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UNIVERSIDADE WUTIVI-UNITIVA

Faculdade De Economia E Ciências Empresariais

Curso de Licenciatura: gestão de empresa

Cadeira: Marketing

Tema: Marketing Mix :baseado na política do produto e política do preço.

Discentes: Cheldy Berta

Sheldon Eugênico

Thaileen Chin

Yanick Ramadan

Docente: Patrício Mavocuana

Boane, Maio de 2023

Introdução
Os profissionais de Marketing utilizam, em suas atividades, diversas ferramentas para obter as

respostas de seus mercados-alvo. Essas ferramentas constituem o composto de Marketing. Kotler

(1998) define o marketing mix como o conjunto de ferramentas de Marketing que a empresa utiliza

para perseguir seus objetivos no mercado-alvo. Jiuliani (2003) ressalta que os profissionais da área

devem fazer uso do conjunto de variáveis criadas e gerenciadas, portanto, controláveis, com o

intuito de melhor satisfazer às necessidades e desejos do mercado para que a empresa possa

posicionar o seu produto ou serviço de forma positiva.

James Culliton, em 1948, Foi o responsável pela utilização da expressão Marketing Mix pela

primeira vez, ao apresentar, em dois grupos, os principais elementos relacionados às decisões de

Marketing:

• As forças ambientais, como o comportamento dos clientes e consumidores, os intermediários

(atacadistas e varejistas), a concorrência e o governo.

• Os elementos do Marketing, como o planejamento do produto, a fixação do preço, a distribuição, a

promoção, a propaganda, a publicidade, a força de vendas, o serviço ao cliente e a pesquisa de

Marketing.

O composto de Marketing é conhecido no escopo mercadológico

como os 4Ps
As decisões do composto de Marketing devem ser utilizadas para influenciar os fatores geradores de

ameaças às organizações, propiciando a interação da empresa e dos clientes-alvo. Para que a

organização possa alcançar a sua missão, a interação entre os 4Ps é necessária para obter melhores

resultados financeiros (GIULIANI, 2006).

Os 4Ps representam a visão que a empresa vendedora tem das ferramentas de Marketing disponíveis

para influenciar compradores. Do ponto de vista da empresa compradora, cada ferramenta de

Marketing é projetada para oferecer um benefício ao cliente. Robert Lauterborn sugeriu que os 4Ps

do vendedor correspondem aos 4Cs dos clientes (KOTLER, 1999).


Dessa forma, cada ferramenta de Marketing é projetada para oferecer um benefício ao cliente; e a

chave para formar o melhor composto de Marketing é saber quais são os desejos e necessidades das

pessoas a serem servidas e, ao mesmo tempo, proporcionar a lucratividade da empresa. O segredo

para o sucesso está em aplicar a filosofia do conceito de Marketing ao desenvolvimento das

políticas de Marketing (COBRA, 1992).

Produto

Para Kotler (1998, p. 383) “produto é algo que pode ser oferecido a um mercado para satisfazer um

desejo ou necessidade”.

Dessa forma, o produto torna-se o elemento-chave na oferta de mercado. O planejamento do

composto de Marketing começa com a formulação de uma oferta para atender às necessidades e

desejos dos consumidores-alvos. O consumidor julgará a oferta por três elementos básicos:

•Características e qualidade do produto;

•Composto de serviços;

•Qualidade e preço apropriado da oferta; (KOTLER, 1998).

Ao planejar sua oferta no mercado, Kotler (1998) afirma que a empresa precisa considerar cinco
níveis de produto. Os níveis estão estruturados hierarquicamente, acrescentando, cada nível, mais

valor para o consumidor.

•Benefício-núcleo: representa o serviço ou benefício fundamental que o consumidor está realmente

comprando.

•Produto genérico ou básico: agrega valor ao benefício para 3 que ele se torne básico.

•Produto esperado: representa um conjunto de atributos e condições que os compradores,

normalmente, esperam e concordam quando compram o produto.

•Produto ampliado: deve atender aos desejos do consumidor

e suas expectativas.

•Produto potencial: envolve todas as ampliações e transformações que esse produto deve sofrer no

futuro; aponta a sua possível evolução.

Produto mix

A política de produto geralmente é a componente principal de uma estrategia de marketing, pois,


fornece o core para a satisfação das necessidades e exige os investimentos mais elevados,

comportando várias decisões:

a) Escolha do portfólio de atividades da organização e respetivos produtos;

b) Fixar as caraterísticas intrínsecas de cada um dos produtos;

c) Conceber a embalagem;

d) Definir uma política de gama.

Caraterísticas intrínsecas do produto

As caraterísticas de um produto são os seus atributos reais, objetivos e observáveis, podendo

classificar-se em três grandes categorias:

a) A fórmula do produto (descrição técnica);

b) A performance ou desempenho esperado (caraterísticas observáveis

pelos clientes quando estão a consumir);

c) O design (aspecto visual exterior)

A noção de um bom produto inclui explicitamente duas ideias:

a) A qualidade do produto (entendida como o grau em que a sua performance responde às

expectativas dos clientes). A verificação da qualidade é feita nos locais de produção (métodos de

controlo da qualidade) ou junto aos próprios consumidores (inquéritos de satisfação);

b) As vantagens do produto em relação aos concorrentes (corresponder a uma verdadeira

expectativa dos clientes). Estas vantagens avaliam-se através de inquéritos junto dos consumidores

(teste de produto).

Política de embalagem

O design tem por objectivos conciliar as restrições de conceção e produção com a realização de um

produto atrativo para os clientes, pelo que procura

incorporar.
a) A utilidade e facilidade de utilização do produto;

b) A efciência, procurando otimizar a produção;

c) Adaptação ao uso social;

d) Atratividade e aparencia;

e) Valorização ou reforço da identidade da marca ou do produto.

Definição e componentes da embalagem

Embalagem  é um recipiente ou envoltura que armazena produtos temporariamente e serve

principalmente para agrupar unidades de um produto, com objetivo de criar melhores condições

para distribuição, transporte e armazenagem. 

. A embalagem pode decompor-se em três níveis:

a) Embalagem primária. É aquela que contém cada unidade de consumo do produto; está em

contacto direto com o produto.

b) Embalagem secundária (ou de reagrupamento). Incorpora várias unidades de consumo para

constituir uma nova unidade de venda.

c) Embalagem terciária (ou de manutenção). É aquela que permite transportar um certo número

de unidades do produto da fábrica para os pontos de venda. Este terceiro nível de embalagem tem

funções mais logísticas do que de marketing.

Funções da embalagem

As funções de uma embalagem podem ser reagrupadas em duas grandes categorias: funções

técnicas e funções de comunicação.

a) Funções técnicas

• Proteger e conservar o produto, contra todas as agressões suscetíveis de o alterar;

• Comodidade de utilização (doseadores);

• Facilidade de transporte, de armazenagem, de arrumação e de eliminaçao;

• Proteção do ambiente (consciência ecológica).

b) Funções de comunicação
• Impacto visual (ou função de aierta).

• Reconhecimento.

• Identificação.

• Expressão do posicionamento.

•Informação ao consumidor.

•O impulso a compra.

Ciclo de vida do produto

A semelhança do que vimos para o ciclo de vida do mercado, também existe um ciclo de vida do

produto, constituído pelo percurso das vendas e dos lucros desse produto, ao longo da sua vida

Portanto, cada produto tem o seu ciclo de vida próprio, embora não se possa estimar à sua duração

ou longevidade.
O ciclo de vida do produto, em termos genéricos, apresenta cinco estágios distintos:

a) Desenvolvimento do produto

Fase de gestação. Vai da ideia inicial ao lançamento do produto no mercado.

b) Introdução

Fase de fraco crescimento das vendas e normalmente, não gera lucros. Durante a fase os

consumidores podem precisar de informação significativa sobre o produto para decidir se devem

incluir como uma alternativa na decisão de compra.

c) Crescimento

Fase de grande acréscimo das vendas, devido à aceitação do produto pelo mercado e os lucros são

crescentes. O crescimento nas vendas do produto normalmente marca a transição da fase de

introdução para a fase de crescimento.

d) Maturidade

Fase de redução do crescimento das vendas, pois, o produto já foi aceite pela maioria dos clientes

potenciais. O nível de lucro diminui, devido ao acréscimo dos custos com o marketing, para
manutenção da quota de mercado.

e)Declínio

Neste estágio, as vendas de produtos começam a diminuir, e essa queda pode ser lenta ou rápida. As

causas podem ser devidas a avanços tecnológicos, mudança nos gostos dos consumidores ou

aumento da concorrência.

Inovação e novos produtos

inovação está associada ao processo de criar um produto comercial a partir de uma invenção.

A inovação de produtos e processos induz mudança na forma de produção caraterizada pelas

alterações no processo ou na elaboração do novo produto e está fortemente relacionada com o

desenvolvimento e a difusão de tecnologia para fabricação de produtos, revisão ou formulação de

novos processos ou modos de gestão organizacional.

Assim o processo de inovação,enquanto a criatividade é estimulado por uma cultura de pró

atividade que promova o risco , tolere o erro reconheça a importância da ciência e da tecnologia no

mundo de hoje no contexto de turbulência em que os negócios hoje se desenvolvem a inovação do

produto investigação,desenvolvimento de funcionalidades e lançamento de novos produtos serviços

ou ideias são um meio da organização se distanciar da concorrência fortalecendo a sua posição no

mercado.

Tipos de inovação

Consideram se como inovação todas as funcionalidades que diferem das que existem ainda que a

diferença seja pequena ou seja privilegia se aqui o conceito de inovação incremental na inovação

relativa ao produto e de considerar a diferenciado tecnológica e um dado objetivo e fisicamente

identificável contudo a novidade de um produto é determinada pela perceçao que ela tem os

indivíduos quando confrontados com essa inovação sendo de distinguir quatro tipos de inovação:
a) Renovação

A inovação incremental não é uma rotura tecnológica nem de perceção; os produtos são novos para

a organização mas não são um verdadeiro avanço tecnológico.

b) Inovação de produção. As inovações tecnológicas não produzem mudanças significativas na

perceção dos clientes. Trata-se de modificações de fórmula ou do processo de fabrico, que podem

ter por meta melhorar o desempenho do produto ou reduzir o seu custo de fabrico. Em

consequencia, podem aumentar a satisfação dos consumidores.

c) Inovação de rotura. As inovações de marketing são fortemente percebidas pelos clientes, mas

não existe rotura tecnológica. São sobretudo inovações de conceito, que não criam necessariamente

uma nova categoria de produtos.

d) Inovação radical. As inovações tecnológicas que criam novas categorias de produtos que

permitem responder as necessidades latentes dos consumidores ou mesmo criarmos novas

necessidades.

Fontes de ideias de inovaçao - produto

O gestor de marketing deve adoptar uma atitude pró-activa de curiosidade e abertura a tudo que o

rodeia e estar sempre atento ao comportamento, expetativas e frustrações dos clientes.

A título de exemplo citam-se como potenciais fontes de inovação - produto:

a) Os gestores de produto e os responsáveis de marketing;

D) A área técnica e os centros de investigação interna das organizações;

c) A observação exterior;

d) O estudo dos produtos e das reações dos clientes;

e) Opiniões dos colaboradores da organização;

f) Os vendedores de inovação;

g) Os métodos de criatividade.
Classificação dos produtos pelo grau de novidade

O reconhecimento de novidade e o período de tempo em que um produto pode estar ligado a um

novo atributo, são elementos que devem estar relacio. nados com cada produto, para analisar e

determinar os impactos correspon dentes sobre a organização, mas também sobre o sector

económico em que ela opera. A classificação dos produtos, de acordo com o seu grau de novidade,

pode ser agrupada em oito categorias:

a) Produtos que despertam necessidades anteriormente adormecidas;

b) Produtos novos que satisfazem necessidades existentes;

c) Aperfeiçoamento de produtos que satisfazem as necessidades existentes;

d) Novas formas de produtos específicos para novos segmentos de clientes;

d) Utilizações novas de produtos actuais;

e) Nova embalagem para o produto atual;

f) Uma nova forma de distribuição dos produtos atuais;

g) Um novo preço para os produtos atuais.

Considerando como novos produtos, quer os originais quer aqueles que foram melhorados,

alterados ou mesmo copiados, a organização deve ser capaz de encontrar as melhores soluções para

minimizar os riscos de fracasso, pois, em geral, os novos produtos têm uma baixa taxa de sucesso

mas são caros e consomem tempo.

Caraterísticas dos novos produtos

Os novos produtos proporcionam mais e melhores benefícios ou soluções para satisfazerem as

necessidades do cliente. Os criterios que um novo produto deve cumprir como:

Importância: os clientes devem percecionar e dar valor aos benefícios;

Negociabilidade: a organização deve ser capaz de conceber e distribuir o produto a um preço

acessível aos clientes;

Sustentabilidade: a concorrência não deverá ser capaz de copiar o novo produto;

Singularidade: os benefícios proporcionados pelos produtos não poderão ser obtidos nos produtos
actuais;

Desenvolvimento de produtos

Os processos de inovação são muito incertos, pelo que convém aqui proceder à distinção dos

conceitos invenção e inovação. Uma invenção é a des coberta de um novo produto ou serviço, a

qual, como é lógico, no pode ser planeada.

A inovação e diferente. Após uma descoberta científica ou quando se concebe um novo produto ou

serviço, a organização tem controlo direto e influencia sobre a mesma, e a probabilidade de o

colocar no mercado com sucesso está indexada ao planeamento de marketing. Através deste, a

organização reduz o risco envolvido na inovação do produto ou serviço, ao mesmo tempo que

melhora as estrategias de desenvolvimento e de entrada do produto no mercado.

Na inovação do produto podem identificar-se 6 categorias de novos produtos, de acordo com o seu

ineditismo, logo, com maior risco implicito para a organização, partindo da posição mais baixa para

a posição mais ele vada dos graus de inovação:

a) Inovação por redução de custos. Através da conceção de produtos que mantenham o seu

desempenho económico através de custos mais baixos;Política de Produto

b) Inovação por reposicionamento. Consiste em novos usos para os produtos atuais ou a mudança

para segmentos de mercado atuais, mas novos para a organização;

c) Inovações por reformulação ou melhoria dos produtos atuais. Cor.

responde a introdução de melhoramentos e revisão do conceito de produtos atuais por alterações de

embalagem, mudanças na sua composição, novo design ou outras, mantendo o valor percebido pelo

cliente;

d) inovações por adição as atuais linhas de produtos. Corresponde à expansão de linhas de produtos

atuais com novos produtos que complementam a oferta da organização, com recurso à capacidade

de produção existentes na organização;

e) Inovações por meio de novas linhas de produtos. Adoção de linhas de produtos existentes no

mercado e novos para a organização;


f) Produtos totalmente inéditos. São produtos absolutamente novos, com potencial para criar novos

mercados ou mesmo novos setores

Preço

Kotler (1998) ressalva que o preço é o único elemento do composto de Marketing que produz

receita e os demais geram custos. O preço é um dos elementos mais flexíveis do composto de

Marketing porque pode ser modificado, o que não ocorre com as características de um produto ou

com os compromissos assumidos com os canais de distribuição. Ao mesmo tempo, o

estabelecimento e a concorrência de preço são os principais problemas enfrentados por muitos

executivos de Marketing.

Ao definir o preço como montante de dinheiro pago em troca do uso de um benefício proporcionado

por um produto ou serviço, podemos compreender que ele é uma variável em função das utilidades,

dos benefícios e dos atributos relevantes dos quais o consumidor é sensível, segundo sua percepção

(MACHLINE et al., 2006).

Dessa forma, as empresas devem decidir onde e como posicionar seu produto em termos de

qualidade e preço.

Kotler (1998) defende que é possível posicionar no centro do mercado, três níveis acima ou três

níveis abaixo que são:

• Definitivo (padrão ouro);

•luxo;

•necessidades especiais;

•médio;

• Facilidade/conveniência;

• convencional e mais barato; e

•orientado para o preço.

O comprador, seja ele consumidor, cliente ou usuário, desempenha forte e decisivo papel na
formação dos preços, principalmente em mercados competitivos. Na análise detalhada do

comportamento, valores e atitudes é fundamental para o entendimento dos níveis possíveis de

preços a serem praticados (KNOWLES apud MACHLINE. 2006).

Geralmente, as empresas não estabelecem um preço único, mas elaboram uma estrutura de preços

que reflete as variações na demanda geográfica e nos custos, as exigências dos segmentos de

mercado, a época da compra, o volume de pedidos e outros fatores.

Giuliani et al. (2003) afirmam que ao definirmos uma política de preços, devemos distinguir três

tipos de fatores que influenciam a formação de preços para as empresas:

•Variáveis externas: associadas às questões mercadológicas como concorrência, clientes,

fornecedores e governo.

•Variáveis internas: relacionadas diretamente com a empresa como estrutura de despesas,

endividamento, capacidade de venda e desejo de lucro.

•Estratégias da empresa: indefinida, de segmentação, de dife- renciação, de liderança absoluta, e de

massificação.

Fatores internos e externos a considerar

A fixação do preço de um produto, no momento do seu lançamento, é uma decisão estratégica que

reflete o posicionamento e a imagem do produto.

É dificil subir um preço e é mais fácil diminuir , mas isso pode ser irreversivel.
As decisões de preço, sejam estratégicas ou táticas, partem de um conjunto de factores que se

podem agrupar à volta dos custos, da procura e da concorrência. A fixação do preço, na ótica de

marketing, deve partir da procura, que quantidades e a que preço é que o mercado está disposto a

comprar? O conhecimento deste preço, chamado preço psicológico ou preço de aceitação, é

determinado pelo mercado e define o limite máximo do preço. Os custos definem o limite mínimo

do preço. A diferença entre o preço de venda e o custo dá nos a margem (bruta ou comercial) a qual

se quer positiva. Devido à complexidade da definição de todas estas condicionantes, uma

organização deve estabelecer o preço dos seus produtos ou serviços tendo em conta as variáveis:

•Custo de produção;

•Valor para o cliente;

•Valores;

•Concorrência;

•objectivos empresárias;

•legislação.

Os gastos e os preços
A determinação do preço de venda de um produto ou serviço, a parte do custo adicionado de uma

margem, tem sido o método mas comum, embora não faça sentido, numa ótica de marketing. Os

custos de produção podem ser estimados com base em vários critérios e sistemas de custeio.

São sempre aproximações ou convenções, pelo que não nos parece ser o melhor método para

definir um preço de venda num mercado competitivo. Para os intermediários, os quais raciocinam a

partir dos seus gastos de aquisição do produto ou serviço, o método é mais fácil, pois não e

permitido a uma organização praticar em relação a outra organização preços ou condições de venda

discriminatórios relativamente a prestações equivalentes. C

onsideram-se prestações equivalentes aquelas que respeitam a bens ou serviços similares e que não

difiram de maneira sensível nas caraterísticas comerciais essenciais, nomeadamente naquelas que

tenham uma repercussão nos correspondentes custos de produção ou comercialização. De referir,

também, que os produtores, fabricantes, importadores, distribuidores, embaladores e grossistas de

bens e os prestadores de serviços são obrigados a facultar a qualquer revendedor ou utilizador

tabelas de preços com as correspondentes condições de venda, quando solicitadas. Neste caso, as

condições de venda devem referenciar, nomeadamente, os prazos de pagamento, as diferentes

modalidades de descontos praticados e os respetivos escalões, sempre que não haja segredo
comercial.

Um dos métodos aceite como mais neutral para a avaliação de desempenho das organizações e dos

seus gestores, é o método da margem de contribuição. Esta abordagem consiste em analisar a

contribuição da cada unidade na óptica dos proveitos marginais, ou seja, cada unidade vendida gera

um lucro marginal (o conceito de marginalidade considera a variação introduzida pela última

unidade).

A margem de contribuição, que não é mais do que a diferença entre o preço de venda unitário e os

custos diretos variaveis unitarios, pode ser expressa em valor absoluto ou em percentagem do preço

de venda.

unidades monetárias %

preço de venda unitário 50,00 100,0

(líquido)

gastos director unitários

-Fixos 0 -

-variáveis 40.00 80.00

margem de contribuição 10,00 20,0

(Exemplo de formação da margem de contribuição, com um preço de venda unitário líquido de

cinquenta unidades monetárias e um custo variável unitário de quarenta unidades monetarias.)

margem de contribuição tem como destino a absorção dos custos fixos, em primeiro lugar,

passando de seguida a contribuir para a formação dos resultados líquidos,ou seja, nesta propriedade

reside o seu maior interesse que possibilita ao gestor planear o resultado a atingir, ao adicionar aos

custos fixos o valor desejado dos resultados.

A estrutura do exemplo acima (coluna %) mostra que cada unidade vendida contribui com dez

unidades monetárias, ou seja, vinte por cento do preço de venda unitário líquido, para a absorção

dos custos fixos e para os resultados líquidos. Ou seja, a estrutura de custos permite-nos trabalhar
com uma carteira de produtos homogéneos, enquanto a margem em valor absoluto unitário só nos

permite trabalhar com um produto. Assim, para um nível de custos fixos de 6.000u.m, o valor do

ponto crítico pode ser calculado:

a) Ponto crítico em quantidade (Q) = (Custos fixos + Resultado líquido)/ Margem de contribuição

(€)

b) Ponto crítico em valor (V) = (Custos fixos + Resultado líquido) / Margem de contribuição (%)

Assim, V = Custos fixos / Margem de contribuição (%) - V = 6.000 / 0,2= 30.000 u. m. Caso o

gestor tenha como objetivo um resultado líquido de 100

u. m., o valor do ponto crítico das vendas virá: V = (6.000 + 100) / 0,2 - V= 30.500 u. m.

Convém esclarecer aqui a diferença entre o conceito de margem de contribuição e o conceito de

margem bruta. Definimos a margem de contribuição como sendo a diferença entre os proveitos e

todos os custos diretos. Esta diferença pode ser expressa em valor absoluto total, em valor absoluto

unitário ou como uma percentagem. A margem bruta, por seu lado, é definida como a diferença

entre os proveitos e o custo das mercadorias vendidas e consumidas.

E um conceito mais ligado a organizações que atuam exciusivamente na área comercial, e vamos

utilizar este conceito no plano de marketing.

A procura e os preços

A medida utilizada para relacionar a procura e a variação no nível de preços e a elasticidade

procura-preço, cujo cálculo é dado pela fórmula:

n = - [(AQ/Q)/(AP/P)].

a) Uma elasticidade negativa (n < 0) quer dizer que a procura diminui quando os preços aumentam;

b) Uma elasticidade nula ou inelástica (n = 0) significa que a procura e constante, qualquer que seja

o preço;

c) Uma elasticidade positiva (n > 0) quer dizer que a procura aumenta como resposta a um aumento
do preço.

Os clientes podem não conhecer exatamente os preços, mas interpretam para decidir dos seus

comportamentos sobre o que é um preço aceitável ou não, arrumando-os em diversas categorias

como:

a) Inabordável: excluem qualquer compra;

b) Caro: Justinica-se!

c) Razoavel: compra;

d) Barato: e uma pechincha;

e) Muito barato: é de comprar imediatamente, mas de desconfiar.

Decisões sobre preços

As estratégias de determinação de preços geralmente mudam com o ciclo de vida do produto, sendo

a fase de introdução particularmente rica, por exigir a definição de um preço pela primeira vez,

sendo de destacar duas estratégias:

a) Definição de preços de desnatação;

b) Definição de preços de penetração de mercado.

Preços de desnatação

A definição de preços de desnatação, também conhecida por skimming do mercado, é uma política

a utilizar quando a inovação é significativa em termos de diferenciação relativamente à

concorrência. Corresponde á fixação de um preço alto para "retirar a nata" das receitas do mercado,

camada após camada.

A ideia subjacente é a de que a elasticidade procura preço é menos elástica no início de vida do

produto ou serviço. O consumidor desconhece, por não ter referências de comparação, as vantagens

criadas pela inovação, as quais se manterão, em princípio, até à entrada de novos concorrentes. Esta

é uma política de prudência na fixação do preço inicial. A sua adoção parece reco-mendada para o
caso de séries limitadas, bem como para possibilitar o desenvolvimento dos canais de distribuição

ou mesmo dos serviços pós-venda.

Preços de penetração de mercado

Corresponde à fixação de um preço de mercado baixo, com a finalidade de atrair um grande número

de clientes e conquistar quota de mercado. O elevado volume de vendas e correspondente produção

levará á diminuição dos custos de produção permitindo a redução de preços. A ideia subjacente é a

de que a elasticidade procura preço é muito elevada e existem importantes economias de escala a

aproveitar. A sua adoção parece recomendada para os casos em que se procura anular a

concorrência, pois, um preço baixo pode ser o melhor meio para desencorajar a concorrência.

Conclusão

No marketing mix podemos conhecemos os elementos do composto mercadológico destacando-se

dois deles: o Produto e o Preço. Considerado o mais importante elemento desse composto, o

Produto foi conceituado por Kotler (1998, p. 383), como “algo que pode ser oferecido a um

mercado para satisfazer um desejo ou necessidade”. Foram apresentados também os níveis, a

hierarquia, as classificações e o composto do produto. Ainda dentro deste elemento do mix de

Marketing, vimos a importância e os conceitos relacionados à marca, à embalagem, aos rótulos e,

encerrando, às características dos serviços, bem como suas diferenças com os produtos tangíveis.

Em seguida, foi discutida a relevância do Preço para o planejamento de Marketing da empresa,

sendo identificadas as etapas para o estabelecimento de uma política e as adaptações necessárias às


estratégias de preço.

Bibliografia

CZINKOTA, M. R. et al. Marketing: as melhores práticas. Porto Alegre: Bookman, 2001.

DAY, George S. Estratégia voltada para o mercado: processos para criação de valor dirigidos ao

cliente. Rio de Janeiro: Record, 2001.

KOTLER, Philip. Administração de Marketing: análise, planejamento, implementação e controle.

São Paulo: Atlas, 1998.

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