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O que é o Marketing mix?
Os designados 4Ps do Marketing Mix são considerados as bases de uma estratégia de promoção e
marketing de um produto ou serviço junto do respetivo público-alvo:
De acordo com esta teoria, estes 4 elementos devem ser analisados em conjunto de forma a
atingir o mercado-alvo do produto ou serviço, destacar o valor da marca, consolidá-lo, e
diferenciar-se da concorrência.
A segunda estratégia foi experimentada pela Apple, com tremendo sucesso, ao lançar o primeiro
iPhone. Aqui, Steve Jobs e a sua equipa, souberam criar uma necessidade nova nos
consumidores. Esta foi, na altura, uma estratégia disruptiva.
Aqui, o produto e a forma como é entregue, nasce de uma lacuna de mercado. A capacidade de
reagir com enorme rapidez às novas tendências de moda no mundo inteiro (ou a súbitos
aumentos de procura de determinada peça) é algo que não existia, e continua a não existir, entre
os concorrentes da chamada "fast fashion".
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PRODUTO (PRODUCT)
O PRODUTO EM CASO REAL: O EXEMPLO DA ZARA
Qual o produto e a quem se dirige? Vestuário e acessórios de moda, para um vastíssimo número
de consumidores, de vários segmentos etários e sociais, de várias culturas, de vários grupos,
mulheres, homem e criança. O produto tem como alvo o consumidor "trendy", que gosta de
"estar na moda" por um preço "aceitável".
A Zara introduziu o conceito de "fast fashion" em 1975 (em Espanha), algo que não é feito para
muito uso, mas para trocar constantemente. E a relação qualidade-preço parece ser perfeita para
os consumidores.
Os novos modelos são introduzidos numa base semanal. O número de peças por modelo é
reduzido e cada cliente acaba por ter a perceção de que o seu modelo é "relativamente" único.
Consegue o efeito de "falsa escassez" e, portanto, aumenta o desejo pelo produto. Ao mesmo
tempo consegue responder, em dias, à súbita popularidade de uma peça porque, por exemplo,
aparece numa figura pública, ator ou pessoa famosa. 7
PRODUTO (PRODUCT)
O PRODUTO EM CASO REAL: O EXEMPLO DA ZARA
A Zara não produz roupa em quantidade, mas designs em quantidade. Mais de 10.000 por ano. Se
um modelo esgota rapidamente, há outro a entrar. Se uma peça não tem saída, é recolhida
(normalmente após uma semana). Esta estratégia "empurra" o consumidor para a loja para estar
sempre atualizado e "não perder" um determinado modelo ou tendência.
Isto só é possível com o domínio da cadeia de valor, ou seja, estando completamente integrada
verticalmente. A Zara desenha, concebe, produz e distribui. Possui equipas de designers a
trabalhar em permanência, e cerca de 60% da produção é manufacturada pela própria em regiões
de proximidade.
Em cada país há pontos de venda que são fonte de inspiração para novas peças ou para reforço de
outras. Estas lojas são consideradas as que melhor refletem os gostos dos consumidores daquele
país (as "flagstores") e produzir o produto certo.
As lojas não oferecem todas as mesmas peças, nem no mesmo país, nem entre países. Para a
Índia, por exemplo, os designers da Zara trabalham no sentido de uma moda que incorpore,
simultaneamente, a cultura local.
A Zara tem o foco no consumidor levado ao limite e conseguiu instituir a verdadeira "cultura da
marca". O outro segredo é a rapidez de criação e de entrega ao principal "designer" da Zara, o
próprio cliente.
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PRODUTO (PRODUCT)
QUESTÕES ESSENCIAIS AO DEFINIR O PRODUTO
• qual o público-alvo;
• terá ou não embalagem, qual a melhor opção, qual o impacto nos custos;
E tudo isto deve ser respondido à luz do ciclo de vida do produto que é preciso antecipar.
Se um produto é inovador, numa primeira fase o produto é único e o preço é mais alto. Depois, à
medida que a concorrência o copia e aumenta a oferta, o preço vai descer e as estratégias de
marketing delineadas para o produto único não vão funcionar em concorrência. Com a tecnologia
e inovação atuais, muitos produtos e serviços têm ciclos de vida curtos. Há que antecipar estes
movimentos do mercado e inovar constantemente.
Podemos dizer que o produto Zara também nasce para um "ciclo de vida curto", aqui não no
sentido estrito do "produto roupa", mas no sentido dos modelos. Neste caso, a Zara usa a
tecnologia e a inovação, em todas as fases do ciclo produtivo (da produção à distribuição) para
manter os seus fãs servidos de novas tendências de moda, a uma velocidade que não é batida pela
concorrência.
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PREÇO (PRICE)
O consumidor avalia o custo-benefício de um produto para a tomada de decisão de comprar ou
não comprar. Muitos fatores intervêm neste processo, uns objetivos e outros associados à forma
como o consumidor percebe a marca e o produto, algo do foro psicológico e social que exige um
conhecimento profundo do consumidor.
Quanto maior o valor percebido pelo cliente, maior o preço que ele está disposto a pagar.
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PREÇO (PRICE)
Na verdade, há que encontrar o preço que aumenta a faturação, mas também os resultados. Não
basta vender muito e ficar com uma estrutura de custos por pagar. Há que vender de forma
rentável, depois de deduzidos todos os custos diretos e imputados àquele produto ou serviço.
Nos projetos com forte investimento inicial, é normal um "período no vermelho". Terá que ser
um período muito controlado até se atingir o chamado "break-even", o ponto em que despesas e
receitas ficam "ao par". A partir daí, se tudo correr como previsto, o produto irá começar a gerar
um resultado positivo.
No caso da Zara, estamos perante uma empresa de "luxo acessível", pensado para a classe média.
E é assim que o consumidor a percebe.
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PREÇO (PRICE)
QUESTÕES ESSENCIAIS AO DEFINIR O PREÇO
Colocar um preço num bem ou serviço não é tarefa fácil. Algumas das questões que devem ser
respondidas antes de avançar serão estas:
• até onde posso descer o preço e qual o maior preço que os consumidores estarão
disponíveis para pagar;
• como faço o consumidor ter uma correta perceção de valor do meu produto;
• formas de pagamento.
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DISTRIBUIÇÃO (PLACE)
O produto tem de ir ao cliente e não o contrário. Pode vender em lojas físicas, online (e-
commerce), fazer entregas ou não. Pode ainda optar por uma estratégia integrada (omnichannel),
com diversos canais em simultâneo, garantindo a melhor experiência aos consumidores.
Certamente, já viu muitas lojas físicas fecharem sucessivamente num determinado local.
Provavelmente pensou, não tinham garagem nem parque de estacionamento perto e era proibido
estacionar na rua. E, também, possivelmente, o cliente alvo era o que se desloca de carro
(imagine uma clínica privada, por exemplo).
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DISTRIBUIÇÃO (PLACE)
Imaginem agora que existe um produto cujo mercado-alvo são as pessoas mais velhas, já na sua
reforma, do interior do país, aquelas que, por regra, não têm redes sociais ou smartphones. Que
aconteceria se colocasse o seu produto à venda no Instagram? Este é um exemplo extremo, mas
"vai ao cliente" através de um processo contínuo de expedição, 24 horas por dia, 365 dias por
ano, a partir do principal centro de distribuição em Espanha, onde os produtos são inspecionados,
Cada uma das milhares de lojas é abastecida duas vezes por semana. Em muitos casos, as lojas
recebem novos artigos em 48 horas. Pelo meio está também a resposta ao pedidos online. 18
DISTRIBUIÇÃO (PLACE)
A DISTRIBUIÇÃO EM CASO REAL: O EXEMPLO DA ZARA
Tudo isto é possível devido ao total controlo da cadeia produtiva (incluindo a maioria das lojas) e
a uma base tecnológica e de inovação fortíssimas que passa, por exemplo, por uma sofisticada
gestão de stocks.
A gestão de stocks, que é integrada (um único stock para lojas físicas e online) permite, entre
outros, que seja o "ponto" mais próximo a satisfazer uma encomenda online. Pode ser uma loja
física a fazê-lo. De acordo com a empresa, são precisos apenas oito minutos, contados a partir do
momento em que chega a encomenda, até haver uma decisão sobre a equipa que responde e ser
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DISTRIBUIÇÃO (PLACE)
QUESTÕES ESSENCIAIS AO DEFINIR A DISTRIBUIÇÃO
A que perguntas deve tentar responder antes de avançar:
• quem vai ser o cliente do meu produto; vou vender a empresas ou ao consumidor
• onde está o cliente do meu produto, como e onde se desloca (relevante para lojas
físicas);
armazenamento;
• tempo de entrega;
Há que definir a estratégia de promoção certa, seja ela através de revistas, jornais, TV
(generalista ou não), YouTube, Facebook, Instagram, e-mail, bloggers, influenciadores, offline ou
online. Hoje há infindáveis canais de comunicação que podem ser usados, tudo vai depender do
tipo de mercado-alvo. Irá também depender dos custos associados e do peso que isso irá ter no
preço final do produto ou serviço. Na promoção online, existem muitas ferramentas de ajuda para
analisar, por exemplo, como se comportam os websites de produtos ou serviços da concorrência.
Mas também pode, como a Zara, por exemplo, não fazer promoção dos produtos.
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PROMOÇÃO/COMUNICAÇÃO
(PROMOTION)
A PROMOÇÃO/COMUNICAÇÃO EM CASO REAL: O EXEMPLO DA ZARA
A Zara apenas anuncia / promove a abertura de novas lojas e apoia-se quase exclusivamente no
aplicado sobretudo na escolha de lojas estratégicas e a Zara faz delas o seu principal meio de
promoção:
• "uniformes" dos vendedores são roupa Zara, diferente de região para região,
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refletindo as respetivas condições socio-económicas.
PROMOÇÃO/COMUNICAÇÃO
(PROMOTION)
A PROMOÇÃO/COMUNICAÇÃO EM CASO REAL: O EXEMPLO DA ZARA
A Zara ainda beneficia de bloggers e influencers, que desfilam os seus modelos nas redes sociais
e que fazem com que determinadas peças se tornem "virais". Ou ainda, da influência de uma
figura pública, celebridade, a partir do momento em que veste determinada peça Zara. Depois, o
No entanto, esta situação não se deve manter após o impacto da pandemia por Covid-19. Depois
de encerrar mais de 1.000 lojas, a Zara tem já em curso um plano para recuperação de algum
"atraso digital" face aos seus concorrentes. O investimento nesta área deverá passar por um maior
envolvimento com as comunidades online (nomeadamente redes sociais), maior integração entre
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PROMOÇÃO/COMUNICAÇÃO
(PROMOTION)
QUESTÕES ESSENCIAIS AO DEFINIR A PROMOÇÃO/COMUNICAÇÃO
Eis algumas das questões a que deve tentar responder antes de avançar:
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MARKETING MIX
Todas estas variáveis estão relacionadas. Alguns exemplos poderiam ser dados em qualquer dos 4
Esta abordagem surge pela primeira vez em 1960, no livro "Basic Marketing: a managerial
approach", de W. Perrault Jr., JP. McCann e E. Jerome McCarthy, tendo sido McCarthy o
responsável pelo que ficou mais tarde conhecido pela "managerial approach" e pelo
Nos dias de hoje, estas variáveis perderam o propósito e enquadramento iniciais. Há quem
considere que está teoria está morta, outros que ela pode ser lida "com olhos" do séc. XXI.
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MARKETING MIX
A verdade é que têm surgido muitas derivações ao longo do tempo, como os 7 Ps, 8 Ps, ou 4 Cs.
Por outro lado, com o evoluir dos mercados, com o aumento do grau de perceção e exigência dos
Possivelmente, esta teoria continua implícita nas estratégias dos dias de hoje. Pode ser uma base
que é depois enriquecida, desenvolvida, adaptada aos novos tempos, com nova roupagem ou
novo nome.
No final, tudo pode resultar num processo mais ou menos sofisticado do que o original, ou
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Evolução do Marketing Mix
De 4 P’s a 7 P’s
Com o aumento da importância no mercado dos serviços e, consequentemente, do
estudo do marketing de serviços, o mix de marketing tinha também que evoluir e ir ao
encontro do necessário para o estudo destes (serviços), incluindo assim, novas
variantes de estudo.
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7 P’s do Marketing
People → Pessoas
Process → Processos
Os colaboradores de uma empresa são aqueles que estão ao nosso alcance de motivar
e de treinar. E são estes que interagem com os clientes, recebendo e processando as
suas consultas, pedidos e reclamações pessoalmente ou por chat online, nas redes
sociais ou através do call center, tornando-se a ‘cara’ da organização para o cliente.
As pessoas podem ser inconsistentes, mas com o treino certo, a capacitação e a
motivação, podem representar uma oportunidade de diferenciar uma oferta num
mercado lotado e de construir relacionamentos valiosos com os clientes.
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Processos
Referem-se aos métodos e processos de prestação de um serviço e, portanto, é essencial ter
um conhecimento profundo sobre se os serviços são úteis para os clientes, se são
fornecidos a tempo, se são transmitidas as informações aos clientes, entre outros.
Todas as empresas desejam criar uma jornada de venda tranquila, eficiente e amigável para
o cliente - e isso não pode ser alcançado sem os processos certos nos bastidores para fazer
isso acontecer. Quando um cliente faz uma consulta, quanto tempo ele terá de esperar
antes de receber uma resposta? Quanto tempo eles esperam entre a marcação de uma
reunião com a equipe de vendas e a reunião que está ocorrendo? O que acontece quando
eles fazem um pedido? Como garantimos que os comentários sejam gerados após uma
compra? Como podemos usar a tecnologia para tornar nossos processos mais eficientes?
Todas essas considerações ajudam a construir uma experiência positiva para o cliente.
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Evidências Físicas
Refere-se à experiência ao usar um produto ou serviço, isto é, tudo o que os
consumidores veem quando interagem com uma marca.
https://www.youtube.com/watch?v=37rgG5_qYGo&ab_channel=AssignmentExpertMalaysia
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