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Metodologia do
Trabalho Científico
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NÍVEIS OU TIPOS DE
1 CONHECIMENTO HUMANO
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DEFINIÇÃO
2 DE CIÊNCIA
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MÉTODOS
3 CIENTÍFICOS
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A PESQUISA
4 CIENTÍFICA
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TIPOS DE
5 PESQUISA
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ETAPAS DA
6 PESQUISA CIENTÍFICA
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ARTIGO
7 CIENTÍFICO
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PESQUISA
8 EM EDUCAÇÃO
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REFERÊNCIAS
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Faculdade do Maciço de Baturité
04
Introdução
NÍVEIS OU TIPOS DE
1 CONHECIMENTO HUMANO
O conhecimento, de qualquer natureza, não nasce do acaso. Ele precisa ser cuidadosamente
gestado. O que ocorre de fato é uma verdadeira construção do conhecimento. Em sendo assim, é
preciso que se compreenda que o conhecimento é produzido a partir da relação que o sujeito
estabelece, individualmente ou socialmente, com um determinado objeto. É a partir dessa relação
que o conhecimento é produzido. Ademais, cabe destacar que nenhum tipo de conhecimento pode
se sobrepor ou menosprezar o outro, se arrogando no direito de ser detentor da verdade universal.
O respeito por outros tipos de conhecimento auxilia a humanidade na consolidação da percepção
de que a realidade pode ser vislumbrada de várias maneiras.
Dentro desse contexto, existem pelo menos quatro níveis ou tipos de conhecimento: empírico,
teológico, losóco e cientíco.
De maneira mais especíca, de acordo com Oliveira (2003), pode-se dizer que:
Exercícios
DEFINIÇÃO
2 DE CIÊNCIA
Entretanto, antes que chegasse a ciência moderna, tal como nós a conhecemos, o homem passou
por várias etapas de construção do conhecimento humano. Para cada época, um desao e um
problema a ser solucionado; para cada problema que surgiu o homem tentou encontrar uma forma
de resolvê-lo. Nesse sentido, foi avançando e aprimorando a sua forma de entender, compreender
e analisar a realidade através de sucessivas fases de construção do seu conhecimento.
Essas fases podem ser dividas basicamente em: fase do medo, fase do misticismo e fase da
ciência.
Quebrar com a lógica que atribui o fazer cientíco aos “gênios” ou pessoas que são “iluminadas”
para tarefa tão hercúlea é um dos propósitos da disciplina de metodologia do trabalho cientíco.
Qualquer individuo que se propõe a seguir metodicamente os passos propostos pela metodologia
cientíca será capaz de produzir ciência. Não se pode, dessa forma, compreender a produção
cientíca com algo miraculoso. Ela depende de dedicação, comprometimento e sistematicidade,
sempre tendo em vista que a sua maturação demanda tempo e paciência e poderá ser marcada por
avanços e retrocessos, típicos de qualquer atividade humana. Assim, ciência tem muito mais
ligação com “transpiração” do que com “inspiração”, como muitas vezes somos levados a pensar.
A ciência é um tipo de conhecimento que possui vinculação direta com a forma como é
produzido. Nesse sentido pode-se armar que a produção cientíca é intencional e direcionada.
Ademais, ela segue regras e normas bem denidas, que devem ser previamente delimitadas de
modo claro e objetivo.
De um modo mais geral a ciência é uma forma de conhecimento humano, objetivo, racional,
sistemático, geral, vericável e falível. A ciência demonstra que é capaz de fornecer respostas
dignas de conança sujeitas a críticas. É uma forma de entender, compreender os fenômenos que
ocorrem. Na verdade, a ciência é constituída pela observação sistemática dos fatos. Por intermédio
da análise e da experimentação, extraímos resultados que passam a ser avaliados universalmente.
Da natureza
Reais
Sociais
Classificação
Formais Lógica e
Matemática
Fonte: Lakatos; Marcone (2007)
Fonte: Barros, Aidil Jesus da Silveira: Lehfeld, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de
Metodologia cientíca: um guia para iniciação cientíca. 2 ed. ampl. São Paulo: Pearson Education
do Brasil, 2000, p. 49
Exercícios
MÉTODOS
3 CIENTÍFICOS
O método, dentro de qualquer pesquisa acadêmica, é assunto complexo, mas que deve ser
enfrentado. A clareza do objeto de estudo e do método são os dois pilares que ajudam a manter e
robustecer a pesquisa. Sem eles, evidentemente, a seriedade e a assertividade da pesquisa cam
seriamente comprometidas.
Por isso, antes de mais nada é necessário denir o que é método cientíco. Método é a ordem
atribuída aos processos de pesquisa tendo em vista um determinado m, sempre em busca da
verdade. Diz respeito aos meios, passos e processos dentro de uma investigação cientíca. É um
instrumento de trabalho / conjunto ordenado de procedimentos. Ele busca entender a realidade
(que é complexa e que possui vários níveis e estruturas). Ele se baseia nas técnicas, precisão,
previsão e planejamento. Usa a análise, comparação, síntese e os processos mentais da indução e
dedução. Tenta-se evitar o acaso, improviso e o “argumento de autoridade”. Não pode ser
inventado (depende do objeto de pesquisa).
Nas palavras de Lakatos e Marconi (2007)
Não obstante caminhem juntos não é ponderável se confundir método com técnica. As técnicas,
em uma denição bem geral, operacionalizam o método. Elas auxiliam o método e estão a ele
subordinadas, seguindo diversos passos e etapas dentro do método. Em outras palavras, as
técnicas são os meios corretos de executar uma ação.
Considerando o conjunto da pesquisa acadêmica existem alguns passos comuns para todo
processo de construção cientíca (método), a saber: formular questões, problemas ou hipóteses;
observar e mensurar; registrar dados; explicar; generalizar; prever / predizer. Salienta-se,
entretanto, que dependendo do tipo de pesquisa (quantitativa ou qualitativa) algumas etapas
podem ser suprimidas e outras incorporadas.
Existe, do ponto de vista mais genérico, uma quantidade razoável de métodos. Entretanto,
tendo em vista o escopo desse trabalho, serão destacados aqueles que mais se destacam: dedutivo,
indutivo, hipotético-dedutivo, dialético e fenomenológico.
O método dedutivo parte do geral para o particular. Sobre o mesmo exemplo, a autora arma
que todos os metais são condutores de eletricidade. A prata é um metal, logo, é condutor de
eletricidade. Pelo raciocínio dedutivo, se os metais pertencem ao grupo dos condutores de
eletricidade e se a prata conduz eletricidade, necessariamente, entendemos que a prata é um metal.
O método indutivo é um procedimento do raciocínio que, a partir de uma análise de dados
particulares, encaminhamos para as noções gerais. Como exemplo pode-se citar: partindo da
observação empírica de que a prata é minério condutor de eletricidade e que se inclui no grupo dos
metais, ela faz, por sua vez, parte dos minérios. Disso se infere, por análise indutiva, que a prata é
condutor de eletricidade.
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O método hipotético-dedutivo tem como foco inicial a descoberta de um problema que
desencadeia toda a investigação. A denição desse problema tem que ser clara de modo a garantir a
ecácia do método. Quando se tem a clareza do problema passa-se a segunda fase do método que é
a observação. Num terceiro momento será necessário formular hipóteses. As referida hipóteses
serão testadas e poderão ser corroboradas ou refutadas, ou seja, aceitas ou negadas. Dependendo
da situação posta e da resposta das hipóteses aos testes, elas poderão ser reformuladas dando início
a um novo ciclo de testes. É um método muito ligado à investigação nas ciências naturais, pois
pressupõe experimentação e controle de variáveis.
Outro pensador alemão, Karl Marx, acaba por conceder uma nova forma ao pensamento de
Hegel, utilizando a dialética para a análise da sociedade capitalista, especialmente voltado para a
compreensão das lutas de classes. Criou assim o que se convencionou denominar de dialética
marxista ou materialismo histórico-dialético. A dialética marxista correlaciona pensamento e
realidade, tentando encontrar as contradições entre eles.
Por fugir do escopo dessa pesquisa esses métodos não serão aprofundados. Entretanto, dada a
importância deles para a compreensão do conjunto dos métodos cientícos, poderá ser realizada
uma pesquisa individual domiciliar para ns de elucidação dos referidos métodos.
Exercícios
A PESQUISA
4 CIENTÍFICA
O método, dentro de qualquer pesquisa acadêmica, é assunto complexo, mas que deve ser
enfrentado. A clareza do objeto de estudo e do método são os dois pilares que ajudam a manter e
robustecer a pesquisa. Sem eles, evidentemente, a seriedade e a assertividade da pesquisa cam
seriamente comprometidas.
O ato de investigar pode ser entendido, de maneira bem genérica, como uma busca, uma
investigação. Ao se dedicar à pesquisa o ser humano se propõe a buscar, de maneira sistematizada,
respostas aos seus grandes questionamentos enquanto indivíduo ou enquanto sociedade, sejam
eles imediatos ou mediatos. A ciência moderna será alicerçada sobre o ato da pesquisa. Sem uma
pesquisa séria e comprometida eticamente não existe nenhuma possibilidade de que o
conhecimento cientíco seja construído.
Entretanto, a pesquisa cientíca não se constitui numa etapa fácil da construção conhecimento
cientíco, pois:
Na gulodice livresca ou estatística é muito comum que o aluno recém admitido ao mundo da
pesquisa acadêmica entenda que o melhor caminho para a construção de um projeto de pesquisa
robusto é uma leitura desesperada e sem sistematicidade de tudo aquilo que encontra na sua
frente. Nesse sentido, ele busca, sem uma maior delimitação, uma quantidade gigantesca de livros,
artigos, dados e indicadores que, mais tarde, se mostraram completamente inecazes na confecção
do projeto de pesquisa. É preciso ter cuidado para que essa etapa não conduza a um processo de
desmotivação que, levado ao extremo, poderá favorecer a desistência da construção da pesquisa.
Não se deve formular hipóteses ou tentar adiantar possíveis resultados sem antes ter clareza que
os dados primários, conhecidos através de uma revisão de literatura, estão relativamente
denidos. Agindo assim o novo pesquisador evita o famigerado impasse das hipóteses. A partir da
leitura de outros trabalhos que tratam da mesma temática ou de temas pertinentes e relacionados
ao propósito geral do trabalho é que será possível estabelecer, com um maior grau de clareza, as
hipóteses e objetivos do projeto.
A ênfase obscura diz respeito, basicamente, a uma necessidade de autoarmação de quem está
sendo iniciado na vida acadêmica. Ela se reete em uma priorização de uma linguagem não muito
clara e objetiva. O novo pesquisador tenta se armar utilizando um linguajar difícil, pouco
acessível e sem muita utilidade prática que seja capaz de auxiliar na construção de um trabalho de
pesquisa melhor denido. Ao permanecer na ênfase obscura o pesquisador permanece na
aparência e não se debruça sobre a essência da problemática estudada.
Tendo como base essa explanação primária pode-se enveredar para os macroeixos da pesquisa
acadêmica, a saber: a ruptura, a construção e constatação.
Exercícios
TIPOS DE
5 PESQUISA
É na pesquisa que utilizaremos diferentes instrumentos para chegarmos a uma resposta mais
precisa. O instrumento ideal deverá ser estipulado pelo pesquisador para se atingir os resultados
ideais. Um exemplo prático do cotidiano é: ao se cavar um buraco na areia da praia, é preciso
utilizar uma pá. Para fazer um buraco no cimento, é preciso utilizar uma picareta. Nestes casos
utilizam-se ferramentas ideais, apropriadas, que darão melhores resultados em relação ao objetivo
estimado. Nisso reside a importância de denir o tipo de pesquisa, escolhendo, em decorrência, os
instrumentos ideais ao desempenho ótimo.
No que tange à natureza a pesquisa pode ser de dois tipos: básica e aplicada. A pesquisa básica
diz respeito produz conhecimentos novos para o avanço da ciência, mas não tem uma aplicação
prática prevista. Nesse sentido é uma pesquisa que envolve verdades e interesses difusos e
universais, sem a pretensão de ter aplicação imediata. A pesquisa aplicada, por seu turno e como a
própria nomenclatura faz referência, é um tipo de conhecimento que é gerado tendo como
pressuposto uma aplicação prática, com foco na resolução de problemas previamente denidos.
Quando se considera os objetivos da pesquisa, conforme assinala Gil (1991), as pesquisas podem
ser: exploratórias, descritivas ou explicativas.
Nas pesquisas explicativas o foco recai na elucidação dos “porquês”, ou seja, das causas que
favorecem a ocorrência de determinado fenômeno ou fato. Se a sua aplicação ocorrer na área das
ciências naturais requererá, imprescindivelmente, a utilização de experimentos. Se for na seara nas
ciências sociais demandará métodos de observação sistemática.
PESQUISA EXPERIMENTAL
Minayo (2007) e Lakatos et al (1986) informam que quando se determina um objeto de estudo,
selecionam-se as variáveis que seriam capazes de inuenciá-lo, denindo as formas de controle e
de observação dos efeitos que a variável produz no objeto.
LEVANTAMENTO DE DADOS
A pesquisa envolve a interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer
(MINAYO, 2007; LAKATOS et al, 1986).
ESTUDO DE CASO
Envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que se permita o
seu amplo e detalhado conhecimento (MINAYO, 2007; LAKATOS et al, 1986).
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
Quando elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros,
artigos de periódicos e atualmente com material disponibilizado na Internet (MINAYO, 2007;
LAKATOS et al, 1986).
PESQUISA DOCUMENTAL
Quando elaborada a partir de materiais que não receberam tratamento analítico (MINAYO,
2007; LAKATOS et al, 1986).
Exercícios
ETAPAS DA
6 PESQUISA CIENTÍFICA
1. Escolha do tema
2. Revisão de literatura
3. Justicativa
4. Formulação do problema
5. Determinação de objetivos
6. Metodologia
7. Coleta de dados
8. Tabulação dos dados
9. Análise e discussão dos resultados
10. Redação e apresentação do trabalho cientíco
a.ESCOLHA DO TEMA
A pergunta que se quer responder é a seguinte: O que vou pesquisar?
Nessa etapa destaca-se:
· Um aspecto ou uma área de interesse de um assunto que se deseja provar ou desenvolver
· Assunto interessante para o pesquisador
· Originalidade não é pré-requisito
· Fontes de assuntos: vivência diária, questões polêmicas, reexão, leituras, conversações,
debates, discussões
Em outras palavras
É possível armar que essa etapa consiste na descrição do objeto de estudo, evidenciando qual a
pesquisa pretendida. Cabe salientar que o pesquisador deve levar em conta sua formação e/ou
experiência prossional, sua disponibilidade de tempo, bem como as suas concepções e tendências
pessoais. É imprescindível que se seu tema seja muito amplo, o pesquisador deverá restringi-lo ou
delimitá-lo, isto é, denir o que de fato deseja pesquisar, indagar, estudar, questionar, identicar,
utilizar, esclarecer, aprofundar, aplicar etc, de tal sorte que o trabalho não se preste a pesquisar
aquilo que, de fato, não terá condições de tempo para realiza-lo.
Nessa etapa é muito comum que o pesquisador passe por um processo de diculdade, uma vez
que nem sempre ele está devidamente familiarizado com a pesquisa acadêmica.
b.REVISÃO DE LITERATURA
A pergunta que se quer responder é a seguinte: Quem já pesquisou algo semelhante?
Nessa etapa destaca-se:
· Busca de trabalhos semelhantes ou idênticos
· Pesquisas e publicações na área
c.JUSTIFICATIVA
A pergunta que se quer responder é a seguinte: Por que estudar esse tema?
Nessa etapa destaca-se:
· Vantagens e benefícios que a pesquisa irá proporcionar
· Importância pessoal ou cultural
· Deve ser convincente
Em outras palavras
É necessário justicar as razões de sua escolha, ou seja, porque faz tal pesquisa, quais serão as
contribuições de sua pesquisa para a área do conhecimento em que se insere, sua relevância sob o
ponto de vista social e cientíco.
d.FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
A pergunta que se quer responder é a seguinte: Que respostas estou disposto a responder?
Nessa etapa destaca-se:
· Denir claramente o problema
· Delimitá-lo em termos de tempo e espaço
Em outras palavras
Feita a escolha do tema, em seguida se efetuará a denição do problema (questão não resolvida
que é o objeto de discussão em qualquer área do conhecimento). A formulação do problema deve
ser interrogativa, usando uma linguagem clara e objetiva.
e.DETERMINAÇÃO DE OBJETIVOS
A pergunta que se quer responder é a seguinte: O que pretendo alcançar com a pesquisa?
Nessa etapa destaca-se:
· Objetivo geral – qual o propósito da pesquisa?
· Objetivos especícos – abertura do objetivo geral em outros menores (possíveis capítulos)
Em outras palavras
Os objetivos de estudo denem aonde se quer chegar com a pesquisa: para que fazer esse
trabalho? Seu objetivo deve se referir ao saber – investigar, inquirir, indagar, estudar, pesquisar,
questionar, identicar, utilizar, esclarecer, aprofundar, aplicar etc.
f.METODOLOGIA
A pergunta que se quer responder é a seguinte: Como se procederá a pesquisa?
Nessa etapa destaca-se:
Caminhos para se chegar aos objetivos propostos
· Qual o tipo de pesquisa?
· Qual o universo da pesquisa?
· Será utilizado a amostragem?
· Quais os instrumentos de coleta de dados?
Entrevistas
(quando não há dados ou se busca complementar as informações / verica-se a atitude do
entrevistado)
· Não é simples conversa / tem um objetivo.
· Deve ser planejada.
· Marcar local e hora com antecedência / buscar conhecer o entrevistado, buscando escolher
quem conhece o assunto / conhecer o entrevistado / fazer lista de questões.
· Não ser inoportuno / não interromper / mais ouvir do que falar.
· Começar das perguntas mais simples para as mais complexas.
· Buscar contradições.
Questionários
· O próprio informante preenche / o pesquisador não precisa, necessariamente, se fazer
presente.
· Garante o anonimato (o que pode melhorar a qualidade das respostas).
· Deve ter natureza impessoal e com questões claras e objetivas.
· Podem ser perguntas abertas ou fechadas (possuem maior precisão).
Formulários
· Lista informal / catálogo ou inventário.
· São oriundos das investigações ou observações realizadas pelo próprio pesquisador.
· Pode ser aplicado a grupos heterogêneos.
· Depois os dados precisam ser cuidadosamente tabulados.
g.COLETA DE DADOS
A pergunta que se quer responder é a seguinte: Como será o processo de coleta de dados?
– Como?
- Através de que meios?
- Por quem?
- Quando?
- Onde?
– Paciência
h.TABULAÇÃO DE DADOS
A pergunta que se quer responder é a seguinte: Como organizar os dados obtidos?
Recursos:
· Índices
· Cálculos estatísticos
· Tabelas
· Quadros
· Grácos
Exercícios
ARTIGO
7 CIENTÍFICO
O artigo cientíco tem como objetivo precípuo produzir conhecimento para o avanço da ciência.
Esse conhecimento produzido tendo em vista um público especíco. Pode ser um ensaio original,
uma revisão de um assunto anteriormente abordado ou mesmo o esclarecimento e
aprofundamento de um assunto que não foi satisfatoriamente esgotado. O artigo é,
concomitantemente, uma produção sintética e com certo grau de profundidade.
É importante destacar a estrutura do artigo:
ESTRUTURA DO
ARTIGO CIENTÍFICO
Elementos Etapas
Título
Subtítulo (opcional)
Título em inglês
Subtítulo em inglês
Pré-textuais Autores
Resumo
Abstract
Palavras-chave
Keywords
Introdução
Textuais Desenvolvimento
Considerações Finais
Referências (obrigatório)
Pós-textuais Apêndice(s) (opcionais)
Anexo(s) (opcionais)
Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definições
4 Localização
5 Regras gerais de apresentação
6 Sistema de chamada
7 Notas de rodapé
Sumário
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum
Nacional de Normalização. As normas Brasileiras, cujo conteúdo é de
responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de
Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades,
laboratórios e outros).
1 Objetivo
Esta Norma especíca as características exigíveis para apresentação de
citações em documentos.
2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem
citadas neste texto, constituem prescrições para esta Norma. As edições
indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda
Norma está sujeita à revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos
com base nesta que veriquem a conveniência de se usarem as edições
mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação
das normas em vigor em um dado momento.
4 Localização
As citações podem aparecer:
a) no texto;
b) em notas de rodapé
5.2 As citações diretas, no texto, de até três linhas, devem estar contidas
entre aspas duplas. As aspas simples são utilizadas para indicar citação no
interior da citação.
Ou
Faculdade do Maciço de Baturité
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"Não se mova, faça de conta que está morta." (CLARAC
BONNIN, 1985, p. 72).
5.3 As citações diretas, no texto, com mais de três linhas, devem ser
destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda, com letra menor que a
do texto utilizado e sem as aspas. No caso de documentos datilografados,
deve-se observar apenas o recuo.
a) supressões [...]
Exemplos: No texto
No rodapé da página.
Exemplos: No texto
No rodapé da página.
5.8 Quando a citação incluir texto traduzido pelo autor deve-se incluir, após
a chamada da citação, a expressão tradução nossa, entre parênteses.
Exemplo:
6 Sistema de chamada
As citações devem ser indicadas no texto por um sistema de chamada:
numérico ou autor-data.
6.1 Qualquer que seja o método adotado deve ser seguido constantemente
ao longo de todo o trabalho, permitindo sua correlação na lista de
referências ou em notas de rodapé.
Exemplos: No texto:
Na lista de referências:
No texto
No texto:
Na lista de referências:
No texto:
No texto:
Na lista de referências:
No texto:
Na lista de referências:
Exemplos: No texto:
Na lista de referências:
Na lista de referências:
No texto:
Na lista de referências:
7 Notas de rodapé
Exemplos
7.1.1 A primeira citação de uma obra, em nota de rodapé, deve ter sua
referência completa.
Exemplo:
__________________
8 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1989, p.9.
Exemplo:
__________________
3 DURKHEIM, 19215, p. 176.
4 Ibid, p. 190.
Exemplo:
__________________
8 ADORNO, 1996, p. 38
9 GARLAND, 1990, p. 42-43
10 ADORNO, op. cit., p. 40.
Exemplo:
__________________
5 RIBEIRO, 1997, passim.
Exemplo:
__________________
4 TOMASELLI: PORTER, 9912, p. 33-46
5 TOMASELLI: PORTER, loc. cit
Exemplo:
__________________
3 Cf. CALDIERA, 1992
Faculdade do Maciço de Baturité
34
g) Sequentia – seguinte ou que se segue – et seq.:
Exemplo:
__________________
7 FOUCALT, 1994, p. 17 et seq.
7.1.3 A expressão apud – citado por, conforme segundo – pode, também ser
usada no texto.
Exemplos: No texto:
No modelo serial de Gough (1972 apud NARDI, 1993), o ato de ler envolve
um processamento serial que começa com uma xação ocular sobre o texto,
prosseguindo da esquerda para a direita de forma linear.
No rodapé da página:
__________________
1 EVANS, 1987 APUD sage, 1992, P. 2-3.
7.1.4 As expressões constantes nas alíneas a), b), c) e f) de 7.1.2 só podem ser
usadas na mesma página ou folha da citação a que se referem.
Exemplos: No texto:
No rodapé da página:
__________________
1 Se a tendência à universalização das representações sobre a periodização
dos ciclos de vida desrespeita a especicidade dos valores culturais de
vários grupos, ela é condição para a constituição de adesões e grupos de
pressão integrados à moralização de tais formas de inserção de crianças e
de jovens.
No rodapé da página:
__________________
4 Sobre essa opção dramática, ver também Morice (1996, p. 269-290).
PESQUISA
8 EM EDUCAÇÃO
A educação escolar, em todos os lugares onde ocorre, está imiscuída em uma grande
complexidade. Os processos de ensino e aprendizagem são, por sua própria natureza, muito
complexos. Por isso, não existe receita pronta que possa ser utilizada em todos os lugares e em
todas as situações. Muitas “soluções” desenvolvidas em uma unidade escolar pode não funcionar
em outra que ca localizada na mesma cidade, no mesmo bairro ou mesmo na mesma rua. E por
quê? Porque cada realidade escolar possui suas particularidades. Cada comunidade escolar e cada
contexto são únicos. Certamente, não é preciso sempre inventar “a roda”, com ideias mirabolantes
e quase sempre com pouco conhecimento do “chão de escola”. Mas é salutar lembrar que essas
particularidades exigem, em grande medida, um grande empenho no desvelamento das
realidades e contextos aos quais a educação está envolta, sempre pensando em como adaptar
conceitos e teorias gerais e abstratas em relações cotidianas concretas no âmbito escolar.
Um dos caminhos mais seguros para que possa enfrentar essa série de desaos é, sem dúvida, a
criação de uma cultura escolar de docentes e gestores voltados para a pesquisa. Professores e
gestores devem se habituar, eles mesmos, a buscarem respostas aos grandes desaos colocados em
sala de aula e no conjunto das unidades escolares. Cada escola é, potencialmente e concretamente,
um campo aberto de pesquisa. Todos aqueles envolvidos com educação escolar podem e devem
colocar na condição de pesquisador.
Professor e gestor que não pesquisa o ambiente escolar (e no ambiente escolar) tende a se tornar
apenas um consumidor de métodos que, por sua própria natureza teórica e abstrata, possuem
certas limitações, pois exigem algum nível de signicação e adaptação para a realidade onde serão
executados. Quando os educadores se tornam apenas consumidores de métodos, todo o processo
educacional ca comprometido, uma vez que a não signicação e ressignicação contribui para
um processo de alienação.
Dentro desse contexto de exposição, destaca-se que é de suma importância que já na formação
inicial dos professores que irão atuar na educação básica se apresente com toda a intensidade o
desejo da pesquisa docente. Certamente, isso exigirá que seja fomentada uma verdadeira cultura
acadêmica, que seja capaz de motivar os alunos a se tornarem, desde cedo, verdadeiros
pesquisadores. Os professores que atuam na formação de outros professores possuem, portanto,
uma responsabilidade de muita envergadura, pois eles terão que indicar caminhos e motivar os
futuros docentes a se embrenharem nos complexos (mas necessários) caminhos da pesquisa.
A Educação à Distância (EAD) possui um diferencial que pode ser utilizado a favor dos alunos: a
Faculdade do Maciço de Baturité
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utilização da rede mundial de computadores como fonte de pesquisa. A Internet é uma ferramenta
praticamente irrenunciável nos dias atuais. Ela eleva quase que exponencialmente a capacidade de
buscar e obter informações sobre os mais variados assuntos. Assim, as fontes de pesquisa
disponíveis na internet se ampliam de forma signicativamente. A possibilidade de pesquisar em
teses, dissertações, artigos, anais de eventos e etc., é uma conquista de bem pouco tempo. Gerações
inteiras caram tolhidas da possibilidade de ampliar os seus conhecimentos, uma vez que as fontes
de pesquisa eram muita escassas e em muitos casos inexistentes. Os preços elevados dos livros e a
diculdade de acesso a material impresso de qualquer natureza, sobretudo nos lugares mais
longínquos, acabou por relegar uma geração inteira a fontes reduzidas e empobrecidas de
informações e conhecimentos.
A formação docente também sofreu intensamente com essa limitação nas fontes de informações.
Geralmente a formação docente se reduzia a uma “ideia” defendida por esse o aquele autor, com
pouca capacidade de confrontação entre ideias diferentes. Essa situação acabou por contribuir para
uma formação parcial, passional e com reduzido alcance pedagógico e didático, não obstante o
esforço empreendido pelos professores formadores de então.
REFERÊNCIAS
9
ANDRADE, M. M.. Introdução à metodologia do trabalho cientíco: elaboração de trabalhos na
graduação. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2001.
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iniciação cientíca. 2 ed. ampl. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2000, p. 49.
CERVO, A. L. BERVIAN, P. A. Metodologia cientíca. 5.ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A.: Fundamentos de Metodologia Cientíca. São Paulo. Ed.
Atlas, 1985.
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia Cientíca. 5ª ed. São Paulo:
Prentice Hall, 2002. 242 p.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A.: Fundamentos de Metodologia Cientíca. São Paulo. Ed.
Atlas, 1986.
MARTINS, J.; BICUDO, M.A.V. A pesquisa qualitativa em psicologia: fundamentos e recursos
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MINAYO M.C. O desao do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. Rio de Janeiro:
Abrasco; 2007.
MINAYO, M. C. de S. O desao do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo,
Hucitec-Abrasco, 1992. .
OLIVEIRA, D.P.R, Sistemas, organização e métodos: uma abordagem gerencial. 15. ed. São
Paulo: Atlas, 2005.
OLIVEIRA, S. L. Tratado de metodologia cientíca: projetos de pesquisa, TGI, TCC,
monograas, dissertações e teses. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. 320 p.
QUIVY, R., CAMPENHOUDT, L. V. (1995). Manual de Investigação em Ciências Sociais.
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