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PRO1404 – GESTÃO DE

SISTEMAS DE
PRODUÇÃO III
Prof. Dr. Joelton Fonseca Barbosa
Informações da disciplina
• Carga Horária: 60 horas
• Horário:24N34
• Ementa: Tipos de Arranjo Físico. Fatores considerados na elaboração do arranjo
físico. Estudo de fluxo. Dimensionamento de áreas. Métodos, técnicas e
ferramentas para projetos detalhados (SLP, ROC, DCA, CIA, RPW, COMSAL, etc).
Eficiência do arranjo físico. Conceitos básicos de mecanização, tecnologias de
processo e automação. Sistemas CAD, CAE, CAM, e CIM. A implementação nos
vários setores da economia. A tecnologia de processo e automação e suas
consequências nas atividades de gestão da produção. Visita Técnica.
Informações da disciplina
• Objetivo: Apresentar conceitos e metodologias fundamentais para concepção e
projeto de fábricas, com ênfase no projeto e organização dos processos de
produção, movimentação e armazenagem de materiais, visando o adequado
aproveitamento do espaço físico e a eficiência nos fluxos de materiais e ordens de
produção no ambiente interno das fábricas.
Referências bibliográficas
O que é planejamento de instalações
• Não é sinônimo de:
Localização
• Localização de instalações;
• Projeto de instalações; Planejamento
de
• Arranjo físico de instalações; Instalações
• Arranjo físico de plantas.

Projeto
Localização Projeto das
das Instalações
Instalações

Sistemas de instalações
Refere-se a sua colocação em Sistemas estruturais, sistemas de
relação aos clientes, fornecedores e iluminação/eletricidade/comunicações,
outras instalações com as quais sistemas de segurança à vida e
tenha interface. sistemas de saneamento.

No contexto da cadeia de Arranjo físico


suprimentos global considera a Equipamentos, maquinário e mobiliário
economia global de transportes, dentro do edifício.
custos de combustível e o total de
custos dos produtos repassados ao Sistema de manuseio
consumidor final. Mecanismos requeridos para satisfazer as
interações necessárias da instalação.
Planejamento de instalações para tipo de
instalações específicas

a) Fábrica
b) Escritório
c) Hospital
d) Sala de emergência
Qual a importância do planejamento de
instalações?
• Mudanças na economia e tecnologia
➢ As considerações econômicas obrigam a uma reavaliação constante e a um reconhecimento dos
sistemas, do pessoal e dos equipamentos existentes.
➢ Novas máquinas e novos processos tornam obsoletos os modelos e métodos mais antigos.
• Nos dias atuais
• Mudanças são rápidas nos sistemas de produção e distribuição, nas técnicas e nos
equipamentos.

• Pouco provável uma empresa manter suas instalações ou arranjos físicos antigos sem
prejudicar gravemente sua posição competitiva no mercado.
Qual a importância do planejamento de
instalações?
• O planejamento de instalações deve ser uma atividade contínua
em qualquer organização que planeje se manter na vanguarda
dos desenvolvimentos do seu campo de atuação.

• As melhorias de produtividade devem ser realizadas tão


rapidamente quanto se tornarem disponíveis para a
implementação.
Introdução – layout e arranjo físico
• O layout de um sistema de produção é o produto principal da engenharia de
produção. Está presente na modificação de prédios e máquinas, na relação com
gastos em investimentos, na escolha de materiais de produtos e no volume de
produção requerida pela previsão de vendas. Os principais fatores determinantes
para o projeto de um layout são:
• Tipo de produto: Interessa saber se o produto é um bem ou um serviço, se é
produzido para estoque ou para encomenda etc.
• Tipo de processo de fabricação: São questões relacionadas ao tipo de tecnologia
utilizada na fabricação, que materiais são utilizados, e quais os meios utilizados
para realizar esse tipo de serviço.
• Volume de produção: O volume de produção tem implicações no tamanho da
fábrica a construir, e na capacidade de expansão.
O papel do arranjo físico no planejamento
• Arranjo físico é definido como a disposição de máquinas, equipamentos
e serviços de suporte em determinada área com o objetivo de minimizar
o volume de transporte de matérias no fluxo produtivo de uma fábrica.
Para o projeto do arranjo físico deve-se levar em consideração:
• Produto a ser fabricado;
• Quantidade a serem produzidas;
• Roteiros de produção: sequência de operações utilizadas;
• Serviços de suporte: funções auxiliares que devem suprimir o fluxo em
questão;
• Tempo: quando devem ser produzidas, tempo dispendido e frequência.
Arranjo físico

• O arranjo físico envolve o posicionamento relativo dos recursos de


transformação dentro da operação e dos processos, a alocação de tarefas aos
recursos e a aparência geral, que juntos ditam a natureza e o padrão do fluxo de
recursos transformados ao longo da operação ou processo.
Critério de decisão e restrição para o
projeto de layout
Como GSPIII está inserida
no contexto do projeto de
instalações ?

Não existe uma forma padronizada para se


elaborar um projeto de fábrica e layout que se
adapte a qualquer empresa, produtos e nível de
tecnologia empregada.

Uma metodologia utilizada é a PFL que é composta


por 5 fases e 23 etapas.
Definições e procedimentos de projeto e
layout
• O planejamento de unidades produtivas é uma tarefa complexa com várias
etapas inter-relacionadas e da qual se espera como produto final um conjunto
de documentos que permitam sua adequada materialização e utilização
• Planejar, no sentido literal, significa determinar objetivos e coordenar meios e
recursos para a realização de uma atividade ou um empreendimento tendo
como resultado um plano.
• Segundo Slack et al. (2009, p. 88, grifo do original), “‘Projetar’ é conceber a
aparência, o arranjo e a estrutura de algo antes de construí-lo[,] [...]

Projeto e leiaute representa a produção de um plano preciso e detalhado


sobre a forma como deve ser arranjado no espaço um conjunto organizado
e sinérgico de pessoas, máquinas, equipamentos e instalações utilizados
na realização otimizada de um bem ou serviço, inserida em um contexto
específico
Definições e procedimentos de projeto e
layout
Para o desenvolvimento do leiaute, Muther (1955) recomenda estudar oito grupos de fatores que
influenciam qualquer tipo de leiaute:
1) material (design, variedade, quantidade, operações necessárias e sua sequência);
2) maquinário (equipamentos e sua utilização);
3) homem (trabalhadores, supervisão e serviços de apoio);
4) movimentação (transporte inter e intradepartamentos, manuseio durante operações,
estocagem e inspeções);
5) esperas (estocagem temporária e atrasos);
6) serviços (manutenção, inspeção, defeito, programação, liberação);
7) edificação (características internas e externas, distribuição de utilidades e de equipamentos);
8) mudança (versatilidade, flexibilidade e expansão).
Etapas do projeto de engenharia e do
processo de planejamento de instalações

Fonte: Adaptado de Tompkins et al., 2010, p. 18


Escopo e níveis de planejamento de
espaço
• No nível global, é estudada a melhor localização do site no globo, no país, no
estado, na região ou na cidade, considerando fornecedores, clientes e demais
unidades da empresa. É comum a referência a esse nível como localização da
instalação, seja na literatura sobre administração da produção, seja na literatura
sobre projeto de leiaute (Tompkins et al., 1996; Krajewski; Ritzman; Malhotra,
2009; Slack et al., 2009; Sule, 2009; Stephens; Meyers, 2010).
• No nível supra, são definidos a quantidade, o tamanho e a localização das
edificações no terreno e a infraestrutura necessária (água, eletricidade, gás,
insumos, acessos rodoviários e ferroviários etc.), incluindo o espaço para eventuais
ampliações. Esse importante nível de planejamento, denominado na língua
inglesa de plot plan e arquitetonicamente tratado como estudo de implantação, é
usualmente negligenciado pela literatura de projeto de instalações, assim como as
instalações de suporte (Lee et al., 1997; Lee, 1998).
Escopo e níveis de planejamento de
espaço
• No nível macro, é definido o fluxo de materiais e a posição de sistemas de
manufatura (setores, seções, células, linhas, departamentos etc.), motivo pelo
qual este é considerado um dos níveis mais importantes. As decisões tomadas
nesse nível influenciam a flexibilidade a novos produtos, os custos e a qualidade
(Lee et al., 1997; Lee, 1998).
• No nível micro, são posicionados os equipamentos e mobiliários nos espaços,
previamente reservados no nível do macro, com ênfase no fluxo de materiais, na
comunicação do pessoal e no trabalho em equipe (Lee et al., 1997; Lee, 1998).
• No nível submicro, a principal preocupação são os trabalhadores e as estações de
trabalho, que devem ser planejados com base na eficiência, na efetividade e na
segurança (Lee et al., 1997; Lee, 1998)." (BATTESINI, Marcelo, , Projeto e leiaute
de instalações produt...)
Escopo e níveis de planejamento de
espaço
• Cinco tipos de entradas de dados que devem ser categorizadas antes de iniciar o projeto
de layout, sistematizado pelas letras PQRST:
• 1. por que (why) produzir produtos (P), materiais ou serviços, o que (what) será produzido,
ou distribuído;
• 2. quantidade (Q) ou os volumes de vendas e inventário que caracterizam quanto (how
much) de cada item será produzido ou distribuído;
• 3. roteamento (R) ou os processos necessários ao processamento, que estabelecem como
(how) ocorrerá o processamento; os serviços de suporte;
• 4. os serviços de suporte (S), que estabelecem com qual (with what) suporte os processos
serão desenvolvidos em termos de pessoas, processos e sistema de informação;
• 5. tempo (T), que permite compreender quando e por quanto tempo (when e how long) os
itens serão processados e distribuídos.
Morfologia para
determinar o tipo
de fábrica
Tipos de arranjo físico
• O projeto da disposição física dos recursos produtivos (máquinas, equipamentos,
pessoas etc) numa unidade produtiva requer, a princípio, a definição do tipo de
layout adequado às necessidades da produção. Os tipos básicos de layout definem
o sistema de organização da produção, dependendo da natureza dos produtos e
do tipo de operações executadas, e são usualmente classificados em quatro tipos:
• Arranjo físico posicional (fixo)
• Arranjo físico por processo (funcional)
• Arranjo físico por produto (linha)
• Arranjo físico celular
Arranjo físico posicional (fixo)
• O produto a ser produzido tem dimensões muito grandes e não pode ser
facilmente deslocado.
• O produto é fabricado ou montado num local fixo e os recursos materiais e/ou
humanos deslocam-se à volta do produto.
• Os equipamentos, matéria-prima e mão de obra que se movem até o produto.
• O objetivo no planejamento é otimizar a localização de centros de recursos ao
redor do produto.
• O layout posicional é um caso especial, no qual o produto permanece numa
posição fixa através dos estágios de produção devido ao seu formato ou peso.
Arranjo físico posicional
Arranjo físico posicional
Vantagens e desvantagens do layout
posicional
Arranjo físico por produto (linha)
• Máquinas ou estações de trabalho são organizadas na forma de linhas de
fabricação ou montagem de acordo com as sequências de operações do produto
• Cada centro de trabalho torna-se responsável por parte especializada do produto
ou serviço;
• É um layout orientado para o produto com o principal propósito de agrupar
máquinas em fluxo linear;
• Operários e máquinas permanecem fixos na posições definidas;
• Possui menor variabilidade de produtos, maior grau de mecanização e taxa de
produção alta.
Arranjo físico por produto (linha)
Exemplos:

• Linha de montagem de
automóveis;
• Fabricação de sapatos
• Programa de imunização em
massa;
• Restaurante self-service.
Comparação de tipos de arranjo físico (em linha)
para a linha de montagem de automóveis.
• A Toyota está empregando em sua
fábrica de Miyagi (Japão) para
disponibilizar linhas de montagem
ainda mais eficientes;
• Uma ideia simples, mas que apresenta
as vantagens de encurtar a linha em
35%;
• Reduz os custos de aquecimento e ar-
condicionado em 40%.
Vantagens e desvantagens do layout por
produto
Características do layout por produto
Vantagens dos layouts longos-magros e layouts
curtos-gordos
Arranjo físico por processos (funcional)
• Máquinas e equipamentos são agrupados por função (montagem, usinagem
soldagem etc.) e é adequado em sistemas de produção intermitentes (por lote).
• Juntam-se grupos de pessoas ou de máquinas que têm a mesma função;
• Cada um dos produtos ou cada um dos clientes passa por alguns departamentos
e não passa por outros, dependendo das necessidades.
• Volume de produção é baixo e existe uma grande diversificação de tipos de
produtos.
layout funcional adequa-se a sistemas produtivos de
baixos volumes e alta variedade, como, por exemplo, em
indústrias que fabricam máquinas especiais,
ferramentarias, gráficas e hospitais (setores específicos
para cirurgia, atendimento de emergência, internação
etc.)
Arranjo físico por processos (funcional)

• Supermercado
• Hospital
• Usinagem de produtos
feitos por encomenda.
Arranjo físico celular
• SLACK et al. Define layout celular como um
tipo de layout com o objetivo de montar
minifábricas para diferentes famílias de
produtos;
• A própria célula pode ser organizada em um
arranjo funcional ou em linha;
• Comumente utilizado para uma média
variedade e médio volume;
• flexível quanto ao tamanho de lotes por
produto, que permite um nível de qualidade e
de produtividade alto
• a célula é usualmente projetada na forma de
“U”.
• Indústrias: calçadistas, autopeças, mobiliário,
utensílios domésticos e bancos.
Arranjo físico celular em serviço
Efeito volume-variedade no projeto de processos
• Tipo de processos
Alternativas de arranjo físico para cada
tipo de processo
QUAL TIPO DE ARRANJO
FÍSICO ESCOLHER?
Os recursos nos processos de baixo volume/alta variedade devem ser organizados para
enfrentar o fluxo irregular.
Os recursos em processos de alto volume/baixa variedade devem ser organizados para
acomodar o fluxo regular e suave.
Tipos de arranjos físicos diferentes têm custos fixos e variáveis diferentes que determinam a
conveniência do arranjo físico para várias características de volume-variedade.

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