Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Motores a Pistão
Modelo Termodinâmico para Cálculo de
Desempenho de Motores a Pistão
Quatro Tempos de Ciclo Otto
válvula de válvula de
escapamento admissão
TEMPO
1 → admissão
2 → compressão
3 → combustão
4 → escapamento
7 5
1 6
2
VD
VPMS VPMI
Volume do cilindro (m3)
Desempenho de Motores a Pistão
→ Para um motor a pistão, com volume total deslocado (VD) conhecido e operando com dada
razão de compressão (RC), é possível determinar o volume dentro do cilindro nas condições de
pistão no ponto morto superior (VPMS) e no ponto morto inferior (VPMI);
VPMI VL + VD V
RC = = = 1+ D
VPMS VL VL
VD
VL = VPMS =
RC − 1
VD = VPMI − VPMS
VPMS = V1 = V3 = V4 = V7
3 VPMI = V2 = V5 = V6
7 5
1 6
2
VD
VPMS VPMI
Volume do cilindro (m3)
Desempenho de Motores a Pistão
Cálculo de Volumes em
Motor a Pistão
Aeronáutico
Embraer EMB-711 Corisco • 1 Motor a Pistão Lycoming IO-360-C1C
• motor quatro tempos, quatro cilindros, sem
transmissão
• configuração de cilindros opostos horizontalmente
• volume total deslocado de 5,9L (360in3), razão de
compressão 8,7:1
• potência máxima contínua de 200bhp a 2700rpm
(ISA-SL+15oC)
Desempenho de Motores a Pistão
VD
VL = VPMS =
RC − 1
VD = VPMI − VPMS
VPMI = VD + VPMS
Desempenho de Motores a Pistão
P1 T1
pR = razão de pressão do tR = razão de temperatura
P0 processo do compressor T0 do compressor
P2 T2
pD = razão de pressão do tD = razão de temperatura do
P1 processo de admissão T1 processo de admissão
P3 T3
pC = razão de pressão do tC = razão de temperatura do
P2 processo de compressão T2 processo de compressão
Desempenho de Motores a Pistão
P4 T4
pB = razão de pressão do tB = razão de temperatura do
P3 processo de combustão T3 processo de combustão
P5 T5
pE = razão de pressão do tE = razão de temperatura do
P4 processo de expansão T4 processo de expansão
P7 T7
p ESC = razão de pressão do t ESC = razão de temperatura do
P6 processo de escapamento T6 processo de escapamento
Desempenho de Motores a Pistão
→ Considerando uma mistura combustível formada por gasolina (aproximada pelo composto
químico octano) e ar atmosférico (aproximado por uma mistura perfeita de oxigênio e
nitrogênio), tem-se o balanço de massa para a condição estequiométrica:
mar
AFR = = 15,05
mF
1
f = = 0,0664
AFR
Desempenho de Motores a Pistão
→ No compressor de ar, a razão de temperatura do ar, denotada por tR, será função da razão
de pressão e da eficiência politrópica, denotada por eR: (eR = 85%)
−1
P1 eR T1
t R = =
P0 T0
PROCESSOS FÍSICOS NO CICLO OTTO REAL
Desempenho de Motores a Pistão
PRESSÃO DIMINUI P2 P1
V2 V1
Pressão total do cilindro (kPa)
VOLUME AUMENTA
TEMPERATURA CONSTANTE T2 = T1
1 → 2: ADMISSÃO
TEMPO 1
TEMPO
P1
1
2
P2 VD
VD = V2 − V1
V1 V2
Volume do cilindro (m3)
Desempenho de Motores a Pistão
→ Para um motor real pode-se aproximar o processo de admissão por um processo com perda
de pressão, a fim de considerar o efeito da redução de pressão causada pela(s) válvula(s) de
admissão:
P2
pD = 1
P1
→ Para um motor real pode-se aproximar o processo de admissão por um processo isotérmico, ou
seja, sem mudança significativa de temperatura:
T2
tD = =1
T1
Parâmetros Termodinâmicos de Motores a Pistão Aeronáuticos
Desempenho de Motores a Pistão
tipo de motor a pistão pD pESC eC eE hB hM
→ A massa de ar admitida pelo motor (mar) a cada ciclo de funcionamento depende do volume
total deslocado pelos cilindros e da massa específica ao final da admissão, expressa
matematicamente por:
P0 π R π D
mar = VD
R T0 t R τ D
P2 + P1
Wintake = VD
2
PROCESSOS FÍSICOS NO CICLO OTTO REAL
Desempenho de Motores a Pistão
PRESSÃO AUMENTA P3 P2
Pressão total do cilindro (kPa)
VOLUME DIMINUI V3 V2
TEMPERATURA AUMENTA T3 T2
2 → 3: COMPRESSÃO TEMPO
TEMPO 2
P3
P2 2
V2 VPMI
RC = =
V3 VPMS
V3 V2
Volume do cilindro (m3)
Desempenho de Motores a Pistão
P3
p C = = RC
P2
→ Para um motor real com processo de compressão não-adiabático, ou seja, motor no qual
ocorrem perdas térmicas, a razão de temperatura na compressão é calculada através da razão
de compressão e da eficiência politrópica de compressão:
-1
T3
τC = = RC eC eC = tabela
T2
V4 = V3
Pressão total do cilindro (kPa)
VOLUME CONSTANTE
3 Q4 TEMPERATURA AUMENTA T4 T3
3 → 4: COMBUSTÃO TEMPO
3 TEMPO 3
P3
→ Para um motor de combustão interna real, a energia total liberada pela combustão
corresponde ao calor de combustão denotado por 3Q4, o qual corresponde a uma parcela da
energia introduzida através do combustível (QIN) dado em função da eficiência de combustão
(hB):
3 Q4 = h B mF ΔH F
U = 3 Q4
mar cv (T4 − T3 ) = h B mF ΔH F
mF
cv (T4 − T3 ) = h B ΔH F = h B f ΔH F
mar
T4
cv T3 ( − 1) = h B f ΔH F
T3
Desempenho de Motores a Pistão
T4 hB f ΔH F
t B = = 1+
T3 cv T3
→ A partir da definição do ciclo Otto ideal, considerando que o processo de combustão no cilindro
ocorra de forma instantânea e isocórica, ou seja, a volume constante:
P4 T4
πB = =
P3 T3
PROCESSOS FÍSICOS NO CICLO OTTO REAL
Desempenho de Motores
4 a Pistão
P4 PRESSÃO DIMINUI P5 P4
V5 V4
Pressão total do cilindro (kPa)
VOLUME AUMENTA
TEMPERATURA DIMINUI T5 T4
4 → 5: EXPANSÃO
TEMPO
TEMPO 3
5
P5
V5 VPMI
RC = =
V4 VPMS
V4 V5
Volume do cilindro (m3)
Desempenho de Motores a Pistão
P5 V4 1
p E = = =
P4 V5 RC
→ Para um motor real com processo de expansão não-adiabático, ou seja, motor no qual
ocorrem perdas térmicas, a razão de temperatura na expansão é calculada através da
razão de compressão e da eficiência politrópica de expansão:
( -1) eE
( -1) eE
T5 P5
1
τE = = = eE = tabela
T4 P4 RC
V6 = V5
Pressão total do cilindro (kPa)
VOLUME CONSTANTE
TEMPERATURA DIMINUI T6 T5
5 → 6: EXAUSTÃO DE PRESSÃO
(BLOW-DOWN) TEMPO 4
TEMPO
P5
5
6
P6
V5 = V6
Volume do cilindro (m3)
Desempenho de Motores a Pistão
→ Para um motor real com restrição física na saída do motor, considerando o trabalho
realizado para o acionamento do turbocompressor, a razão de pressão de blow-down é
expressa :
WR WR = mar cP (T1 − T0 )
P6 = P0 +
VD
→ Para um motor real sem restrição física na saída do motor o processo de blow-down
corresponde a um processo isocórico, a volume constante:
T6 P6
τ BO = =
T5 P5
PROCESSOS FÍSICOS NO CICLO OTTO REAL
Desempenho de Motores a Pistão
PRESSÃO AUMENTA P7 P6
Pressão total do cilindro (kPa)
VOLUME DIMINUI V7 V6
TEMPERATURA CONSTANTE T7 = T6
6 → 7: ESCAPAMENTO
TEMPO
TEMPO 4
P7 7
6
P6
VD = V6 − V7
V7 V6
Volume do cilindro (m3)
Desempenho de Motores a Pistão
→ Para um motor real pode-se aproximar o processo de escapamento por um processo com
aumento de pressão, a fim de considerar o efeito de aumento de pressão causado pela(s)
válvula(s) de escapamento:
P7
p ESC = = tabela
P6
T7
τ ESC = =1
T6
Parâmetros Termodinâmicos de Motores a Pistão Aeronáuticos
Desempenho de Motores a Pistão
tipo de motor a pistão pD pESC eC eE hB hM
P7 + P6
Wexhaust = VD
2
TEMPERATURA DIMINUI T1 T5
5 → 1: EXAUSTÃO DE
PRESSÃO E ESCAPAMENTO
TEMPO
TEMPO 4
P5
5
P1 1 5Q1
V1 V5
Volume do cilindro (m3)
Desempenho de Motores a Pistão
→ Para um motor de combustão interna real, a energia total rejeitada no cilindro 5Q1 esta
associada a variação de energia interna no processo de exaustão de pressão e escapamento,
podendo ser aproximada pelo calor rejeitado em um processo a volume constante:
5 Q1 = mar cv (T1 − T5 )
→ O trabalho útil no ciclo do motor, denotado por WUTIL, corresponde a quantidade de energia
útil que será disponibilizada para movimentação do pistão a cada ciclo de funcionamento do
motor;
→ Essa quantidade de energia útil é calculada com base no balanço entre a energia introduzida
no cilindro (3Q4), a energia rejeitada no cilindro (5Q1) e os trabalhos de bombeamento da
mistura ar-combustível;
→ Em termos práticos, para um motor ideal sem perdas de pressão na admissão e sem
aumento de pressão no escapamento o trabalho de bombeamento será nulo;
Desempenho de Motores a Pistão
WR = mar cP (T1 − T0 )
→ Considerando que não exista perda de energia entre a turbina e o compressor, a energia
gerada pela turbina é igual a energia de acionamento do compressor (notação de trabalho
com mudança de sinal):
WT = − WR = − mar cP (T1 − T0 )
Desempenho de Motores a Pistão
WUTIL = 3 Q4 + 5 Q1 − Wpump + WT
→ A eficiência térmica é definida pela eficiência térmica do ciclo termodinâmico, denotada por hT,
que é a razão entre o trabalho útil no ciclo e a energia introduzida no ciclo;
WUTIL
hT =
m AR f ΔH F
Desempenho de Motores a Pistão
→ A vazão mássica de ar que atravessa o motor a cada ciclo, denotada por ṁ, definida pela
massa de ar admitida (mar), pela rotação do motor (N) e pelo número de rotações do motor a
cada ciclo (nR) é expressa por:
mar N
m ar = ( )
nR 60
m F = f m ar
Desempenho de Motores a Pistão
→ A potência teórica (cep) corresponde a taxa de energia liberada pela combustão completa
do combustível (máxima liberação de energia) dada pela vazão mássica de combustível do
poder calorífico:
cep = m
F ΔH F
→ A potência indicada (gep) corresponde a taxa de trabalho útil no motor, calculada pelo
produto entre a potência teórica e a eficiência térmica:
gep = hT cep
Desempenho de Motores a Pistão
1 WUTIL
Q=
2p nR
→ Dessa forma, a potência indicada (gep) pode ser determinada ainda através do torque indicado
do motor e da quantidade de trabalho útil no ciclo:
Desempenho de Motores a Pistão
m F
SFC =
sep
m F m F m F
SFC = = =
sep h S bep h S h M gep
Desempenho de Motores a Pistão
● hT eficiência térmica;