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SELEÇÃO DE MATERIAIS

Estudo de Casos

Professora Carolina Moreira


1. Materiais para remos
1. Materiais para remos - Tradução
• Em termos mecânicos, um remo é uma viga, carregada sob flexão.

• Deve ser forte o suficiente para suportar, sem quebrar, o momento fletor
exercido pelo remador;
• Deve ter uma rigidez que combine com as características próprias do
remador; e deve ter o “toque” certo.

• Cumprir a restrição da resistência é fácil. Remos são projetados para rigidez,


isto é, para dar uma deflexão elástica especificada sob uma carga
determinada.
1. Materiais para remos - Tradução
• A rigidez do remo é medida da seguinte forma: um peso de 10 kg é
pendurado no remo a 2,05 m do pescoço e a deflexão δ nesse ponto é medida.

• Um remo mole sofrerá deflexão de aproximadamente 50 mm; um duro de


apenas 30.

• Quando faz o pedido de compra de um remo, o remador especifica a dureza


desejada.
1. Materiais para remos - Tradução
• Além disso, o remo deve ser leve; peso extra aumenta a área molhada do
casco e o arraste que a acompanha.

• Portanto, aí está: um remo é uma viga de rigidez especificada e peso mínimo.

• O índice de material que queremos já foi deduzido em aulas anteriores. Para


uma viga leve, rígida, é esse:

• Há outras restrições óbvias. Remos são derrubados e às vezes as pás se


chocam. O material deve ser rijo o suficiente para sobreviver a isso; portanto,
materiais frágeis (os que têm tenacidade G1c menor do que 1 kJ/m²) são
inaceitáveis.
1. Materiais para remos - Tradução
1. Materiais para remos - Seleção
• Qual é o diagrama adequado para a escolha?
1. Materiais para remos - Seleção
• Qual é o diagrama adequado para a escolha?
1. Materiais para remos - Seleção
• A linha de seleção para o índice M tem inclinação 2; está posicionada de
modo que resta um pequeno grupo de materiais acima dela.
1. Materiais para remos - Seleção
• São os materiais que têm os maiores valores de M e representam a melhor
escolha desde que satisfaçam a outra restrição (um simples limite de
atributo para a tenacidade).

• Esse grupo contém três classes de materiais: madeiras, polímeros


reforçados com carbono e certas cerâmicas.

• Precisamos observar mais algum diagrama?


1. Materiais para remos - Seleção
• São os materiais que têm os maiores valores de M e representam a melhor
escolha desde que satisfaçam a outra restrição (um simples limite de
atributo para a tenacidade).

• Esse grupo contém três classes de materiais: madeiras, polímeros


reforçados com carbono e certas cerâmicas.

• Cerâmicas são frágeis; o diagrama tenacidade-módulo mostra que nenhum


deles cumpre os requisitos do projeto.
1. Materiais para remos - Seleção
1. Materiais para remos - Seleção
• A recomendação é clara: faça seus remos de madeira ou – melhor – de
CFRP.

• Agora sabemos de que material remos devem ser feitos. O que, na


realidade, é usado?

• Remos de competição, normais e de pá côncava são feitos de madeira ou


de um compósito de alto desempenho: epóxi reforçado com fibra de
carbono.
1. Materiais para remos
• Ainda hoje, remos de madeira são feitos, como há 100 anos, por artesãos
que trabalham principalmente à mão.

• A madeira é cortada em tiras e quatro delas são laminadas juntas para


obter rigidez média, e a pá é colada à haste.

• Então, nesse estado bruto o remo descansa por algumas semanas para se
acomodar e depois é acabado por corte e polimento manuais.

• Quando acabado, o remo pesa entre 4 e 4,3 kg.


1. Materiais para remos
• Pás de compósito são um pouco mais leves do que as de madeira para a
mesma rigidez.

• As peças componentes são fabricadas com uma mistura de fibras de


carbono e de vidro em matriz de epóxi, montadas e coladas.

• A vantagem dos compósitos é, em parte, a economia de peso (peso típico:


3,9 kg) e em parte o maior controle do desempenho: a haste é moldada
para dar a rigidez especificada pelo comprador.

• Até recentemente um remo de CFRP custava mais do que um de madeira,


mas o preço das fibras de carbono caiu o suficiente para que os dois custos
sejam aproximadamente o mesmo.
1. Materiais para remos
• Poderíamos fazer algo melhor? O diagrama mostra que madeira e CFRP
oferecem os remos mais leves, ao menos quando são usados métodos de
construção normais.

• Novos compósitos, não mostrados no diagrama, poderiam permitir mais


economia de peso; e o de grau funcional (uma casca externa fina, muito
rígida com núcleo de baixa densidade) poderia fazer isso. Porém, no
momento, ambos parecem improváveis.
2. Espelhos para grandes telescópios
2. Espelhos para grandes telescópios
• Há alguns telescópios óticos muito grandes no mundo. Os mais
novos usam truques complexos para manter sua precisão.

• Porém, se quisermos um telescópio simples, o refletor será um


único espelho rígido.

• O maior dos telescópios desse tipo está situado na Rússia. O


espelho tem 6 m de diâmetro.

• Para ser suficientemente rígido, o espelho é feito de vidro com


aproximadamente 1 m de espessura e pesa 70 toneladas.
2. Espelhos para grandes telescópios
• O custo total de um grande telescópio (de 6 m) é em torno de US$
300 milhões.

• O espelho em si é responsável por apenas aproximadamente 5%


desse custo; o restante do custo é o mecanismo que o sustenta,
posiciona e movimenta em suas incursões pelo céu.

• Esse mecanismo deve ser rígido o suficiente para posicionar o


espelho com uma precisão aproximadamente igual ao
comprimento de onda da luz.

• À primeira vista poderia parecer que para dobrar a massa do


espelho seria necessário também dobrar as seções da estrutura de
suporte para manter iguais as tensões (e, por consequência, as
deformações e deslocamentos); porém, então, a estrutura mais
pesada sofre deflexão sob seu próprio peso. Na prática, as seções
têm de aumentar proporcionalmente a m² e o custo também.
2. Espelhos para grandes telescópios
• Há um século, espelhos eram feitos de metal polido (especular de
densidade ao redor de 8000 kg/m³).

• Desde então, são feitos de vidro (densidade: 2300 kg/m³), com a


superfície frontal revestida de prata, de modo que nenhuma das
propriedades ópticas do vidro é usada.

• O vidro é escolhido somente por suas propriedades mecânicas: as


70 toneladas de vidro são um suporte muito esmerado para
100 nm (cerca de 30 gramas) de prata.

• Poderíamos, se adotássemos uma premissa radicalmente nova em


relação a materiais para espelhos, sugerir rotas possíveis para a
construção de telescópios mais leves, mais baratos?
2.1. Tradução
• Em sua forma mais simples, o espelho é um disco circular com
diâmetro 2R e espessura média t, simplesmente apoiado em sua
periferia.
2.1. Tradução
• Quando na horizontal, sofrerá deflexão sob seu próprio peso;
quando na vertical, não sofrerá deflexão significativa.

• Essa distorção (que muda o comprimento focal e introduz


aberrações) deve ser pequena o suficiente para não interferir com
o desempenho.

• Na prática, isso significa que a deflexão δ do ponto médio do


espelho deve ser menor do que o comprimento de onda da luz.

• Requisitos adicionais são alta estabilidade dimensional (nenhuma


fluência) e baixa expansão térmica.
2.1. Tradução
• Qual é a propriedade que desejamos minimizar?
2.1. Tradução
• Qual é a propriedade que desejamos minimizar?
A massa

• Descreva a massa do espelho:


2.1. Tradução
• Qual é a propriedade que desejamos minimizar?
A massa

• Descreva a massa do espelho:

onde ρ é a densidade do material do disco.

• A deflexão elástica, δ, do centro de um disco horizontal em razão


de seu próprio peso é dada para um material com índice de
Poisson de 0,3:

A quantidade g nessa equação é a aceleração da gravidade: 9,81 m/s²


2.1. Tradução
• Exigimos que a deflexão seja menor do que, por exemplo, 10 μm.

• O diâmetro 2R do disco é especificado pelo projeto do telescópio,


mas a espessura t é uma variável livre.

• Qual é o índice de material nesse caso


2.1. Tradução
• Exigimos que a deflexão seja menor do que, por exemplo, 10 μm.

• O diâmetro 2R do disco é especificado pelo projeto do telescópio,


mas a espessura t é uma variável livre.

• Qual é o índice de material nesse caso?

• Resolvendo para t e substituindo na primeira equação obtemos:


2.1. Tradução
• Exigimos que a deflexão seja menor do que, por exemplo, 10 μm.

• O diâmetro 2R do disco é especificado pelo projeto do telescópio,


mas a espessura t é uma variável livre.

• Qual é o índice de material nesse caso?

• Resolvendo para t e substituindo na primeira equação obtemos:

• O espelho mais leve é o que tiver o maior valor do índice de


material:
2.1. Tradução
• Podemos tratar as restrições restantes como limites de atributo.
2.2. Seleção
• Qual é o diagrama adequado para esse caso?
2.2. Seleção

2.2. Seleção
• Considerando os valores de índice de material, qual seria a melhor
opção de material?

Polímero reforçado
por fibra de vidro

Polímero reforçado
por fibra de carbono
2.2. Seleção
• Materiais que têm maiores valores de M são os melhores; os que
têm valores menores, são piores.
2.2. Seleção
• A massa do espelho, calculada pela Equação
é apresentada na tabela.
2.2. Seleção
• O espelho de CFRP tem menos da metade do peso do de vidro, e
assim sua estrutura de suporte poderia ser menos cara. A possível
economia pela utilização de espuma é ainda maior.
2.2. Seleção
• O espelho de CFRP tem menos da metade do peso do de vidro, e
assim sua estrutura de suporte poderia ser menos cara. A possível
economia pela utilização de espuma é ainda maior.

• Mas esses espelhos poderiam ser fabricados?


2.2. Seleção
• Mas esses espelhos poderiam ser fabricados?

• À primeira vista, algumas das escolhas – espuma de poliestireno


ou CFRP – podem parecer pouco práticas.

• Porém, a economia de custo potencial é tão grande que vale a


pena examiná-la.

• Há modos de fundir uma fina película de borracha de silicone ou


de epóxi à superfície das costas do espelho (o poliestireno ou o
CFRP) para dar uma superfície opticamente lisa que poderia ser
revestida de prata.
2.2. Seleção
• O obstáculo mais óbvio é a falta de estabilidade dos polímeros –
eles mudam de dimensões com o tempo, umidade, temperatura e
assim por diante.

• Porém o vidro em si pode ser reforçado com fibras de carbono; e


também pode ser espumado para dar um material mais denso do
que a espuma de poliestireno, porém mais leve do que o vidro
sólido.

• Ambos, vidros espumados e reforçados com carbono, têm a


mesma estabilidade química e ambiental do vidro sólido.

• Poderiam dar uma rota para grandes espelhos baratos.


2.2. Seleção
• Há, claro, outras coisas que podemos fazer.

• O rigoroso critério de projeto (δ < 10 μm) pode ser parcialmente


superado por um projeto de engenharia que não se refira à escolha
do material.
3. Materiais para pernas de mesa
• Luigi Tavolino, projetista de móveis, inventou uma mesa leve de
audaciosa simplicidade: uma chapa plana de vidro endurecido,
simplesmente apoiada sobre pernas cilíndricas delgadas, sem
braçadeiras.
3. Materiais para pernas de mesa
• As pernas devem ser sólidas (para serem finas) e tão leves quanto
possível (para que a mesa seja fácil de movimentar).

• Devem suportar o tampo da mesa e tudo o que for colocado sobre


ele sem sofrer flambagem.

• Quais materiais poderíamos recomendar?

• Qual deve ser a primeira etapa para seleção


do material?
3. Materiais para pernas de mesa
• As pernas devem ser sólidas (para serem finas) e tão leves quanto
possível (para que a mesa seja fácil de movimentar).

• Devem suportar o tampo da mesa e tudo o que for colocado sobre


ele sem sofrer flambagem.

• Quais materiais poderíamos recomendar?

• Qual deve ser a primeira etapa para seleção


do material?
A tradução
3.1. Tradução
• Quantos objetivos precisamos considerar nesse problema?
3.1. Tradução
• Quantos objetivos precisamos considerar nesse problema? Quais
são eles?

• O peso deve ser minimizado;


• A esbelteza deve ser maximizada.
3.1. Tradução
• Quantos objetivos precisamos considerar nesse problema? Quais
são eles?

• O peso deve ser minimizado;


• A esbelteza deve ser maximizada.

• Qual é deve ser a restrição considerada?


3.1. Tradução
• Quanto objetivos precisamos considerar nesse problema? Quais
são eles?

• O peso deve ser minimizado;


• A esbelteza deve ser maximizada.

• Qual é deve ser a restrição considerada?

• A resistência à flambagem
3.1. Tradução
• Consideremos primeiro a minimização do peso:

• A perna é uma coluna delgada de material de densidade ρ e


módulo E.

• Seu comprimento, L, e carga máxima, F, que ela deve suportar são


determinados pelo projeto: são fixos.

• O raio r de uma perna é uma variável livre.

• Sabendo que a carga elástica de flambagem Fcrit de uma coluna


de comprimento L e raio r é:

Qual é o índice de material?


3.1. Tradução
• Desejamos minimizar a massa m da perna, dada pela função
objetivo:

sujeita à restrição de suportar uma carga F sem sofrer flambagem.

• A carga elástica de flambagem Fcrit de uma coluna de


comprimento L e raio r é:

usando I = πr4/4, onde I é o momento de segunda ordem de área da


coluna.
3.1. Tradução
• A carga F não deve ultrapassar Fcrit.

• Resolvendo para a variável livre, r, e substituindo-a na equação


para m obtemos:

• O peso é minimizado selecionando o subconjunto dos materiais


que têm os maiores valores do índice de material:
3.1. Tradução
• Agora a esbelteza:

• Invertendo a Equação

e igualando Fcrit a F obtemos uma equação para a perna mais fina


que não sofrerá flambagem:

• A perna mais fina é a feita do material que tem o maior valor do


índice de material.

• Qual é o índice de material?


3.1. Tradução
• Agora a esbelteza:

• Invertendo a Equação

e igualando Fcrit a F obtemos uma equação para a perna mais fina


que não sofrerá flambagem:

• A perna mais fina é a feita do material que tem o maior valor do


índice de material.

• Qual é o índice de material?


3.2. Seleção
• Procuramos o subconjunto de materiais que tenha valores altos de
E^(½)/ρ e E.

• Qual é o diagrama que precisamos?


3.2. Seleção

3.2. Seleção

3.2. Seleção
• São identificados na figura compósitos (em particular CFRP) e
certas cerâmicas de engenharia. Polímeros estão fora: não são
suficientemente rígidos; metais também: são demasiado pesados.

• Cerâmicas, como sabemos, são frágeis: têm valores baixos de


tenacidade à fratura. Pernas de mesa podem levar golpes e ser
chutadas; o bom-senso sugere que é necessário uma restrição
adicional, a de tenacidade adequada.

• Eliminando as cerâmicas, sobra então o CFRP.

• O custo do CFRP talvez faça o sr. Tavolino reconsiderar seu


projeto, mas essa é outra questão: ele não mencionou custo em
sua especificação original.
3.2. Seleção
• É uma boa ideia organizar os resultados como uma tabela,
mostrando não somente os melhores materiais, mas também os
segundo melhores – pode ser que eles, quando outras
considerações estiverem envolvidas, tornem-se a melhor escolha.
4. Materiais estruturais para edifícios
• Considere a seleção de materiais para a estrutura:

• Eles devem ser rígidos, fortes e baratos.

• Rígidos, para que o edifício não sofra demasiada flexão sob cargas
de vento ou cargas internas.

• Fortes, para não haver nenhum risco de colapso.

• Baratos, porque a quantidade material usada é grande.


4. Materiais estruturais para edifícios
• O esqueleto estrutural de um edifício é raramente exposto ao
ambiente e, em geral, não é visível, portanto aqui os critérios de
resistência à corrosão ou de aparência não são importantes.

• A meta do projeto é simples: rigidez e resistência a custo mínimo.

• Para sermos mais específicos: considere a seleção de material


para vigas de assoalho.
4. Materiais estruturais para edifícios
• Como vocês completariam a tabela com os requisitos desse
projeto?
4. Materiais estruturais para edifícios
• Como vocês completariam a tabela com os requisitos desse
projeto?
4. Materiais estruturais para edifícios
• Como vocês completariam a tabela com os requisitos desse
projeto?
4. Materiais estruturais para edifícios
• Como vocês completariam a tabela com os requisitos desse
projeto?
4. Materiais estruturais para edifícios
• Como vocês completariam a tabela com os requisitos desse
projeto?
4.1. Tradução
• Vigas de assoalho, como diz o nome, são vigas; são carregadas
sob flexão.

• O índice de material para uma viga rígida de massa mínima, m, foi


desenvolvido em aulas anteriores.

• Qual é a função objetivo do problema?


4.1. Tradução
• Vigas de assoalho, como diz o nome, são vigas; são carregadas
sob flexão.

• O índice de material para uma viga rígida de massa mínima, m, foi


desenvolvido em aulas anteriores.

• O custo C da viga é apenas sua massa, m, vezes o custo por kg,


Cm, do material de que ela é feita. Essa é a função objetivo do
problema:
4.1. Tradução
• Como já foi desenvolvido em aulas anteriores, o índice para uma
viga rígida de custo mínimo é:

• O índice, quando a restrição é a resistência em vez da rigidez, não


foi deduzido antes.

• A função objetivo ainda é a Equação (6.10), mas agora a restrição


é a resistência: a viga deve suportar F sem falhar.

• A carga de falha de uma viga é:

onde C2 é uma constante, σf é a resistência à falha do material da viga


e ym é a distância entre o eixo neutro da viga e seu filamento externo.
4.1. Tradução
• Consideramos uma viga retangular de profundidade d e largura b e
supomos que suas proporções são fixas de modo que d = αb, onde
α é a razão de aspecto, cujo valor típico para vigas de madeira é 2.

• Usando isso e e I = bd3/12, qual é o índice de material?


4.1. Tradução
• Consideramos uma viga retangular de profundidade d e largura b e
supomos que suas proporções são fixas de modo que d = αb, onde
α é a razão de aspecto, cujo valor típico para vigas de madeira é 2.

• A massa é minimizada selecionando materiais que tenham os


maiores valores do índice:
4.2. A seleção - Rigidez
• Qual diagrama de propriedades é mais relevante para esse caso?
4.2. A seleção - Rigidez
4.2. A seleção - Rigidez
4.2. A seleção - Rigidez
4.2. A seleção - Resistência
4.2. A seleção - Resistência
4.2. A seleção - Resistência
4.2. A seleção

• São exatamente os materiais com os quais os edifícios têm sido e


são feitos.

• A construção civil (edifícios, pontes, estradas e assemelhados) faz


uso intensivo de materiais: o custo do material domina o custo do
produto e a quantidade usada é enorme. Então, somente os
materiais mais baratos se qualificam e o projeto deve ser adaptado
para usá-los.
5. Materiais para molas

• Há muitos tipos de molas e


elas têm muitas finalidades:
molas helicoidais, molas
espirais, barras de torção.
5.1. Tradução
• A função primordial de uma mola é armazenar energia elástica e –
quando exigido – liberá-la novamente.

• A energia elástica armazenada por unidade de volume em um


bloco de material submetido a uma tensão uniforme σ é:

onde E é o módulo de Young.

• Desejamos maximizar Wv.

• A mola será danificada se a tensão σ ultrapassar a tensão de


escoamento ou tensão de falha σf; a restrição é σ < σf .
5.1. Tradução
• Assim, a densidade de energia máxima é:

• Barras de torção e molas em lâminas são menos eficientes do que


molas axiais porque grande parte do material não é totalmente
carregado: o material no eixo neutro, por exemplo, não está sob
absolutamente nenhuma carga.

• Para molas em lâminas:


5.1. Tradução
• e para barras de torção:

• Essas diferenças exercem influência na escolha do material?


5.1. Tradução
• e para barras de torção:

• Essas diferenças exercem influência na escolha do material?


Não tem nenhuma influência na escolha de material.

• Qual é o índice de material?


5.1. Tradução
• e para barras de torção:

• Essas diferenças exercem influência na escolha do material?


Não tem nenhuma influência na escolha de material.

• O melhor material para uma mola independentemente de sua


forma é o que tem o maior valor de:
5.1. Tradução
• Se o que importa é o peso, e não o volume, temos de dividir essa
expressão pela densidade ρ (o que dá energia armazenada por
unidade de peso) e procurar materiais com altos valores de:
5.2. A Seleção
5.2. A Seleção
5.2. A Seleção
• A melhor escolha é um aço de alta resistência que se encontra
próximo da extremidade superior da linha.

• Outros materiais também são sugeridos:


• CFRP (agora usado para molas de caminhão);
• ligas de titânio (boas, porém caras);
• náilon, PA (brinquedos de crianças muitas vezes têm
molas de náilon);
• e, claro, elastômeros.

• Observe como o procedimento identificou um candidato de quase


todas as classes de materiais: metais, polímeros, elastômeros e
compósitos.
5.2. A Seleção
• Muitas considerações adicionais entram na escolha de um material
para uma mola.

• Molas para suspensão de veículos devem resistir à fadiga e à


corrosão; molas para válvulas de motor devem suportar
temperaturas elevadas.

• Polímeros, porque sofrem fluência, são inadequados para molas


que suportam uma carga estável durante longos períodos de
tempo, embora ainda sejam perfeitamente bons para linguetas e
molas localizadoras que passam a maioria do tempo sem estar sob
tensão.
Atividade 2
• Escolham um exemplo e façam o processo de seleção de
materiais, repetindo os mesmos passos propostos nos casos
estudados anteriormente.
• Atenção! Caso o exemplo escolhido seja mais complexo do que
estudamos até o momento, simplifique!
• Data: 4/10
• Não é necessário a entrega do trabalho por escrito, apenas
apresentem as etapas e suas conclusões para os colegas.
• Não é necessário preparar slides para a apresentação, mas é bom
trazer os diagramas utilizados e/ou quaisquer outras imagens que
sejam fundamentais para compreensão (devem ser enviados por
e-mail).

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