4.

MATERIAIS
4.1 Blocos
Alvenaria estrutural é uma discussão muito abrangente, pois qualquer que seja
o objeto usado de forma com a argamassa de assentamento, fazendo a união
entre peças seja de qualquer tipode material e forma formando uma estrutura
prismática, podemos chamar de alvenaria estrutural.
Há inúmeros tipos de materiais a ser usado em formato de bloco, tais como o
bloco de sílico-calcário, o bloco cerâmico, bloco de concreto celular e o de
cimento. Algumas informações sobre o bloco de cimento se faz necessária.
Os materiais utilizados para a fabricação dos blocos de cimento são cimento
Portland, agregados e água. As resistências esperadas são obtidas através das
proporções e traços. Absorção de água é outro fator importante, pois o bloco
não pode absorver demasiada água subtraindo a água da argamassa de
assentamento. Porém não pode ser difícil a penetração da água, tem que ter
um equilíbrio.
Os blocos devem ter suas dimensões múltiplas para tornar fácil sua
modulação, sendo assim, os blocos de concreto estão divididos em; Família 39
e Família 29.
A classe 39 tem sua dimensão em módulo de 20cm e largura de 15cm, com
isso precisamos de blocos com a intenção de modular tais medidas, o de
14x19x34 (Figura A) usado nos cantos e o 14x19x54 (figura B) usado nos
encontros de parede em “T”. Já o de 14x19x39 (figura C) usamos nas paredes
e o de 14X19X19 (Figura D) chamado de meio bloco é usado nos vãos de
janelas e portas, onde a armação da alvenaria precisa ser finalizada em
esquadro.

Figura A - 14X19X34 Figura B - 14X19X54

Figura C - 14X19X39 Figura D - 14X19X19

De acordo com a ABCP (2003), a família 29 não tem norma de blocos de

estrutura padronizadas sobre suas dimensões, tem-se somente como vedação,
devido a esse fator, o bloco de vedação é facilmente encontrado no mercado, e
tem sua dimensão em módulo de 15cm o que facilita sua modulação, devido
ser a mesma medida de sua largura.
Existe o bloco de 14x19x29 (Figura E) que é o usado nas paredes, o de
14X19X19 (Figura F) chamado de meio bloco é usado nos vãos de janelas e
portas, onde a armação da alvenaria precisa ser finalizada em esquadro, e o de
14x19x44 (Figura G) usado nos encontros de parede em “T”.

Figura E- 14x19x29 Figura F - 14X19X19

Figura G - 14X19X44
Na norma brasileira NBR 6136 (ABNT, 1994) e NBR 7184 (ABNT, 1992) estão
especificadas as espessura mínima das paredes, suas características, as
dimensões dos blocos e sua resistência (compressão).
4.2 Argamassa de assentamento
A argamassa de assentamento e um componente muito importante, pois tem a
obrigação de fazer a distribuição de toda a carga para os blocos interligados,
pois existe um componente estrutural "bloco" um sobreposto ao outro. devido a
isso, ela se torna a ligação entre ambos, tendo que aguentar toda a carga e
fazer a junção dos componentes.
A argamassa geralmente tem sua resistência entre 70% a 100% da resistência
do bloco.
As espessuras das juntas devem ser muito bem observada, a medida ideal é
de 1cm, caso a junta seja menor ou maior pode ocasionar problemas. Com
uma junta menor corre-se o perigo da face do bloco superior encostar no bloco
inferior, unindo tensões que prejudicam a resistência da parede e com uma
junta maior, ha uma diminuição da resistência da parede. Sendo assim,
devemos ter o controle dessa junta horizontal com 1cm, respeitando a
resistência da argamassa de assentamento imposta pelo engenheiro calculista
da estrutura.
Há 4 tipo de argamassa mista de acordo com a norma americana sua
classificação são, M, S, N e O:
• Tipo M: usada em alvenaria para fundações, muros de arrimo etc. Excelente
durabilidade e altíssima resistência (compressão).
• Tipo S: usada para alvenaria que hajam esforços de flexão. Quando presa
entre as unidades tem-se uma ótima resistência (compressão e tração).
• Tipo N: usada para uso geral de alvenarias, sem contato com o solo. Tem
boa durabilidade e resistência (compressão) média.
• Tipo O: pode ser usada em alvenaria de unidades maciças onde não esteja
exposta em meio agressivo e sua tensão (compressão) não ultrapasse os 0.70
MPa. Tem baixa resistência (compressão) e usualmente é usada em paredes
interiores.
4.3 Graute
Podemos definir o graute como um concreto de alta plasticidade com
agregados miúdos e com seu slump necessário para ocupar os espaços
vazios e se acondicionar nos vãos, denominado no sistema de alvenaria
estrutural.
São usados no interior da célula dos blocos, aumentando a área da seção
obtendo mais resistência para o local da alvenaria grauteada, por
consequência elevando a resistência de sobrepeso.
 Para isso acontecer, necessitamos de um concreto com a trabalhabilidade
boa, pois as armaduras internas não ajudam e as condições de lançamento
não são ideais.
O resultado esperado é de uma peça integra e com o bloco, a argamassa de
assentamento, o aço e o graute muito bem adaptados, para uma peça com
resistência boa e uniforme.
4.4 Armaduras
Em alguns locais da alvenaria estrutural são necessárias a presença do aço,
principalmente em vergas e contra-vergas. São vigas menores que suportam
demandas de cargas (compressão e tração). A característica principal do aço e
de resistir a. Porém o aço é usado no graute para compor e dar características
mais resistentes ao local em questão.
4.5 Tela Metálica e Grampo
Temos alguns casos de projeto ou de uma alteração do referido projeto, com
isso não conseguimos ter uma conexão na alvenaria com a modulação
excelente. Há certos momentos, onde se precisara juntar alvenaria vedação
com estrutural. Nessa junção usamos o grampo ou tela metálica.
Quando se usa estes métodos de fazer fica excluso a oportunidade de
aproveitar o efeito de proporcionalização de distribuição das cargas (verticais e
horizontais), empregando a tela ou o grampo como junção de alvenarias. O
grampo é aplicado em paredes duplas onde encontram-se grandes cargas
agindo na parede lateralmente, tentando formar uma seção maior, o mais
uniforme possível.

Figura H – Tela metálica e grampo -

http://pcc2515.pcc.usp.br/Documentos%202007/RACIONALIZA%C3%87%C3%83O%20DE
%20PROJ
ETO%20DE%20EDIF%C3%8DCIOS%20EM%20ALVENARIA%20ESTRUTURAL.pdf, Vilató,
2000.