Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Falência da 1ª República:
Instaurada a 5 de Outubro de 1910;
Marcada por dificuldades económicas e financeiras e uma grande instabilidade política.
Dificuldades Económicas e Financeiras:
Economia portuguesa era muito atrasada;
A economia assentava-se numa:
Agricultura pouco modernista;
Indústria e comércio pouco desenvolvidos;
Poucos investimentos;
Falta de transportes e vias de comunicação.
O desequilíbrio comercial acentua a dívida pública externa.
A participação na 1ª Guerra Mundial trouxe mais dificuldades:
Subida de impostos;
Recurso a empréstimos;
Aumento da divida pública.
A vida dos portugueses torna-se penosa devido:
Á dificuldade de abastecimentos;
Á coerência de bens;
Ao racionamento de produtos.
A fome e a miséria atingiram o proletariado e as classes médias devido à forte perda do poder de compra.
Instabilidade política e social:
O clima de instabilidade política agravou-se:
Os governos sucediam-se sem o apoio parlamentar;
Tentativas de golpe;
Crise económica agrava-se.
O descontentamento social acentuou devido ao crescente afastamento entre os partidos republicanos e as classes
médias e o proletariado.
Sucedem-se as greves, os atentados bombistas e as desordens.
O início da divulgação das ideias de revolução bolchevique criaram um clima insurrencial.
Apaga-se a esperança de que a república tivesse capacidade de governar e de conduzir o país ao desenvolvimento.
Golpe de Estado:
Ocorre no dia 5 de Dezembro de 1917, quando Sidónio Pais, juntamente com os seus apoiantes, ocupa a Rotunda.
Após a chegada ao poder Sidónio Pais:
Dissolve o congresso;
Proíbe os Partidos Republicanos da I República;
Distitui o Presidente da República, Bernardino Machado;
Instaura uma ditadura de cariz observador.
O programa Político tinha como objetivos:
Retirar o poder á “República Velha”;
Pôr fim á participação de Portugal na Guerra.
República Nova:
Instaurada por Sidónio Pais.
Tinha medidas como:
Alteração da Constituição de 1911;
Mudança da lei liberal.
Estas medidas visam a concentração de poderes e garantia a sua eleição para a presidência da República, que
ocorreu em 28 de Abril de 1918.
Sidónio Pais instaurou um regime centrado na sua figura, apoiado pelos grandes proprietários, pela alta burguesia, por
setor católicos e pelos republicanos unionistas.
Sidonismo:
Regime autoritário que contou com meios repressivos e uma forte propaganda.
Sidónio Pais é assassinado em Dezembro de 1918.
Após a morte de Sidónio Pais o país viveu quase uma Guerra Civil:
Revoltas;
Associação de políticas republicanas “Noite Sangrenta”;
Tentativas de restauração da monarquia: formação de Juntas Militares no país e chegaram a proclemar a
monarquia em Lisboa e no Porto, “Monarquia do Norte”.
As classes médias e o operário ansiavam pelo restabelecimento da ordem.
Os grandes propriétarios, a banca e as indústrias desejavam um governo forte que garantisse a estabilidade.
As forças sociais viam nas soluções antiparlamentares e antidemocráticas a solução capaz de garantir a estabilidade
governativa.
No dia 28 de maior de 1916, o general Gomes da Costa inicia uma marcha desde Braga até Lisboa.
Esta marcha leva á demissão do governo ficando o almirante Mendes Cabeçadas encarregue de formar um novo
governo.
Mendes Cabeçadas dissolve o parlamento e instaura a ditadura Militar.
Tendências Culturais. Entre o Naturalismo e as Vanguardas:
Em 1910 o panorama artístico português permanecia preso às tradições oitocentista.
O naturalismo e o academismo mantinham-se como gosto dominante do público e da crítica.
Primeiro Modernismo Português:
Marcado pelo anti-naturalismo e pela vontade de romper com a tradição artística.
Caracterizou-se pela forte ligação às vanguardas europeias, sobretudo através dos jovens artistas que tinham ido para
Paris.
As correntes com maior impacto foram o futurismo e o cubismo.
3 dos jovens que se destacaram foram Amadeu de Souza-Cardoso; Almada Negreiros e Eduardo Viana.
Amadeu de Souza-Cardoso:
Residiu em Paris desde 1906 até 1914.
Contactou com diferentes correntes da modernidade.
Marcado pelo cubismo e pelo futurismo:
Uso de rosto-máscara;
Novas cores;
Descontroi planos;
Apropria-se de objetos típicos do cubismo.
Almada Negreiros:
Artista multifacetado, cultivou diversos géneros artísticos como a poesia, o teatro, o romance, a pintura e o desenho.
Ligado ao Manifesto Anti-Dantas, o qual representa a tradição e academismo em Portugal.
Eduardo Viana:
Nas suas obras recorre:
À geometrização das formas;
A um cromatismo intenso;
À arte popular;
Ao estabelecimento de planos.
Modernismo:
Afirma-se na literatura com a publicação da Revista Orpheu.
Esta revista contou com a participação de Mário de Sá Carneiro, Fernando Pessoa, Almada Negreiros, Santa-Rita
Pintor.
Após o fim do Orpheu surgem, em Portugal, outras revistas que dão corpo ás vanguardas modernistas.
No que diz respeito á escultura, destacam-se Diogo Macedo, Francisco Franco, Ernesto Canto Maia, introduzem
elementos expressionistas, ou seja, conferem-lhes maior emotividade.
Na arquitetura destacam-se Cristino Silva, Pardal Monteiro, Carlos Ramos, obras marcadas por uma maior
racionalidade e simplicidade do traço.