Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Artigo de Analise
É um texto que tem por base uma opinião referente a um determinado tema
que é escrito por um cidadão especialista na área e não obrigatoriamente por
jornalista e que tem como função principal dar a sua opinião e decompor ou
interpretar (esmiuçar) do tema escolhido parapara falar, por norma os artigos de
analise são da total responsabilidade dodo seu autor e não do jornal, revista,
re
rádio, televisão ou outro meio.
Exemplo:
Mudar
udar a cultura, mudar as mentalidades
Se não há restrições externas fortes, o défice cresce imparável, até que a ameaça de
insolvabilidade apareça. Se há restrição de défice inferior a 3 por cento
cento do PIB, aponta-
aponta
se para aí. Claro que basta um orçamento feito de forma mais optimista, ou uma
conjuntura económica mais desfavorável, para o défice disparar.
A cultura orçamental tem pois de mudar. Primeiro, há que resolver o problema da dívida
com a existência
xistência de excedentes orçamentais, e depois ter uma estratégia de longo prazo
de equilíbrio das finanças públicas sempre que a economia se situar no seu nível de
tendência. A ideia do Pacto de Estabilidade e Crescimento é a de que os países façam
políticas expansionistas (de corte de impostos ou aumento de despesa) em situação de
recessão, mas que tenham folga orçamental para o fazer, pelo que em condições
normais deverão ter as contas equilibradas.
Para se perceber o ponto de partida da situação financeira, convém olhar para os dados
da tabela 1 que mostram as necessidades de financiamento das administrações públicas.
Convém relembrar que o Eurostat, em colaboração com o INE, decidiu rever em alta o
défice (e a dívida) das administrações públicas, ao incorporar também o Metro de
Lisboa, o Metro do Porto e a Refer no perímetro das administrações públicas em
contabilidade nacional (CN). Assim, a dívida pública terá atingido, em 2010, 92,4 por
cento do PIB. Verifica-se que apenas os défices de 2009 e 2010 contribuíram para o
agravamento da dívida em cerca de 32 milhões de euros, ou seja, 18,5 por cento do total
da dívida pública foi contraída apenas nestes dois anos.
A tabela 3 fornece informação mais detalhada sobre o que seriam os saldos orçamentais
do subsector Estado, se não houvesse transferências deste, para outros subsectores
(valores consolidados), em particular para os fundos e serviços autónomos (ensino
superior, hospitais SPA, institutos públicos, etc.), a administração regional e local e a
Segurança Social. O Estado teria tido um excedente de 3,6 mil milhões no primeiro
trimestre de 2010, comparável com 5 mil milhões (ou 0,8 por cento do produto interno
bruto) em 2011.
Fica claro que a consolidação está a progredir a bom ritmo, sobretudo do lado da receita
corrente (em particular da receita fiscal) e bastante menos do lado da despesa corrente
que, apesar de tudo, denota alguma retracção.
4. E a economia?
Neste sentido, há várias propostas que têm vindo a ser trabalhadas e é importante que o
próximo governo dê seguimento às boas propostas do anterior, corrija as políticas
erradas e sobretudo inove nas instituições necessárias para melhor orientar os políticos a
servir o bem comum. A título de exemplo, propostas claramente positivas que deveriam
ser continuadas são as do Ministério da Economia, Inovação e Desenvolvimento com
vista a dar incentivos aos investimentos na reabilitação urbana e à dinamização do
mercado de arrendamento.
Professor do ISEG