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Relatório

Tema: Análise Processual do caso Gerson

No dia em questão, foi solicitado pela professora Maria Laura uma análise
com olhar jurídico ao caso supracitado acima, que basicamente era uma
dissolução de casamento, com partilha de bens. Entretanto em uma cláusula do
acordo, ocorre um conflito, pois o Requerente Gerson encontra-se com o imóvel
que iria passar a Requerida, alienado com o Banco do Brasil. Nesse olhar, visto
que não seria viável efetivar o acordo com a primeira vertente de acordo. A
Requerida, solicita judicialmente um novo acordo, afastando a cláusula terceira,
assim pondo por fim a linde.

Nesse contexto foi desenvolvida a atividade com postulação de algumas


questões pertinentes ao caso, é subsequente a tal fato, foi delimitada a data de
entrega do trabalho até dia 08/09/2021.

Contudo, também foi estipulado que seria tal atividade efetuada por grupos de
3 integrantes cada, com intuito de facilitar a feitoria da atividade atribuída a
classe.
Relatório – Planilha de Cálculos ( Alimentos)

Data da aula:13/10

Na aula aprendemos sobre Cálculo de débito alimentar ,foi passado um caso


para exemplificar o tema. Um cliente que em 28/02/2019 foi condenado ao
pagamento de pensão alimentícia no valor correspondente a 40% do salário
mínimo vigente com vencimento todo dia 10 de cada mês, porém o executado
se encontrava em débito desde Julho de 2020.

Nesta aula aprendemos que nessa situação a parte ré deve provar o


pagamento das pensões ( se assim tiver feito), porém para a celeridade do
processo é interessante o advogado solicitar o extrato da conta bancária(
Quando o pagamento é realizado por transferência bancária) uma vez que o
pagamento é determinado através de depósito.

Outro ponto importante é atentar a todas as informações do caso e elaborar


uma planilha para analisar melhor a situação, a planilha deve ser feita da
seguinte maneira:

-Data de Vencimento ( a partir do mês do inadimplemento até a data da


petição);

-Valor da prestação Alimentar( Lembrando que se deve fazer o


acompanhamento do valor do contracheque uma vez que o valor do salário
mínimo pode sofrer alterações) e atualizar se houver alguma modificação da
base salarial;

-Calcular Juros e Correção monetária( No site do TJ tem o indicador de


correção monetária);

- Valor total( Corrigido e com juros)

Também aprendemos que a planilha necessariamente não precisa ser feita no


Excel, podemos utilizar o site do TJMG, basta apenas digitar CADEJ que será
fornecido uma aba para realizar o cálculo. Basta apresentar todas as
informações solicitadas que o próprio site fará o calculo e fornecerá a planilha
que constará o valor da divida, valor corrigido , juros e correção monetária e
honorários.

Muita facilidade e praticidade visto que a cada dia as pessoas estão em busca
de rapidez para resolver suas demandas, e que muitas pessoas não possuem
familiaridade com o Excel.

Uma dica importante dada em sala é sempre atualizar o valor para o cliente
não sair no prejuízo, tendo em vista que sabendo o valor do juros e da correção
poderá ser usado no acordo e seu cliente receber o valor principal sem sair
prejudicado, ou seja, no direito todo detalhe importa e é essencial para obter
êxito nos processos e o cliente sair satisfeito.
Relatório

Tema: Sustentação Oral

No que tange à sustentação oral, esta se trata do momento onde os advogados


possuem o direito de apresentar alegações orais no julgamento de recursos, bem
como, contrarrazões do recurso da parte contrária. Diante disso, a docente Maria
Laura ciente da tamanha importância de sabermos dominar tal requisito, propôs
em uma de suas aulas a sustentação oral em cima de uma apelação montada
em sala de aula mediante discussões a cerca do impasse.

Assim, a sustentação oral tem como base um processo de Ação Ordinária de


Cobrança, ajuizada pelo recorrido em face do requerido, afim de que o mesmo
realize o pagamento do débito remanescente pertinente à cédula de crédito
bancário por ele emitido.

No dia 17/11/2021 nosso grupo foi o responsável por apresentar a sustentação


oral. No que tange à argumentação, a colega Vanessa que representou o trio
separou a sustentação em partes: não amparo da Defensoria Pública devido a
atuação limitada da comarca quanto a natureza da demanda; indeferimento do
requerimento da intimação pessoal da parte ré; violação do direito à ampla
defesa (art. 5º, LV – Constituição Federal). Assim, seguido dos argumentos,
pede que seja cassada a sentença tendo em vista que é nula por cercear o
princípio da ampla defesa, encerrando a sustentação.

Por fim, a professora Maria Laura explanou a respeito de o advogado saber


dominar bem a sustentação oral, expondo pontos importantes, como a
tonalidade da voz quando se quer chamar atenção para algum fato, seja sucinto,
claro e objetivo.
EXCELENTISSÍMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2° VARA CÍVEL DA
COMARCA DE ANGRA DOS REIS- RJ

DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDÊNCIA AO PROCESSO N°0000000000000

CARLOS, solteiro, médico, inscrito no CPC sob o


n°321.449.897-9, residente e domiciliado na rua x, n°1001,
Cidade de Piúma/ES, Cep 35500-987, com endereço eletrônico
carlos@gmail.com

Vem respeitosamente com suporte no art.674 e seguintes do NCPC, ajuizar presente

EMBARGOS DE TERCEIRO
com pedido de medida liminar
em face de

Nelson, empresário, solteiro, inscrito no CPC sob o


n°456.258.456-98 residente a Rua Rodésia, n°12, Cep 78944-
654, Cidade de Angra dos Reis/RJ, com endereço eletrônico
Nelson@gmail.com

e como litisconsorte passivo

Joana, veterinária, solteira, inscrita no CPF sob o


n°456.147.455-78, com endereço eletrônico
Joana12@gmail.com, residente na Praça da República, cep
47.899741, cidade de São Paulo-SP.

Em razão das justificativas de ordem fática e direito, abaixo delineadas,

I- DA TEMPESTIVIDADE

Art. 675. Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo de


conhecimento enquanto não transitada em julgado a sentença e, no cumprimento de
sentença ou no processo de execução, até 5 (cinco) dias depois da adjudicação, da
alienação por iniciativa particular ou da arrematação, mas sempre antes da assinatura
da respectiva carta.

Conforme o texto apresentado, a presente ação tem por fundamento desconstituir ato
constritivo judicial, penhora, decorrente de ação de execução por título extrajudicial
Segundo Humberto Theodoro Júnior:

“Dispõe o art. 675 sobre a oportunidade de que dispõe o terceiro para fazer uso dos
embargos, tratando separadamente as hipóteses de atos derivados do processo de
conhecimento e de atos próprios do processo de execução

(a) se a constrição ocorre no curso de processo de conhecimento, o terceiro pode opor


embargos enquanto não ocorrer o trânsito em julgado da sentença;

(b) se a moléstia aos bens do estranho se dá na fase de cumprimento de sentença ou


em processo de execução, a oportunidade dos embargos vai até cinco dias depois da
arrematação, adjudicação ou alienação por iniciativa particular, mas nunca após a
assinatura da respectiva carta.

O trânsito em julgado é apontado pelo art. 675 apenas como marco temporal, já que
para o estranho à relação processual não se forma a res iudicata. Assim, mesmo
depois de ultrapassado o dies ad quem assinalado na lei, ao terceiro sempre estará
facultado o uso das vias ordinárias para reivindicar o bem constrito judicialmente.
Apenas não poderá se valer da via especial dos embargos disciplinados pelo art. 674.
Por isso, está assente na doutrina o entendimento de que nenhum terceiro está
jungido à obrigação ou ônus de usar dos embargos. Trata-se de simples faculdade
que a lei lhe confere, cuja não utilização em nada afeta o direito material do
interessado [ ... ]”

Por isso, tempestiva a demanda. A orientação da jurisprudência já está firmada


nesse diapasão:

APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS DE TERCEIRO. TEMPESTIVIDADE.

Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo de conhecimento


enquanto não transitada em julgado a sentença, e, no processo de execução, até 5
(cinco) dias depois da arrematação, adjudicação ou remição, mas sempre antes da
assinatura da respectiva carta. Hipótese em que foram opostos em data anterior.
Sentença desconstituída. Unânime [ .. ]

I.I – DA LEGITIMIDADE PASSIVA

A ação (processo de n° 0 000000)ora por dependência tem como partes o


embargado(Nelson) e, o polo passivo da mesma singularmente a senhora Joana.
Restando claro que o embargante não é parte na relação processual acima citada,
conforme se provará que o autor é possuidor direto do imóvel, constrito pela penhora.

Conforme o art.674 do NCPC “Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição
ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito
incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição
por meio de embargos de terceiro.

§1º Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive fiduciário, ou


possuidor.”

Ainda em concordância com o art.1.210 do CC “. O possuidor tem direito a ser mantido


na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência
iminente, se tiver justo receio de ser molestado.

§ 1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua


própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem
ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse.

§ 2o Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade,


ou de outro direito sobre a coisa.”

Súmula: 84 do STJ

E ADMISSIVEL A OPOSIÇÃO DE EMBARGOS DE TERCEIRO FUNDADOS EM

ALEGAÇÃO DE POSSE ADVINDA DO COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA DE

IMOVEL, AINDA QUE DESPROVIDO DO REGISTRO.

III – DOS FATOS

O embargante adquiriu um imóvel de Joana, uma casa para sua moradia, situada na
cidade de Piúma/ES. O instrumento particular de compromisso de compra e venda foi
assinado pelas partes em 10/01/2014, ocorre que 8 meses após a compra, quando foi
feito o levantamento de certidões para a lavratura da escritura da casa, foi descoberto
que havia uma penhora sobre o imóvel adquirido por Carlos .Imóvel este já quitado por
meio de um único depósito bancário destinado a senhora Joana.
Portanto, foi descoberto que 4 meses após a compra, Nelson entrou com processo em
face de Joana a fim de pegar o imóvel ( em forma de penhora) para quitação de uma
conta em nome da ex proprietária.

Portanto o embargante procurou a justiça para se fazer valer seus direitos, tendo em
vista que tal ato não é de sua responsabilidade e que o mesmo estava sendo muito
prejudicado pela situação e o desgaste que lhe está sendo gerado, uma vez que ele
teme perder sua moradia.

Sendo assim necessário a desconstituição da penhora e a manutenção do imóvel.

IV- DOS DIREITOS:

Conforme o Art. 674 do NCPC - Quem, não sendo parte no processo, sofrer
constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha
direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua
inibição por meio de embargos de terceiro.

§ 1º - Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive fiduciário, ou


possuidor.

Sendo assim, fica evidente que o autor não faz parte do outro processo, sendo
incontestável que o imóvel 4(quatro) meses antes da ação ajuizada em favor da
penhora, restando notório a incompatibilidade do direito do embargado em relação a
moradia de Carlos. Além do mais , a propriedade foi adquirida através de contrato de
compra e venda que farão valer os direitos do autor, sendo resguardado de qualquer
dano em decorrência de tal situação.

Conforme restou devidamente demostrado por meio de todos os fatos já


apresentados. O embargante vem sendo gravemente lesado em seu patrimônio no
que diz respeito ao direito de propriedade, estando amparado pela legislação
mencionada, em especial que dispõe o art. 678 do NCPC, que diz:

A decisão que reconhecer suficientemente provado o domínio ou a posse determinará


a suspensão das medidas constritivas sobre os bens litigiosos objeto dos embargos,
bem como a manutenção ou a reintegração provisória da posse, se o embargante a
houver requerido.

Parágrafo único. O juiz poderá condicionar a ordem de manutenção ou de


reintegração provisória de posse à prestação de caução pelo requerente, ressalvada a
impossibilidade da parte economicamente hipossuficiente.
Podendo portanto, o juiz determinar a manutenção e reintegração de sua propriedade
que é utilizada exclusivamente como sua única moradia.

Além do mais , o Art. 1.210 do CC O possuidor tem direito a ser mantido na posse em
caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver
justo receio de ser molestado.

§ 1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua


própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem
ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse.

§ 2o Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade,


ou de outro direito sobre a coisa.

Desta forma, tendo em vista que os presentes embargos encontram assentamento na


legislação brasileira , requer que seja recebido, reconhecido e provido de razões de
que fato lhe é de direito, uma vez que a posse está devidamente demonstrada e
portanto é rigor a concessão liminar para manutenção do embargante na posse do
imóvel em questão.

VI - DOS PEDIDOS:

Posto isso,

Comparece o embargante para requerer a Vossa Excelência tome as seguintes


providências:

a) Determinar, a liminar para a manutenção de posse em favor do embargante ( art.


678, do CPC);

b) Efetivar o pedido de desconstituição da penhora e/ou manutenção de posse do


imóvel;

c) Citação/intimação do embargado para responder aos embargos de terceiro ( art.


677 paragrafo 3° do NCPC);

d) Suspensão do feito principal ( art. 678, do NCPC);


e) Condenação de honorários sucumbenciais e custas processuais;

f) Indicação do endereço em que o advogado do requerente receberá as intimações;

g) Protesto pela produção de provas;

Dá-se o valor da causa o valor de R$300.000,00 que é o mesmo da Ação de


Execução Cogitada, a qual deu origem a contrição.

Respeitosamente, pede deferimento.

Angra dos Reis, 00 de Janeiro, de 0000.

A presente Ação incidental é instruída com cópia integral do processo de execução n°.
12323-33.210.11.06.0001, onde declara-se como sendo autênticos e conferidos com
originais todos os documentos ora colacionados, sob as penas da lei.

CODIGO DE PROCESSO CÍVIL

ART. 365. Fazem a mesma prova que os originais:

[ ... }

IV. As provas reprográficas de peças do próprio processo judicial declaradas


autenticas pelo próprio advogado sob sua responsabilidade pessoal, se não for
impugnada a autenticidade.

ART. 914 do NCPC O executado, independentemente de penhora, deposito ou


caução, poderá opor-se à execução por meio de embargos.

Paragrafo único. Os embargos a execução serão distribuídos por dependência,


autuados em apartado e instruídos com copias das peças processuais relevantes, que
poderão ser declaradas autenticas pelo advogado, sob sua responsabilidade pessoal.

Data Supra

Advogado – OAB – 112233

Discentes:
Italo Cardoso Leite

Mayra Aparecida Bernardes

Vanessa Rodrigues Santana


EXCELENTISSÍMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2° VARA
FEDERAL CÍVEL E CRIMINAL DA COMARCA DE DIVINÓPOLIS-MINAS
GERAIS

AUTOS N°10021508120204013811

ERNANDO IZAIAS TEIXEIRA, já devidamente qualificado


nos autos epígrafe que lhe move o Ministério Público
Federal , vem respeitosamente perante Vossa Excelência
apresentar
DEFESA PRÉVIA

Pelas razões de fato e de direito que passa a expor.

I- DA TEMPESTIVIDADE DO AUTO DE INFRAÇÃO AMBIENTAL

Tendo em vista a data da ciência da autuação, nos termos do art. 113 do


Decreto 6.514/2008 e art. 71 da Lei Federal 9.605/98, o prazo para
apresentar a Defesa Prévia é de 20 (vinte) dias úteis, contados da ciência
da autuação, bem como fica sobrestada até a data de realização da
audiência de conciliação. Portanto, é indiscutível a tempestividade da
presente defesa.

II- BREVE SÍNTESE DOS FATOS

No dia 19/02/2019 o Ministério Púbico alega que foi realizado uma fiscalização
no endereço do denunciado para verificação de seu plantel de aves. Alegam
que na ocasião o plantel possuía 10 pássaros cadastrados no SISPASS, com
apenas 8 encontrados no local, de modo que os outros 2, sendo 1 azulão e 1
trinca-ferro, que lá não estavam, teriam sido utilizados recebendo destinação
indevida.

Ademais, alegam alterações nas anilhas dos 8 pássaros encontrados no local,


alegando medidas incompatíveis com os padrões. Concluíram que nos termos
do laudo nº 1005/2020/SETEC/SR/PF/MG, eram falsificadas, apreendendo as
aves e entregues ao CETAS/BH.

Diante do equivocado entendimento, o Ministério Público Federal apresentou


denúncia sob a alegação que o denunciado havia praticado os delitos do art.
296, § 1º, I do Código Penal:

Art. 296 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:


I - selo público destinado a autenticar atos oficiais da União, de Estado ou
de Município;
(...)

E do art. 29, § 1º, III da Lei nº 9.605/1998:

Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna


silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença
ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida:
Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.

§ 1º Incorre nas mesmas penas:


(...)
III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em
cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da
fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e
objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ou
sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade
competente.

Além disso, alegaram que houve tentativa de contato telefônico com o


acusado, a fim de agendar reunião para acordo de não persecução penal, além
de notifica-lo a respeito da reunião agendada, concluindo que não havia o
acusado interesse no acordo.

No entanto, esta equivocada denúncia não merece prosperar, em virtude dos


fatos que serão apresentados a seguir.
III- DO DIREITO

Certo de que esta autoridade julgadora acolherá as informações prestadas e as


preliminares, ainda faz-se necessário adentrar no mérito da causa.

A Constituição Federal de 1988 assegura em seu art.5°,


que todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade, á segurança e á
propriedade, e ainda:

LV- aos litigantes, em processo judicial ou


administrativo e aos acusados em geral
são assegurados o contraditório e ampla
defesa, com os meios e recursos a ela
inerente.

De fato é evidente que não houve resistência por parte do réu a fiscalização de
seu plantel de aves, restando claro que o mesmo não tinha noção de que a
guarda das aves configurava um crime.

Outro ponto que vale destaque é o fato de que não há provas demonstrando
ciência ou autoria da falsidade, presumindo insuficiente para a condenação
em conformidade ao Artigo 386,VII do CPP e ao Princípio In dubio pro reo,
princípio este também garantido no Artigo11, item1 da Declaração dos Diretos
Humanos:

“Todo homem acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido


inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei,
em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias
necessárias á sua defesa”

Além disso não foi feita a devida análise técnica por peritos nas anilhas , ato
de extrema relevância para apurar os fato conforme o Artigo159, do CPC
O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.

Ademais, o arguido possui cadastro no SISPASS o que deixa claro que em


nenhum momento o mesmo tinha a intenção de agir em desconformidade com
a lei, em relação as duas aves que não foram encontradas no local, não foi
comprovado que as espécies receberam destinação em desconformidade com
a regulamentação.

Cumpre ainda destacar que sendo o principal canal de comunicação do INEA


com os criadores de aves, o portal SISPASS deveria possuir uma
acessibilidade melhor e facilidade para pessoas que não possuem facilidade de
manejo com a tecnologia ou até mesmo que não possuem acesso a internet.

Inclusive constantemente é alvo de noticiários, que destaca as diversas


inviabilidades técnicas do sistema no decorrer de seu uso.

Ademais, no que diz respeito ao crime contra a fauna não foi provado o dolo,
sustentando não existir prova que o réu tinha consciência da licitude de sua
conduta.

Conforme o Art. 18,I do CP “doloso, quando o agente quis o resultado ou


assumiu o risco de produzi-lo”.

Fato este que não foi comprovado.

Por ventura, se todos os fatos demonstrados não forem suficientes para a


absolvição da parte ré , que seja convertida apena corporal em prestação de
serviços á comunidade conforme o artigo 8°,I, da Lei9.605/98.

Vejamos :

EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. FALSIFICAÇÃODE SINAL PÚBLICO.


ART.296,§1°,III,DOCP. PÁSSAROS SILVESTRES. ANILHAS
IDENTIFICADORAS DO IBAMA. ADULTERAÇÃO. MATERIALIDADE
DEMONSTRADA. DOLO.DÚVIDA. ABSOLVIÇÃO MANTIDA POR
FUNDAMENTO DIVERSO. RECURSO DA ACUSAÇÃO IMPROVIDO. CRIME
CONTRA A FAUNA. ARTIGO29,§1,III, DA LEI 9.605/98. ERRO DE
PROIBIÇÃO. CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE. CONDENAÇÃO MANTIDA.
PENA SUBSTITUÍDA. RECURSO DA DEFESA PARCIAMENTE PROVIDO

PROCESSO N°0001598-40.2013.4.03.6102/SP

Portanto, diante os argumentos acima citados e a jurisprudência tem-se pelo


necessário arquivamento do processo.

IV- DOS PEDIDOS

Diante exposto, requer que :

a) Que seja arquivado e julgado improcedente ação proposta pelo Ministério


Público Federal.

b) a comunicação de tal ato à Polícia Federal, para atualização dos registros


criminais;

c) a realização das inquirições/diligências

d) Que seja deferido em caráter URGENTE a perícia das anilhas

e) A inversão do ônus da prova

f) De acordo com o Código de Processo Civil, que sejam admitidos todos os


meios de provas

g) Justiça gratuita

h) Que este pedido seja deferido como procedente e o réu absolvido

Termos que, pede e aguarda deferimento

Local/data

ADV/OAB

Italo Cardoso Leite

Mayra Aparecida Bernardes


Vanessa Rodrigues Santana
AO JUÍZO DE DIREITO DA 1ª VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA
DE DIVINÓPOLIS/MG

Autos nº: 5011428-03.2019.8.13.023

Mauro Sérgio Joaquim Pereira, já devidamente qualificado


nos autos do processo, vem por meio de seu advogado,
respeitosamente perante vossa excelência, apresentar a
presente:

IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO

em face de Evelyn Luyza Duarte Pereira, já qualificado nos


autos, representada por sua genitora Vanessa Cristine Floriano
Duarte, também já qualificada, pelas razões de fato e de direito
que passa a aduzir e no final requer

I- DAS ALEGAÇÕES DO REQUERIDO

O requerido comparece aos autos, argumentando:

1 – Que houve melhora significativa na vida do requerente;

2 – Que seja revisionado o pensionamento em 35% do salário mínimo vigente;

3 – A pretensão revisional mostra manifestadamente improcedente, tendo em vista


que a parte requerente limitou-se a informar, de maneira absolutamente genérica e
abstrata, que a sua situação financeira modificou para pior;

4 – Nos termos do Art.1.699 seja analisado o binômio necessidade/ necessidade;

5 – Negligenciamento dos ônus que lhe pertencem, em demanda judicial que se


assenta eminentemente em questões de fato;

6 – A situação financeira do requerente não piorou, conforme indicam fotos


acostadas, demonstrando um estilo de vida totalmente incompatível;

7-Seja julgado improcedente a ação revisional , tendo em vista que há provas


suficientes que demonstram que o requerente possui condições financeiras.

II – DA VERDADE DOS FATOS


O réu trouxe em sede de contestação alegações infrutíferas no que concerne ao
atual estado financeiro do requerente, afirmando não haver, o mesmo, provas
suficientes que conste o aumento de gastos que afeta no pagamento do valor fixado
em 35% do salário mínimo.

Ora, resta inequívoco este fundamento da requerida em sua contestação, uma vez
que estão comprovadas em forma documental, os gastos exorbitantes que
comprometem ao requerente o pagamento anteriormente fixado. Tais comprovantes
se apresentam em forma de contrato de locação no valor de R$ 990,00 (novecentos
e noventa reais) mensais, despesas como conta de água, energia, cupom fiscal de
supermercado. Portanto, o ônus de provar a qual tem obrigação o requerente,
mostra-se mais que comprovado.

Outro aspecto elencado pela requerente, o fato de constituir nova família não
acarretar despesas. O aumento de uma pessoa na base familiar, não ocasiona
gastos a mais? Obviamente, que as despesas para manter uma pessoa a mais são
maiores, a conta de energia vai vir a mais, o valor do supermercado vai aumentar.
Portanto, não este argumento não se sustenta, até mesmo por questões lógicas e
matemáticas.

Portanto, não houve apenas uma suposta piora na situação financeira do requerente
como elencado na contestação, mas sim um aumento de despesas desproporcional
ao valor que o mesmo recebe (R$ 1086,00 / mês), como comprovado em carteira
assinada pelo empregador.

Ademais, a alegação do não reconhecimento da piora financeira através de fotos em


momentos de lazer, não se solidifica, uma vez que, a representante da requerida,
esbanja em redes sociais viagens à lugares caros como Campos do Jordão, que
financeiramente não se comparam aos momentos de simples lazer do requerente.

Desta forma, diante tantos meios probatórios, cai por terra o argumento de que não
está comprovada a piora financeira do requerente. Assim, sendo imprescindível a
revisão dos alimentos para fixação de 25% do salário, para que não haja
comprometimento do sustento do requerente e sua esposa.

II- DO DIREITO
Nos termos do Art. 1.695 do Código Civil Brasileiro, os alimentos quando
fixados deverão sempre obedecer o binômio necessidade- possibilidade,
não devendo desfalcar o necessário ao sustento do Devedor, devendo
ser, como amplo entendimento jurisprudencial e doutrinário, fixados de
acordo com o percentual dos rendimentos do Requerido, neste sentido:

TJ-RJ Agravo Instrumento AI 70062800537RS(TJ-RS) Data de publicação:


27/04/2015 Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALIMENTOS.
FIXAÇÃO EM PERCENTUAL DO SALÁRIO MINIMO.
Os alimentos devem ser fixados de acordo com o percentual dos
rendimentos do agravante porque, assim, melhor atendem o binômio
necessidade-possibilidade. DERAM PARCIAL PROVIMENTO AO
AGRAVO DE INSTRUMENTO. ( Agravo de Instrumento N°
700062800537, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Alzir Felippe Schmitz, Julgado em 23/04/2015.

TJ – RS – Apelação Cível AC 70067045476 RS ( TJ- RS) Data publicação:


01/12/2015 Ementa: Apelação. Revisional de Alimentos. Percentual sobre
rendimentos em caso de alimentos com emprego fixo. Percentual sobre o
Salário-Mínimoem caso de desemprego. A fixação em 30% sobre
rendimentos em caso de pai/alimentante, para caso dele ter emprego fixo
ou formal, considerando que são alimentos destinados para 1 filho menor,
esta em consonância com o que esse colegiado tem fixado em casos
análogos. Procedentes. A fixação para o caso do alimentante não ter
emprego fixo ou estar desempregado deve se dar em 30% do salario
mínimo, pois esse foi o valor pedido pela alimentada, e esse foi o valor
ofertado pelo próprio alimentante em audiência , com concordância
expressa da alimentada. DERAM PARCIAL PROVIMENTO. ( Apelação
Cível n°70067045476, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: José Pedro de Oliveira Eckert, julgado em 26/11/2015).
Ante todo o exposto, passa-se então ao pedidos finais.
III- DOS PEDIDOS

Ante o exposto, fica evidente que o requerente encontra-se em péssima situação


financeira . Neste quesito o aumento do valor da pensão mensal em 35% do
salário mínimo vigente torna-se excessivamente superior as condições do
mesmo, razão pela qual pleiteia a impugnação da revisional de alimentos
proposta pela menor impúrbere .

Portanto, é compreensível a necessidade da Ação Revisional de Alimentos ,


solicitando a diminuição do valor a ser pago, mediante provas de que está
absolutamente impossibilitado de arcar com a despesa no montante pedido pela
requerida.

Por fim, reiteram-se os pedidos formulados na “Ação Revisional de Alimentos


com pedido de Tutela Antecipada” Processo n° 5011428-03.2019.8.13.0223, bem
como, os fundamentos de direito, afastando-se todos os argumentos contidos na
contestação da requerida, e julgando-se o petitório do requerente totalmente
procedente .

Nestes termos,

Pede deferimento.

Divinópolis - MG, 28 de setembro de 2021

_________________________________

Advogado

OAB/MG

Discentes:

Italo Cardoso Leite

Mayra Aparecida Bernardes

Vanessa Rodrigues Santana


EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA
_____ DA COMARCA DE CANTO DISTANTE / RJ.

Processo nº XXXXXXXXXXXX

LUIZ, já devidamente qualificado nos autos da ação de indenização, processo


em epígrafe, que lhe move em face de ROBERTO, também já qualificado nos
autos, vem, por via de seu procurador que esta subscreve, não conformado
com a sentença proferida às fls. XX, interpor o presente:

RECURSO DE APELAÇÃO

Com base nos arts. 1009 a 1014, ambos do CPC, requerendo na


oportunidade, que o recorrido seja intimado para, querendo, ofereça as
contrarrazões e, ato contínuo, sejam os autos, com as razões anexas,
remetidos ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro para os
fins de mister.

Termos em que,

Pede Deferimento.

Canto Distante - RJ, 19 de outubro de 2021.

Amanda Rodrigues Bernardes

OAB/MG Nº
RAZÕES RECURSAIS

APELANTE: LUÍZ

APELADO: RICARDO

ORIGEM: AUTOS Nº XXXXXX

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Colenda Câmara

Ínclitos Julgadores

I. DA SÍNTESE FATÍCA,

O apelante foi contratado pelo apelado para fazer um trabalho de


transporte, leva-lo no dia 2 de Março de 2017, do município Canto Distante
,pequena cidade no interior do Estado do Rio de Janeiro onde ambos são
domiciliados, até a capital do Estado lugar no qual o recorrido participaria de
uma pré-seleção de um concurso televisivo de talentos musicais.

Entretanto, na manhã em que se daria a viagem ,o apelante se recordou


que havia esquecido de fazer a revisão em seu veículo, tornando impossível
a realização da viagem tendo em vista o risco que corriam e devolveu o valor
que já havia sido pago.

Diante da situação, o recorrido se viu impossibilitado de ir ao local onde


ocorreria a pré-seleção do concurso, ademais havia sido pego desprevenido
com a informação do recorrente, e neste sentido procurou a justiça para que
fosse indenizado por perdas e danos, uma vez que não conseguiu participar
do concurso.

Neste sentido, inconformado com a sentença proferida o apelante


solicitou uma apelação em face do autor da ação inicial, com base na alegação
de que o músico poderia ter tomado um ônibus na rodoviária de sua cidade e
assim conseguir chegar a tempo de participar da pré-seleção.

No entanto, como demonstrado a seguir, a sentença não merece


prosperar, devendo a mesma integralmente reformada.

II. DO MÉRITO E DAS RAZÕES DA REFORMA

A r. Sentença preferida pelo juiz na Ação Indenizatória proposta pelo


apelado em face do apelante, deve ser integralmente reformada , pois
está equivocada quanto a decisão em desfavor ao réu, pelos fatos a serem
apresentados.

Primeiramente, o caso em questão trata-se de responsabilidade


contratual, decorrente do inadimplemento do negócio firmado entre o
apelante e o apelado. Quanto a esta responsabilidade, o art. 475 do Código
Civil diz:

Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento


pode pedir a resolução do contrato, se não
preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em
qualquer dos casos, indenização por perdas e
danos.

Segundo artigo exposto, o credor inadimplido tem o direito de pedir


a resolução do contrato com a possibilidade de pedir perdas e danos.
No entanto, a indenização em questão está condicionada a lesão comprovada,
ou seja, que realmente comprove que tenha ocorrido o efetivo prejuízo.
Portanto, não há justificativa quanto o arbitramento pelo juízo
sentenciado, não há qualquer elemento probatório, uma vez que,
perdas e danos não se presumem, conforme art. 944 do Código Civil,
a indenização é medida conforme extensão do dano, e no caso em
questão como decidir por indenização se não foi comprovada a
extensão do dano? Além disso, Ricardo se aceitou de forma espontânea a
resolução do cotrato através do valor devolvido por Luiz.

Ademais, a falta de esforço de Ricardo em realizar a viagem para


capital do Rio de Janeiro, é fato concorrente da vítima, assim como dispõe o
art. 945 do Código Civil:

Art. 945. Se a vítima tiver concorrido


culposamente para o evento danoso, a sua
indenização será fixada tendo-se em conta a
gravidade de sua culpa em confronto com a do
autor do dano.

Desta forma, caso entenda por algum dano imputável a Luiz, a


indenização deverá acompanhar a proporcionalidade devido ao fato
concorrente de Ricardo, ou seja, deverá a indenização ser diminuída.

Além disso, conforme entendimento doutrinário quanto jurisprudencial,


é imprescindível para que cofigure a teoria da perda de uma chance, a
existência da probabilidade séria e real da obtenção de um benefício. O
Ministro Luis Felipe Salomão, quando do julgamento do REsp
1.190.180/SP, tratou do tema, pelo que se passa a transcrever trecho do
seu voto: Nesse cenário, a teoria da perda de
uma chance (perte d'une chance )
“Primeiramente, cumpre
visa à responsabilização do agente
delinear, com mais precisão, do que
causador não de um dano
cogita a teoria aventada no acórdão
emergente, tampouco de lucros
recorrido, conhecida no direito
cessantes, mas de algo
brasileiro, por influência francesa,
intermediário entre um e outro,
de "teoria da perda de uma
precisamente a perda da
chance". É certo que,
possibilidade de se buscar posição
ordinariamente, a responsabilidade
mais vantajosa que muito
civil tem lugar somente quando há
provavelmente se alcançaria, não
dano efetivo verificado, seja moral,
fosse o ato ilícito praticado. Daí
seja material, este último subdivido
porque a doutrina sobre o tema
na clássica estratificação de danos
enquadra a perda de uma chance
emergentes e lucros cessantes.
em uma categoria de dano
específico, que não se identifica novo Código Documento: 12820604
com um prejuízo efetivo, mas, –
tampouco, se reduz a um dano RELATÓRIO, EMENTA E VOTO – Site
hipotético (cf. SILVA, Rafael Peteffi certificado Página 6 de 10 Superior
da. Responsabilidade civil pela Tribunal de Justiça Civil, volume
perda de uma chance: uma análise XIII (…). Rio de Janeiro: Forense,
do direito comparado e brasileiro. 2007, p. 97). Com efeito, a perda
São Paulo: Atlas, 2007). No mesmo de uma chance – desde que essa
sentido é o magistério de Carlos seja razoável, séria e real, e não
Alberto Menezes Direito e Sérgio somente fluida ou hipotética – é
Cavalieri Filho, no sentido de considerada uma lesão às justas
aplicar-se a teoria da perda de uma expectativas frustradas do
chance "nos casos em que o ato indivíduo, que, ao perseguir uma
ilícito tira da vítima a oportunidade posição jurídica mais vantajosa,
de obter uma situação futura teve o curso normal dos
melhor, como progredir na carreira acontecimentos interrompido por
artística ou no trabalho, conseguir ato ilícito de terceiro(...) " (SAVI,
um novo emprego, deixar de Sérgio. Responsabilidade civil por
ganhar uma causa pela falha do perda de uma chance. São Paulo:
advogado etc" (Comentários ao Atlas,
2006, p. 101).
Portanto, não restou comprovado no caso em questão a chance
séria e real, mas sim hipotética, uma vez que, não havia a certeza mínima
quanto à participação do apelado no concurso televisivo.

Deste modo, não restou alternativa ao apelante senão a interpor


recurso de apelação, para que seja integralmente reformada a sentença.

II. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS


Diante do que foi exposto fica evidente que o apelante não pode ser
responsabilizado pelo não comparecimento do apelado ao evento, uma
vez que havia outras possibilidades para que o mesmo conseguisse se
deslocar para o local onde seria realizada a préseleção.
Além do mais, o apelante devolveu o dinheiro que lhe havia sido pago
para a realização do trabalho, o que poderia ter sido utilizado para
procurar outro motorista disponível ou até mesmo para a compra da
passagem na rodoviária da cidade... Outro ponto que vale destacar é o
fato de que não era certo que o apelado conseguiria passar pela préseleção
tratando-se de algo futuro e incerto.

Neste sentido, requer o conhecimento e provimento do presente


recurso de apelação, a fim de reformar a sentença, haja vista o error in
judicando , julgando improcedente o pedido deduzido na exordial,
pedindo-se ainda os benefícios da justiça gratuita. A inversão do ônus de
sucumbência e a fixação de honorários advocatícios

Diante do exposto, requer-se:

Termos em que,

Pede Deferimento.

Canto Distante - RJ, 19 de outubro de 2021.

André Albuquerque Resende

OAB/MG nºxxxxxx

Discente: Ítalo Cardoso Leite

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