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07 Revista072016
07 Revista072016
www.mataverde.org
Estimados leitores,
Umbanda
Este número sofreu um atraso devido as várias
atividades desenvolvidas aqui no Núcleo Mata Verde.
Até o final deste ano vamos ter muitos compromissos
e infelizmente não teremos como manter a Uma publicação do Núcleo Mata Verde
periodicidade da revista. Editor Responsável
Em função disso passaremos a publicar a revista Manoel Lopes
bimestralmente.
As revistas serão publicadas nos meses de AGOSTO,
OUTUBRO E DEZEMBRO.
Iremos divulgar todas as atividades do Núcleo Mata Luiz Eduardo
Verde aqui na revista e continuaremos publicando os Marcos Paulo
Leandro Perez
cursos e demais artigos regulares. Gilberto Pinheiro
Walkyria Cozzi Coimbra
Mônica Duran
Saravá Umbanda!
São Vicente, 2 de Agosto de 2016
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a meditação em seus altares pessoais. Entre os transmutar as energias dos ambientes e das
hindus, incenso acompanha praticamente todas pessoas. São, por excelência, purificadores e
empregar o uso de incenso em seus rituais nos indivíduos onde são usados. Perfumam os
e criar uma atmosfera conducente à magia e a estagnada e/ou negativa, não havendo
Os incensos são encontrados em diversas que estão no ar, que se grudam no duplo etérico
formas: em pastilhas, palitos, pó, etc. causando altas densidades, influenciam todo o
sistema aurico e podem causar bloqueios. Pois
Todo incenso deve ser usado com cautela,
estas pessoas todas se dirigem ao terreiro.
nunca em demasia. O incenso deve ser sempre
dirigido a alguma causa, pois mantém um poder Essa concentração de pessoas, que leva consigo,
grande de evocação espiritual e astral e não toda a carga, forma um grupo com variados
deve ser usado tão somente para perfumar problemas, pois essas formas-pensamentos que
ambientes ou sem causa porque sempre estaria acompanham seus criadores, adentram o centro
vibração que provoca e que está quieta em seu A defumação tem a função de desagregar essas
lugar. cargas negativas. A preparação para as ervas a
toda espécie e dos dois planos, negativo e especial, serem colhidas na lua certa, queimadas
positivo, tem força de ritual e de alimento em vaso de barro (neutro). A fumaça não pode
também, tem força de rejeição ou de atração irritar as pessoas, a função é além da fumaça leve
dependendo do patamar alcançado e da que deve estar acima da cabeça das pessoas
situação especial de quem as acende. agindo com leveza sem poluir o ambiente, é
principalmente pela sua função aromática.
O uso inadvertido ou pouco conhecido de
determinados instrumentos destinados, regra Uma boa defumação, por exemplo, pode ser
geral a rituais, consagrações e outros tantos feita com cravo, canela em pau, erva-doce,
nas consagrações, o incenso que deve minutos de defumação todo o poder energético
lares e os locais de trabalho podem ser alvos de DEFUMA COM ARRUDA E GUINÉ ALECRIM,
espíritos atrasados, que penetram nesses BEIJOIM E ALFAZEMA
ambientes e espalham fluídos negativos. A
VAMOS DEFUMAR FILHOS DE FÉ (BIS)
defumação serve para afastar seres do baixo
CORRE GIRA PAI OGUM FILHOS QUEREM SE NOSSA SENHORA INCENSOU A JESUS CRISTO
DEFUMAR JESUS CRISTO INCENSOU OS FILHOS SEUS
EU DEFUMO, EU DEFUMO
Dentro do estudo dos incensos, é importante conhecer as suas propriedades por tipo de aroma
correspondente, a fim de utilizá-los corretamente. A seguir, uma lista de alguns tipos de incenso e
suas propriedades:
aumenta a proteção;
7. <http://umbandadejesus.blogspot.com.br/2011/01/incenso-dos-orixas.html>;
Nas diversas religiões existentes e que já existiram desde a antiguidade, encontramos o
cântico, a louvação como forma de expressão do amor a Deus, e na Umbanda, não poderia ser
diferente, onde existem os pontos cantados, que possuem diversas atribuições, como passaremos a
explicar.
Em primeiro lugar, os pontos cantados são a forma pela qual saudamos os Orixás, Entidades
e Guias da Umbanda, o ponto representa uma oração, um pedido que fazemos para que nossos
protetores estejam sempre olhando por nós, abençoando-nos e nos livrando dos males.
Como a maioria das religiões, há uma liturgia, na qual a música tem fundamental
importância. Assim, a Umbanda usa os seus pontos cantados, dos quais, entretanto não se deve
abusar, pois eles representam as forças falangistas que se aproximam dos terreiros ou centros, para
os trabalhos, sejam de magia, de descarrego ou de desenvolvimento de médiuns.
Mas preste bem atenção: nunca deturpe os pontos com excesso de cantos, muitas vezes
impróprios para o momento. Um ponto mal cantado ou “tirado”, fora do seu âmbito, não produzirá
o efeito desejado, prejudicando a aproximação das falanges e até mesmo perturbando o ambiente,
pois essas falanges não estão sendo chamadas como deveriam ser.
Cante sempre os seus pontos em harmonia, sem exageros, com cadência própria, porque a
harmonia dos sons é uma das partes mais importantes da magia e dela depende, dentro da
Umbanda, a vinda dos guias e protetores espirituais, para darem a luz necessária, na verdadeira
construção dos trabalhos que se processarão dentro dos rituais, impostos pelas preces em forma de
canto, que formam uma das maiores forças mágicas da Umbanda.
Em resumo, nós umbandistas, utilizamos os pontos cantados para entrarmos em sintonia com
as forças do astral. Em outras palavras, através dos pontos cantados, conseguimos buscar as forças
espirituais das entidades, para atuarem diretamente sobre os trabalhos que estão sendo realizados.
Na Umbanda, um dos mais importantes fundamentos é o Ponto Cantado. Eles são muito mais
que cantigas de Umbanda, são cantigas em louvor aos Orixás e as linhas das Entidades
trabalhadoras. O Ponto Cantado é um dos fundamentos mais importantes para a harmonização e
eficácia dos trabalhos dentro de um Templo Umbandista.
Vamos novamente, resgatar a história. Antigamente, o homem materialista mais ligado aos
aspectos físicos, buscou entender a verdadeira finalidade de sua existência, como já vimos em textos
anteriores. Em virtude da necessidade de se religar com o Criador, buscou diferentes formas de
contato. Uma das formas encontrada para a reaproximação com o Divino foi através da música,
onde se exprimiam o respeito, a obediência e o amor ao Pai Maior. Desta forma, os cânticos foram
incluídos nos rituais, sendo comum a todas as religiões, onde cada uma delas, com suas
características próprias, exteriorizavam sua adoração, devoção e servidão aos desígnios do Plano
Astral Superior. Assim, temos os Pontos Cantados na Umbanda, os mantras indianos, os Cantos
Gregorianos da Igreja Católica, ou os Cantos de Louvor ao Deus dos Protestantes.
O Ponto Cantado é uma prece, ou invocação das diferentes Falanges para as atividades
ritualísticas no Centro de Umbanda. A harmonia dos sons é muito importante, pois gera uma
vibração que facilita a vinda das Entidades de Luz, necessárias para os trabalhos, sendo uma
verdadeira força mágica na Umbanda.
Na verdade, os Pontos Cantados são verdadeiros mantras, preces, rogativas, que dinamizam
forças da natureza e nos fazem entrar em contato íntimo com as Potências Espirituais que nos
regem. Existe toda uma magia e ciência por trás dos Pontos Cantados que, se entoadas com
conhecimento, amor, fé e racionalidade, provocam, através das ondas sonoras, a atração, coesão,
harmonização e dinamização de forças astrais sempre presentes em nossas vidas.
Por isso, são frequentes as utilizações dos elementos que estas entidades utilizam em seus
trabalhos, que os fortalecem, como por exemplo, o fogo, a água, a terra, o ar, dependendo da Linha
que identifica a entidade: Xangô - a pedreira, ou machado; Oxóssi – a mata, as flechas, as folhas;
Iemanjá – o mar, as ondas, e assim por diante.
A Umbanda mais tradicional, ou aquela iniciada com o Caboclo das Sete Encruzilhadas, traz
os pontos cantados acompanhados pelo som das palmas dos médiuns e assistentes das giras, sendo
que com o tempo, os atabaques foram introduzidos na percussão associando o ritmo com os toques
das nações de Angola, Ketu, Jejê ou Nagô; mas mesmo que tenha havido essa fusão de ritmos, tal
fato não desmerece aquele terreiro que usa o atabaque ou o que segue somente com as palmas o
acompanhamento dos pontos cantados.
O atabaque é um instrumento que possui grande respeito na Umbanda, pois é através do seu
toque correto que chamamos os espíritos atuantes na Umbanda, representantes da força dos Orixás
e de Zambi. Tem sua origem nos tambores das festas das tribos indígenas e das aldeias africanas,
quando se louvavam os deuses e orixás.
O som produzido pelos atabaques representam verdadeiros códigos de chamada das
entidades e guias, são como um acesso ao plano espiritual, onde chegam, formando um elo
energético entre a falange e a gira do terreiro onde se chama por ela, em seus trabalhos.
Os atabaques são de três tipos diferentes: Rum, Rumpi e Lê. O Rum é o atabaque maior, o
Rumpi, o segundo atabaque maior, que deve responder ao Rum, e o Lê o terceiro atabaque utilizado
pelos ogãs principiantes ou em aprendizado.
Os pontos cantados são de fundamental importância para estabelecer o padrão vibratório
dos terreiros durante as giras, devendo ser realizados com responsabilidade e respeito, tanto pelos
Ogãs, quanto pelos demais integrantes do corpo mediúnico, já que sua força é tanta que responde
pela firmeza da casa espiritual. Muito se ouve dizer que pontos cantados com firmeza e
responsabilidade são responsáveis por manter um terreiro, ou por outro lado, podem destruí-lo.
Para entoar as melodias dos pontos cantados, são formadas as curimbas nos terreiros de
Umbanda. A curimba geralmente é composta de: Ogãs Curimbeiros (somente canto), Ogãs
Atabaqueiros (somente percussão) e Ogãs Curimbeiros e Atabaqueiros (canta e toca percussão).
A curimba de um terreiro exerce uma função de suma importância e, em razão disso, deve
desenvolver um trabalho altamente sério e bem intencionado, pois todo o andamento dos trabalhos
(gira) é ligado diretamente a curimba.
Vale também lembrar, que a palavra “Ogã”, é de origem Yorubá, que significa em nossa
língua “Senhor da minha casa”. Portanto, a curimba deve ser encarada como uma função de grande
honra e importância, para quem dela participa diretamente.
É obrigação de todo Ogã, conhecer os diversos ritmos dos pontos e o momento certo de
cantá-los. Devem, também, saber o nome de todas as entidades espirituais que trabalham em seu
terreiro, saber distinguir rapidamente uma entidade de outra, e saber sempre, na ponta da língua,
todas as saudações destinadas aos guias, protetores e orixás, da nossa querida Umbanda.
É muito importante, que o ponto seja cantado de forma correta. Devemos analisar a letra e a
melodia, e cantar com muito respeito e emoção, sem gritaria e sem brincadeiras. Afinal, o ponto é
uma prece, portanto, vamos cantar com muito amor e devoção.
Quando falamos em virar a gira, estamos dizendo que, é através do chamado dos ogãs, que
as entidades positivas ou negativas atuam diretamente sobre os rituais que estão sendo realizados.
Devemos tocar os instrumentos ritualísticos e não bater de forma desordenada. Deve existir
uma harmonia, uma simetria, uma afinação entre os instrumentos de couro, os instrumentos de
metal e a voz humana, dentro da curimba.
As palmas, também estão incorporadas nos rituais umbandistas, pois também é uma forma
de comunicação com o plano astral, pois através delas, podemos expressar nossas emoções e a
satisfação em ver uma entidade espiritual em terra.
Os pontos cantados são divididos conforme suas caraterísticas, pois cada tipo de ponto serve
para um determinado fim.
Por trás de todo ponto cantado existe a magia, a “mironga” da entidade que o trouxe. É por
isso de fundamental importância que as “curimbas” sejam louvadas com concentração, fé, amor e
sintonia para que as ondas sonoras produzidas sejam capazes de evocar a entidade, falange ou
linha espiritual que se requisita no terreiro, e que o responsável pela curimba tenha conhecimento
do fundamento esotérico (oculto) da canção.
· : são aqueles ditados pelas entidades, que os trazem dos Planos Superiores
onde habitam, fazendo dele sua chamada particular ou da falange que integra. Ativam uma
linguagem espiritual referente aos sons que o ponto emite, estabelecendo uma conexão
vibratória entre o plano físico e o plano espiritual. Tais pontos jamais podem ser modificados,
pois se constituem em termos harmoniosa e metricamente organizados, ou seja, com
palavras colocadas em correlação exata, que fazem abrir determinados canais de interação
físico-astral, direcionando forças para os mais diversos fins (sempre positivos).
Ressaltando ainda que, a linha feminina de Exu, são as . Não são prostitutas e
dançarinas de cabarés! Elas podem até terem sido, mas há de se enxergar que, se em vida regressa
pela Terra, alguém teve uma vida leviana, ao desencarnar ganhou conhecimento, Luz, percepção,
estando a partir de certo momento condicionado a missão de corrigir seus erros trabalhando a
serviço da Luz e de Deus. Portanto, o ser desencarnado e com Luz, já se desprendeu das amarras
terrenas, evoluiu! Nada tem a ver com os absurdos e devaneios encontrados em alguns lugares, se
intitulando como “trabalhadores de Umbanda”...
A Lei do Amor não é promiscuidade! Sensualidade, feminilidade, paixão, não é vulgaridade!
Podem ser de qualquer outra coisa, menos de UMBANDA!
trabalham dentro do sentimentalismo, do amor puro, da boa educação, e de
firmes propósitos. E tanto Exu, quanto Pombas-Gira, ou qualquer outra entidade de Umbanda,
trabalha acima de tudo respeitando o livre-arbítrio de cada um, e das leis de Deus.
Trabalhos de amarração no amor, trabalhos para prejudicar a vida de semelhantes, não
pertencem a seres evoluídos espiritualmente, nem a quem os pede, e nem a quem os faz! Se
lembrarmos dos provérbios do Evangelho do Mestre Jesus, há uma passagem que diz: “
”. Infelizmente como nada é perfeito, muitos se
esquecem disso, e são esses tipos de “ ”, mistificadores e charlatões, que denigrem a
imagem da religião de Umbanda:
Como todos os que seguem os desígnios simples e puros, muitas vezes os Homens profanos
não lhes davam ouvidos, então Antônio isolava-se na Natureza, conversando com as aves e os
pássaros.
Durante a época da colonização no Brasil, os escravos trazidos da África, foram obrigados a
professar a religião católica. E para não perderem o vínculo com os seus cultos tradicionais
religiosos, assim como também sobreviverem, relacionaram cada Santo Católico com um Orixá do
panteão africano. Ou seja, rezavam para a divindade africana perante a imagem daquele Santo da
Igreja Católica. A este fato damos o nome de “ . E o mesmo fizeram com Santo
Antonio, dado a sua história e características, relacionaram-no com o Orixá Exu.
Na África, o Orixá Exu é representado por um falo na terra - sinal de vitalidade, vigor ,
fertilidade e prosperidade.
A“ , ,
bem em cima da “linha divisória” de algum lugar ou situação. Por exemplo: entre o mundo material
“ayê” e o espiritual “orum”; entre um reino sagrado e outro na Doutrina dos Sete Reinos Sagrados;
entre a luz e a escuridão; entre o amor e a guerra; entre a verdade e a mentira; entre o bem e o mal;
o certo e o errado, frio e quente, saúde e doença, vida e morte, pobreza e riqueza; em todos os
limites de uma cidade, nas linhas divisórias entre um terreno e outro, entre a calçada e a areia da
praia, na porta da sua casa, na entrada dos terreiros de umbanda, nas encruzilhadas, no inicio de
uma trilha para uma mata fechada, na beira da praia e o mar, nos cemitérios, nos comércios,
inclusive na porta da Igreja e de outros templos religiosos; sempre na linha divisória que separa um
ambiente do outro, existe a “energia” Exu, e consequentemente um Guardião tomando conta
daquele lugar. Logo, ninguém com boa educação entra na casa dos outros, sem pedir licença aos
donos do local, não é verdade? Sendo assim, o umbandista quando entra numa mata, deve primeiro
saudar o Guardião das Matas, e depois o dono do local – Oxóssi. E ao sair, fazer a mesma coisa,
sempre muito respeitosamente.
Se quiserem saber mais sobre Exu, dentro da visão umbandista da Doutrina dos Sete Reinos
Sagrados, seguida pelo Núcleo de Estudos Espirituais Mata Verde, recomendo acessar a internet nos
seguintes endereços:
http://www.blog.mataverde.org/archives/1064
http://www.blog.mataverde.org/archives/1360
http://www.blog.mataverde.org/archives/1131
A Umbanda não julga,
ela ajuda.
A Umbanda não escolhe,
ela acolhe.
A Umbanda não impõe,
ela se dispõe.
A Umbanda não pratica a maldade,
somente o amor e a caridade.
Se estiveres se sentindo só
em meio a multidão,
vá de encontro à natureza,
escute sua canção,
sinta seus aromas,
o brilho de suas águas,
o balançar de suas folhas,
a beleza de suas matas.
Lá te encontrarás,
pois ali vibra mais intensamente
a força dos orixás.
Olá, tenho muito cuidado na escolha das palavras e informações dessa coluna, pois a correria é de
todos e todos os dias, então sejamos mais certeiros em nossas escolhas. Prezo a simplicidade,
embora muitas vezes exija um pouco de organização e planejamento para que sejam mais fáceis de
serem incluídas na rotina. Recebo muitas dicas de receitas e produtos, e gostaria de destacar a sua
atenção para os industrializados. Um selo de vegetariano ou vegano na embalagem não
necessariamente se intitula saudável, cuidado!
Escolha produtos frescos, organize sua semana com compras que vá realmente utilizar. Nem sempre
as verduras e legumes são plantados e colhidos na região onde mora, até chegar a sua mesa terá,
muitas vezes, mais de um transporte e locais de distribuição. Se comprar esses produtos na intenção
de deixá los na geladeira por mais dias não terá tanto sabor e nutrientes que você imagina. A
funcionabilidade está no planejamento, e isso não acontece de uma hora pra outra, não pense...
simplesmente faça, aos poucos vai se adaptar e compreender melhor, quando sua ida as farmácias
forem diminuindo.
Na receita original dessa sopa havia farinha de linhaça, mas essa semente maravilhosa é delicada e
oxida com maior facilidade, se for usar a farinha, triture na hora de come la, caso queira facilitar,
coloque a para acordar (pelo menos 5 horas em água potável na proporção de 1 para 2)
Como toda receita detox, esta sopa é feita com uma combinação natural de vegetais e sementes.
Ricos em nutrientes, vitaminas e fibras, estes alimentos possuem um grande poder de purificação do
organismo.
Quando combinados, ajudam a regular o intestino e a eliminar a gordura do corpo, o que melhora
a saúde de um modo geral – e ainda promovem o emagrecimento.
Ainda mais sabendo que, com estes ingredientes, o efeito detox está garantido.
Folhas verde-escuras, como o espinafre, melhoram o funcionamento do fígado, que passa a eliminar
toxinas de maneira mais eficiente.
Com o inhame, a sopa ganha volume, o que ajuda a saciar a fome sem elevar os níveis de glicose no
sangue.
Quanto à linhaça, além dos benefícios do ômega-3, esta semente rica em fibras também ajuda a
saciar e estimula o intestino a trabalhar melhor.
Ingredientes
5 inhames médios sem casca
1 colher (café) de gengibre em cubos (opcional)
1 cebola média picada
2 dentes de alho
1 xícara (chá) de espinafre picado
1 colher (sopa) linhaça (pode ser marron ou dourada)
200 ml de água
1 colher (chá) de tomilho e alecrim triturados
Pimenta-do-reino a gosto
Modo de preparo
Deixe a linhaça num copo com o dobro da quantidade em água potável para “acordar”por 5 horas,
ela vai externar a mucilagem da semente com todos os benefícios contidos nela.
Refogue o alho e a cebola na panela.
Junte o inhame e a linhaça junto a mucilagem (pode ser batida no liquidificador com mais um copo
de agua)
Tempere com pimenta-do-reino a gosto.
Acrescente a água.
Ao levantar fervura, coloque o gengibre.
Quando o inhame estiver macio, amasse-o com a concha.
Adicione o espinafre e ferva por mais dois minutos, até as folhas amolecerem.
Sirva no prato e acrescente o tomilho e alecrim triturados.
S
:
1 cebola
1 dente de alho
1 colher de azeite
1 abobrinha picada
1 chuchu cortado em fatias
1 colher de sopa de manjericão
2 folhas de couve
1 pitada de sal
Água.
Em uma panela grande refogue a cebola e o alho picados no azeite.
Acrescente os legumes e o manjericão e despeje água suficiente para cobri-los.
Deixe que cozinhem por aproximadamente 40 minutos.
Quando pronta, espere que a sopa esfrie e leve ao liquidificador. Bata até que forme um creme.
Despeje na panela e aqueça. Acrescente a couve crua picada e o sal. Misture e sirva.
O prato ajuda a da pele, das unhas, dos cabelos e previne doenças como o
diabetes e a hipertensão. Toxinas são as substâncias que produzem a morte precoce das células do
corpo, como a gordura, os açúcares e alguns componentes de conservação encontrados em
comidas industrializadas. Esses elementos se alojam no fígado, nos rins e no intestino, dificultando
seu funcionamento.
Por Gilberto Pinheiro
Alma da Noite sentia-se um tanto desprestigiada por Águia Vermelha que estava sempre
preocupado com os rumos da tribo, sempre resolvendo questões difíceis, mantendo contato
permanente com outras tribos irmãs,em virtude da chegada dos 'casacos azuis' (soldados
americanos) em terras indígenas.
Portanto, o grande líder Cheyenne, por causa de tantos compromissos, não tinha muito tempo a
dedicar à família, em especial à sua jovem esposa, linda e delicada, que reclamava mansamente a
ausência do marido.
Águia Vermelha percebeu que a sua mulher estava triste e resolveu conversar com ela
sinceramente, afinal, a sinceridade não pode faltar numa relação amorosa, no caso, entre ele e ela.
Disse a ela: - meu amor, sei que está triste, pois não tenho tido muito tempo para dedicar-me a
você. Mas, procure entender o que ocorre. Tenho preocupações demais, pois preciso preservar a
paz e defender a vida de nossos irmãos Cheyennes e a dos nossos irmãos animais.
Ela de cabeça baixa ouvia-o atentamente e, mesmo sofrendo, disse-lhe: - querido, entendo
perfeitamente você. Sinto muito sua falta, mas quando entendo que luta por nobres ideais que é a
defesa da vida dos Cheyennes e dos animais, tento me conformar. Ele sorriu, abraçou sua mulher
amada, beijando-lhe carinhosamente o rosto. Ela sorriu e disse - vai em paz, meu amor, pois estará
sempre em meu coração. Ele sorriu e disse-lhe que a amava muito. E, com olhos marejados,
concluiu - você também vive dentro de minha alma - Alma da Noite.
Duas semanas depois, Águia Vermelha chamou Mantonegro, determinando-lhe que comandasse
a aldeia por uma semana, pois ele cavalgaria com Alma da Noite durante este tempo, dedicando-
se totalmente a ela. Mantonegro acatou a determinação de seu chefe e o abraçou, desejando-lhe
muita paz, assim como a Alma da Noite.
Ambos selaram seus cavalos e lá foi o jovem casal apaixonado a caminhar sem rumo pelas
pradarias em Minessota, perto do Mississipi. Todavia, Mantonegro precavido, com receio que eles
fossem atacados por índios inimigos, determinou a quinze batedores que seguissem o casal, sem
deixarem-se ver por eles e, qualquer iminência de perigo, retornassem à aldeia, falando com ele.
Águia Vermelha e Alma da Noite foram passear, cavalgando pelas pradarias e terras Cheyennes,
distantes das preocupações diárias.. Galoparam a tarde toda e, à noite, descansaram perto de um
riacho e se amaram como há tempos não se amavam. Noutro dia, a mesma coisa, a mesma
saudável rotina.
Felizes, rememoraram histórias engraçadas de suas vidas, das noites bem e mal-dormidas.
Lembraram com saudades dos tempos em que se conheceram, a atração que sentiram um pelo
outro e o guerreiro valente se curvou à doçura dos beijos de Alma da Noite, sua encantadora
mulher. Ensaiou até uns poemas, coisa rara no índio e ela ria muito com sua ingenuidade e
vontade de agradá-la. Ela não tinha jeito para recitar poemas. Mas, se esforçava. E a coruja de
longe parecia estranhar.
Águia Vermelha não percebeu, mas seu falcão, sua águia e seu cão de nome Vento, um belo e
cinzento lobo os espreitavam bem perto sem eles perceberem. Não poderiam deixar o amigo e a
amiga sozinhos. Eles também queriam protegê-los. Amor vigiado, não deve ser nada fácil!
Os dias e noites se seguiram e, na última noite, ele resolveu ....cantar para ela, no topo da
montanha em noite de límpido luar. Pela primeira vez, Águia da Noite cantou para sua amada
que, com os olhos marejados, falava baixinho enquanto ele cantava - eu amo você, meu imenso e
eterno amor. Na verdade,ele cantou uma canção indígena que enaltecia a natureza. Não levava
muito jeito para cantar, mas tentava agradar sua mulher. A cada instante revelava-se um grande
conquistador e ela sorria muito com isso.
Admirava-o cada vez mais - neste instante poetico, um homem de suavidade na alma; na liderança
dos índios, um valente e temido guerreiro, o mais valente de todos existentes entre todas as tribos.
Ficava pensando - como podia um homem tão valente ser tão gentil, dócil, amoroso? Isso a
encantava e se apaixonava cada vez mais por ele. Sentia-se segura, protegida, pois ele era líder
nato e guerreiro imbatível, embora fosse pacifista. Só entrava em ação se fosse atacado. Ninguém
jamais o venceu num embate.
Tentou mesmo cantar e, em alguns momentos desafinou, mas estava tão bem intencionado, pois
seu desejo era agradar sua mulher do coração e ele mesmo ria dos erros musicais, do seu
desentrosamento musical. Ela ria muito e não parava de admirá-lo. Até a lua sorriu quando ele
desafinou e as estrelas chamaram sua atenção delicadamente.
Ambos sorriram e ele, muito feliz, disse para toda a irmã natureza: - minha irmã querida, minha
irmã natureza. Obrigado por eu estar aqui em sua morada, ao lado do meu imenso amor que é
Alma da Noite. Obrigado pelo cantar dos grilhos, dos meus irmãos sapos que cantarolaram
comigo; obrigado, pelo vento que soprou suavemente as folhas verdes de todas as árvores e
vegetação, assobiando a minha canção predileta.
Obrigado,irmã lua, minhas irmãs estrelas,meu amigo e irmão sereno, por esta noite encantadora
de intensa paz ao lado de minha doce mulher que tanto merecia um momento como este.
Águia Vermelha, de pé, com os braços abertos, olhando fixo para a lua, agradeceu a Manitu pela
saúde, pela paz e por estes momentos de sublimidade, pelo amor por sua mulher. Alma da Noite
levantou-se lentamente e, soltando os cabelos, jogou-se nos braços dele, beijando-o
carinhosamente. Ambos derramaram lágrimas de felicidade e passaram o restante da noite se
amando.
A família estava completa. Passaram a noite juntos e, na manhã seguinte, seguiram o caminho de
volta ao lar. O falcão em seu ombro, a águia sobrevoando os dois e Vento, o cão-lobo do casal,
seguia à frente. Os batedores mantiveram distância de aproximadamente 200 metros, seguindo-
os buscando protegê-los e saudaram Águia Vermelha que acenou para eles simulando um assobio
semelhante ao piar da águia.
E tudo correu bem e a vida seguiu sua rotina. Águia Vermelha convidou sua mulher para viajar
em sua garupa e o cavalo dela seguia a ambos, juntamente com seus animais.
A felicidade havia chegado para eles. Uma semana de intenso amor e um recomeço de paz.
Ao chegarem à aldeia, foram saudados por todos os guerreiros, famílias inteiras e Mantonegro
novamente abraçou a ambos, desejando-lhe felicidades e dizendo-lhes:- sejam bem-vindos e nós
precisamos de vocês, nossos eternos amigos. A paz e a luz voltaram ao lar!