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FÍSICA P/ CIÊNCIAS AMBIENTAIS | 21051

ORIENTAÇÕES DE RESPOSTA
EXAME DE RECURSO
Ano letivo: 2019-20

Versão: 24-jul-20
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PARTE I

Chave E A D B E A A (Q1 a Q7)

1. Escolhendo +y para cima vem, no SI,

1 1
𝑦 = 𝑦! + 𝑣!" 𝑡 + 𝑎𝑡 # → 1,5 = 𝑦! + 7,4 ⋅ 2,3 − 9,8 ⋅ (2,3)# ⇔ 𝑦!
2 2
= 10,40 m (10 m)

2. Marcando forças temos

Decompondo segundo a direção do movimento x e aplicando a 2ª lei


de Newton vem

−𝜇$ 𝐹%& + 𝐹' = 𝑚& 𝑎


∑𝐹 = 𝑚𝑎 → <
−𝐹' + 𝑚# 𝑔 = 𝑚# 𝑎

Somando as equações temos

𝑚# − 𝜇$ 𝑚& 3,0 − 0,5 ⋅ 4,0 1


−𝜇$ 𝑚& 𝑔 + 𝑚# 𝑔 = (𝑚& + 𝑚# )𝑎 ⇔ 𝑎 = 𝑔⇔𝑎= 𝑔= 𝑔
𝑚& + 𝑚# 7,0 7
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3. A distância entre cristas e depressões segundo x é metade do


comprimento de onda e segundo y é o dobro da amplitude (c.f.
figura).

Temos pois 𝜆 = 2,4 m e 𝐴 = 0,12 m. De 𝐾 = 2𝜋/𝜆 vem 𝐾 = 2,62 m(& e de


𝜔 = 𝐾𝑣 vem 𝜔 = 7,33. A propagação em sentido negativo dos xx requer
sinal positivo entre 𝐾 e 𝜔. Juntando tudo temos, no SI,

𝑦(𝑥, 𝑡) = 0,12 sen(2,62𝑥 + 7,33𝑡)

4. Os 0,750 litros de água correspondem a 0,750 kg. O aquecimento


da água até ao ponto de ebulição, 100 ºC, leva, aproximadamente

𝑄& = 𝑐á*+, 𝑚Δ𝑇 → 𝑄& = 4190 ⋅ 0,75 ⋅ (100 − 20) = 251 400 J

À taxa de 2000 J/s isto corresponde a um tempo de 𝒫 = !" ⇔ 𝑡 = 251400


2000
=

125,7 s. Dos 5 minutos (300 s), a chaleira passa então 300 − 125,7 =
174,3 s a vaporizar água. A quantidade de calor usada para vaporização
é de 𝑄# = 𝒫𝑡 ⇔ 𝑄# = 2000 ⋅ 174,3 = 348600 J. Finalmente, a massa
vaporizada é de

𝑄# 348 600
𝑄 = 𝐿2,3 𝑚 → 𝑚 = ⇔𝑚= = 0,154 kg (154 g)
𝐿2,3 2 260 000
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5. As equações para a posição são, no referencial da figura,

𝑥 = 𝑥! + 𝑣!4 𝑡
𝑥 = (𝑣! cos 60)𝑡
1 # → <
𝑦 = 𝑦! + 𝑣!" 𝑡 + 𝑎𝑡 𝑦 = 2 + (𝑣! sen 60)𝑡 − 4,9𝑡 #
2
𝑥 = 10𝑡
⇔<
𝑦 = 2 + 10√3𝑡 − 4,9𝑡 #

O projétil passa por y = 12 m nos instantes

12 = 2 + 10√3𝑡 − 4,9𝑡 # ⇔ 𝑡& = 0,7268 s ∨ 𝑡# = 2,808 s

O primeiro corresponde à subida, o 2º à descida. Nestes instantes o


projétil está, segundo x, em

𝑥& = 7,268 m (7,3 m), 𝑥# = 28,08 m (28 m)

Ou seja, não consegue atingir o topo porque está ainda a cerca de


2,0 m da fachada. Deixa-se ao estudante provar que o projétil
embate na fachada antes de chegar ao chão.

6. Aplicando o teorema de impulso-momento temos

𝐼⃗ = Δ𝑝⃗ → 𝐼⃗ = 𝑚Z𝑣⃗5 − 𝑣⃗6 [ ⇔ 𝐼⃗ = 0,500 ⋅ (1,00 \̂ − 2,00 ^̂) ⇔ 𝐼⃗


= (−1,00 ^̂ + 0,500 \̂) N. s

Agora, da definição de impulso,

−1,00 ^̂ + 0,500 \̂
𝐼⃗ = 𝐹⃗ Δ𝑡 → 𝐹⃗ = ⇔ 𝐹⃗ = (−0,500 ^̂ + 0,250 \̂) N
2,00

A magnitude de F é então
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𝐹 = `𝐹4# + 𝐹"# → 𝐹 = a(−0,500)# + 0,250# = 0,560 N

7. A intensidade sonora correspondente a 50 dB é de

𝐼 𝐼 89* :
;
<
𝛽 = 10 log&! d e ⇔ 50 = 10 log&! d (&# e ⇔ 107 = 10 #$ &!%#& ⇔ 107 ⋅ 10(&#
𝐼! 10
W
= 𝐼 ⇔ 𝐼 = 10(=
m#

Esta intensidade é atingida à distância de

𝒫>9? 𝒫>9? 5,0


𝐼= →𝑅=` ⇔𝑅=h = 1995 m Z2000 m[
4𝜋𝑅# 4𝜋𝐼 4𝜋 ⋅ 10(=

8. As descrições são as definições de transferência de calor por (8a)


convecção, (8b) radiação, (8c) condução.
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PARTE II

Q1

(a) À direita a marcação. O essencial aqui


é compreender que forças não são
velocidade. O facto de uma força apontar
contra a direção do movimento apenas
quer dizer que o corpo está a perder
velocidade, em módulo.

(b) À chegada ao solo a energia potencial gravítica do bloco é


transformada em energia cinética:

B939
𝐸@A = 𝐸C>989 → 𝑚𝑔ℎ = 𝐸C ⇔ 𝐸C = 5,0 ⋅ 9,8 ⋅ 2,0 = 98 J

Durante a passagem pela zona com atrito esta energia cinética desce
para

1 #
𝑊%D = Δ𝐸E → 𝑊5' = 𝐸C5 − 𝐸C6 ⇔ 𝑓$ 𝑑(−1) = 𝑚𝑣F?G,BF − 98 ⇔ −𝜇$ ⋅ 0,80 ⋅ 𝑚𝑔
2
1 32,4 − 98
= 5,0 ⋅ 3,6# − 98 ⇔ 𝜇$ = − = 1,673 (1,7)
2 0,80 ⋅ 5,0 ⋅ 9,8

O estudante curioso pode verificar que o resultado, na verdade, não


depende da massa.

(b) Para determinar a elasticidade da colisão, vamos precisar de


saber se a energia cinética se conserva ou não. Será elástica se sim.
Na colisão conserva-se sempre o momento linear, que nos leva a
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𝑝5 = 𝑝5 → 𝑚H 𝑣H6 + 𝑚I 𝑣I6 = 𝑚H 𝑣H5 + 𝑚I 𝑣I5 ⇔ 5,0 ⋅ 3,6 + 0 = 0 + 6,0𝑣I5 ⇔ 𝑣I5


m
= 3,0
s

As energias cinéticas antes e depois da colisão são então

1 #
1 #
𝐸C6 = 𝑚H 𝑣H6 = 32,4 J, 𝐸C5 = 𝑚I 𝑣I5 = 27 J
2 2

De onde vemos que na colisão 5,4 J são transformados em calor. A


colisão não é elástica.

(d) Na compressão a energia cinética de B é transformada em


energia potencial elástica, o que leva a

1 1 𝑚𝑣I# 6,0 ⋅ 3,0#


𝐸CI = 𝐸@,F8,>B → 𝑚𝑣I# = 𝑘𝑥 # ⇔ 𝑥 = h ⇔𝑥=h
2 2 𝑘 300

= 0,424 m (42 cm)


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Q2

(a) Segundo o plano da mesa, apenas atua a força centrípeta, que faz
par com a tensão na corda. Temos então:

A cinzento a trajetória circular do MCU (um bocado torto, mas


pronto).

A seta a preto indica a posição, se tomarmos como origem o centro


do MCU.

A vermelho a força centrípeta. Atuam também a normal e o peso,


mas não são relevantes para este problema.

A rosa a velocidade.

(b) A aceleração num movimento circular uniforme é puramente


K&
radia, de valor 𝑎 = L
. Precisamos então da velocidade linear. Dado

que o perímetro do MCU é 2𝜋𝑅 = 1,571 m, e que este é percorrido a


MN>B &,7=& ?
cada 2,4 s, temos 𝑣 = O'
⇔𝑣= #,P
= 0,6546 > . A tensão é então

𝑣# 0,6546#
𝐹' = 𝑚𝑎 → 𝐹' = 𝑚 ⇔ 𝐹' = 3,0 = 5,142 N (5,1 N)
𝑅 0,25
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(c) Para uma mola de constante 300 N/m, a força centrípeta de 5,1 N
é atingida com elongamento de

𝐹 = 𝑘𝑥 ⇔ 5,142 = 300𝑥 ⇔ 𝑥 = 0,01714 m (1,7 cm)

(d) Pensando um pouco, vemos que a amplitude do MHS será o raio


#Q
do MCU e que o seu período é igual ao período do MCU. De 𝜔 = '

temos 𝜔 = 2,62 Hz e vem, a 2 AS e no SI,

𝑥(𝑡) = 0,25 cos(2,6𝑡)

(e) O objeto seguirá à velocidade que tinha no instante em que a


corda se parte, continuando até à borda da mesa, de onde cairá.
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Q3

(a) Há primeiro que calcular as áreas de condução da parede e da


porta. A área da porta é de 𝐴# = 1,50 ⋅ 2,00 = 3,00 m# . A área da parede
é igual à sua área retangular, menos a da porta, i.e. 𝐴& = 5,00 ⋅ 3,00 −
3,00 = 12,0 m# .

'( (')
Agora, a condução térmica pela parede e porta é, de 𝑃 = 𝜅𝐴 ,
R

22,0 − 5,00
𝑃& = 0,150 ⋅ 12 ⋅ = 102 W
0,300

22,0 − 5,00
𝑃# = 1,00 ⋅ 3,00 ⋅ = 2550 W
0,0200

O total de perdas são 2652 W, quase todos através da porta. É


natural, portanto, que seja esse o elemento a melhorar.

(b) Substituindo a porta, esta passa a ter

22,0 − 5,00
𝑃# = 0,0250 ⋅ 3,00 ⋅ = 21,25 W
0,0600

que é uma diferença enorme! As perdas passam a ser de 123 W, para


uma diferença de 2652 – 123 = 2529 W, ou seja 2,529 kW. Ao fim de
1 hora, a energia suplementar que o aquecedor teria de fornecer à
sala para manter os 22 ºC seria, em kWh, de 2,529, o que
corresponde a um gasto horário suplementar de


custo = 2,465 kWh ⋅ 0,20 = 0,506 €
kWh

Sendo, portanto, de 0,506 € a poupança por hora. Ao fim de um dia


em casa (digamos, 12 h) os custos suplementares poderiam ascender
a 6,07 € e o melhor é nem olhar para a conta ao fim do mês.
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Os valores de condutividade das alíneas (a) e (b) são realistas. A


conclusão é que se a sua casa tiver portas e janelas antigos, de vidro
simples, compensa, e muito, trocar por material mais moderno.
Rapidamente o investimento é recuperado.
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CRÉDITOS

Nuno Sousa, UAb 9-abr-20

Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons -


Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

U.C. 21051
Física para as Ciências Ambientais

18 de fevereiro de 2020

INSTRUÇÕES

Leia com atenção o que se segue antes de iniciar a sua prova:

Verifique se o enunciado desta prova possui, para além desta folha de rosto, mais 4 páginas, numeradas de 2
a 5 e terminando com a palavra FIM.
O estudante não necessita de indicar qualquer resposta neste enunciado, pelo que poderá ficar na posse
do mesmo finda a prova.
Este exame consta de duas partes:
1) A primeira é constituída por 8 questões de escolha múltipla, em que apenas uma das respostas é correta.
As respostas a estas questões devem ser feitas na folha de prova (não neste enunciado). Indique de uma
forma clara a alínea que corresponde à resposta que considera correta. Respostas que não sejam claras ou
cuja interpretação seja ambígua serão consideradas nulas. Se desejar, pode incluir detalhes da sua resolução
da questão. Se desses detalhes o professor verificar que respostas incorretas se deveram apenas a pequenos
erros de cálculo, estas poderão ser parcialmente cotadas.
2) A segunda é composta por 3 questões estruturadas de produção de resposta. Nestas respostas os
parâmetros valorizados são:
• O rigor científico do raciocínio usado, nomeadamente na identificação dos princípios físicos em jogo e
na colocação do problema em equação.
• O rigor dos cálculos efetuados, incluindo a expressão correta dos resultados (os valores numéricos com
os algarismos significativos e unidades adequados) e a interpretação dos resultados (se aplicável). Os
resultados devem ser apresentados com 2 ou 3 algarismos significativos.
Recomenda-se que:
• Leia com muita atenção as questões e selecione bem os dados e incógnitas antes de responder.
• Responda primeiro às questões que julgar mais acessíveis, e só depois às questões que considerar mais
difíceis.
• Reveja as resoluções cuidadosamente antes de entregar a prova.
Pode utilizar a sua máquina de calcular, mas não pode emprestá-la a qualquer dos seus colegas.

Duração: 2h:30 min


FORMULÁRIO E VALORES DE CONSTANTES FÍSICAS

7 ; 8𝐴⃗8 = 𝐴 = 9𝐴/: + 𝐴3: + 𝐴5: ; 𝐴⃗ ⋅ 𝐵


Δ𝐺 = 𝐺$%&'( − 𝐺%&%*%'( ; 𝐴⃗ = 𝐴/ 0̂ + 𝐴3 4̂ + 𝐴5 𝐤 =⃗ = 𝐴𝐵 cos(∢𝐴𝐵)

:
4 W
Círculo: J 𝐴 = 𝜋𝑅 ; Esfera: S 𝑉 = 𝜋𝑅 ; Cilindro: [ 𝑉 = 𝜋𝑅: ℎ
𝑃 = 2𝜋𝑅 3 𝐴 = 2𝜋𝑅: + 2𝜋𝑅ℎ
𝐴 = 4𝜋𝑅:
𝛥𝑟⃗ 𝑑𝑟⃗ distância 𝛥𝑣⃗ 𝑑𝑣⃗ 𝑑: 𝑟⃗
𝑣⃗^_` = ; 𝑣⃗ = ; 𝑠^_` = ; 𝑠 = |𝑣⃗| = 𝑣 ; 𝑎⃗^_` = ; 𝑎⃗ = =
𝛥𝑡 𝑑𝑡 𝛥𝑡 𝛥𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡 :
𝑎⃗ = 𝑐𝑡𝑒 𝑎 = 𝑐𝑡𝑒
𝑣⃗ = 𝑐𝑡𝑒 𝑣 = 𝑐𝑡𝑒 𝑣⃗ = 𝑣⃗l + 𝑎⃗𝑡 𝑣 = 𝑣l + 𝑎𝑡
[ 1D: J𝑥 = 𝑥 + 𝑣𝑡 ; p 1D: p 1
𝑟⃗ = 𝑟⃗l + 𝑣⃗𝑡 l 1
𝑟⃗ = 𝑟⃗l + 𝑣⃗l 𝑡 + 𝑎⃗𝑡 : 𝑥 = 𝑥l + 𝑣l 𝑡 + 𝑎𝑡 :
2 2
𝛥𝜃 𝑣: 𝜔 = 𝑐𝑡𝑒
1 rot = 2𝜋 rad ; 𝑑 = 𝛥𝜃 𝑅 ; 𝑣 = 𝜔𝑅 ; 𝜔^_` = ; 𝑎 = ; J𝜃 = 𝜃 + 𝜔𝑡
𝛥𝑡 𝑅 l

m 𝑣:
𝛴𝐹⃗ = 𝑚𝑎⃗ ; 𝐹v = 𝑚𝑔 x𝑔 = 9,8 } ; 𝑓• ≤ 𝜇 𝐹
• ‚ ; 𝑓ƒ = 𝜇 𝐹
ƒ ‚ ; 𝐹*_&„ = 𝑚
s: 𝑅
/$ 𝑑𝐸ˆ
1
𝑊† = 𝐹⃗ ⋅ 𝛥𝑟⃗ ; 𝐸* = 𝑚𝑣 : ; 𝐸ˆ = − ‰ 𝐹Š (𝑥)𝑑𝑥 ; 𝐹Š = − ; 𝐸ˆv = 𝑚𝑔ℎ ; 𝐸^ = 𝐸* + 𝐸ˆ
2 /% 𝑑𝑥
𝛥𝐸
𝑊„‹„ = 𝛥𝐸* ; 𝑊Š = −𝛥𝐸ˆ ; 𝑊‚Š = 𝛥𝐸^ ; 𝒫^_` = ; 𝒫 = 𝐹⃗ ⋅ 𝑣⃗
𝛥𝑡
𝑝⃗ = 𝑚𝑣⃗ ; 𝐼⃗ = 𝐹⃗_/„ 𝛥𝑡 ; 𝐼⃗ = 𝛥𝑝⃗
𝑀𝑚 𝑀 –——
N. m: 𝑀 :
4𝜋 : W
𝐹• = 𝐺 ; 𝑉• = −𝐺 ; 𝐸ˆ• = 𝑚𝑉• ‘𝐺 = 6,67 × 10 œ ; 𝑎v = 𝑔 = 𝐺 ; 𝑇 = ‘ œ𝑅
𝑟: 𝑟 kg : 𝑅: 𝐺𝑀

1 2𝜋 1 𝑘
𝐹_('•„ = −𝑘𝑥 ; 𝐸ˆ._('•„ = 𝑘𝑥 : ; 𝑥 = 𝐴 cos(𝜔𝑡 + 𝜙) ; 𝑇 = ; 𝑓 = ; 𝜔 ¡¢¢¡– £¤¡ =¥
2 𝜔 𝑇 𝑚

2𝜋 m 𝐹® 𝑚
𝑦(𝑥, 𝑡) = 𝐴 sen(𝐾𝑥 ± 𝜔𝑡) ; 𝐾 = ; 𝜆 = 𝑣𝑇 ª𝑣•‹^ = 343 ; 𝑣«£¬-¡ = ¥ ; 𝜇 = °
𝜆 s 𝜇 𝑙

𝒫•‹^ 𝐼•‹^ W
𝐼•‹^ = ; 𝛽 = (10 dB) log—l ³ ´ ³𝐼l = 10–—: : ´
𝐴 𝐼l m

5
𝑇(°K) = 𝑇(℃) = 273 ; 𝑇(℃) = [𝑇(℉) − 32]
9
J J J J
𝑄 = 𝑐𝑚𝛥𝑇 ³𝑐¡¾¿¡ = 4190 ; 𝑐¾Á¤£ = 2110 ´ ; 𝑄 = 𝐿𝑚 ³𝐿$Õ
¡¾¿¡ = 335 × 10
W
; 𝐿Ä'ˆ Å
¡¾¿¡ = 2,26 × 10 ´
kg. °K kg. °K kg kg
𝑄 𝑇Ç − 𝑇† Ë Ë
W
𝒫*‹&` = = 𝜅𝐴 ; 𝒫È'` = 𝜎𝜀𝐴𝑇 Ë ; 𝒫'Ì• = 𝜎𝜀𝐴𝑇'^Ì ; 𝒫(%Í = 𝜎𝜀𝐴(𝑇'^Ì − 𝑇 Ë ) ³𝜎 = 5,67 × 10–Î : Ë ´
𝑡 𝑑 m . °K

2
PARTE I

1. (1,0 val) Uma partícula descreve movimento circular uniforme de período 4,28 s e raio 65 cm. Se a sua
energia cinética for de 0,27 J, quanto valerá aproximadamente a sua massa?
A. 590 g B. 420 g C. 350 g D. 280 g E. 160 g F. 95,0 g

2. (1,0 val) Um carro de 1250 kg inicialmente em repouso acelera sob uma força motriz constante de 3750 N.
Ao fim de 120 m a sua rapidez é de 72,0 km/h. Considerando que o arrasto do ar é a única outra força a
realizar trabalho neste deslocamento, quanto vale esse trabalho?
A. -450 kJ B. -320 kJ C. -200 kJ D. 0 kJ E. 200 kJ F. 450 kJ

3. (1,0 val) Um sistema massa-mola oscila sob a lei de movimento harmónico simples y(t) = 0,200 cos(9,20t).
Se a massa for de 85,0 g, quanto valerá a energia mecânica do sistema?
A. 0,080 J B. 0,118 J C. 0,144 J D. 0,240 J E. 0,362 J F. 0,465 J

4. (1,0 val) Para determinar o calor especifico de um material sólido desconhecido, procede-se à seguinte
experiência. Mergulha-se 1,00 kg do material, incialmente a 20,0 ºC em 3,00 kg de água inicialmente a 50,0
ºC. Ao fim de algum tempo o sistema fica em equilíbrio à temperatura de 45,0 ºC. Qual será o calor
específico do material?
A. 1200 J/kg.ºK B. 1870 J/kg.ºK C. 2220 J/kg.ºK D. 2510 J/kg.ºK E. 3820 J/kg.ºK F. 4290 J/kg.ºK

5. (1,0 val) Uma pedra é lançada verticalmente de uma altura de 2,0 m à rapidez de 2,4 m/s. Qual a sua
rapidez quando atinge a altura de 1,5 m?
A. 1,5 m/s B. 2,5 m/s C. 3,6 m/s D. 4,3 m/s E. 5,9 m/s F. 7,6 m/s

6. (1,0 val) Uma bola de ping-pong, de 2,70 g, embate frontalmente contra uma bola de ténis, de 60,0 g e
inicialmente em repouso. No final da colisão a bola de ping-pong fez ricochete, movendo-se em sentido
contrário ao de embate a 36,0 cm/s, ao passo que a de ténis se move a 3,40 cm/s. Com que rapidez embateu
a bola de ping-pong?
A. 25,0 cm/s B. 36,0 cm/s C. 39,6 cm/s D. 45,7 cm/s E. 51,5 cm/s F. 63,9 cm/s

7. (1,0 val) O altifalante de uma ambulância produz um nível de intensidade sonora de 80,0 dB a uma distância
de 25,0 m. Qual a sua potência sonora?
A. 0,143 W B. 0,245 W C. 0,396 W D. 0,482 W E. 0,628 W F. 0,785 W

8. (1,0 val) Considere os seguintes processos termodinâmicos:


(8a) Transferência de calor devido ao movimento global de moléculas em fluidos, como gases ou líquidos,
devido a diferenças de pressão induzidas pela dilatação de zonas mais quentes.
(8b) Transferência de calor devido à radiação eletromagnética gerada pelo movimento térmico de partículas
na matéria.
(8c) Transferência de energia interna por colisões microscópicas de átomos e eletrões num corpo.
Indique na sua folha de prova os nomes dos processos indicados.

3
PARTE II

1. (Total 4,0 val) A bola de ténis da questão I.4 (60,0 g) é golpeada por uma raquete, tal como indicado na
figura abaixo, sem imprimir rotação à bola. A pancada é dada a uma altura de h = 65 cm e tem duração de
0,12 s. Após a pancada, a bola é projetada num ângulo de q = 15º e à rapidez de v = 35 m/s. A velocidade
com que a bola chega à raquete é simétrica à com que sai após o golpe.

Calcule, no referencial da figura,

(a) (1,0 val) O vetor impulso sofrido pela bola na pancada.

(b) (1,0 val) O módulo da força média sofrida pela bola na pancada e a aceleração associada.

(c) (2,0 val) Verifique se a bola consegue passar a rede, cuja altura é de 0,91 cm, situada a d = 14 m do
local da pancada.

4
2. (Total 4,0 val) Na figura abaixo as massas A (2,0 kg) e B (3,0 kg) estão em repouso, com A dependurada a
uma altura h = 50 cm do prato da balança. Os ângulos q1 e q2 são de, respetivamente, 30º e 20º, e há atrito
entre B e o solo.

(a) (2,0 val) Sejam FT1 a tensão na corda esquerda, FT2 a tensão na corda direita e FT3 a tensão na corda
vertical. Calcule a magnitude das tensões nas três cordas.

(b) (1,0 val) Calcule o valor mínimo do coeficiente de atrito estático entre B e o solo. Se não conseguiu
resolver a alínea anterior, assuma que FT2 = 20 N.

(c) (1,0 val) A dada altura a corda 3 parte e a massa A cai no prato da balança, cuja mola tem constante
elástica 9500 N/m. Quanto valerá aproximadamente o elongamento x da mola no equilíbrio, após a queda
de A?

3. (Total 4,0 val) O sistema massa-mola da questão I.3 é acoplado a uma corda tensa, de forma a produzir
nesta oscilações transversais. A oscilação do ponto de acoplagem x = 0 é dada por y(t) = 0,200 sen(9,20t)
e as perturbações viajam pela corda na direção e sentido +x, à rapidez de 2,60 m/s.
Determine:

(a) (0,5 val) A tensão na corda, sabendo que a sua densidade linear é de 0,0280 kg/m.

(b) (1,0 val) A distância entre cristas sucessivas da onda sinusoidal progressiva que percorre a corda.

(c) (1,0 val) Assuma que o sistema massa-mola que gera as perturbações se encontra no local x = 0. Uma
das expressões y(x,t) descreve adequadamente a propagação da onda, ao passo que a outra contém dois
erros. Indique a expressão correta e comente os erros da expressão incorreta.

y(x,t) = 0,200 sen(2,53x – 9,20t), x,t >= 0 (Expressão 1)

y(x,t) = 0,200 sen(1,78x + 9,20t), x,t >= 0 (Expressão 2)

(d) (1,5 val) Desenhe o perfil da onda para t = 2T (dois períodos), y(x,2T). I.e. desenhe como seria uma
fotografia da corda após duas oscilações completas. Estenda o desenho até x igual a pelo menos dois
comprimentos de onda e identifique adequadamente os eixos, marcando neles todos os pontos relevantes.

FIM

5
FÍSICA CIÊNCIAS AMBIENTAIS | 21051

Período de Realização

23 de julho de 2020

Data de Limite de Entrega

A definir pelos serviços

Objetivos

Avaliar os conhecimentos adquiridos na UC

Trabalho a desenvolver

Elaboração de um texto respondendo às questões abaixo colocadas.

Recursos

1. Manuais recomendados pelo professor para a UC

2. Formulário na página-mãe da UC

Critérios de avaliação e cotação

Na avaliação do trabalho serão tidos em consideração os seguintes


critérios e cotações:

1. 20 ± 10% da cotação: rigor científico do raciocínio usado,


nomeadamente na identificação dos princípios físicos em jogo e na
colocação do problema em equação.

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2. 80 ± 10% da cotação: rigor dos cálculos efetuados, incluindo a
expressão correta dos resultados (os valores numéricos com os
algarismos significativos e unidades adequados) e a interpretação dos
resultados (se aplicável). Os resultados devem ser apresentados com
2 ou 3 algarismos significativos.

Total: 100 pontos = 100% da cotação de cada pergunta.

Normas a respeitar

Deve redigir o seu E-fólio na Folha de Resolução disponibilizada na


turma e preencher todos os dados do cabeçalho.

Caso não realize o seu E-fólio por escrito, mas num outro formato,
preencha igualmente o cabeçalho da Folha de Resolução e declare
nela que terminou o seu trabalho até à data e hora determinada
pelos serviços.

Todas as páginas do documento devem ser numeradas.

O seu E-fólio não deve ultrapassar 8 páginas A4. O espaçamento


entre linhas deve corresponder a 1,5 linhas.

Nomeie o ficheiro com o seu número de estudante, seguido da


identificação do E-fólio, segundo o exemplo apresentado:
[NºEstudante]_[Nome]_[Apelido]_efolioGlobal i.e.
1234567_Nuno_Sousa_efolioGlobal

Deve carregar o referido ficheiro para a plataforma no dispositivo E-


fólioGlobal até à data e hora limite de entrega. Evite a entrega
próximo da hora limite para se precaver contra eventuais problemas.

O ficheiro a enviar não deve exceder 8 MB.

Votos de bom trabalho!

NSousa

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PARTE I

Q1 (1,0 val) Uma pedra é lançada ao ar verticalmente com rapidez


7,4 m/s. Passados 2,3 s essa pedra é apanhada à altura de 1,5 m. De
que altura foi lançada inicialmente?

Q2 (1,0 val) Na figura ao lado, o bloco sobre a mesa tem m1 = 4,0


kg e o bloco dependurado da roldana m2 = 3,0 kg. O coeficiente de
atrito entre a mesa e o bloco em cima dela é de 0,50. Qual a
aceleração do sistema?

Q3 (1,0 val) Uma onda sinusoidal progressiva, transversal, propaga-


se no sentido -x com velocidade 2,80 m/s. A distância entre cristas e
depressões é, segundo x de 1,20 m e, segundo y de 24,0 cm.
Obtenha uma expressão y(x,t) para a propagação dessa onda.

Q4 (1,0 val) Uma chaleira elétrica de 2000 W de potência aquece


0,750 litros de água, inicialmente a 20,0 ºC durante 5,00 min. Qual a
quantidade aproximada de água que evapora durante este tempo?

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PARTE II

Das 3 questões abaixo, responda apenas a 2.

Indique claramente as questões que se propõe responder.

Q1 (4,0 val) Na figura abaixo, o bloco A (5,0 kg), inicialmente em


repouso, desliza por uma calha de altura h = 2,0 m. Ao chegar ao
solo, passa por uma zona de d = 80 cm com atrito, a sombreado, e
embate no bloco B (6,0 kg) à rapidez de 3,6 m/s, imobilizando-se
imediatamente a seguir ao choque. B desliza até à mola do lado
direito, cuja constante elástica é de k = 300 N/m.

a. (0,5 val) Marque as forças atuantes em A durante a passagem pela


zona com atrito.

b. (1,5 val) Calcule o coeficiente de atrito cinético entre A e o solo.

c. (1,0 val) A colisão entre A e B foi elástica ou inelástica? Justifique.

d. (1,0 val) Quando B atinge a mola, ela comprime. Qual a sua


compressão máxima?

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Q2 (4,0 val) Um objeto de massa 3,0 kg desliza sobre uma mesa,
sem atrito, ligado ao centro desta por uma corda tensa (c.f. figura).
O objeto descreve movimento circular uniforme de raio R = 25 cm no
sentido horário, completando uma rotação a cada 2,4 s.

a. (1,0 val) Desenhe a trajetória deste movimento na sua folha de


prova e marque, para um ângulo à sua escolha, as forças que atuam
no objeto, a sua posição, e velocidade. Assinale devidamente todas
as grandezas que desenhar.

b. (1,0 val) Calcule a tensão na corda.

c. (0,5 val) Se a corda for substituída pela mola da Q1 (k = 300


N/m), qual será o seu elongamento?

d. (1,0 val) Pode-se provar que se colocarmos o olhar ao nível da


mesa, observando lateralmente o movimento, este será descrito por
um movimento harmónico simples (MHS). Escreva uma expressão
que represente o MHS. Assuma um valor qualquer para a fase inicial.

e. (0,5 val) Se a corda se partir, o que acontecerá ao objeto?

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Q3 (4,0 val) A sala de uma casa tem uma parede de dimensões 5,00
m (comprimento) e 3,00 m (altura), e espessura de 30,0 cm, por
onde comunica termicamente para o exterior. Encrustada nessa área
de parede existe uma porta envidraçada de 1,50 m ´ 2,00 m, de 2,00
cm de espessura de vidro. As condutividades térmicas da parede e
porta são respetivamente de 0,150 W/m.ºK e 1,00 W/m.ºK.

a. (1,5 val) Calcule a potência transferida por condução da sala para


o exterior a 5,00 ºC, estando aquela a 22,0 ºC.

b. (2,5 val) Se a porta for substituída por uma porta de vidro duplo
com condutividade térmica de 0,0250 W/m.ºK e espessura 6,00 cm,
quanto pouparia por hora para manter a sala a 22.0 ºC, assumindo
que a climatização é feita por um aquecedor elétrico, a um preço de
eletricidade de 0,20 €/kWh (IVA inc.).

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FÍSICA P/ CIÊNCIAS AMBIENTAIS | 21051

ORIENTAÇÕES DE RESPOSTA
EXAME DE 1ª ÉPOCA
Ano letivo: 2019-20

Versão: 5-mar-20
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PARTE I

1. Um período de 4,28 s corresponde a frequência angular de 𝜔 =


#$ #$
%
⇔ 𝜔 = ',#) = 1,468 Hz. De 𝑣 = 𝜔𝑅 obtemos, no SI, 𝑣 = 1,468 ⋅ 0,65 =
8
0,9542 9 . Finalmente, substituindo valores na expressão da energia
<
cinética 𝐸; = # 𝑚𝑣 # temos

1 1
𝐸; = 𝑚𝑣 # ⇔ 0,27 = 𝑚 ⋅ 0,9542# ⇔ 𝑚 = 0,593 kg (593 g)
2 2

2. Problemas como este, em que parece que faltam dados,


normalmente resolvem-se usando princípios de energia. O trabalho
da força motriz é, por definição, 𝑊E = 𝐹⃗ ⋅ Δ𝑟⃗ ⇔ 𝑊E = 3750 N ⋅ 120 m ⋅
cos 0O = 450 kJ. Aplicando agora o corolário 𝑊QR = Δ𝐸S vem, notando
que 72 km/h são 20 m/s,

1 1
𝑊QR = Δ𝐸S ⇔ 𝑊E + 𝑊EUVVUWXY = 𝑚𝑣Z# − 𝑚𝑣\# ⇔ 450 000 + 𝑊EUVVUWXY
2 2
1
= 1250 ⋅ 20# + 0 ⇔ 𝑊EUVVUWXY = −200 000 J (−200 kJ)
2

O sinal negativo indica que a força é contrária ao movimento, o que


faz sentido.

3. A velocidade máxima que o sistema atinge é 𝑣8]^ = 𝐴𝜔 ⇔ 𝑣8]^ =


8
0,200 ⋅ 9,2 = 1,84 9 , o que corresponde a uma energia cinética de

1 1
𝐸; = 𝑚𝑣 # ⇔ 𝐸; = 0,085 ⋅ 1.84# = 0,144 J
2 2
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Como a velocidade máxima é obtida com elongamento nulo, que


corresponde a energia potencial elástica também nula, a energia
cinética acima obtida é também a energia mecânica do sistema.

4. Pela conservação de energia em sistemas isolados, a energia


térmica ganha pelo material é precisamente a que é perdida pela
água. Tratando-se de fenómenos de aquecimento/arrefecimento,
basta aplicar as equações calorimétricas associadas. Sejam os índices
‘a’ água e ‘d’ o material desconhecido. Temos então

𝑐] 𝑚] Δ𝑇] + 𝑐𝑚c Δ𝑇c = 0 ⇔ 4190 ⋅ 3,0 ⋅ (50 − 45) = 𝑐 ⋅ 1 ⋅ (45 − 20) ⇔ 𝑐


5 J
= 4190 ⋅ 3 = 2510
25 kg. C

5. Fazendo +y para cima, posição da pedra é dada por 𝑦 = 𝑦f + 𝑣fg 𝑡 −


<
#
𝑔𝑡 # ⇔ 𝑦 = 2,0 + 2,4𝑡 − 4,9𝑡 # . A altura de 1,5 m é atingida para o

instante

1,5 = 2,0 + 2,4𝑡 − 4,9𝑡 # ⇔ 𝑡 = 0,6474 s

Neste instante a velocidade vertical é, da equação 𝑣 = 𝑣f − 𝑔𝑡 ⇔ 𝑣 =


2,0 − 9,8𝑡,

m m
𝑣 = 2,0 − 9,8 ⋅ 0,6474 = −4,3445 j−4,3 k
s s

o que corresponde a uma rapidez de 4,3 m/s.

6. Aplicando a conservação de momento linear vem, no sistema CGS


(cm, g, s) e segundo a direção do movimento,
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𝑝\ = 𝑝Z ⇔ 𝑚< 𝑣<\ + 𝑚# 𝑣#\ += 𝑚< 𝑣<Z + 𝑚# 𝑣#Z ⇔ 2,70 ⋅ 𝑣<\ + 0


106,8
= 2,70 ⋅ (−36,0) + 60,0 ⋅ 3,40 ⇔ 𝑣<\ = = 39,6 cm/s
2,70

7. Os 80,0 dB correspondem a uma intensidade sonora de

𝐼#q 𝐼#q x
tOu j yz k
80,0 = 10 ⋅ log<f o r ⇔ 8,00 = log<f o s<# r ⇔ 10),ff = 10 vw <f{vy ⇔ 10),ff
𝐼f 10
𝐼#q )s<# s'
W
= ⇔ 𝐼#q = 10 = 10
10s<# m#

Substituindo na expressão para intensidade de uma fonte sonora


pontual vem

𝑃9O8 𝑃9O8
𝐼= ⇔ 𝐼#q = ⇔ 𝑃9O8 = 10s' ⋅ 4𝜋 ⋅ (25,0)# = 0,785 W
4𝜋𝑅 # 4𝜋 ⋅ (25,0)#

8. As descrições são as definições de transferência de calor por (8a)


convecção, (8b) radiação, (8c) condução.
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PARTE II

Q1

(a) No referencial da figura a velocidade de chegada à raquete é, do


enunciado, 𝑣⃗\ = −35 cos 15O •̂ − 35 sen 15O ƒ̂ (SI), simétrica da velocidade
após a pancada, 𝑣⃗Z = 35 cos 15O •̂ + 35 sen 15O ƒ̂. Do teorema de impulso-
momento temos

𝐼⃗ = Δ𝑝⃗ ⇔ 𝐼⃗ = 𝑚𝑣⃗Z − 𝑚𝑣⃗\ ⇔ 𝐼⃗


= 0,060
⋅ [(35 cos 15O •̂ + 35 sen 15O ƒ̂) − (−35 cos 15O •̂ − 35 sen 15O ƒ̂)] ⇔ 𝐼⃗
= 0,060 ⋅ 35 ⋅ [0,9659 − (−0,9659)]•̂ + 0,060 ⋅ 35
⋅ [0,2588 − (−0,2588)]ƒ̂ ⇔ 𝐼⃗
= (4,06 N. s)•̂ + (1,09 N. s)ƒ̂ (4,0•̂ + 1,1ƒ̂)

O resultado final está arredondado a 2 AS.

(b) De 𝐼 = 𝐹8†c Δ𝑡 temos

𝐼 ‡4,06# + 1,09#
𝐹8†c = ⇔ 𝐹8†c = = 35,03 N (35 N)
0,12 0,12

E ‰q,f‰ 8
que corresponde a uma aceleração média de 𝑎 = S ⇔ 𝑎 = f,fŠf = 584 9y .

(c) A bola descreve movimento de projétil, cuja trajetória é dada, no


referencial da figura, por

𝑥 = 𝑥f + 𝑣f• 𝑡
𝑥 = 0 + (35 cos 15O )𝑡
‹ 1 #⇔Ž
𝑦 = 𝑦f + 𝑣fg 𝑡 − 𝑔𝑡 𝑦 = 0,65 + (35 sen 15O )𝑡 − 4,9𝑡 #
2
𝑥 = 33,8𝑡
⇔Ž
𝑦 = 0,65 + 9,06𝑡 − 4,9𝑡 #
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<'
Para percorrer 14 m a bola demora um tempo de 𝑡 = ‰‰,) = 0,4142 s, o

que corresponde a uma posição vertical de

𝑦(0,4142) = 0,65 + 9,06 ⋅ (0,4142) − 4,9 ⋅ (0,4142)# = 3,562 m (3,6 m)

valor que passa largamente a altura da rede.

O leitor curioso pode perguntar porque sobe a bola tão alto quando
na TV as bolas passam sempre a rasar a rede. A resposta é que as
pancadas devem ser dadas imprimindo à bola rotação (topspin). Esta
rotação provoca alterações à trajetória, causadas por perturbações
aerodinâmicas, que fazem com que a bola arqueie bem mais do que a
parábola típica dos projéteis. Experimente num court de ténis dar
algumas pancadas chapadas, tal como a descrita no enunciado, e
verá como vai mesmo acabar a apanhar bolas bem para fora do
campo... (aconteceu ao autor!).
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Q2

(a) Aplicando a 1ª lei de Newton ∑𝐹⃗ = 0 temos, num referencial xy


normal e notando que o repouso de A implica 𝐹%‰ = 𝑚• 𝑔 =
19,6 N (20 N),

𝑥: − 𝐹%< cos 30O + 𝐹%# cos 20O = 0


∑𝐹⃗ = 0 → Ž
𝑦: 𝐹%< sen 30O + 𝐹%# sen 20O − 𝐹%‰ = 0
𝐹%< ⋅ 0,866 = 𝐹%# ⋅ 0,9397
⇔Ž
𝐹%< ⋅ 0,500 + 𝐹%# ⋅ 0,342 = 19,6
0,9397
𝐹%< = 𝐹 = 1,0851 ⋅ 𝐹%#
⇔“ 0,866 %#
1,0851 ⋅ 𝐹%# ⋅ 0,500 + 𝐹%# ⋅ 0,342 = 19,6
… …
⇔ ”𝐹%# ⋅ (1,0851 ⋅ 0,500 + 0,342) = 19,6 ⇔ ”𝐹%# ⋅ 0,88455 = 19,6

𝐹%< = 1,0851 ⋅ 22,16 = 24,04 N


𝐹 = 24 N
⇔“ 19,6 ⇔ Ž %<
𝐹%# = = 22,16 N 𝐹%# = 22 N
0,88455

(b) Para haver repouso de B, a força de atrito estático terá de ser


igual à tensão 𝐹%# , ou seja, 𝑓— = 22,16 N. Na iminência de escorregar
aplica-se 𝑓—8]^ = 𝜇— 𝐹Q™ , o que corresponde a um 𝜇— mínimo de

22,16
𝑓—8]^ = 𝜇— 𝐹Q™ ⇔ 22,16 = 𝜇— 𝑚™ 𝑔 ⇔ 22,16 = 𝜇— ⋅ 3,0 ⋅ 9,8 ⇔ 𝜇— = = 0,75
3,0 ⋅ 9,8

(c) Na queda e compressão apenas atuam forças conservativas


(ignorando a resistência do ar, bem entendido), pelo que a energia
mecânica se conserva. Definindo h = 0 no prato da balança temos

šO›O œO8›•†99ãO 1 2𝑚¢ 𝑔ℎ


Δ𝐸S = 0 ⇔ 𝐸S = 𝐸S ⇔ 𝑚• 𝑔ℎ = 𝑘𝑥 # ⇔ 𝑥 = ¡ ⇔𝑥
2 𝑘

2 ⋅ 2,0 ⋅ 9,8 ⋅ 0,50


=¡ = 0,0454 m (4,5 cm)
9500
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Este resultado é aproximado porque os 4,5 cm de compressão


implicam alteração da energia potencial gravítica. A expressão
correta de conservação de energia seria a equação de 2º grau
<
𝑚• 𝑔(ℎ + 𝑥) = # 𝑘𝑥 # , cuja resolução daria um elongamento ligeiramente

superior, de x = 4,75 cm.

Q3

E
(a) Aplicando 𝑣œO•c] = £ ¥¤ temos

𝐹% #
𝑣œO•c] = ¡ ⇔ 𝐹% = 𝜇𝑣œO•c] ⇔ 𝐹% = 0,0280 ⋅ 2,60# = 0,189 N
𝜇

(b) A distância entre cristas é o comprimento de onda, 𝜆. Pode ser


#$ #$ #$
obtido p.ex. de 𝜆 = 𝑣𝑇. Aplicando 𝜔 = %
⇔𝑇= §
⇔ 𝑇 = ¨,#f = 0,683 s

temos

𝜆 = 𝑣𝑇 ⇔ 𝜆 = 2,60 ⋅ 0,683 = 1,78 m

(c) A expressão correta é a expressão 1. As duas incorreções da


expressão 2 são:

#$ #$
1. O número de onda é 𝐾 = ª
⇔ 𝐾 = <,«) = 3,53 ms< e não 𝐾 = 1,78 ms< .

2. A propagação no sentido +x requer que o sinal entre os termos 𝐾𝑥


e 𝜔𝑡 do fator oscilante seja negativo: 𝐾𝑥 − 𝜔𝑡.

(d) A figura seria como abaixo.


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Notar que para t = 2T ainda só ocorreram duas oscilações, razão pela


qual a perturbação é nula para 𝑥 > 2𝜆. Para t = 3T teríamos três
oscilações completas, e assim por diante.
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CRÉDITOS

Nuno Sousa, UAb 2019

Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons -


Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.
UNIDADE CURRICULAR: FÍSICA P/ AS CIÊNCIAS AMBIENTAIS

CÓDIGO: 21051

DOCENTE: Nuno Sousa/Ana Valadares

ANO LETIVO: 2020-21

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TRABALHO / RESOLUÇÃO:

Q1

(a) A pedra descreve um movimento de projétil e o pássaro um


movimento retilíneo uniforme. No referencial da figura, segundo y a
velocidade da pedra é dada por 𝑣! = 𝑣"! − 𝑔𝑡. No instante de altitude
máxima tem-se 𝑣! = 0. Substituindo valores vem (SI)

2 m m
0 = 𝑣"! − 9,8 ⋅ 1,06 ⇔ 𝑣" sen 60 = 10,39 ⇔ 𝑣" = 10,39 ⋅ = 12,00 612 7
√3 s s

#
(b) A expressão da posição segundo y é 𝑦 = 𝑦" + 𝑣"! 𝑡 − $ 𝑔𝑡 $ . A altitude

máxima é atingida para t = 0,53 s, i.e.

√3
𝑦%&' = 1,8 + 12 ⋅ 1,06 − 4,9 ⋅ 1,06$ ⇔ 𝑦%&' = 7,310 m (7,3 m)
2

(c) Aqui basta calcular as duas componentes da velocidade:

1 m
𝑣' = 𝑣"' ⇔ 𝑣' = −𝑣" cos 60 ⇔ 12 ⋅ = −6,0
2 s

m
𝑣! = 𝑣"! − 𝑔𝑡 ⇔ 𝑣! = 10,39 − 9,8 ⋅ 2,0 = −9,2
s

Juntando as componentes, o vetor velocidade aos 2,0 s é então

m m
𝑣⃗ = −6,0 Â − 9,2 Ĉ
s s

(d) Para a velocidade média temos de recordar a sua definição:

Δ𝑟⃗
𝑣⃗% =
Δ𝑡

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Há, portanto, que obter a posição da pedra para os dois instantes de
tempo. Para t = 0 s temos 𝑟⃗(0) = (0; 1,8) m. Para t = 2,0 s vem

𝑥 = 𝑥" + 𝑣"' 𝑡 ⇔ 0 − 6,0 ⋅ 2,0 = −12 m

𝑦 = 1,8 + 10,39𝑡 − 4,9𝑡 $ ⇔ 𝑦 = 1,8 + 10,39 ⋅ 2,0 − 4,9 ⋅ 2,0$ = 2,98 m (3,0 m)

O deslocamento é então Δ𝑟⃗ = (−12; 2,98) − (0; 1,8) = (12; 1,18) m e a


velocidade média entre 0 e 2,0 s é

m m
𝑣⃗% = −6,0 Â + 0,59 Ĉ
s s

(e) Há várias formas de resolver esta questão. Aqui apresenta-se


uma delas. Haverá colisão se existir um instante de tempo para o
qual a posição da pedra é igual à posição do pássaro, i.e. se

(𝑥, 𝑦) = (𝑥( , 𝑦( )

Já temos expressões para x,y da pedra, pelo que basta encontrar


expressões para x,y do pássaro. Estas são, simplesmente, (𝑥( , 𝑦( ) =
(−11 + 2,4𝑡; 5,0) m. Igualando expressões temos

𝑥 = 𝑥( → −6,0𝑡 = −11 + 2,4𝑡 ⇔ 𝑡 = 1,31 s

𝑦 = 𝑦( → 5 = 1,8 + 10,39𝑡 − 4,9𝑡 $ ⇔ 𝑡 = 0,374 s ∨ 𝑡 = 1,75 s

Não há nenhum instante de tempo que resolva simultaneamente as


duas equações, pelo que se conclui que pedra não atinge o pássaro
(má pontaria?).

(f) Atingir o chão significa y = 0. Isso acontece para o instante

𝑦 = 0 → 0 = 1,8 + 10,39𝑡 − 4,9𝑡 $ ⇔ 𝑡 = −0,161 s ∨ 𝑡 = 2,281 s

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A primeira solução é não-física. A segunda leva a

𝑥(2,281 s) = −6,0 ⋅ 2,281 = −13,69 m (−14 m)

A pedra cairá, portanto, cerca de 14 m à esquerda do local de


lançamento.

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Q2

(a) Marcando forças em diagrama de corpo livre, temos

Há apenas um par ação-reação, que é o par formado pelas forças de


contacto entre A e B. Notar que o par dos pesos está aplicado no
centro da terra, o par das normais está aplicado no plano e o par das
tensões está aplicado na corda.

(b) As normais são 𝐹)* = 𝑚* 𝑔 = 4𝑔 e 𝐹)+ = 𝑚+ 𝑔 = 2𝑔. No referencial


local da figura com +x ao longo da corda temos, aplicando a 1ª lei de
Newton segundo x,

𝐴: 𝐹, − 𝑓-* − 𝐹*+ = 0, 𝐵: −𝑓-+ + 𝐹*+ = 0, 𝐶: −𝐹, + 𝐹.+ = 0

Na iminência de movimento tem-se 𝑓- = 𝜇- 𝐹) . Depois, somando as


três equações anula-se a tensão e as forças de contacto e temos

5𝑔 3
−𝑓-* − 𝑓-+ + 𝐹.+ = 0 ⇔ −𝜇- 𝐹)* − 𝜇- 𝐹)+ + 𝑚/ 𝑔 = 0 ⇔ 𝜇- = = (0,50)
4𝑔 + 2𝑔 6

Note-se que este é o valor mínimo do atrito estático. Abaixo disto


haverá movimento e acima o sistema permanecerá em repouso.

Página 5 de 7
(c) Substituindo valores nas equações para C e B vem

𝐹, = 𝐹.+ ⇔ 𝐹, = 3𝑔 = 29,4 N (29 N)

𝐹*+ = 𝑓-+ ⇔ 𝐹*+ = 0,50 ⋅ 2𝑔 = 9,8 N

(d) Não havendo atrito na queda e deslize, conserva-se a energia


mecânica e temos, fazendo h = 0 no nível do solo,

0121 3141
1 $
𝐸% = 𝐸% ⇔ 0 + 𝑚/ 𝑔ℎ = 𝑚/ 𝑣3141 + 0 ⇔ 𝑣3141 = V2𝑔ℎ ⇔ 𝑣3141
2
m m
= V2 ⋅ 9,8 ⋅ 2,0 = 6,261 66,3 7
s s

(e) Na colisão conserva-se o momento linear e, do enunciado,


metade da energia cinética é transformada em energia interna dos
blocos. Assim, o sistema está sujeito ao seguinte conjunto de
equações (segundo a horizontal)

𝑝5 = 𝑝6 → 𝑚/ 𝑣/5 = 𝑚/ 𝑣/6 + 𝑚7 𝑣76 ,


1 1 $
1 $
1 $
𝐸85 = 𝐸86 → 𝑚/ 𝑣/5 = 𝑚/ 𝑣/6 + 𝑚7 𝑣76
2 4 2 2

Substituindo valores obtemos um sistema de duas equações, uma


não-linear, e duas incógnitas:

3,0 ⋅ 6,261 = 3,0𝑣/6 + 5,0𝑣76 ⇔ 18,783 = 3𝑣/6 + 5𝑣76

1 $
1 $
1 $ $ $
3,0𝑣/5 = 3,0𝑣/6 + 5,0𝑣76 ⇔ 29,4 = 1,5𝑣/6 + 2,5𝑣76
4 2 2

Isolando p.ex. 𝑣76 na primeira equação e substituindo na segunda


obtém-se

Página 6 de 7
$
18,783 − 3𝑣/6 $
29,4 = 1,5𝑣/6 + 2,5 ⋅ X Y
5

Resolvendo esta equação de 2º grau obtemos, após algum trabalho,


dois conjuntos de soluções:

m m
𝑣/6 = 0,5979 , 𝑣76 = 3,398 (sol. 1)
s s

m m
𝑣/6 = 4,098 , 𝑣76 = 1,298 (sol. 2)
s s

O conjunto 2 tem 𝑣/6 > 𝑣76 e é não-físico porque corresponde a C


resvalar por cima de D. Devemos, pois, considerar o conjunto 1 como
resposta.

(f) Tal como em (d), a compressão da mola é outro fenómeno


conservativo. No instante do embate de D na mola temos apenas
energia cinética e na compressão máxima apenas energia potencial
elástica. Igualando os dois vem

1 1
𝐸87 = 𝐸9,;<&-= → 𝑚7 𝑣7$ = 𝑘𝑥 $ ⇔ 2,5 ⋅ 3,398$ = 0,5 ⋅ 𝑘 ⋅ 0,068$ ⇔ 𝑘
2 2
2,5 ⋅ 3,398$ N kN
= $
= 12485 X12 Y
0,5 ⋅ 0,068 m m

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UNIDADE CURRICULAR: FÍSICA PARA AS CIÊNCIAS
AMBIENTAIS

CÓDIGO: 21051

DOCENTE: Nuno Sousa

ANO LETIVO: 2020-21

Página 1 de 5
TRABALHO / RESOLUÇÃO:

Q1

(a) Os 60 dB correspondem a uma intensidade sonora no SI de

𝐼 𝐼 𝐼
𝛽 = 10 log!" ( * → 60 = 10 log!" ( #!$ * ⇔ 6 = log!" ( #!$ * ⇔ 10%
𝐼" 10 10
&'(!" )
*
+ 𝐼 W
= 10 !"#!$ ⇔ 10% = #!$
⇔ 𝐼(60 dB) = 10#% $
10 m

.
Repetindo para 65 dB temos 𝐼(65 dB) = 10#,,, /$ . Ora uma intensidade

I a 5,0 m é gerada a partir de uma fonte pontual de potência tal que


0
%&'
𝐼 = 123 $
. Isto leva a

𝑃4'/ (60 dB) = 𝐼(60 dB) ⋅ 4𝜋 ⋅ 5,0$ = 0,0003142 W (0,31 mW)

𝑃4'/ (65 dB) = 𝐼(65 dB) ⋅ 4𝜋 ⋅ 5,0$ = 0,0009934 W (0,99 mW)

Ou seja, a coluna estará a emitir no máximo 1 mW de potência.


Atenção, que esta é a potência sonora, que regra geral é bastante
inferior à potência elétrica consumida da rede (as eficiências dos
altifalantes andam nos 1-4%).

(b) A onda de deslocamento de ar associada a um dado som é dada


genericamente por

𝑠(𝑥, 𝑡) = 𝑠5 cos(𝐾𝑥 − 𝜔𝑡)

A frequência e a velocidade do som permitem-nos obter o n.º de


onda e a frequência angular. Estas são

𝜔 = 2𝜋𝑓 → 𝜔 = 2𝜋 ⋅ 256 = 1608,5 Hz (1610 Hz)

1608,5
𝜔 = 𝐾𝑣 → 𝐾 = = 4,690 m#!
343

Página 2 de 5
Falta-nos apenas obter a amplitude máxima de deslocamento, 𝑠5 .
Esta pode ser deduzida da intensidade sonora no local da conversa:

1 1 2 ⋅ 10#%
𝐼 = 𝜌𝑣𝜔$ 𝑠5
$
→ 10#% = ⋅ 1,21 ⋅ 343 ⋅ 1608,5$ ⋅ 𝑠5
$
⇔ 𝑠5 = L
2 2 1,21 ⋅ 343 ⋅ 1608,5$

= 4,316 × 10#6 m (432 𝜇m)

Juntando tudo temos, no SI,

𝑠(𝑥, 𝑡) = 4,32 × 10#6 cos(4,69𝑥 − 1610𝑡)

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Q2

(a) Para calcular a potência das transferências vamos precisar da


área superficial do cilindro em questão. Esta é, no SI,

𝐴 = 2𝜋𝑅(𝑅 + ℎ) → 𝐴 = 2𝜋 ⋅ 0,300 ⋅ (0,300 + 0,900) = 2,262 m$

As potências transferidas por condução e radiação (líquida) são


respetivamente

𝑇: − 𝑇; 180 − 20
𝑃7'89 = 𝜅𝐴 → 𝑃7'89 = 0,250 ⋅ 2,262 = 2585 W
𝑑 0,0350

1
𝑃&<= = 𝜎𝜀𝐴(𝑇>/? − 𝑇 1 ) → 𝑃&<=
= 5,67 × 10#6 ⋅ 0,900 ⋅ 2,262 ⋅ [(20 + 273)1 − (180 + 273)1 ]
= −4010 W

Note-se que a potência por condução flui do cilindro para o exterior,


pelo que do ponto de vista do primeiro a potência é de -2585 W.

É interessante verificar que a potência radiante é superior à


condutiva, algo que acontece quando as diferenças de temperatura
são relativamente altas, como é o caso.

(b) Para a temperatura no interior do cilindro se equilibrar com o


exterior, o vapor terá de arrefecer até aos 100 ºC (Q1), condensar
para água (Q2), e a água arrefecer até aos 20 ºC (Q3). As energias
Q1 e Q3 provém de arrefecimentos e Q2 de uma transição de fase.
Temos então

𝑄! = 𝑐@>A 𝑚Δ𝑇 → 𝑄! = 1533 ⋅ 4,50 ⋅ (180 − 100) = 0,5519 × 10% J

𝑄$ = 𝐿@>A 𝑚 → 𝑄$ = 2 260 000 ⋅ 4,50 = 10,17 × 10% J

𝑄B = 𝑐á(D> 𝑚Δ𝑇 → 𝑄! = 4190 ⋅ 4,50 ⋅ (100 − 20) = 1,508 × 10% J

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Somando tudo temos Q = -12,23 MJ sendo que o sinal menos
significa energia cedida (e não absorvida).

Nota: o problema é uma simplificação. Numa situação real haverá ar


no reservatório junto com a água, além de que mesmo a 20 ºC nem
todo o vapor condensará. Uma parte dos 4,50 kg manter-se-á como
vapor, em equilíbrio líquido-gasoso com a água condensada. E mais,
dependendo da pressão do vapor a 180 ºC, a temperatura de
condensação poderá variar e o próprio calor específico varia com a
pressão e temperatura. O valor apresentado do calor específico é
apenas uma média estimada durante todo o arrefecimento.

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FÍSICA P/ CIÊNC. AMBIENTAIS | 21051

Período de realização e limite de entrega

[consultar datas no PUC e fóruns da UC]

Temática

Mecânica

Critérios de avaliação e cotação

Na avaliação do trabalho serão tidos em consideração os seguintes


critérios e cotações, para cada questão/alínea:

1. 20 ± 10%: identificação dos princípios físicos em jogo.


2. 40 ± 10%: colocação do problema em equação.
3. 40 ± 10%: rigor dos cálculos e interpretação dos resultados.

É necessário justificar adequadamente todos os cálculos efetuados.


Cálculos não justificados = cotação nula.

Instruções

Deve redigir o seu E-fólio no Modelo de Resolução disponibilizado na


pasta "Enunciados de provas e OR" da página-mãe da turma.

O nome de ficheiro a submeter deve seguir o formato abaixo:


[NºEstudante]_[Nome]_[Apelido]_efolioA_FCA i.e.
1234567_Nuno_Sousa_efolioA_FCA

O ficheiro a enviar não deve exceder 8 MB.

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QUESTÕES:

1. (2,0 val) Um rapaz dispara uma fisga a h = 1,8 m de altura, num


ângulo de q = 60º com a horizontal. No instante do disparo, um
pássaro, a uma distância horizontal de d = 11 m do local de
lançamento, voa horizontalmente com rapidez constante de v = 2,4
m/s, em direção ao rapaz a uma altitude de a = 5,0 m. Passados
1,06 s a pedra disparada atinge a sua altitude máxima. (c.f. figura)

Desprezando a resistência do ar e usando o referencial da figura,

(a) [0,2 val] Prove que a pedra foi lançada com rapidez de 12,0 m/s.

(b) [0,2 val] Calcule a altura máxima que a pedra alcança.

(c) [0,2 val] Determine a velocidade instantânea da pedra no instante


t = 2,0 s.

(d) [0,4 val] Determine a velocidade média da pedra no intervalo de


tempo entre os 0 e 2,0 s.

(e) [0,7 val] Irá a pedra atingir o pássaro?

(f) [0,3 val] Encontre o local onde a pedra irá cair, assumindo que
não atinge o pássaro.

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2. Na montagem abaixo, o sistema está inicialmente em repouso. Os
blocos ABCD são respetivamente de 4,0 kg; 2,0 kg; 3,0 kg; 5,0 kg.
Há atrito entre o plano onde repousam A e B e estes blocos. A dada
altura a corda parte-se e o bloco C desliza pela encosta, de altura h =
2,0 m, sem atrito, até colidir com D. Após a colisão, D segue
deslizando até embater na mola.

Antes da corda partir, calcule:

(a) [0,2 val] Marque as forças que atuam nos blocos ABC em
diagrama de corpo livre e indique quais delas são pares ação-reação.

(b) [0,4 val] O valor mínimo do coeficiente de atrito estático entre os


blocos AB e o solo, considerando que este é igual para os dois.

(c) [0,2 val] A tensão na corda e o valor da força de contacto entre A


e B.

Depois da corda partir, calcule:

(d) [0,2 val] A rapidez com que C vai colidir com D.

(e) [0,8 val] Assumindo que a colisão é inelástica, e que metade da


energia cinética é transformada em energia interna, calcule a
velocidade dos blocos após a colisão.

(f) [0,2 val] A constante elástica da mola, sabendo que a compressão


máxima desta sob o embate de D é de 6,8 cm.

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FÍSICA P/ CIÊNCI. AMBIENTAIS | 21051

Período de realização e limite de entrega

[consultar datas no PUC e fóruns da UC]

Temática / Tema / Conteúdos

Ondas, som e termodinâmica

Critérios de avaliação e cotação

Na avaliação do trabalho serão tidos em consideração os seguintes


critérios e cotações, para cada questão/alínea:

1. 20 ± 10%: identificação dos princípios físicos em jogo.


2. 40 ± 10%: colocação do problema em equação.
3. 40 ± 10%: rigor dos cálculos e interpretação dos resultados.

É necessário justificar adequadamente todos os cálculos efetuados.


Cálculos não justificados = cotação nula.

Instruções

Feve redigir o seu E-fólio no Modelo de Resolução disponibilizado na


pasta "Enunciados de provas e OR" da página-mãe da turma.

O nome de ficheiro a submeter deve seguir o formato abaixo:


[NºEstudante]_[Nome]_[Apelido]_efolioA_FCA i.e.
1234567_Nuno_Sousa_efolioA_FCA

O ficheiro a enviar não deve exceder 8 MB.

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QUESTÕES:

Q1. [2,0 val]

Uma pessoa conversa no bar com os amigos quando se dá conta que


o nível sonoro da conversa é praticamente igual ao da música
ambiente que emana de uma coluna de aparelhagem a 5,0 m de
distância.

(a) (1,0 val) Sabendo que uma conversa tem tipicamente um nível de
intensidade sonora entre 60 e 65 dB, estime entre que valores se
situará a potência sonora da coluna.

(b) (1,0 val) Uma nota Dó, de 256 Hz (frequência), é emitida pela
coluna. Determine uma expressão que descreva a propagação da
onda de deslocamento de ar correspondente junto ao local da
conversa, assumindo que lá chega com nível sonoro de 60 dB.

Dados necessários:

!"
Densidade do ar: 𝜌 = 1,21 #! .

#
Velocidade do som: 𝑣 = 343 $ .

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Q2. [2,0 val]

Um reservatório de vapor de água a 180º C tem forma cilíndrica, de


raio 30,0 cm e altura 90,0 cm. A espessura do reservatório é de 3,50
cm a toda a volta (parede, base e topo), com condutividade térmica
de 0,250 W/m.ºK.

(a) [1,0 val] Compare a potência das transferências de calor por


condução e radiação (líquida) entre o cilindro e o exterior a 20 ºC. A
emissividade do reservatório é 𝜀 = 0,900.

(b) [1,0 val] Se o reservatório arrefecer até atingir o equilíbrio


térmico com o exterior, quanto valerá a energia cedida ao exterior
pelo vapor? Assuma que a massa de água presente no vapor é de
4,50 kg e que a condensação do vapor acontece à pressão
atmosférica normal.

Dados:

Área superficial de um cilindro: 𝐴 = 2𝜋𝑅(𝑅 + ℎ).

Calor específico do vapor a volume constante: 1533 J/kg.ºC.

Calor específico da água: 4190 J/kg.ºC.

Calor de vaporização da água: 2 260 000 J/kg.

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