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1.

– Domingo, 10 de Outubro de 1988

"Ei, eu vou te achar ein"- ele disse com a voz calma e brincalhona.- "1...2...3... HÁ . Te
achei!"

"Aaah"- a garotinha gritou animada.- "Pai essa nã o contou, você estava me olhando
esconder!"

"Eu?"- fez cena fingindo estar se sentindo ofendido.- "Meus olhos estavam coçando."

"Uhum, sei bem disso ai."

Aquela era uma das brincadeiras que Melia e Anthony costumavam brincar quando
ele tinha folga do trabalho. Mesmo estando sempre ocupado com negó cios e
reuniõ es ele sempre achava um tempo pra sua família, entã o mesmo com tudo eles
tinham muitas lembranças juntos.

Anthony era alegre, odiava ver pessoas diminuindo as outras pessoas conta de
títulos de sangue. Em geral Anthony ajudava pessoas sem condiçõ es e era sempre
muito atencioso e gentil.

Os pais de Melia sempre buscaram a ensinar muito respeito ao pró ximo, gentileza,
sinceridade e bondade. Aqueles eram os princípios que a familia Clinfford se
orgulhavam em ter. Afinal nã o adianta ser rico de bens materiais e pobre de alma.

Com isso, a menina sempre apoiou os pensamentos do pai e acreditou no que achava
que era certo. A ligaçã o entre ela e seus pais era grande e eles sempre estavam
juntos. Nã o haviam segredos entre eles nem discussõ es bobas.

"O que você acha de descermos e ir ajudar a mamã e no jantar?"- Anthony propô s.

"Eu acho que isso é uma boa ideia. Mas primeiro você tem que prender meu cabelo,
se a mamã e ver um fio na cozinha ela pira."- a menina levantou os braços
encenando.

"você tem razã o."- o homem disse pegando um elá stico de cabelo dando risada.- "Se
sua mã e ver uma coisa dessas eu e você estamos bem encrencados."

Melia e seu pai eram grudados e faziam vá rias brincadeiras juntos. Uma delas,
Melia, aprendeu ainda bem pequena. Toda vez que ela estava entediada nas
reuniõ es formais de seu pai, ele fazia uma graça para distrair a menina. Anthony
puxava suas orelhas e colocava a língua pra fora, fazendo uma careta engraçada.
Logo Melia repetia a mesma piada como cumprimento toda vez que seu pai a fazia.
Os dois desceram as escadas rapidamente, ansiosos com o que a mulher preparava
na cozinha. Ella era uma excelente cozinheira e Melia realmente pensava as vezes
que a mã e poderia ser chefe, todos os domingos Ella preparava uma comida típica
de cada país. Todos na casa adoravam suas comidas e sempre era uma festa.

Os dois chegaram na cozinha e logo foram em direçã o ao balcã o perto do fogã o,


tinha uma travessa de carne com molho de tomate e queijo derretido por cima.

"Hmm, mamã e, o que é isso?"- Melia perguntou saltitando.

"Isso meu amor é bife a parmegiana, foi criado por um brasileiro, na cidade de Sã o
Paulo."- Ella se esticou para pegar alguns pratos e talheres.

"Hm, Brasil? Entã o esse é o país de hoje?"

"Isso mesmo, assim como os outros lugares a cultura do Brasil é muito bonita e rica
em histó ria e tradiçõ es. Você amaria conhecê-lo!"

"E com certeza eu também gostaria"- Anthony disse indo lavar a mã o.- "Melia, venha
lavar as mã os, você nã o vai querer bichinhos na sua comida, vai?"

"Nã o, nã o papai"- a menininha correu em direçã o a pia.

O jantar foi incrível, a comida como sempre estava uma delícia e o bife melhor ainda.
Melia e seus pais conversavam sobre as diversas culturas e tradiçõ es do Brasil e
cada vez mais a garotinha ficava mais interessada. De todos os lugares que sua mã e
já tinha falado, aquele era com certeza um dos mais interessantes e bonitos.

"Entã o existe uma fruta chamada açá i?.."- Melia perguntou.

"Açaí filha, e sim essa fruta existe e em vá rios lugares ela é consumida de diferentes
formas."- Melia ouvia com atençã o.- "No norte do país, as pessoas o consomem com
farinha de mandioca, tapioca ou na forma de pirã o. No nordeste, ele é consumido
como suco pelo tempo quente. E na regiã o sudeste ele é consumido com frutas."

"Entã o... uma coisa, existem vá rias opçõ es?"

"Exatamente, e é por isso que é um país diversificado. Em cada regiã o as pessoas


têm suas versõ es."

"Isso é incrível…"

O papo continuou na mesa até todos terminarem de comer. Assim que a família
estava satisfeita, Ella conjurou feitiços de limpeza e os pratos começaram a voar em
direçã o da pia, e em um instante toda aquela louça estava limpa e seca no
escorredor.
Anthony como sempre apó s um jantar, subiu para o seu quarto a fim de tirar uma
soneca. Para ele nã o existia tal coisa mais sagrada do que um cochilo no meio da
tarde, já que nos dias normais ele nã o tinha tempo nem para isso. E como mais cedo
brincou com Melia, aquele homem estava devastado.

Ella se sentou no sofá e começou a ver TV, aquela foi uma das melhores aquisiçõ es
trouxas que eles já tiveram e até hoje a mulher se fascinava com aquela caixa que
mantém pessoas falando sem parar dentro dela.

Melia foi ao seu quarto para brincar mais um pouco. Aquele era um dos quartos
mais lindos que poderia existir. Algumas paredes eram brancas e outras um lilá s,
cheia de quadros e bonecas junto com sua cama rosa que ela adorava com todo o
coraçã o.

Assim que Melia chegou ao acolchoado que tinha na sua janela coberto por
brinquedos, ela olhou a vista e se nã o estivesse louca, juraria que também tinha
visto um vulto preto no jardim. A garota achou aquilo estranho mas começou a
pensar que era só o vento, entã o agarrou seus brinquedos e se sentou no chã o para
brincar com todos eles.

– Sexta-feira, 15 de Outubro de 1988

"Bom dia mã e"- Melia tinha acabado de acordar e agora estava de pijama subindo no
banquinho da cozinha.

"Bom dia minha filha, quer café da manhã ?"- Ella beijou o topo da cabeça da filha.

"Hm.. eu nã o sei na verdade, nã o estou com muita fome hoje."

"Você sabe que a refeiçã o da manhã é a mais importante do dia, tome um iogurte
pelo menos."

"Tudo bem... onde está o papai? No escritó rio ou no ministério?"

Anthony recebeu uma promoçã o que e conseguia trabalhar tanto em casa quanto no
ministério. E essa promoçã o se tornou sustentá vel com o tempo porque durante a
gravidez Ella desenvolveu alguns problemas de saú de. Depois de muita conversa
com todos os homens do ministério, Anthony conseguiu esse pequeno "desconto" no
seu trabalho. Nã o foi nada fá cil, mas valeu todo o esforço, quando trabalhava em
casa podia ver sua filha e isso sempre fazia seu dia.

"Hoje ele está no escritó rio,amanhã vai estar em casa. Nó s podemos fazer algo
depois...o que você acha?"

"Eu acho que é uma ideia muito boa."


"Ok entã o suba para o seu quarto e se troque depois de comer esse iogurte, nó s
vamos ao beco diagonal hoje a tarde, precisamos ir na Madame Walkin ver roupas
novas para você. Vocês crianças crescem muito rá pido!"

"Ei, eu adoro ir no beco diagonal, podemos adotar um gatinho? Por favor!"- Melia
pulou do seu banco.

"Você está pedindo assim em cima da hora? Nã o podemos hoje, eu sinto muito meu
amor, mas posso conversar com o seu pai. Ok?"

Ella nã o poderia resistir, ela adorava gatos e principalmente aqueles bem pequenos
que mal cabem em uma mã o só . Seu sonho de criança era ter um animalzinho mas
sua mã e era rígida e nunca aceitaria um animal dentro de casa.

"Isso é um sim?..."

"Nã o é um sim nem um nã o moçinha, pode ser apenas um talvez."

"Tá bom, mas quando ver o papai nã o se esqueça e fale sobre isso com ele."

"Ok eu irei, agora suba e vá se trocar."

O dia foi maravilhoso para as duas, Melia ganhou meias, luvas, calças e camisetas
novas feitas a mã o pela senhora Malkin. Ninguém daquela regiã o comprava ou fazia
roupas com outra pessoa a nã o ser ela, ninguém também era tã o gentil e simpá tica
como ela.

Depois das compras na loja de roupas, Melia e sua mã e foram a Instrumentos de


Escrita Escribbulus comprar algumas penas e pergaminhos para as aulas que Melia
recebia da mã e em casa enquanto nã o podia ir para Hogwarts. Elas tomaram sorvete
e Ella quase foi convencida a ir para Hogsmead pela filha. Melia sempre quis
conhecer mas de todas as oportunidades nenhuma realmente dava certo.

Chegando em casa Ella entregou a filha algumas de suas compras e ajudou a


carregar o resto de tudo até o seu quarto. As duas arrumaram as coisas enquanto
Ella descia na frente Melia foi olhar na sua janela, seu pai estava chegando e o
mesmo vulto que ela viu alguns dias atrá s ela viu de novo mas estava feliz demais
com seu pai em casa para ligar pra isso.

"Mã e"- corria descendo as escadas.- "Mã e, papai chegou!"

"Desça devagar Melia, ou nã o vai tropeçar."

Melia diminuiu seus passos mas eles continuavam apressados. Anthony abriu a
porta de entrada e logo recebeu sua filha contente e alegre por finalmente vê-lo em
casa.- "E-ei, boa noite pequena"- ele disse largando sua maleta no chã o e a
agarrando.

"Hoje eu fiz muitas coisas pai, quero te contar tudo."

"Entã o conte minha filha, quero que conte tudo."

Melia pegou na mã o do pai e o levou até a cozinha. Anthony e Ella se falaram e


deram um beijo, e entã o Melia pediu a ajuda do pai para se sentar no balcã o da
cozinha.Melia começou a falar desde o começo do dia para o pai que a escutava com
muita atençã o e com a mã e cozinhando e trocando olhares felizes com o marido.

"Uau, mas o dia de vocês foi mesmo muito corrido meninas."

"É … e Melia adorou, nã o é filha?"

"Sim, eu amei o dia de hoje."

"Eu já estou terminando o jantar, Melia peça para o seu pai levar você para o banho
que hoje andamos muito."

"Tá bom mã e, mas primeiro, me ajude por favor a descer…"

Anthony e Melia subiram para o banheiro, como Melia ainda era muito nova, sempre
tomava banho com sua mã e ou seu pai ficava na porta a esperando para caso algo
acontecesse com a menina alguém estivesse ali por perto.

Melia terminou seu banho e foi para o seu quarto se trocar, colocou seu pijama e
desceu para a sala de jantar junto a seu pai. Todos jantaram ali conversando,
Anthony falou sobre seu dia no trabalho e todas as pilhas de papéis que ele teve que
assinar. Ella tocou no assunto da família adotar um gatinho no beco diagonal mas
nã o durou muito até Melia começar a falar também.

Apó s o jantar, e todo o dia de caminhada que Melia e sua mã e tiveram, a menina foi
escovar seus dentes e se deitar. Anthony e Ella nã o fizeram muito diferente já que os
dois estavam muito cansados também por todo o dia de agitaçã o. Normalmente
aquela rotina simples durante a semana nã o era nada assustadora, Anthony saía
quase todos os dias para trabalhar, e Ella cuidava da casa e ao mesmo tempo
ensinava Melia e cuidava da mesma, entã o era normal esse cansaço e falta de
energia.

Ella e Melia sempre escovavam os dentes juntas no banheiro de seu quarto


enquanto Anthony tomava seu banho no normal da casa, entã o quando as duas
terminavam se despediam ali mesmo, e iam logo para suas camas.

"Aqui é o quarto da minha jujuba?"- na porta o homem estava.


"Sim.."- Melia falou se afundando nas cobertas.- "Pensei que nã o viria."

"Mas por que você pensou isso, minha filha?"- se aproximou do pé da cama.- "Eu
sempre irei vir aqui te desejar boa noite, sempre."

"Para sempre, sempre?"

"Para sempre, sempre. Eu prometo!"- os dois apertaram os mindinhos como se


estivessem selando a promessa.

"Agora que a promessa está feita, e está ficando tarde para você, te desejo uma boa
noite, durma bem e tenha sonhos maravilhosos. E nã o tenha medo caso algo
aconteça, eu estarei aqui quando você acordar. Te amo jujubinha."

"Boa noite papai, durma com os anjos e tenha bons sonhos também. Te amo."

Anthony se inclinou para dar um beijo na testa de sua filha e logo em seguida ela o
beijou na bochecha. Ele se levantou da cama e saiu deixando a porta fechada. Chegou
em seu quarto e beijou sua esposa para dormir e logo em seguida deitou na cama.

– Quinta-feira, 14 de Outubro de 1988

19:30 p.m

"Ele tem o que o Lord precisa para obter poder absoluto. Lord confiou essa missão a
mim e eu não vou perdê-la se vocês falharem. Eu já o conheço e sei onde ele mora.
Alguns dias atrás eu fiquei vigiando a casa para ver se algo de diferente dos planos
acontece, mas ninguém me viu ou nada de novo aconteceu naqueles dias. Vocês sabem
o plano certo?"- o homem perguntou.

"Sim chefe"- três dos homens que estavam na sala disseram juntos.

"Nunca é suficiente repassá-lo. Nós vamos entrar de madrugada, em um horário onde


todos estejam dormindo. Ele tem uma filha então tomem cuidado para não
confundirem as portas, mas caso alguém acorde matem imediatamente! Não
precisamos de testemunhas nesse caso. Então se ouvirem algum barulho sequer
matem qualquer ser vivo que aparecer."- uma voz fria e precisa saia da boca do tal
homem.- "A parte de pegar o diário é minha, a única coisa que vocês precisam fazer é
me manter seguro até que o diário esteja com a gente. Entenderam?"

"Sim chefe." - os três homens concordaram.

"Pois então saiam daqui e vão se preparar, vai acontecer na madrugada de amanhã e
eu não quero falhas."
No dia seguinte, dia 15 de Outubro, os quatro homens se prepararam para a
madrugada agitada que iria acontecer. Um dos seguidores de Voldemort descobriu
que na casa dos Clinfford's havia um pequeno escritó rio onde Anthony escrevia em
um certo diá rio.

Nele continha informaçõ es má gicas suficientes para a volta de Voldemort ao poder e


até mesmo muito mais que isso. Com a derrota de Voldemort a alguns anos atrá s a
populaçã o bruxa pensou que tudo começaria a ficar bem de novo.

Mas isso nã o acabaria agora e nem tã o cedo. Como o Lord criou hocruxs pelo seu
trajeto ele ainda tinha uma "quase vida". Fazendo com que sua alma buscasse por
hospedeiros humanos ou animais, mantendo ali uma parte sua viva.

Com todas as informaçõ es do diá rio de Anthony, Lord Voldemort ou qualquer um


que conseguisse acesso a ele, teria a chance de conhecer um grande poder. Aquela
missã o era completamente arriscada por todos os feitiços de proteçã o na casa dos
Clinfford e também grandiosa caso desse certo.

"Vocês vão atrás de mim, nós vamos entrar pela janela da frente da casa. A escada é
na sala, prestem atenção e não estraguem tudo."

Os homens seguiram, ultrapassando a barreira de proteçã o e se projetando no pé da


janela que tinha na frente da casa. Um deles atravessou para sinalizar que estava
seguro e logo em seguida os outros também entraram.

Passaram pelo salã o de entrada e avistaram a enorme escada no final da sala,


encontraram também a cozinha e um quartinho de vassouras.

"É aqui, sigam."

A casa estava um silêncio ensurdecedor. Algumas luzes pequenas em tom amarelo


estavam ligadas por toda a casa mas nã o chegava a ser grande coisa. Na maioria das
vezes só servia para nã o deixar tudo em um completo escuro.

"Não seu idiota, esse é o quarto deles. Porra vocês não sabem fazer nada certo?... Ali,
aquele é o escritório, fiquem de olho no corredor enquanto eu vou entrar."

Dois dos quatro homens ficaram de vigia no corredor onde os quartos e o escritó rio
estavam enquanto o chefe e outro cumplice estavam juntos. O primeiro tentou abrir
a porta com Alohomora, mas deveria ter pensado que com algo tã o precioso em sua
casa,Anthony logicamente colocaria feitiços mais elaborados.

Apó s algumas tentativas falhas, os dois homens conseguiram retirar todos os


feitiços possíveis que estavam na porta.-"Chefe, eu acho melhor a gente ir rápido…
estou ouvindo alguns barulhos do quarto do homem."
"Não se esqueçam do que eu disse. Qualquer movimentação eu quero que vocês
ataquem! Eu já estou entrando, esperem."

O homem foi em direçã o a porta e assim tocou na maçaneta. Imediatamente sentiu


uma dor insuportá vel em sua mã o, como se ela estivesse sendo queimada e cortada
ali mesmo. Ele começou a gritar, mas seus comparsas nã o entenderam
absolutamente nada.

Para eles, tudo estava normal, até mesmo a mã o do homem que agora gritava muito
com a dor. Um barulho no quarto de Anthony e Ella parou e todos ficaram em
posiçã o de ataque.

"...ABAIXEM-SE"- uma luz forte surgiu no pequeno corredor da casa. Ella havia
atacado primeiro.

Em poucos minutos aquela era uma cena de caos. Lâ mpadas estavam quebradas no
chã o e todos lutavam severamente. Anthony ajudava a esposa desviando todos os
feitiços que vinham em sua direçã o, assim facilitando para ela atacar cada vez mais
rá pido, sem deixar os homens ali sequer pensarem.

"Nó s nã o podemos deixar eles passarem dali. O quarto de Melia está bem atrá s de
nó s!"- Anthony disse a esposa.

"Precisamos tirá -la do quarto e a colocar em um lugar seguro… você faz isso, eu te
dou cobertura."- Ella falou, e um segundo depois conseguiu abater um dos três
homens.

"Sem chance! Eu nã o vou te deixar lutando aqui sozinha."

"Querido… isso nã o é hora para discutirmos. Eu consigo segurá -los por algum tempo
até você manter Melia segura. Eu sempre fui boa em feitiços de ataque."

"Mas você nã o estará segura."- outra lâ mpada se quebrou.-"Precisamos pensar em


outra alternativa. Eu nã o vou te deixar sozinha aqui."

"Por favor querido, confie em mim. Eu sei que posso lutar com eles, só prometa pra
mim que manterá nossa filha segura… por favor."- Ella o olhava nos olhos,
começando a lacrimejar implorando.

"Ok eu vou, eu vou … mas qualquer coisa grite, avise de alguma forma que eu venho
rá pido!"- Anthony bloqueou outra maldiçã o.

"Eu prometo. Agora vá ."- a mulher disse. Agora ela avançava para mais perto dos
dois homens, aumentando a barreira entre a luta e o quarto de Melia.
Anthony correu para o quarto da filha, mas antes de tudo, conjurou dois feitiços de
proteçã o na esposa, conseguindo mais tempo para proteger sua filha. Ele abriu a
porta, olhou ao redor… e nada.

Melia nã o estava ali.

"Filha?... Melia?"- Ele gritava desesperado.

"PAI!"- ela surgiu debaixo da cama, completamente assustada e desnorteada com


tudo.- "Pai!... o que está acontecendo? Cadê a mamã e?"

"Ei… shh.. está tudo bem meu amor."- ele disse a pegando nos braços, dando um
beijo no topo de sua cabeça.- "Sua mã e está lá fora, sendo uma verdadeira heroína."

"Homens maus atacaram nossa casa. E você precisa me fazer um favor."

"Qualquer coisa."- ela disse ainda extasiada.

"Vamos brincar de esconde-esconde?"

"Agora? Mamã e está lá lutando, temos que ajudá -la papai."

"Eu sei meu amor. Eu vou ajudá -la assim que nó s começarmos a brincar."

"Ta bom."- "Ta bom?... Entã o, ache um lugar bom para se esconder, um lugar muito
bom mesmo que ninguém pensaria. E entã o eu começo a contar."

Anthony colocou Melia no chã o e a garotinha correu para se esconder. Ele se virou
de costas para que Melia nã o desconfiasse, mas na sua frente havia um espelho que
ele ajustou para ver aonde a filha iria.

"Pronta?"- Melia se escondeu embaixo da cama, quando ela se escondia debaixo da


cama Anthony sempre fingia demorar mais tempo para encontrá -la.- "Vou começar
a contar."- agora Anthony também fazia um feitiço de proteçã o ao redor da cama.

"Um.."- um raio forte do corredor pairou pelas frechas da porta, entã o Anthony
correu para o corredor.

Um dos comensais havia prendido Ella em algum feitiço, a fazendo ficar acordada
mas mesmo assim imó vel. Os dois homens que restavam estavam ao lado dela,
olhando um para o outro e sorrindo.

"O que vocês fizeram?"- Anthony perguntou, a varinha em sua mã o protegendo a


porta do quarto.
"A gente só … deu um trato nela.. sabe?"- eles disseram. Um sorriso que dava nojo no
rosto.

"Soltem-a! Eu faço o que vocês quiserem. Somente a solte."

"Sabe, a gente tentou te ajudar, mas você nã o colaborou."

"Mas o quê vocês querem? Eu dou tudo o que tenho."

A esse ponto, todos estavam à flor da pele. Anthony nervoso por sua esposa e filha,
Ella nervosa pela sua filha e esposo, e os homens nervosos para chegarem ao
escritó rio.

Por um minuto Anthony pô de ouvir algo no quarto de Melia, mas achou que estava
tã o nervoso, que começou a ouvir coisas. Afinal, Melia estava presa em uma bolha de
proteçã o.

"Nó s vamos libertá -la Anthony. Mas em troca queremos a menina."- eles disseram.

"Nã o, nã o. Anthony, por favor, nã o!"- Ella gritava desesperada.

"Nó s nã o vamos fazer isso. Tenha a mim! E deixe Ella e Melia irem.. nã o será o
suficiente?"

"Bom… deixe-nos pensar."

Os dois homens se viraram e começaram a discutir. Enquanto isso, Anthony e Ella os


olhavam, desesperados com toda a situaçã o. Finalmente os dois chegaram a um
acordo e se viraram.

"Nó s soltamos a mulher... Mas você virá !"

"Nã o… nã o.. ele nã o vai! Eu irei em seu lugar."- Ella se manifestou.

"Ella.."- Anthony a olhou, um olhar de afeto e carinho.- "Eu irei.. cuide da Melia e
nunca a deixe esquecer de mim."

"Por favor Tony…"- seus olhos transbordavam.

"Eu te amo"- disse em um sussurro, indo para o outro lado do corredor.

Ella foi solta assim que Anthony chegou perto dos homens, e assim ela correu para o
marido. O deu um abraço apertado, como a vontade de nunca largá -lo dali.

"Vamos, saia da frente mulher!"- um dos homens disse jogando Ella no chã o.- "você
fez uma péssima escolha." disse um dos homens debochadamente.
O homem tirou sua varinha do bolso em um movimento rá pido. De repente, Melia
apareceu na porta do quarto chamando por seu pai, ele havia demorado muito fora.

"Papai-..."

"Avada kedavra!"- um flash verde clareou novamente o corredor. Ella se desabou a


chorar.

"NÃ O"- Ella gritou chorando.

Naquele momento já nã o tinha controle de absolutamente nada. Melia gritou por seu
pai e caiu no chã o ao lado de sua mã e. Os dois homens assim aparataram, e junto
levaram o corpo de Anthony.

Ella e Melia. As duas ali, sozinhas, em sua casa agora destruída. Estavam desoladas e
acabadas, haviam perdido a pessoa que mais amavam em toda sua vida em um
milésimo de segundo, mas que agora duraria para sempre em suas memó rias.

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