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DIREITO EMPRESARIAL/COMERCIAL

Nas sociedades em comum, sem personalidade jurídica, “Art. 990 CC. Todos os sócios
respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício
de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade.

Existe patrimônio especial em comum dos sócios, caracterizado pelos bens afetados ao
exercício da atividade e pelas dívidas dela decorrentes, conforme art. 988 do Código
Civil e o Enunciado 210 do CEJ, a seguir. “Art. 988. Os bens e dívidas sociais constituem
patrimônio especial, do qual os sócios são titulares em comum.” “Enunciado 210 CEJ –
Art. 988: O patrimônio especial a que se refere o art. 988 é aquele afetado ao exercício
da atividade, garantidor de terceiro, e de titularidade dos sócios em comum, em
face da ausência de personalidade jurídica.”

O art. 1.647, III, do Código Civil somente se aplica para os títulos de


crédito inominados (atípicos).
No caso de títulos de crédito nominados (típicos), é desnecessária a
outorga uxória ou marital, não se aplicando a regra do Código Civil.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.526.560-MG, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino,
julgado em 16/3/2017

Na união estável não se exige o consentimento do companheiro para a prática


dos atos previstos no art. 1.647 do CC.
Assim, uma pessoa que viva em união estável com outra pode prestar fiança
sem a necessidade de autorização de seu(sua) companheiro(a). não é nula nem
anulável a fiança prestada por fiador convivente em união estável, sem a
outorga uxória, mesmo que tenha havido a celebração de escritura pública
entre os consortes.4ª Turma do STJ no Resp 1299894/DF, Rel. Min. Luis Felipe
Salomão, julgado em 25/02/2014

Protesto cheque. Na falência - obrigatório. art. 94, I, da Lei 11.101/2005. deve ser
realizado em até seis meses contados do término do prazo de apresentação
Do ponto de vista cambial, protesto facultativo. a execução do cheque pode ser
direcionada contra o emitente, os endossantes ou os respectivos avalistas (art. 47 da
Lei 7.357/1985), sem necessidade de protesto (protesto facultativo).???? Verificar se
continua vigente

Conforme o art. 978 do Código Civil, o empresário não precisa da outorga conjugal
para alienar imóveis integrantes do patrimônio da empresa. “Art. 978. O empresário
casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de
bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus
real.”
 Súmula 258, STJ: A nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito não goza de
autonomia em razão da iliquidez do título que a originou. 

Lei 7357/85 - Dispõe sobre o cheque e dá outras providências

Art . 17 O cheque pagável a pessoa nomeada, com ou sem cláusula expressa ‘’ à ordem’’, é
transmissível por via de endosso. 

§ 1º O cheque pagável a pessoa nomeada, com a cláusula ‘’não à ordem’’, ou outra


equivalente, só é transmissível pela forma e com os efeitos de cessão.

C.C, Art. 888 A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como
título de crédito, não implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem.

Em regra, a duplicata é um título eminentemente causal, "na medida em que há uma estreita
vinculação ao negócio jurídico que lhe deu origem, uma compra e venda ou uma prestação de
serviços. Aceite - realizado pelo sacado, quem deve pagar.

Hipótese de aceite presumido, que ocorre quando o devedor (comprador) recebe, sem
reclamação, as mercadorias adquiridas e enviadas pelo credor (vendedor). Nesse caso,
ainda que a duplicata não seja aceita expressamente, o simples fato de o devedor ter
recebido as mercadorias sem recusa formal já caracteriza o aceite do título, que se diz,
portanto, presumido, provando-se pela mera demonstração do recebimento das
mercadorias. Excepcionalmente, a execução da duplicata aceita por presunção (aceite
presumido) deve, além da apresentação do título, ser realizado o protesto (mesmo que
a execução se dirija contra o devedor principal) e o comprovante de entrega da
mercadoria.
CRUZ, André Santa. Manual de direito empresarial - volume único. Ed. Juspodivm,
2021, p. 716.

O sacado poderá recusar o aceite em caso de avaria, não entrega ou atraso das
mercadorias, divergência prazos e preço.
Protesto por falta de aceite - também culmina no aceite presumido.
Duplicata sem aceite não pode ser executada. Assinatura de canhoto também não
permite a execução do título, então o protesto tem que ser realizado para a execução
forçada.

A nota promissória é um título de crédito no qual o emitente, por escrito, se


compromete a pagar (promessa de pagamento) uma certa quantia em dinheiro a uma
outra pessoa (tomador ou beneficiário). Então:
 sacador/promitente/emitente (chamado na LUG de subscritor): Rafaela
 tomador/beneficiário: Diego 
 endossante: Diego
 endossatário e portador do título: Roberto
 avalista: Beatriz (O aval considera-se como resultante da simples assinatura do
dador aposta na face anterior da letra, salvo se se tratadas assinaturas do
sacado ou do sacador - art. 31 da LUG)
DA PRESCRIÇÃO
LUG, Art. 70. Todas as ações contra o aceitante relativas a letras prescrevem em 3
(três) anos a contar do seu vencimento.
As ações do portador (Roberto)  contra os endossantes  (Diego)  e contra o sacador
prescrevem num ano, a contar da data do protesto feito em tempo útil, ou da data
do vencimento, se trata de letra que contenha cláusula "sem despesas".
As ações dos endossantes uns contra os outros e contra o sacador prescrevem em 6
(seis) meses a contar do dia em que o endossante pagou a letra ou em que ele próprio
foi acionado.

Comprovada a efetiva entrega das mercadorias mediante a apresentação do canhoto


assinado, havendo recusa do devedor em apor seu aceite na duplicata, é possível que
o credor realize um protesto por falta de aceite, a fim de vincular o devedor à
duplicata. Nesse hipótese, tem-se o que a doutrina denomina de aceite presumido.

Ademais, NÃO é possível executar diretamente a duplicata sem aceite ou o próprio


canhoto assinado, pois nenhum deles é título executivo. Frise-se que o protesto prévio
é essencial, pois existem hipóteses legais em que o devedor pode licitamente se
recusar a aceitar a duplicata, ainda que as mercadorias tenham sido efetivamente
entregues, citando-se como exemplo o fato de as mercadorias serem entegues
intempestivamente. Nessa hipótese, o devedor será notificado, por ocasião da
formalização do protesto, oportunidade em que informará que seu aceite é justificado,
o que leverá o tabelião a não protestar o título. Ou seja, o protesto tem como
finalidade demonstrar que a recusa do devedor é indevida, razão pela qual presumir-
se-á o seu aceite.

LEI Nº 5.474/86 (Lei de Duplicatas), Art . 8º O comprador só poderá deixar de aceitar a


duplicata por motivo de:

I - avaria ou não recebimento das mercadorias, quando não expedidas ou não


entregues por sua conta e risco;

II - vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias,


devidamente comprovados;

III - divergência nos prazos ou nos preços ajustados.

- Protesto - art 13 - a duplicata mercantil pode ser protestada por 3 motivos:

a) por falta de aceite

b) por falta de devolução

c) por falta de pagamento


Foi expedida uma duplicata mercantil, mas não consta do título o aceite do sacado. O
sacado também não formalizou a sua recusa no prazo estabelecido e as mercadorias
foram devidamente entregues e recebidas por um preposto do sacado, o que consta
em um canhoto assinado, em documento apartado do título. Diante desse cenário, a
execução forçada: somente se torna viável caso seja realizado o protesto do título

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