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Spring Back (Retorno

Retorno elástico do material)


material

O retorno
torno elástico é a tentativa da chapa de aço em retornar à sua forma original logo após
a deformação realizada na operação de dobra. Em outras palavras, é a recuperação elástica
da forma original da chapa.
Abaixo alguns fatores que permitem o retorno elástico do material:

a) Profundidade da forma da peça a ser produzida, que quanto maior for à altura da
dobra, mais se contribui para o retorno elástico;
b) Espessura da chapa, que quanto menor sua espessura, maior o retorno elástico;
c) Raio de curvatura, que quanto
quanto menor, maior tensão de compressão na chapa
causando o maior retorno elástico;
d) Tipo de material, materiais com maior dureza
dur maior seu retorno elástico;

1º Estágio de dobra (Matriz de dobra conforme produto final)

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2º Estágio de dobra (Matriz de dobra contendo compensação de 1°20’ devido retorno elástico
do material)

A análise do retorno elástico na conformação de chapas é realizada a partir tanto de um


modelo analítico como de simulações numéricas por elementos finitos que permitem o
estabelecimento
stabelecimento das seguintes conclusões:

a) O retorno elástico no material aumenta tanto na medida com que o módulo de


elasticidade longitudinal declina, quanto do aumento do limite de escoamento da
material da chapa em razão da diminuição da rigidez a flexão em deformação plana, e
do acréscimo do momento fletor total respectivamente;
b) O aumento da razão entre o raio de dobramento ou curvatura e a espessura da chapa
(r / t) favorece o retorno elástico, visto que ora uma redução de espessura resulta na
diminuição
inuição do momento de inércia, ora um aumento do raio de curvatura necessita da
aplicação de maiores momentos;
c) O aumento da força do prensa chapa compensa o retorno elástico, haja visto que um
aumento das tensões de membrana ocasiona uma redistribuição de tensões normais e
o movimento da linha neutra. Uma vez removidas às tensões aplicadas, aplicadas há uma
redução do nível de tensões residuais diminuindo o retorno elástico;
d) Aumentando-se se o coeficiente de atrito, aumentando-se
aumentando se as tensões normais aplicada à
chapa devido ao aumento das forças tangenciais que impedem o seu movimento
diminuindo assim o retorno elástico.

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Este retorno é maior para raios de dobramento menores, para chapas com maiores
espessuras e materiais temperados.

Valores aproximados vão dee 1° a 2° para aços de baixo teor de carbono e para aços não
ferrosos, e de 3° a 4° para aços de médio teor de carbono. Para materiais semi duros, pode
se atingir de 10° a 15°. Para se contornar este retorno, deve-se
deve se dobrar o produto para um
ângulo ligeiramente
mente superior ao desejado.

Na execução das ferramentas, poderá ser levado em conta este fenômeno, dando ângulos
de dobra mais fechados do que os da peça de maneira que depois do retorno elástico os
mesmos fiquem de acordo com o desejado. Não existe cálculo
cálculo especifico para determinar e
os ajustes tanto dos raios, quanto dos ângulos, devemos realizar ensaios para definir as
dimensões. Para iniciar, temos os parâmetros citados anteriormente.

Abaixo alguns exemplos de como devemos desenvolver matrizes


matrize e punções para
compensar o retorno elástico do material:

1 – Desenvolvimento de Matriz de dobra em grau e calibragem com sistema de cunha: Matriz


e Punção de calibrar confeccionado de acordo com o grau de retorno encontrado
e na prática, e
sistema de cunha com regulagem,
regulagem desenvolvido para calibrar o retorno elástico do produto.
produto

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2 – Desenvolvimento da Matriz de dobra em grau e Punção de e dobra com sistema articulável,
possibilitando a compensação do retorno elástico na Ferramenta.

3 – Desenvolvimento da Matriz de dobra em grau e Punção de dobra paralelo contento o perfil


do raio superior do Produto.

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