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CAPÍTULO I – INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

 Classificação das instalações Eléctricas em baixa tensão


 Tipo de Canalizações Elétricas
 Esquemas eléctricos
 Quadro eléctrico e seu Esquema
 Tipos de Potência Eléctrica
 Instalação De Utilização
 Cálculo de Área
 Cálculo De Tomadas
 Cálculo de climatização
 Secção mínima dos condutores
 Coloração dos condutores
 Avaliação
 Exercícios

Instalações Eléctricas
Definição: É um conjunto de componentes eléctricos associados com características
específicas coordenadas entre si para uma determinada finalidade.
Quanto ao valor da tensão que lhe é alimentada a ligação eléctricas subdivide-se em:
 I.E.A.T (Instalações Eléctricas de Alta Tensão) - São instalações em que a
tensão de alimentação é superior à 45KV.

 I.E.M.T (Instalações Eléctricas de Media Tensão) – São instalações cujo nível de


tensão situa-se no intervalo de ]1KV; 45KV].

 I.E.B.T (Instalações Eléctricas de Baixa Tensão) – São instalações em que a


tensão não excede ou passa de 1kV para corrente alterna e 1,5kV para corrente
continua.

 I.E.T.R (Instalações Eléctricas de tensão Reduzida) – São instalações que são


alimentadas por uma tensão não superior de 50V para corrente alterna e 75V
para corrente continua.
Classificação das instalações Eléctricas em baixa tensão
As instalações eléctricas em baixa tensão são classificadas em:
a) Instalações de utilização individual de energia eléctrica;
b) Instalações coletivas de edifício;
c) Instalações industriais.
Instalações de utilização individual de energia eléctrica: É aquela em que a energia
instalada é de uso individual uma só família, também conhecida como instalação
eléctricas habitacional unifamiliar.
Instalações coletivas de edifício: É aquela instalação comum de todos os inclino no
edifício, também é conhecida de instalação habitacional plurifamiliar.
Instalações industriais: São instalações eléctricas para fabricas, oficinas, armazém ou
todo local afecto ao serviço.
Tipo de Canalizações Elétricas
 A canalização eléctrica, é constituído por um ou mais condutores e pelos elementos que
asseguram o seu isolamento eléctrico, as suas protecções mecânicas, químicas e
eléctricas, e a sua fixação, devidamente agrupados e com aparelhos de ligação comuns.
Como por exemplo: Cinco condutores isolados dentro de um tubo embebido numa
parede, constituindo o conjunto um circuito trifásico (três fases, neutro e condutor de
protecção);

Os tipos de canalizações elétricas temos a destacar os seguintes:


Canalização fixa - Canalização estabelecida de forma inamovível sem recurso a meios
especiais.
Canalização amovível - Canalização não fixa destinada a alimentar, em regra,
aparelhos móveis ou portáteis.
Canalização à vista - Canalização visível sem necessidade de retirar qualquer parte da
construção sobre que está estabelecida.
Canalização oculta ou embebida - Canalização que não é visível ou que não é
acessível sem remoção de qualquer elemento do meio em que se encontra. Exemplo:
Canalizações estabelecidas em espaços ocos de paredes, tectos ou outros elementos da
construção.

Alma condutora

A alma condutora pode ser unifilar, multifilar, sectorial maciça ou multissectorial. No


caso de ser multifilar, os fios constituintes podem ser torcidos ou cableados.

Condutor nu - Condutor que não possui qualquer isolamento eléctrico contínuo, são os
mais utilizados em linhas aéreas para o transporte de energia em alta ou media tensão.

Condutor isolado - Alma condutora revestida de uma ou mais camadas de material


isolante que asseguram o seu isolamento eléctrico.

Cabo isolado ou, simplesmente, cabo - Condutor isolado dotado de bainha ou


conjunto de condutores isolados devidamente agrupados, provido de bainha, trança ou
outra envolvente comum.

Esquemas eléctricos
Antes de partirmos para esquemas e desenhos eléctricos devemos ainda conhecer os
componentes que fazem parte de um esquema eléctricos que passaremos a definir cada
um deles:
Circuito eléctricos: É um conjunto de corpos ou componentes eléctricos em um
circuito fechado no qual é possível circular corrente eléctrica.
Sistema eléctrico: É o conjunto constituído por centrais elétricas, subestações de
transformação e de interligação, linhas e receptores, ligados eléctricamente entre si que
englobam geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.
Simbologia: É uma linguagem utilizada pelos profissionais para ser compreensível e
clara a interpretação das plantas (projectos) para se poder evitar erros na sua
interpretação.
Simbologia eléctrica: É uma representação abreviada de um aparelho eléctrico ou de
um símbolo eléctrico.
Troço: São elementos ou caminhos que permitem fazer a ligação de aparelhos
eléctricos.
Esquema eléctrico: É a representação no papel de uma determinada montagem
eléctrica e constitui uma importante forma de comunicação na electricidade. A sua
execução obriga o conhecimento das respectivas simbologias e a forma de ligação dos
componentes do circuito, permitindo nas analisa-las electricamente com maior
facilidade de executa-lo.
Sendo assim são necessários conhecer e distinguir os tipos de representação:
- Representação unifilar
- Representação multifilar

Representação unifilar: É um esquema que permite representar dois ou mais


condutores seguindo o mesmo trajecto, são representados por uma linha sobre esta
coloca-se pequenos troços oblíquos, mostrando quantos condutores que por lá passam.

Representação multifilar: Como o próprio nome indica, neste caso cada condutor é
representado individualmente, isto é, se num dado percurso passam por exemplo 3
condutores, aparecem também 3 linhas.
Ao contrário do anterior, este tipo de representação indica-nos a forma de ligação entre
vários aparelhos e elementos de circuitos tendo também a simbologia bem definida e
geralmente diferente da representação unifilar.
Diagrama elétrico é representado na forma unifilar, ou seja, todos os condutores
envolvidos são representados num único fio, o que pode confundir a interpretação. Para
entender o diagrama, é necessário primeiramente conhecer as ligações elétricas mais
comuns e seus equivalentes na forma unifilar.

Quadro eléctrico e seu Esquema


Quadros eléctricos – É um equipamento elétrico destinado a receber energia elétrica de
uma ou mais fontes de alimentação e distribui-las a um ou mais circuitos. Destinado a
abrigar um ou mais dispositivos de proteção e/ou manobra e a conexão de condutores
elétricos interligados a eles, a fim de distribuir a energia elétrica aos diversos circuitos.

Tipos de Potência Eléctrica


Potência elétrica como a velocidade com que um trabalho é realizado, ou seja, é a
velocidade que algo utilizar para transformar energia elétrica em outro tipo de energia.
existem três tipos de potência elétrica, que são:

a) Potência ativa [W]


A potência ativa é a potência que realiza trabalho útil em uma determinada carga, onde
a sua unidade de medida é o watt (W).

Fórmulas de potência Ativa

U2
P
P U I P  R I2 R P  S 2  Q2

P  U  I  Cos P  S  Cos P  S  Cos

Onde:
P = Potência activa R = Resistência eléctrica S = Potência aparente

U = Tensão eléctrica Fp = Factor de potência Cos  Fp

I = Corrente eléctrica Q = Potência Reactiva

b) Potência aparente [S]

A potência aparente é definida como a potência total que uma determinada fonte é capaz
de fornecer, ou seja, a potência ativa na verdade é a “soma vetorial” da potência ativa
com a potência reativa. A unidade de medida da potência aparente é o volt ampère
(VA).

Fórmulas de potência Aparente

P P
S S
S U I Cos Fp

S  P2  Q2

Onde:
S = Potência aparente U = Tensão eléctrica I = Corrente eléctrica
Q = Potência reactiva

c) Potência reativa [Q]

Podemos dizer que potência reativa representa a parte da potência que é aplicada para as
cargas capacitivas e indutivas, esta potência não realiza trabalho efetivo. Sua unidade de
medida é volt ampère reativo (VAr). Está potência é uma pequena parte da potência
total consumida pelos motores de indução, que por exemplo é necessária para gerar
campo eletromagnético. Se o consumo de potência reativa for acima dos valores
permitidos pela concessionária de energia elétrica uma multa é cobrada ao consumidor.

Fórmulas de potência Reactiva


Q  S  Sen Q  S 2  P2

Fator de potência

definido como fator de potência (φ), também conhecido como ângulo fi.
O fator de potência é uma relação entre a potência aparente e a potência ativa, ou seja, é
a relação da quantidade de energia entregue pela fonte e a quantidade de energia que é
efetivamente transformada em trabalho. Quanto maior o fator de potência de uma carga
mais ela se aproxima de uma carga resistiva, consumindo uma quantidade de maior de
potência ativa.
O Fator de Potência é expresso como um valor entre -1 e 1 e pode ser indutivo
(negativo) ou capacitivo (positivo). Se o fator de potência for 1, toda a energia fornecida
estará sendo usada para trabalho produtivo e isso é chamado de “fator de potência
unitário”.
Instalação De Utilização
Para instalação de utilização de uma habitação unifamiliar é necessário primeiramente
conhecer as áreas das diferentes divisórias de um apartamento, caso for uma planta
deve-se levar em conta a escala e nomear todas as divisórias, dai efectuar os cálculos
dos circuitos de iluminação, tomada e climatização, obedecendo os seguintes passos:
a) Calcular as áreas de cada divisória;
b) Calcular os números de lâmpadas, tomadas e aparelhos de ar-condicionado.
Dai com os itens achados nos pontos “a) e b)” faz-se a canalização dos circuitos na
planta, lembrando que a canalização de cada circuito deverá ser feita uma a uma na
mesma planta. Como por exemplo: Três plantas e cada uma dela deverá cosntar o
circuito de iluminação, tomada e climatização.

Para o dimensionamento dos circuitos eléctricos por divisórias (potência de cada


divisória) é necessário conhecer o artigo 435 do R.S.I.U.E.E.B.T (Regulamento de
Segurança de Instalação de Utilização de Energia Eléctrica de Baixa Tensão). Como
podemos ver na tabela abaixo é apresentada a potência especificas para os circuitos de
iluminação, tomada e climatização.
Para darmos início ao dimensionamento elétrico de uma residência ou um
estabelecimento, deveremos relembrar alguns conceitos básicos como, por exemplo,
cálculos simples e muito importantes, são eles:

 Área
 Perímetro

Cálculo de Área

Podemos considerar a área como sendo a determinação da superfície de um elemento


trigonométrico. Para que possamos entender o dimensionamento elétrico de uma
residência devemos conhecer no mínimo o cálculo de três figuras geométricas, a saber:

 Área do quadrado
 Área do retângulo
 Área do triângulo

Área do quadrado e retângulo

Sabemos que o quadrado ou o retângulo são representados por uma figura plana com
quatro lados onde estes formam ângulos entre sí. Assim, teremos o seguinte cálculo a
ser considerado:

Perímetro do quadrado e do retângulo

Considera-se como perímetro a dimensão obtida através da somatória dos lados de um


símbolo trigonométrico. Sendo assim, podemos considerar os exemplos abaixo.
 

Completa o quadro calculando a área e o perímetro de cada divisória (Tarefa)

Dimensões (m) Área Perímetro


Divisórias
C L (m2) (m)
Sala
Comum 3,3 2,8    
Quarto 1 2,1 2,1    
Quarto 2 2,4 2,2    
WC 1,8 1,4    
Varanda 1,1 1,3    
Cozinha 2,4 2,1    
Cálculo De Tomadas
Para o cálculo de número de tomadas podem ser utilizados alguns métodos que
passaremos a explicar:
1º Método: Pode ser baseado em função doa artigo 435, comentário 1, alínea A,
que considera para instalações de iluminação e tomada para uso gerais 25VA/m2. Isto é
para 1m2------------- 25VA.
2º Método: Pode ser determinado em função do artigo 418, do quadro XIV, este
determina as potências mínimas e coeficiente de simultaneidade, em anexo os valores
das potências por unidade de área.
Cálculo de climatização
Para se efectuar o cálculo de número de aparelhos de Ar-condicionado, deve-se levar
em conta o artigo 435, ponto 2, por este exclui algumas divisórias com áreas inferiores a
4m2. Para se se calcular o número de aparelhos de Ar-condicionado podemos utilizar os
seguintes métodos:
1º Método: Pode ser baseado em função doa artigo 435, comentário 1, alínea B,
que considera para instalações fixas ou não, de climatização ambiente eléctrico
80VA/m2. Isto é para 1m2------------- 80VA.
2º Método: Pode ser determinado em função das categorias do recinto, sem
esquecer aplicação do artigo 435, considerando apenas as divisórias principais ou
aquelas superioras à 4m2.
3º Método: BTu´s - Pode ser resolvido em função da área, número de pessoas e
aparelhos no recinto.
1. Dimensione a capacidade em BTU/h de um ar condicionado para refrigerar a
coordenação de Eletricidade do Instituto Politécnico Industrial “17 de
Dezembro” com as seguintes características da divisória: A=15m2, com pé
direito de 3 m.
Na coordenação possui cobertura, ficando entre andares, com duas janelas e uma porta
sem cortinas, recebendo o sol da tarde, cada janela com uma área de 1m 2, no mesmo
recinto funcionam duas pessoas a área da porta é de 2m2 os aparelhos de uso continuo
com as suas respectivas potências existentes no recinto são: 3 computadores de 95W
cada, , 4 lâmpadas de 36W cada, uma impressora de 50W, um frigobar de 80W e uma
maquina de café 90W.
Dados
A=15m2 1º passo, calcular volume: V= Axh = 15m2x3m = 45m3
h=3m na tabela 1 – calor do ambiente entre andares será 720kcal/h
possui cobertura
entre andares 2º passo, calor das janelas: Ajanela x nº janelas = 1m2 x 2 = 2m2
Nºjanelas= 2 na tabela 2 – calor das janelas, sem cortinas, recebendo sol da
tarde
Nºportas= 1 temos: 820 kcal/h.
sem cortinas
recebendo sol da tarde 3º passo, calor das pessoas: tabela 3, para
Ajanela =1m2 duas pessoas temos 250kcal/h
Nºpessoas = 2 4º passo, calor das portas: Aporta x nº porta = 2m2 x 1 = 2m2
Aporta =2m2 na tabela 4, para 2m2, temos 250kcal/h.
PPC =3x95W=285W
Plamp =4x36W=144W 5º passo, calor dos aparelhos eléctricos ∑ de todas as
Pimpres = 1x50W=50W potências dos aparelhões eléctricos 649W, e na tabela 5
PFrigobar = 1x80W=80W o valor máximo da potência nominal é de 500W. então:
PMaq. café = 1x 90W=90W
∑=649W
Considera-se o valor máximo e o restante adiciona-se em
função dos valores acima até cumprir com o valor da potencia dos
equipamentos. Como o valor foi de potência é 649W. então faremos:
500W  450 Kcal / h
150W  135 Kcal / h
650W  585 Kcal / h
(500W  150W )  585 Kcal logo o valor a considerar é 585Kcal/h

Obs. Caso o valor for aproximado na escolha, não se deve retirar o valor
abaixo mais sim acima: exemplo se for 55W teremos que considerar
100W, e se for 175W considerar 200W, assim por diante.
6º passo, ∑ todos valores em kcal = 720 + 820 + 250 + 250 + 585 =
2625kcal/h.
1 kcal ----------- 3,92 BTU/h
2625kcal/h ------- x
x = 10290BTU/h.
Logo para encontrar o aparelho de AC adequado, dividimos o resultado
pela potência dos aparelhos existentes no mercado que vão de 9000BTU/h,
12000BTU/h, 18000BTU/h, 24000BTU/h e 32000BTU/h.
Neste caso dividindo o valor de x por 12000BTU/h = 0,85.
Sendo assim assume-se um aparelho de ar-condicionado de 12000 BTU/h.

Normas para canalização dos circuitos de tomadas e climatização


a) Circuitos de tomadas
A potência para cada circuito de tomadas em uma canalização não deverá exceder de
2400W. significa dizer só podemos ter no máximo (9) nove tomadas, atendendo que
cada tomada possui potencia de 250W. Quer isso dizer 9x250= 2250W.
Para locais de uso específico como por exemplo (cozinhas, casa de banho) são previstas
tomadas intensas cujas potências podem várias de 500W, 1500W ou ate mesmo 5000
W. Estes devem ser colocadas em circuitos independentes por estarem nelas alocadas
máquinas com potencias ais elevadas.
b) Circuitos de climatização
Os circuitos de climatização, as suas canalizações deverão ser independentes, quer dizer
cada circuito corresponderá um aparelho de ar-condicionado.
Estes devem ser aplicados em locais sem riscos especiais, como nas salas de aulas, salas
de jantar, escritórios, quatros ou todo local afecto a serviços, excluindo casa de banho,
wc.
Tal como se pode ver nos exemplos das plantas abaixo com as suas respectivas
canalizações tomadas e climatização.
Circuitos com canalização de tomada

Secção mínima dos condutores


Sinalização e comando: 0,5 mm2 Iluminação e estores eléctricos: 1,5 mm2
Tomadas, termoacumulador, máquinas de lavar/secar, climatização ambiente, portão
eléctrico, banheira de hidromassagem: 2,5 mm2 Fogão/forno: 4 mm2 ou 6 mm2

Coloração dos condutores


Condutor Fase: Preto, castanho, cinzento, vermelho
Condutor neutro: azul claro, ou azul
Condutor de proteção: verde e amarelo.
Avaliação
Aprendido todos os métodos de cálculos (tomadas e climatização), escolhe o método
mais simples para efectuar os cálculos de número de tomadas e de aparelhos de ar-
condicionado e faça a suas respectivas canalizações.
Exercícios
1. Efectuar os cálculos de área de cada divisória da sua residência, utilizando a fita
métrica para medição de cumprimento e largura. (duração: uma semana).

2. Efectuar os cálculos de número de tomadas de todas as divisórias da sua


residência atendendo os resultados primeiro exercício. Escolher o método mais
simples para si. (uma semana)

3. Efectuar os cálculos de número de número de aparelhos de ar-condicionado de


todas as divisórias da sua residência atendendo os resultados primeiro exercício.
Escolher o método mais simples para si. (uma semana)

4. Fazer a planta da sua residência e efectuar o traçado dos circuitos para tomada e
climatização, lembrando que cada canalização deverá estar em plantas
separadas.
ANEXOS
TABELAS PARA O CÁLCULO DE CLIMATIZAÇÃO MÉTODO DE BTU´S
CAPITULO II - ENERGIA SOLAR I

 Conceitos e Definições
 Condicionantes meteorológicas
 Funcionamento da energia solar
 Tipos de energia solar
 Instrumentos de medição da radiação solar
 Vantagens e desvantagens de energia solar fotovoltaica
 Geração de energia a partir de painéis, placas solares ou fotovoltaico

Conceitos e Definições
Energia solar corresponde à energia proveniente da luz e do calor emitidos pelo Sol.
Essa fonte de energia pode ser aproveitada de forma fotovoltaica ou térmica, gerando
energia elétrica e térmica, respectivamente. Por ser considerada uma fonte de energia
limpa, a energia solar é uma das fontes alternativas mais promissoras para obtenção
energética.
A radiação solar é a energia emitida pelo sol na forma de radiação - ondas
eletromagnéticas. Ela é emitida pela fotosfera, a camada mais externa do sol, que possui
aproximadamente 300 km de extensão.
Um país com níveis de radiação solar de excelência, deve com as tecnologias existentes
no mercado, aproveitar esta radiação para inúmeras aplicações, de forma a diminuir o
consumo energético nacional e, consequentemente, a dependência dos combustíveis
fósseis.
Condicionantes meteorológicas
O resultado da decomposição da radiação solar incidente sobre um recetor, pode ser
divido em três componentes, que são:
 Radiação Direta: constituída por todos os raios incidentes que são direcionados para
o receptor, em linha reta com o sol;
 Radiação Difusa: porção de luz que é recebida indiretamente, proveniente da ação da
difração nas nuvens, nevoeiros, poeiras suspensas e outros obstáculos que podem estar
presentes na atmosfera;
 Radiação Albedo ou refletida: parte da energia recebida é refletida para o espaço. A
neve, massas de gelo e nuvens (grandes refletores devido à sua cor branca) assim como
a própria superfície terrestre são razoáveis refletores, reenviando cerca de 30% a 40%
da radiação recebida. A razão entre radiação refletida e incidente denomina-se de
albedo.

Funcionamento da energia solar


A energia solar, como o próprio nome indica, refere-se à energia cuja fonte é o Sol. Sua
captação pode ser feita por meio de diversas tecnologias, como painéis fotovoltaicos,
usinas heliotérmicas e aquecedores solares.
Basicamente, ao ser captada, a luz solar é convertida em energia. Nos painéis
fotovoltaicos e nas centrais heliotérmicas, a luz solar é convertida em energia elétrica e
térmica. Já no aquecimento solar, a luz solar é convertida em energia térmica.
Tipos de energia solar
A energia solar pode ser usada na produção de energia elétrica por meio de dois
sistemas: heliotérmico e fotovoltaico.
Energia solar fotovoltaica
Nada mais é do que a conversão direta da radiação solar em energia elétrica. Essa
conversão é realizada pelas chamadas células fotovoltaicas, compostas por material
semicondutor, normalmente o silício. Ao incidir sobre as células, a luz solar provoca a
movimentação dos elétrons do material condutor, transportando-os pelo material até
serem captados por um campo elétrico (formado por uma diferença de potencial
existente entre os semicondutores). Dessa forma, gera-se eletricidade.
Constituído por painéis, módulos e equipamentos elétricos, o sistema fotovoltaico não
exige um ambiente com alta radiação para funcionar. No entanto, a quantidade de
energia produzida depende da densidade das nuvens, ou seja, quanto menos nuvens
houver no céu, maior será a produção de eletricidade.
Energia solar heliotérmica
No sistema heliotérmico, a energia proveniente do Sol é transformada em calor,
aquecendo, principalmente, a água de residências, hotéis e clubes. Para que isso seja
possível, são utilizados painéis solares (espelhos, coletores, helióstatos), que refletem a
luz solar, concentrando-a em um único ponto no qual há um receptor.
O receptor é constituído por um líquido, que é aquecido pela luz solar refletida nos
painéis. Esse líquido é responsável pelo armazenamento de calor, aquecendo a água nos
reservatorios e, assim, produzindo vapor. Esse vapor movimenta as turbinas nas
centrais, provocando o acionamento de geradores, que produzem energia elétrica.
Existem 3 formas de funcionamento de um sistema de energia solar fotovoltaico, que
varia pelo tipo de sistema instalado:
 sistema de energia solar conectado à rede (on-grid);
 sistema fotovoltaico isolado ou autônomo (off-grid);
 sistema de energia solar híbrido.
O sistema de energia solar on-grid, ou sistema fotovoltaico conectado à rede, é o
sistema que permanece conectado à rede de distribuição, assim, em momentos em que
não há produção de energia, é possível utilizá-la da distribuidora.
O sistema de energia solar off-grid (sistema isolado ou sistema autônomo) tem como
principal característica o “autossustento”, ou seja, é um sistema não conectado à rede
elétrica, que armazena a energia solar excedente em baterias para ser utilizada quando
não houver produção. É utilizado principalmente para propósitos locais específicos, como,
por exemplo, bombeamento de água, eletrificação de cercas, de postes de luz, etc.

Os sistemas solares híbridos são sistemas de energia híbridos que combinam o sistema
fotovoltaico com outra fonte de energia.

Instrumentos de medição da radiação solar


Heliógrafo – Este instrumento tem por objetivo medir a duração da insolação, ou seja, o
período de tempo em que a radiação solar supera um dado valor de referência. O
comprimento desta região mede o chamado número de horas de brilho de Sol.
Piranômetros – São instrumentos que medem a radiação total, ou seja, a radiação que
vem de todas as direções no hemisfério. Destacam-se os piranômetros fotovoltaicos e
termoelétricos.

Piroheliômetros – É um instrumento utilizado para medir a radiação direta. Ele se


caracteriza por possuir uma pequena abertura de forma a “ver” apenas o disco solar e a
região vizinha, denominada circunsolar.

Actinógrafos – São utilizados para medição


da radiação total ou sua componente difusa .
Consiste essencialmente em um receptor com três tiras metálicas, a central de cor preta
e as laterais brancas. As tiras brancas estão fixadas e a preta está livre em um uma
extremidade, e irão se curvar, quando iluminadas, em conseqüência dos diferentes
coeficientes de dilatação dos metais que as compõem.

Vantagens e desvantagens de energia solar fotovoltaica

A energia solar possui diversos benefícios, tais como longa vida útil, maior economia e
valorização do imóvel. Entretanto, quando falamos desse tipo de geração, é necessário
apontar vantagens e desvantagens da energia solar. Entre as poucas desvantagens,
pode-se encontrar um alto custo de aquisição e a questão da intermitência na produção
de energia.
Conheça as vantagens e desvantagens da energia solar e saiba por que essa fonte de
energia está em constante crescimento.
Vantagens Desvantagens
Reduz a conta de energia eléctrica Investimento inicial alto
Dependência do clima e não gera energia
Baixo custo de manutenção
no período noturno
Não há ruídos e poluição Mudança estética do imóvel
Facilidade de instalação Alto custo de armazenamento de energia
Vida útil longa mais de 95% da economia
Manutenção inexistente considerada uma
fonte limpa e renovável
Energia alternativa ao petróleo
Fonte de energia gratuita
Pode ser utilizada em áreas isoladas da
rede eléctrica

Geração de energia a partir de painéis, placas solares ou fotovoltaico


O esquema de funcionamento do sistema de geração de energia elétrica solar
fotovoltaica baseia-se na utilização de painéis solares que captam a luz solar e por meio
do efeito fotovoltaico, geram energia elétrica, que é convertida pelo inversor solar, de
corrente contínua para alternada, e, então, a eletricidade é distribuída e o controlador ou
regulador de carga das baterias funciona como elo de ligação entre os módulos
fotovoltaicos, o banco de baterias e a carga de consumo. Este controla o armazenamento
de energia das baterias, evitando a sua sobrecarga/sobredescarga. A figura abaixo
mostra como percorre a energia ate ao consumidor.

Componentes principais de um sistema fotovoltaico

Conheceremos agora de forma detalhada cada componete basico de um sistema


fotovotaico apresentados na figura acima, desde a sua constituição, tipos, aspectos
estruturais e entre outros.
Painel solar
É constituído por um conjunto de células fotovoltaicas responsável por converter a
energia luminosa em energia elétrica. Um conjunto de células fotovoltaicas
encapsuladas forma os chamados módulos fotovoltaicos.
Princípio de funcionamento da célula fotovoltaica
De um modo geral as células tradicionais de silício são constituidas de semicondutores
adotados positivo e negativo, formando as conhecidas junções P-N. essas junções,
conforme a figura abaixo são separadas por uma região de depleção que surge devido à
combinação de eletróns e lacunas.
As cargas positivas na camada do tipo “N” e de cargas negativas na camada do tipo “P”
dá origem a um campo eléctrico e, consequentemente, a uma diferença de potencial
(VPN). Esta tensão cria uma barreira impedidndo a circulação de electróns entre os dois
materias.

Uma vez em equilíbrio, só haverá deslocamento de eletrões da camada “N” para camada
“P” quando estes receberem a energia suficiente de um meio externo e no caso das
células essa energia ´w proveniente dos fótons presentes na luz solar, que excita os
eletrons fazendo estes passarem da camada de valencia para a camada de condução.
Assim, por meio de circuito externo, conectando a camada negativa à positiva, surge um
fluxo de eletrões (corrente eléctrica) que se mantem quando a luz incidir na célula. A
figura abaixo mostra esse fenómeno de uma forma mais simplificada.
Estrutura de uma célula de silício
Estas células medem cerca de 100 cm 2 e 200cm2, tal como se pode ver na figura na qual
subdivide as camadas:

Exemplos de célula, módulo e painel fotovoltaico

Principais tipos de células fotovoltaicas


 Célula Fotovoltaica de Silício Cristalizado
 Célula Fotovoltaica de Silício Monocristalino (m-Si)
 Célula Fotovoltaica de Silício Policristalino (p-Si)
 Célula Fotovoltaica de Película Fina (a-Si)
 Célula Fotovoltaica de héterojunção (HjT)
 Célula Fotovoltaica de Película Fina (Thin Film)
 Célula Fotovoltaica de telureto de cádmio (CdTe)
 Célula Fotovoltaica de arseneto de gálio (GaAs)
 Célula Fotovoltaica de seleneto de Cobre Índio e Gálio (CIGS)
 Célula Fotovoltaica orgânica (OPV)
Obs: Investigar cada uma das células e apresentar ao professor.
Com base os diagramas abaixo estão separados as células fotovoltaicas produzidas
atualmente em três classes: células baseadas em silício, células constituídas de
compostos químicos e células elaboradas de outros materiais e também podem ser
distinguidas em primeira, segunda e terceira geração:

Associação de painéis solares em serie


Na conexão em serie, o terminal positivo de um dispositivo fotovoltaico (seja uma
célula ou painéis) é conectado ao terminal negativo do próximo dispositivo, e assim
por diante. Considerando os dispositivos idênticos e submetidos as mesmas
condições de temperatura e irradiância, ao associarmos N dispositivos
fotovoltaicos em serie, as tensões serão somadas enquanto a corrente eléctrica não
será afectada, ou seja:

U  U 1  U 2  U 3  ...  U N
I  I1  I 2  I 3  ...  I N

Associação de painéis solares em paralelo


Na associação em paralelo, os terminais positivos dos dispositivos são
interligados entre si, assim como os terminais negativos. Para as condições
ideais de operação, o resultado dessa associação e exatamente o oposto da
anterior, isto é, a tensão se mantém a mesma ao passo que a correntes se soma:

U  U1  U 2  U 3  ...  U N
I  I1  I 2  I 3  ...  I N
Controlador de carga ou regulador de carga

O controlador de carga é o equipamento responsável por fazer o gerenciamento da


energia produzida pelos painéis solares fotovoltaicos, ficando entre os painéis e as
baterias e são utilizados para controlar a voltagem de entrada nelas.

De modo geral, o controlador de carga protege as baterias. Quando elas estão totalmente
carregadas, por exemplo, os controladores não permitem que o sistema fotovoltaico
continue enviando muita energia para armazenamento, evitando danificar as baterias
através de sobrecargas e prolongando sua vida útil. Se eu não estou usando eletricidade
no momento, as baterias ficam em repouso enquanto os controladores enviam apenas
uma carga mínima de energia gerada pelas placas solares para mantê-las carregadas.

As principais funções atribuídas aos reguladores de carga das baterias são as seguintes:
 Assegurar o carregamento da bateria;
 Evitar a sobrecarga da bateria;
 Bloquear a corrente inversa entre a bateria e o painel;
 Prevenir a ocorrência de descargas profundas (no caso de baterias chumbo –
ácido)

Baterias
 
Este equipamento, também denominado de acumulador de carga, é somente usado para
sistemas isolados/autónomos, pois os valores de consumo diário não coincidem com os
de produção por parte de sistema fotovoltaico. Para se evitar perdas de produção, são
então utilizadas baterias de armazenamento pois são capazes de transformar diretamente
energia elétrica em energia potencial química e posteriormente converter, diretamente, a
energia potencial química em elétrica.

Cada bateria é composta por um conjunto de células eletroquímicas, ligadas em série, de


modo a obter a tensão elétrica desejada.

Para instalação fotovoltaica, são geralmente utilizadas, as baterias de alta profundidade


de carga, as quais apresentam longos tempos de vida útil, em condições de carga e
descarga diária e uma elevada eficiência mesmo para baixas correntes de carga. A sua
maior limitação é o facto de terem de ser operadas dentro de limites bem definidos, uma
vez que são suscetíveis a danos, em determinadas condições tais como sobrecarga e
subcarga, permanecendo durante longos períodos de tempo num baixo estado de carga.
No entanto, caso as suas condições de funcionamento sejam favoráveis, estas poderão
durar até 15 anos em configurações de sistemas autónomos.

As baterias podem ser classificadas em duas categorias, primária e secundária.

As baterias primárias não podem ser recarregadas, ou seja, uma vez esgotados os
reagentes que produzem energia elétrica, devem ser descartadas. As secundárias podem
ser recarregadas através da aplicação de uma corrente elétrica aos seus terminais.

Passaremos então apresentar os vários tipos de bateria recarregáveis actualmente


existentes pois são estas que podem ser utilizados em um sistema fotovoltaico.

a) Baterias de Prata-Zinco (AgZn)

A composição tem por base uma solução de hidróxido de potássio que funciona como
eletrólito, gerando uma reação exotérmica com a libertação de gases. Este tipo de
baterias apresenta uma densidade de energia (75 Wh/kg) considerável e uma elevada
fiabilidade, o que faz com o que o custo seja necessariamente elevado. Não são muito
atrativas do ponto de vista comercial pelo seu preço, mas também por apresentarem uma
composição com base em materiais bastantes perigosos. São utilizadas na sua grande
maioria na indústria militar e aeroespacial.

b) Baterias de Iões de Lítio (Li- ion)

Apresentam a disponibilidade de picos de densidade de energia, bastante elevados (> 100


Wh/Kg) e uma eficiência mais elevada do que a das baterias à base de chumbo ou níquel.
Contudo, o seu tempo de vida útil é menor, sendo por isso utlizadas em aparelhos eletrónicos
de menor dimensão, tais como telemóveis e computadores portáteis. Para além disso,
necessitam de um controle de carga preciso, devido à baixa tolerância à sobrecarga. Durante a
descarga, se a tensão da célula descer abaixo dos 2,5 V, a bateria pode ficar permanentemente
danificada. O custo destas baterias é inferior às de AgZn, mas mesmo assim elevado.

c) Baterias de Níquel-Cádmio (NiCd)

São compostas por um ânodo metálico de cádmio, um cátodo de óxido de níquel e um


eletrólito de hidróxido de potássio. Apresentam uma densidade de energia (50Wh/Kg)
maior que a de chumbo ácido, bem como uma vida útil maior. A sua longa durabilidade
está associada ao material utilizado, no fabrico das placas aço sólido relativamente
imune aos agentes químicos onde estão imersas, mantendo inalterada a integridade
mecânica e a condutividade elétrica da célula. São habitualmente utilizadas em
aparelhos domésticos.

Possuem também uma menor suscetibilidade à variação de temperatura, quando


comparadas com as baterias de chumbo ácido.

A grande desvantagem destas baterias é a diminuição da capacidade de recarga ao longo


da sua vida útil, sendo necessário utilizar controladores de carga dispendiosos. Para
além de serem afetadas pelo “efeito memória”, os seus impactos a nível ambiental
podem ser consideráveis, uma vez que têm na sua composição cádmio, um metal
altamente tóxico.

d) Baterias Níquel-Metal Hidreto (NiMH)

São consideradas com uma extensão da tecnologia da bateria de NiCd mas em vez de
utilizarem como ânodo o cádmio, utilizam um hidreto metálico. Não apresentam um
“efeito memória”, mas exigem elevados custos. Apresentam também como
desvantagem, uma baixa capacidade de fornecer picos de corrente e têm um risco
elevado de ficar inutilizável, devido a sobrecargas e a uma taxa de auto descarga,
relativamente elevado.

e) Baterias de Chumbo Ácido (Pb-Ácido)

As baterias de chumbo ácido são fabricadas da mesma forma há várias décadas pelo
que é uma tecnologia bem dominada. Apresentam uma elevada fiabilidade,
disponibilidade e vida útil justificando o sucesso desta tecnologia em várias áreas de
aplicação. Apresentam também um elevado rendimento na ordem dos 85%. Os
inconvenientes são a sua baixa densidade de energia (35 Wh/Kg) e o volume de
ocupação, assim como o seu peso considerável.

O tipo de baterias usuais para uma instalação fotovoltaica são as de Chumbo Ácido pelo que,
serão um pouco mais aprofundadas. São compostas por placas positivas de dióxido de
chumbo, placas negativas de chumbo e pelo eletrólito-ácido sulfúrico. A equação seguinte
representa o processo de carga/descarga destas baterias.

Pb (s) + PbO2 (s) + 2H2SO4 (aq) ⇄ 2PbSO4 (s) + 2H2O

Durante o processo de descarga (sentido esquerda-direita da equação) há a formação de


sulfato de chumbo e água. Em sentido inverso dá-se o processo de carga onde por vezes
podem ocorrer sobrecargas, que podem dar origem à formação de hidrogênio e oxigénio
no estado gasoso, levando consequentemente à perda de água. A atual tecnologia
permite a construção de separadores que convertem estes gases em água.

Inversores

O inversor solar é o equipamento usado para converter a energia gerada pelos painéis
solares de corrente contínua (CC) em corrente alternada (CA), possibilitando o uso da
energia elétrica gerada pela energia solar fotovoltaica. Estes são instalados perto do
quadro, em um local obrigado do sol, do calor e da água.

Os diferentes tipos inversores que podemos encontrar disponíveis no mercado são on-
grid, off-grid e híbridos.

Inversor solar on-grid - Este é o equipamento mais utilizado no mundo. Grid-


tie, em português, significa conectado à rede. O aparelho grid-tie é aquele
inversor usado para conectar um sistema fotovoltaico sem baterias na rede da
sua residência ou empresa. Estes inversores são projetados para desligar rapidamente da
rede elétrica, caso ela caia.

Inversor solar off-grid - Off-grid, em português, quer dizer “fora da rede” ou


“desconectado da rede”. Esses equipamentos foram
produzidos para sistemas fotovoltaicos que funcionam
independentemente da rede elétrica. Por exemplo: postes de
iluminação solar, sistemas de rádio transmissão, telefones de
emergência em rodovias, entre outros. Isto é: são usados em
sistemas que usam baterias e normalmente em regiões
isoladas, onde não há acesso à rede elétrica.

Inversor híbrido - Este equipamento, como o nome já diz, é uma mistura de


sistema conectado à rede com um sistema desconectado da rede. Enquanto há
energia disponível na rede, o sistema permanece conectado na rede e ao mesmo
tempo carrega um banco de baterias. Quando há uma falta de energia na rede, o
sistema se desconecta e trabalha com as as baterias. Mantendo toda ou apenas
parte das cargas do imóvel abastecidas por baterias mais energia solar por um
tempo determinado.

Para a utilização de aparelhos que funcionam com corrente alternada (CA) é necessário
um conversor que transforme a corrente contínua com tensões entre 12 V e 48 V, em
corrente alternada com tensões de 127 V ou 240 V. Essa é a função dos Inversores
Autônomos, utilizados em sistema fotovoltaicos isolados.

Outros equipamentos

Para além de todos os equipamentos referidos, existem ainda um conjunto equipamentos


que são essenciais destacar.

a) Condutores de ligação

Obviamente são importantes evidenciar todos os condutores de ligação estabelecidos ao


longo do sistema permitem que este funcione e produza energia de forma eficiente.
Todo o sistema de cablagem deve estar de acordo com os requisitos. Não se irá
identificar toda a cablagem necessária, mas sim as mais importantes, são elas as
seguintes:

 Cabos de módulo ou de fileira: condutores que estabelecem a ligação elétrica


entre os módulos individuais de um gerador solar e a caixa junção desse gerador.
 Cabo principal: estabelece a ligação entre a caixa de junção do gerador e o
inversor.
 Cabo de ligação de CA: liga o inversor à rede receptora, através do equipamento
de proteção.
b) Sistema de protecção

Sabendo dos danos que uma descarga de BT ou MT pode trazer para o homem, sendo
que alguns dos casos podem ser irreversíveis ou mesmo fatais, considera-se também da
máxima importância evidenciar de uma forma sumária alguns sistemas de proteção
requeridos.

 Interruptor principal: na eventualidade de ocorrência de defeitos, ou para


realização de trabalhos de manutenção/reparação é necessário isolar o inversor
do gerador fotovoltaico, utilizando o interruptor principal.
 Disjuntores: os disjuntores são aparelhos de proteção contra intensidades, que
podem voltar a ser rearmados depois de dispararem. Isolam automaticamente o
sistema fotovoltaico da rede elétrica, caso ocorra uma sobrecarga ou curto-
circuito e são frequentemente utilizados como interruptores CA.
 Os disjuntores diferenciais: são aparelhos de proteção sensíveis à corrente
residual diferencial. Estes dispositivos “observam” a corrente que flui nos
condutores de ida e de retorno do circuito elétrico.

c) Postos de transformação

Para transportar a energia da rede pública para vários pontos distantes entre si, utilizam-
se Postos de Transformação (PT). Os postos fazem a conversão da energia elétrica de
MT (Media Tensão) para BT (Baixa Tensão), quando proveniente das redes pública,
alimentando a rede de distribuição de baixa tensão.

Para o caso da energia proveniente dos módulos solares, a conversão dá-se inicialmente
em sentido oposto, ou seja, de BT para MT de modo a evitar as perdas ao longo do
transporte. A energia irá percorrer o circuito até entrar num novo PT, onde irá converter
a energia de MT para BT e assim abastecer os polos de acordo com a sua necessidade.

Os PTs podem ser do tipo aéreo caso estejam ligados à rede aérea de média tensão ou
em cabine caso a instalação do equipamento seja dentro de uma cabine.

A sua constituição é composta por três equipamentos:


 Equipamento de interrupção/seccionamento e proteção;
 Um ou mais transformadores responsáveis pela transformação de MT em BT ou
de BT em MT;
 Quadro geral de baixa tensão, de onde se desenvolvem os diversos
alimentadores da rede de baixa tensão.
Como em todas as aplicações respeitantes ao uso de tensões elevadas, a construção de
PTs obedece a elevados padrões de segurança. Para além das restrições de acesso dentro
e fora dos postos, a corrente é controlada através de quadros de disjuntores e o bom
funcionamento dos postos é observado por técnicos especializados.

CAPITULO III – SISTEMA SOLAR

Neste capitulo iremos abordar os cálculos necessários para se determinar

Por que a sobretensão das baterias deve ser


controlada?

Essa sobretensão tem duas desvantagens:

 Por um lado, uma pequena parte da energia máxima teórica que


o  painel fotovoltaico pode fornecer (10%) é perdida, o que seria obtido se
trabalhasse com tensões ligeiramente superiores às impostas pela
bateria.
 Por outro lado, quando a bateria atingir o estado de carga total,
ela não atingirá o potencial máximo que o painel solar pode dar em
teoria, e o painel solar continuará tentando injetar energia nos
terminais da bateria, o que produzirá uma sobrecarga que prejudicará
o bateria que pode danificá-lo.
O último pode ser resolvido de maneira inconveniente, manualmente:
desconectando a bateria quando a carga total é detectada, mas
obviamente não é o método mais confiável ou prático.
Dimensionamento do Painel Solar

A escolha do painel solar é feita através de sua capacidade de geração em Ah.

Com o valor da potência exigida em Watts por dia, divida o valor pela tensão do sistema
(ex.:12 ou 24 V) e obterá a corrente/dia necessária:
A = W / 12 ou 24

O resultado deve ser novamente dividido pelo tempo médio de insolação. Com o valor
em Ah encontrado, escolha o painel que se iguala ou supera este valor na tabela de
painéis. Para 24V deve-se levar em conta que terá no mínimo 2 painéis solares do
mesmo modelo interligados em série.

Dimensionamento do Controlador de Carga

O controlador de carga é definido pela tensão de trabalho dos módulos e corrente. A sua
capacidade deve superar a corrente total dos painéis a serem conectados.

Caso a corrente supere o valor do controlador, deve ser considerada a possibilidade de


dividir a instalação por mais controladores e baterias. Sistemas mais complexos é
recomendável a consulta a profissionais com experiência na área.

Dimensionamento das Baterias

Sistemas solares podem ser instalados com baterias comuns automóveis, apesar de não
recomendado. Se esta for sua escolha, tome alguns cuidados, tais como:

Trabalhe com baterias seladas e aplique o valor de consumo diário de corrente (Ah)
vezes (x) 5 (cinco). Não é recomendável que as baterias trabalhem com menos de 50%
de sua carga e quando há este risco o número de baterias deve ser aumentado.

Baterias fabricadas para descarga profunda possuem melhor rendimento podendo


trabalhar com até 90% de sua capacidade e sua vida útil é muito maior que as
convencionais. Aplicar o valor de consumo diário de corrente x 3 (três).
Procure sempre combinar baterias da mesma marca e capacidade.

Dimensionamento do Inversor

Inversores são utilizados para energizar equipamentos em corrente alternada. Procure


saber qual a condição de onda os equipamentos podem ser ligados. Estes equipamentos
possuem um fator de eficiência ou potência (FP) que é dado em proporção à perda do
próprio circuito.

Calcule o consumo em Wh e compare com a capacidade REAL do inversor


(Capacidade em W x FP). O inversor deve ter capacidade superior ao consumo.

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