOH) e, portanto,
Um fármaco passa através de membranas com mais facilidade quando desprovido de carga.
não apresenta carga elétrica. Assim, para um ácido fraco, como o ácido • Fármacos desprovidos de carga
acetilsalicílico, a forma desprovida de carga HA consegue permear atra- elétrica geralmente atravessam
membranas mais rapidamente do
vés das membranas, enquanto A– não consegue. Do mesmo modo, para que moléculas com carga.
uma base fraca, como a morfina, a forma desprovida de carga, B, cruza
membranas celulares, enquanto BH+ não o faz. Portanto, a concentração
ESTÔMAGO
efetiva da forma permeável de cada fármaco em seu sítio de absorção
é determinada pelas concentrações relativas das formas carregada (não
capaz de cruzar a membrana) e desprovida de carga (mais permeável
através das membranas). A razão entre as duas formas é, por sua vez,
determinada pelo pH no sítio de absorção e pela força do ácido fraco Membrana
ou da base fraca, representada pelo pKa do grupo ionizável. A equação lipídica
de Henderson-Hasselbalch é útil para a determinação da quantidade de
–
fármaco encontrada em cada lado de uma membrana entre dois com- H+ A
partimentos com diferença de pH, por exemplo, o estômago (pH 1,0 a
1,5) e o plasma sanguíneo (pH 7,4). H+
HA –
H+ A
R C H
N
O
2 Estrutura
secundária
O
mento complexo dos domínios polipeptídicos de proteínas multifuncionais N C
H
(ver pág. 19). C
O
NC
C H C R
II. ESTRUTURA PRIMÁRIA
A. A ligação peptídica
Nas proteínas, os aminoácidos são unidos covalentemente por ligações
de pH e é máximo quando pH = pKa, situação na qual [A–] = [HA]. Uma vez que
ou base forte a temperaturas elevadas é necessária para quebrar essas
ligações de forma não enzimática (ver pág. 14).
1. Nomeando o peptídeo. Por convenção, a extremidade amino li-
vre (N-terminal) da cadeia peptídica é escrita à esquerda, e a extre- Figura 2.1
midade carboxila livre (C-terminal), à direita. Dessa forma, todas as
Aminoácidos
Equação de
Henderson-Hasselbalch:
[A–]
pH = pKa + log
[HA]
Estrutura proteica 2
I. VISÃO GERAL
maior parte dos natureza química ...como a e quaternário (Fig. 2.1). Uma análise desses níveis de complexidade cres-
cente revelou que, em uma ampla variedade de proteínas, certos elementos
estruturais são repetidos, sugerindo que existem regras gerais relacionadas
às maneiras pelas quais as proteínas atingem sua conformação nativa fun-
H
O
C
O
O N C
C
CH
N
H
C R
e ␣-NH3+ dos
II. ESTRUTURA PRIMÁRIA N
aminoácidos disponíveis para que o aminoácido assumir sua normais e mutantes forem conhecidas, essas informações poderão ser utili-
zadas para diagnosticar ou estudar a doença.
A. A ligação peptídica
Nas proteínas, os aminoácidos são unidos covalentemente por ligações
está combinada, reações químicas. desempenha em conformação peptídicas, as quais são ligações amida entre o grupo -carboxila de
um aminoácido e o grupo -amino de outro. Por exemplo, a valina e a
alanina podem formar o dipeptídeo valilalanina, por meio da formação de
uma ligação peptídica (Fig. 2.2). As ligações peptídicas são resistentes 4 Estrutura
quaternária
a condições que desnaturam proteínas, como aquecimento e altas con-
peptídicas. em especial...
midade carboxila livre (C-terminal), à direita. Dessa forma, todas as Os quatro níveis estruturais
sequências de aminoácidos são lidas da porção N-terminal para a das proteínas.
Figura 1.14
Mapa de conceitos-chaves para aminoácidos. (Nota: *a maior parte das moléculas de histidina livre encontra-se com
a cadeia lateral desprotonada em pH fisiológico; quando incorporadas a uma proteína, contudo, elas pode estar
protonadas ou desprotonadas, dependendo do ambiente local.)
D
1,5
adicionados
1,0 C
0,5 B
A
0
0 2 4 6 8 10
pH