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Pós Graduação em Direito Ambiental e do Agronegócio - PUCPR

DISCIPLINA: Direito Tributário e do Agronegócio


Prof. Gabriel Placha
Aluna: Isadora Palhano
Eng. Ambiental CREA PR 173032/D

Energia Elétrica no Agronegócio e os Desafios Tributários no Brasil

O Sol é a fonte de energia mais abundante da Terra, uma vez que a fonte
não cumpre apenas o papel de iluminar os nossos dias: ela gera energia de
sobra para ser capturada e convertida em eletricidade, de forma contínua e sem
risco de se esgotar (Diário Rural, 2021).

Ainda segundo a publicação mencionada, cientistas desenvolveram uma


forma de usar os raios solares que atingem a Terra para convertê-los em energia
que alimente nossos equipamentos.

Segundo Silva et al, (2019) a crescente procura pela diversificação da


matriz energética brasileira é motivada por dois principais fatores. O primeiro é
devido às recentes crises de abastecimento das hidrelétricas. O segundo fator é
gerado pela necessidade de buscar fontes renováveis que contribuam para o
desenvolvimento sustentável do planeta (ALMEIDA et al., 2016). Diante deste
cenário, a energia solar fotovoltaica apresenta-se como uma tecnologia em
constante avanço, no Brasil e no mundo.

A energia solar fotovoltaica rural não está na contramão da tendência


brasileira, pois está cada vez mais presente em propriedades rurais, segundo
informações do “Portal Solar”, 2019.

Ainda segundo o texto publicado no “Portal Solar”, 2019, um dos fatos que
motivam o setor a buscar outras fontes de energia que não as convencionais
ocorre porque os custos com energia elétrica para o agronegócio são altos e
correspondem a uma parcela significativa nos investimentos da produção. Com
a energia solar, a redução no valor gasto com esse insumo faz com que
atividades que demandam muita eletricidade custem menos no bolso dos
produtores rurais. Essa economia traz mais liberdade para que esses processos
sejam realizados em larga escala. Gerar a própria energia é uma ótima
alternativa para lidar com as instabilidades que ocorrem nas zonas rurais,
deixando os produtores menos dependentes do fornecimento das redes de
energia convencionais.

Como mencionado por Nascimento, 2017, o Brasil possui expressivo


potencial para geração de energia elétrica a partir de fonte solar, contando com
níveis de irradiação solar superiores aos de países onde projetos para
aproveitamento de energia solar são amplamente disseminados.

Tributação no Brasil

Apesar de todo o potencial que o Brasil possui para gerar energia através
da fonte solar a tributação brasileira para a geração de energia tem gerado
diversas divergências e também tem causado polêmicas principalmente no setor
agropecuário.

Vale mencionar uma notícia publicada no site “Dia Rural”:

“A chamada “taxação do sol” é um dos pontos mais debatidos dentro do


setor produtivo e político. A Aneel e o Governo Federal, afirmam que tem motivos
técnicos para a cobrança de taxas sobre a Geração Distribuída – GD. Lembrando
que a autorização para essa modalidade, onde os brasileiros teriam a
possibilidade de gerar sua própria energia, foi publicada pela Aneel em 2012.”

Caso não haja consumo pelo produtor, o excedente é devolvido em forma


de créditos que podem ser abatidos nas próximas contas de energia. Importante
ressaltar o que foi mencionado na mesma notícia, de que “um dos incentivos
para esse gerador de energia é não cobrar pelo uso da rede de distribuição ou
por encargos e perdas do sistema energético. Ambas taxas, já cobradas dos
demais usuários, passarão a ser exigidas também dos que geram sua própria
energia – se as medidas propostas pela ANEEL entrarem em vigor.”

Com as alterações propostas pela ANEEL, “Entre 2023 e 2028, as novas


usinas de GD estarão sujeitas a uma regra de transição e passarão a pagar, de
forma gradual, a TUSD B, que é o encargo setorial destinado a remunerar as
distribuidoras.”

São diversas as discussões acerca da tributação para a geração de energia


fotovoltaica, quando existem debates em que faz-se necessário conciliar a
viabilização e incentivos desta fonte ao passo que é necessário também atender
às legislações brasileiras. Portanto, é direito e dever constitucional que a geração
de energia elétrica por tecnologias de baixo impacto, como a solar fotovoltaica,
seja tributada de maneira proporcional e justa em relação ao seu baixo impacto
ambiental no meio ambiente.

Referências
Almeida, E., Rosa, A., Dias, F., Braz, K., Lana, L., Santo, O., Sacramento, T.
(2016) "Energia solar fotovoltaica: revisão bibliográfica"
“Cresce uso de energia solar no agronegócio brasileiro” Acesso <
https://www.portalsolar.com.br/blog-solar/energia-solar/cresce-uso-de-energia-solar-
no-agronegocio-brasileiro.html> (2019).
Nascimento, R. L. (2017) “ENERGIA SOLAR NO BRASIL: SITUAÇÃO E
PERSPECTIVAS”, Recursos Minerais, Hídricos e Energéticos, Consultoria Legislativa.
“Os desafios tributários do setor solar fotovoltaico”, São Paulo, 2020. Acesso: <
https://www.absolar.org.br/noticia/os-desafios-tributarios-do-setor-solar-fotovoltaico/>
SILVA, S. L. (2019) “Avaliação de Custo Benefício da Utilização de Energia
Fotovoltaica”

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