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RESUMO
Este estudo oferece informações acerca de como o direito natural e o direito positivista é visto
atualmente perante a sociedade e o Ordenamento Jurídico Brasileiro. O jusnaturalismo nasce
com o próprio ser humano e instituído acima do direito postulado por lei. O jusnaturalismo por
possui características de leis superiores compreendida pelo Direito Metafísico, cujos
pressupostos são os valores e a existência das leis naturais. Por outro lado, o direito positivo
caracterizado pelas leis produzidas pelo próprio homem, cujo os pressupostos é o próprio
ordenamento positivo fornecendo a existência de leis formais. Assim, questiona-se porquê da
necessidade da análise contemporânea do jusnaturalismo teológico para a aplicação do Direito
Penal Positivo? Ademais, o objetivo geral está em compreender qual a importância de trazer à
baila o jusnaturalismo teológico na aplicação do direito penal positivo, assim sendo, o campo
do Diireito tem milênios de anos de evolução. Ele e não é simples, ao contrário, é extremamente
complexo. O Direito sempre fez parte da vida em sociedade, pois sempre houve a necessidade
de o homem seguir regras, seja moral, social ou jurídica. Ante o exposto apresentado,
compreende-se que anterior a origem do Direito Penal como norma posta, os direitos naturais
existiam, os quais também são denominados de jusnaturalismo. Conclui-se dos dispositivos
legas, que a preocupação primordial do Estado é com o objeto jurídico protegido, bem como
nos direitos naturais.
SUMMARY
According to what has been exposed in this work, we sought to offer information about how
natural law and positivist law is currently seen in society and the Brazilian Legal System.
Jusnaturalism is born with the human being and instituted above the right postulated by law. In
natural law, for having characteristics of superior laws, a Metaphysical Law, whose
presuppositions are the values and the existence of natural laws. On the other hand, the positive
law characterized by the laws produced by man himself, whose presuppositions are the positive
ordering itself, providing the existence of formal laws. Thus, one wonders why the need for
contemporary analysis of theological legal naturalism for the application of Positive Criminal
Law? Furthermore, the general objective is to understand the importance of bringing to light
theological naturalism in the application of positive criminal law. Law has evolved over
millennia. It is not simple, on the contrary, it is extremely complex. Law has always been part
1
Discente do curso de Direito da Faculdade de Direito de Alta Floresta – FADAF, e-mail:
gustavobrum_costa@outlook.com.
2
Advogado Especialista, e professor no Curso de Direito da Faculdade de Direito de Alta Floresta (FADAF), e-
mail: dr.renatofabris@hotmail.com.
of life in society, as there has always been a need for man to follow rules, whether moral, social
or legal. In view of the above, it is understood that prior to the origin of Criminal Law as a rule,
natural rights existed, which are also called natural law. It is concluded from the legal provisions
that the State's primary concern is with the protected legal object, as well as with natural rights.
1 INTRODUÇÃO
O jusnaturalismo nasce com o próprio ser humano e instituído acima do direito postulado
por lei. Constitui-se em um conjunto de normas ou dos primeiros princípios morais, universais
e imutáveis. Baseia-se na ideia de justiça e da realização de justiça, na defesa dos interesses
inerentes aos seres humanos. Por outro lado, o juspositivismo é dominante nas sociedades
contemporâneas, mas limita-se em mandamentos que estão acima da vontade estatal por
refletirem a condição humana. Este, é o direito formal, escrito, todavia, nota-se que tanto a
corrente do jusnaturalismo e o juspositivismo se mesclam.
Destarte, o jusnaturalismo tem grande importância especialmente no direito internacional
no que se refere aos direitos humanos, pois, deve haver algumas normas básicas em todos os
povos para preservar a dignidade da pessoa humana. Essa escola acredita que o direito natural
é verdadeiro porque se origina da própria natureza humana. Portanto, para o jusnaturalismo há
valores que são imanentes do homem, seja qual for a sua cultura, ou mesmo o seu território.
Sendo assim, aquele que ajuda os jusnaturalistas acredita que deve existir uma lei única em
todas as ações e essa lei é eterna, porque ela advém de valores que devem reger toda a
humanidade. Um direito natural seria um direito universal, que seria o mesmo para todos os
povos. E assim, haveria um conjunto de princípios superiores que os orientam sobre o certo e o
errado.
Assim, questiona-se porquê da necessidade da análise contemporânea do jusnaturalismo
teológico para a aplicação do Direito Penal Positivo? Ademais, o objetivo geral está em
compreender qual a importância de trazer à baila o jusnaturalismo teológico na aplicação do
direito penal positivo. De forma sucinta, é pertinente elencar os conceitos, a evolução histórica
do jusnaturalismo também conhecido como Direito Natural. Inclusive destacar as diferenças
existentes entre o jusnaturalismo cosmológico, jusnaturalismo teológico e jusnaturalismo
racional, sob diferentes concepções. Sem esquecer de especificar o positivismo jurídico e o
pospositivíssimo jurídico, bem como descrever o Direito Penal positivo.
Portanto, o direito não é simples, ao contrário, é extremamente complexo. O Direito tem
uma função reguladora do convívio em sociedade, serve para orientar os comportamentos, as
condutas justas e para dar esta direção o Direito torna-se uma evolução social. Todavia, ele é
fruto do ser humano pensante que por razões biológicas e psíquicas sentiu a necessidade de se
agregarem em sociedade. E esses agrupamentos precisavam de regras para que pudessem ter
uma convivência pacífica. Este é um dos fundamentos de coesão existencial de uma sociedade.
2 CONCEITO DE JUSNATURALISMO
Neste sentido, convém destacar que todos os princípios, normas, leis e direitos (naturais)
que compõem o jusnaturalismo são tidas como universais, imutáveis, atemporais e invioláveis,
pois estão presentes na natureza do ser humano. Seja ele conhecido como Direito
Natural, Direito Moral ou Universal. Em suma, o Direito Natural está baseado no bom senso,
sendo este pautado nos princípios da moral, ética, equidade entre todos os indivíduos e
liberdade.
O pós-positivismo é uma relação ao positivismo jurídico, este é uma teoria jurídica, uma
corrente de pensamento do direito que reflete a concepção de uma ideologia vigente a partir do
advento do estado de direito do século XIX. A ideologia de que o juiz não cria direito e tão
somente aplica as leis, portanto, a lei é criada pelo parlamento, entre os representantes do turno.
Essa é a concepção vista como parte da corrente positivista e é exatamente aquilo que o pós-
positivismo buscava.
De acordo com Diniz (2016) o pós-positivismo não significa um rompimento completo
com positivismo jurídico. Porém, o pós-positivismo buscava esse aprimoramento do
pensamento jurídico, chamada de teorias da argumentação jurídica, isso é um dado interessante
para se perceber como o pós-positivismo se volta para questões ligadas à hermenêutica, a
interpretação, ao papel do juiz na decisão, ou seja, as questões ligadas à argumentação dentro
do direito. Isso é um elemento que representa uma grande diferença entre o pós-positivismo e
o positivismo jurídico.
Em síntese, como já foi citado em tópicos anteriores, o Direito evolui e se modifica
constantemente conforme as necessidades da sociedade, e devido a ineficácia e consequente
decadência do positivismo jurídico nos termos já alinhavados, em que o Direito era sinônimo
da lei e que a ética e a moral não faziam parte deste dueto. De fato, um novo pensamento jus
filosófico origina-se para impor.
Na visão pós-positivistas é necessário desenvolver uma série de instrumentos que sirvam
para que o juiz possa construir uma decisão judicial que mereça o título de racional, não seja
simplesmente um ato de vontade, um ato de poder, para o pós-positivismo na medida em que
essa decisão judicial se adequa aos critérios racionais poderá ser justificada e legítima. O pós-
positivismo representa em oposição ao positivismo, uma abertura aos valores e aos princípios,
então um desenvolvimento dentro da dogmática jurídica.
Sendo assim, um fator que contribui para o dever de conservar o jusnaturalismo está
baseado na sociologia. E neste ínterim, para Lordelo (2017, p. 28-29), a sociologia, como
diversos outros ramos das chamadas ciências humanas, apresenta um objeto impreciso. Sob um
aspecto amplo, a sociologia consiste na ciência social que tem por objeto o estudo das relações
humanas, ou seja, do comportamento do ser humano em relação a seus pares. Assim sendo,
também o Direito pode ser objeto da sociologia. De forma objetiva, pode-se definir a sociologia
jurídica como um ramo da sociologia geral que tem por objeto o estudo do Direito como fato
social, investigando a interação entre indivíduos sob normas jurídicas.
Sobrevém enfatizar, conforme ensinamentos do doutrinário supracitado que através da
sociologia ao estudar as relações entre controle social, transformações sociais e o direito
pressupõe a compressão que o jusnaturalismo sempre existiu, de igual modo, a conduta humana
inerente a sua natureza em ser classificada como obediente ou não à ordem jurídica. Adiante,
por óbvio, nos tempos atuais, a mudança social assume um novo significado, consistindo, em
sentido amplo, nas alterações das características de urna dada sociedade, e por isso, o
juspositivismo baseado no jusnaturalismo sofrem constantes mudanças, assim “ocorrendo
mudanças transformações jurídicas decorrentes de mudanças sociais e mudanças sociais
decorrentes de transformações jurídicas” (LORDELO, 2017, p. 38).
Dessa forma, na sua concepção, somente uma sociedade madura (iluminada e livre) pode
desenvolver um nível de compreensão necessário para se alcançar um processo racional de
reflexão pública acerca da vida social organizada, objetivando a conciliação dos interesses dos
cidadãos, como forma de garantia da liberdade de todos, através de normas gerais.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ante o exposto apresentado, compreende-se que anterior a origem do Direito Penal como
norma posta, os direitos naturais existiam, dos quais também são denominados de
jusnaturalismo. Em síntese o jusnaturalismo é divido em três: aquele advindo dos princípios
da natureza ou que foram revelados por Deus aos homens conhecidos como jusnaturalismo
teológico; ou da própria ideia de que existem leis naturais no universo denominado
jusnaturalismo cosmológico, ou constituem e cabe ao homem, usando a razão, descobri-las
chamado de jusnaturalismo racionalista.
Os direitos naturais possuem suma importância para o homem, pois eles são essenciais
em qualquer época histórica, por isso são considerados eternos, e é por base dos direitos naturais
que se originou os direitos positivado também conhecido como juspositivo e que estão presentes
na sociedade através do Ordenamento Jurídico elaborado pelos legisladores. O Direito está
inserido no cotidiano das coisas e dos seres, por isso são imutáveis e universais e são comuns a
todas as sociedades.
O Direito sempre fez parte da vida em sociedade, pois sempre houve a necessidade de o
homem seguir regras, seja moral, social ou jurídica. E deste modo é pelas duas correntes em
que o direito se divide que são correntes do jusnaturalismo e a corrente do juspositivismo que
regem as condutas humanos em sociedade. No jusnaturalismo por possuir características de leis
superiores, um Direito Metafísico, cujos pressupostos são os valores e a existência das leis
naturais. Por outro lado, o direito positivo caracterizado pelas leis produzidas pelo próprio
homem, cujo os pressupostos é o próprio ordenamento positivo fornecendo a existência de leis
formais.
Ao responder a problemática e atingir os objetivos propostos nesta produção verifica-se
que há necessidade da análise contemporânea do jusnaturalismo teológico para a aplicação do
Direito Penal positivo, em que pese a própria importância da existência do jusnaturalimo. Sendo
assim, analisando o Direito Penal observa-se, porém, que os avanços não foram de todo
positivos, pois se encontra arraigado nas teorias jusnaturalistas. Conclui-se dos dispositivos
legas, que a preocupação primordial do Estado é com o objeto jurídico protegido, bem como
nos direitos naturais.
REFERÊNCIAS
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