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Gabarito da Lista 2 de exercícios - Microeconomia 2

Professora: Joisa Dutra


Monitor: Rafaela Nogueira

1. (a) Como o monopolista consegue separar os mercados e o custo marginal


é zero, podemos resolver o problema para cada um em separado.
Resolvendo o problema de maximização do monopolista no mercado
1, temos:
a1 x1
=( )x1
b1
@
@x1= 0 =) x1 = a21 : Logo, p1 = 2b
a1
1
De forma análoga, no mercado 2 temos x2 = a22 e p2 = a2
2b2 . Portanto
a1 a2
será ótimo não discriminar (p1 = p2 ) se = .
b1 b2
(b) i = Ap "i p cAp "i , i = 1; 2.
@ i "i c
= 0 =) pi = :
@pi "i 1
Logo, será ótimo discriminar (p1 6= p2 ) se "1 6= "2 . Por exemplo,
p1 > p2 se e só se "1 < "2 .
p1 4
(c) Utilizando a expressão para pi obtida em (b), temos: p2 = 3. O
mercado com menor elasticidade tem preço maior.
2. (a) O problema do monopolista é:

Q2A
max (100 QA QB )(QA + QB ) 10 Q2B 20
QA ;QB 2

e obtenho da CPO:
QA = 25
50
QB =
4
P = 100 (QA + QB ) = 62; 5
e o lucro é: = 1845

(b) A fábrica A produz o dobro da fábrica B; isso ocorre pois os custos


marginais da fábrica A são menores do que os da B (Q contra 2Q)
para um mesmo nível de produção. No ótimo a receita marginal total
deve ser igual ao custo marginal em cada uma das fábricas, portanto
para que isso ocorra a produção da fábrica A deve ser maior.
3. (a) O problema do monopolista é:
3
max (50 q1 )q1 + 80 q2 q2 100 20(q1 + q2 )
q1 ;q2 2

1
A CPO nos dá:
q1 = 15; q2 = 20
P1 = 35; P2 = 50
total = 725
310 5P
(b) A demanda total neste caso é: Q = . O problema do
3
monopolista é:

310 5P 310 5P
max P 100 20
P 3 3

Obtemos: P = 41; das demandas especí…cas dos mercados obtemos


q1 = 9, q2 = 26. O lucro total é: total = 635.
(c) Consumidor tipo 1:
(50 35)15
Com discriminação, seu excedente é: EC1 = 2 = 112; 5
Sem discriminação: EC1 = (50 241)9 = 40; 5
Consumidor tipo 2:
(80 50)20
Com discriminação, seu excedente é: EC2 = 2 = 300
Sem discriminação: EC2 = (80 241)26 = 507

Logo, o consumidor pertencente ao grupo com a demanda 1 prefere


a discriminação, enquanto o consumidor pertecente ao mercado 2
prefere que o monopolista não discrimine.
4. Essa prática chama-se discriminação intertemporal de preço e está rela-
cionada com a discriminação de preços em terceiro grau. Os consumidores
são separados ao longo do tempo, com a empresa praticando preços dis-
tintos em cada período. Assim, no primeiro perído, após o lançamento
do produto, a …rma depara-se com uma curva de demanda relativamente
inelástica, de um pequeno número de consumidores a…ccionados que val-
orizam muito o bem e não estão dispostos a esperar para adquirir o pro-
duto, e outra curva de demanda mais elástica de um grupo maior con-
sumidores que não estão dispostos a pagar um preço muito alto. Assim,
ela vende no primeiro momento a um preço elevado para os consumidores
da primeira curva de demanda e no período seguinte vende para o maior
grupo de consumidores a um preço menor. Esta prática é mais fácil de ser
realizada se a empresa não tiver muitos concorrentes vendendo produtos
similares, o que ocorre geralmente. Outro exemplo é a cobrança de um
preço alto por um livro capa-dura e um menor posteriormente pela edição
em brochura.
5. (a) O problema do individuo é

max u(x) + y
x
s.a. px + y = m

2
Substituindo y na função objetivo e resolvendo para x, temos a
seguinte cpo:
u0 (x) = p:
(b) Posso substituir a restrição no problema do monopolista e resolver:
max u(x) cx
x

e obtenho a cpo:
u0 (xm ) = c
Com isso, o preço que o monopolista cobra é: r = u(xm ).
(c) O monopolista produz um nível e…ciente de produto, onde o benefício
marginal é igual ao custo marginal, como pode ser visto no ítem
anterior. Além disso, ele ofertará o nível de produto competitivo.
Sabemos que em um mercado competitivo os produtores escolhem
produzir uma quantidade q no ponto onde p(q) = c. Os consumidores
demandam x tal que valha a condição da letra (a), isto é, onde p =
u0 (x). No equilibrio, temos oferta igual à demanda, isto é, q = x =
xc (c de "‘competitivo"’). Portanto, no equilibrio em um mercado
competitivo temos p(xc ) = c = u0c ). Mas pela cpo do ítem (b) vimos
que o monopolista produz uma quantidade xm onde u0 (xm ) = c.
Como o custo marginal é o mesmo, temos que xm = xc , isto é, a
produção do monopolista é igual àquela do mercado competitivo.
6. A taxa mensal será tal que o preço iguale o custo marginal, isto é, p = 5.
Preço igual a custo marginal, sabemos, maximiza o excedente total da
economia, cuja parcela referente ao excedente do consumidor será cap-
turado pelo monopolista através da cobrança da tarifa anual; essa é a
razão para o monopolista escolher essa cobrança. Portanto a tarifa anual
será o equivalente a 12 vezes o excedente do consumidor mensal, isto é:
((15 5) 20)
T = 12 = 1200
2
7. (a) O regulador vai escolher uma quantidade x tal que p(x) = c. Assim,
p = 10.
(b) Com o preço de mercado competitivo vimos que a indústria tem
prejuízo, equivalente 200. Dado que temos 20 famílias, o ideal seria
cobrar de cada uma uma tarifa T = 10, repassando o montante à
empresa de forma que esta tenha lucro zero e produza a quantidade
e…ciente.
8. (a) Resolvendo o problema obtemos da CPO que:

p 1 1
x1 =
2 c (1)
p 1 2
x2 =
2 c

3
Como o 2 > 1; x2 > x1 .
2
Os preços são dados por: ri = 2ci , i = 1; 2, e são obtidos substituindo-
se os valores de x1 e x2 encontrados da CPO nas restrições (1) e (2).
(b) Se o agente 2 decidir consumir a cesta do agente tipo 1, ele terá
p
utilidade 2 x1 r1 , pois consumirá x1 e pagará r1 . Então,
p p
2 x1 r1 > 1 x1 r1
p
= 2 x2 r2
= 0;

uma vez que 2 > 1 . Portanto, o agente tipo 2 terá maior utilidade
consumindo a cesta do tipo 1 do que se consumir a sua.

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