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II.

Limites e continuidade de funções


1. Noção de função real de variável real
Constantemente encontramos situações que envolvem relações entre duas grandezas variáveis.
Vejamos alguns exemplos:
a) A factura mensal da conta de água paga à empresa Áquas de Moçanbique é uma relação entre
a quantidade de água consumida e o valor do consumo de cada metro cúbico de água.
b) A receita obtida no fim de um mês na venda de um determinado produto por um comerciante
é uma relação entre a quantidade vendida e o preço de venda do produto.
c) O salário que um trabalhador ganha por horas trabalhadas, é uma relação entre as horas que
ele trabalhou e o valor pago por hora.
d) O consumo de combustível de um carro, é uma relação com a quantidade de quilómetros
percorridos pelo carro.
Definição (13): Dados dois conjuntos A e B , dizemos que f é uma função definida com
valores de A para B a toda a correspondência entre A e B que a todo o elemento de A faz
corresponder um e um só elemento de B .
Representamos esta correspondência por f : A  B e também escrevemos x  f x  para
indicar que ao elemento x  A fazemos corresponder o elemento f x  B .
Ao elemento x chamamos objecto e ao elemento f x  chamamos imagem de x .
Ao conjunto A chamamos domínio de f (escrevemos Df ) e ao conjunto B
chamamos conjunto de chegada de f . Chamamos contradomínio de f ao conjunto das imagens
(escrevemos CDf ), ou seja, ao conjunto dos elementos que são imagem pela função f dos
elementos do domínio, o qual é naturalmente subconjunto de B e pode ser representado por
f Df    f x B : x  Df   B
Dizemos que f é uma função real de variável real quando A e B são subconjuntos do
conjunto do números reais.
De ora em diante, a menos que seja dito algo em contrário, consideraremos sempre funções reais
de variável real, que, para simplificar o texto, passaremos a tratar simplesmente por funções.
Em economia, são de grande utilidade as seguintes funções:

1
Função Custo C  : Para compor uma função custo geralmente temos uma série de factores,
como, por exemplo, o custo fixo C f  (arrendamento, seguro, impostos, etc.) e o custo variável

Cv  em função da quantidade q produzida de determinada mercadoria. Podemos expressá-la

por: C q   C f  Cv q  .

Função Receia R  : A função receita é composta com a quantidade arrecadada com a venda de
q unidades de um determinando produto, isto é: a quantidade q multiplicada pelo valor unitário
p.

Rq   pq
Função Lucro L  : Um produtor ou vendedor obtém o seu lucro (ou a função lucro), retirando o
custo do valor arrecadado da receita.
Lq   Rq   Cq 
Função Demanda: Considerem-se as circunstâncias relativas a um fabricante, nas quais as
únicas variáveis são o preço p e a quantidade de mercadorias demandadas q , portanto a função
demanda é uma relação entre a quantidade demandada q e o preço p .
Em geral quando o preço é baixo, os consumidores procuram mais a mercadoria e vice-versa.
Função Oferta: Assim como a demanda, a oferta também pode ser expressa por uma função,
relacionando-se o preço e a quantidade oferecida de uma mercadoria.
A função oferta é crescente, pois quando o preço sobe, existem mais produtores interessados em
colocar no mercado quantidades cada vez maiores de seu produto, quando o preço caí, essa
oferta diminui.
Ponto de Equilíbrio: Também chamado de ponto de nivelamento ou break-even point, é
utilizado na Administração e na Economia, para analisar as implicações de várias decisões de
fixação de preços e produção.
Matematicamente é quando: a Oferta é igual à Demanda ou o Lucro é nulo e, consequentemente,
o Custo é igual à Receita.
Lq   0  Rq   Cq   0  Rq   Cq 
Função Utilidade: A função utilidade pretende medir a satisfação de um consumidor em função
da quantidade consumida de um certo bem ou serviço.

2
Curva do Orçamento: Quando se conhecem o orçamento (verba disponível) de um consumidor
e os preços dos produtos que pretende comprar, pode-se estabelecer uma relação entre as
quantidades desses produtos que podem ser adquiridos por ele com essa verba.
Função Produção: A função Produção dá a quantidade produzida por unidade de tempo como
função de um conjunto de factores, chamados insumos de produção, tais como capital, trabalho,
matéria-prima.
Problemas resolvidos
42. Um artesão produtor de vassouras de palha, tem um gasto fixo de 600,00 meticais e, em
material, gasta 25,00 meticais por unidade produzida.
Se cada unidade for vendida por 175,00 meticais:
a) Obtenha as funções receita, custo e lucro total.
Resolução
Seja q a quantidade de mesas produzidas e vendidas.
Função receita: Rq   175q
Função custo: C q   25q  600
Função lucro: Lq   Rq   Cq   Lq   175q  25q  600  Lq   150q  600
b) Quantas vassouras o artesão precisa vender para atingir o break-even point?
Resolução

C q   Rq   25q  600  175q  25q  175q  600  150q  600  q 


600
q4
150
Resposta: Para atingir o break-even point o artesão precisa vender 4 vassouras.
c) Quantas vassouras o artesão precisa vender para obter um lucro de 450 meticais?
Resolução

Lq   450  150q  600  450  150q  450  600  150q  1050  q 
1050
q7
150
Resposta: Para obter um lucro de 450 meticais o artesão precisa vender 7 vassouras.
43. Um grupo de amigos deseja ministrar um curso de Contabilidade. Eles observaram que,
teriam um gasto fixo mensal de 16 800 meticais e, gastariam ainda 2 400 meticais, em materiais
e pagamento de professores, por cursante. Cada cursante deverá pagar 4 mil meticais.
a) Quantos cursantes o curso necessita ter para que não haja prejuízo?
Resolução

3
Seja n o número de cursantes
Função custo: Cn  2400n  16800
Função receita: Rn  4000n
Função lucro: Ln  Rn  Cn  Ln  4000n  2400n  16800  Ln  1600n  16800

Ln   0  1600n  16800  0  1600n  16800  n 


16800
 n  10,5
1600
Resposta: Para que não haja prejuízo o curso necessita ter pelo menos 11 cursantes.
b) Qual será o prejuízo dos empreendedores, se forem admitidos somente 10 cursantes?
Resolução
n  10  L10  1600 10  16800  L10  16000  16800  L10  800  0
Resposta: Se forem admitidos somente 10 cursantes haverá um prejuízo de 800,00 Mt.
44. Dado os pontos A1, 15 e B4, 30 .
a) Deduza a equação da recta que passa pelos pontos A e B dados.
Resolução
Seja Px1 , y1  e Qx2 , y2  dois pontos no plano. A equação da recta que passa pelos dois pontos
y2  y1
é y  y1  x  x1  . Fazendo m  y2  y1 (declive ou coeficiente angular da recta) vem
x2  x1 x2  x1

y  y1  mx  x1  . Assim
30  15
y  15  x  1  y  15  15 x  1  y  15  5x  1  y  5x  5  15  y  5x  10
4 1 3
b) Deduza a equação da recta que passa pelo ponto C 2, 18 e é paralela à recta que passa pelos
pontos A e B dados.
Resolução
Seja s : y  m1 x  c1 e t : y  m2 x  c2 duas rectas no plano. As duas rectas serão paralelas se e
somente se m1  m2 , isto é, sse as duas rectas tiverem o mesmo declive (coeficiente angular).
Assim, a recta pedida deve ter o declive m1  m  5 , donde

y  y1  m1 x  x1   y  18  5x  2  y  5x  10  18  y  5x  8
c) Deduza a equação da recta que passa pelo ponto D6,6 e é perpendicular à recta que passa
pelos pontos A e B dados.

4
Resolução
Seja s : y  m1 x  c1 e t : y  m2 x  c2 duas rectas no plano. As duas rectas serão perpendiculares
1
se e somente se m1   , isto é, sse o declive de uma das rectas for o simétrico do inverso do
m2
declive (coeficiente angular) da outra recta.
1 1
Assim, a recta pedida deve ter o declive m1     , donde
m 5

y  y1  m1 x  x1   y   6  
1
x  6  y   1 x  6  6  y   1 x  6  30  y   1 x  24
5 5 5 5 5 5 5
1.1. Domínio de uma função
Para determinar o domínio de uma função basta impor restrições à expressão analítica da função,
tendo em conta, por exemplo, que:
 nas fracções o denominador deve ser diferente de zero;
 nas raízes de índice par o radicando não deve ser negativo;
 só há logarítmos de números positivos e a base do logarítmo deve ser um número positivo
diferente de 1.
Problemas resolvidos
45. Calcule o domínio das seguintes funções:

a) f x  
2x
3x  4
Resolução
4
3x  4  0  3x  4  x 
3
4
Df  R \  
3

b) g x  

ln x 2  1 
4  x2
Resolução

x  1  0
2
 x  1  x  1
   2  x  1  1  x  2
4  x  0  2  x  2
 2

Dg   2,1  1,2

5
c) hx   log  x 1 4 x  x 2 

Resolução
4 x  x 2  0 0  x  4
 
x 1  0  x  1
x 1  1 x  2
 
Dh  1,4 \ 2

2. Limite de uma função num ponto


Seja a função f x   2 x  1 .
Vamos atribuir valores a x que se aproximem de 1, pela sua direita (valores maiores que 1) e
pela esquerda (valores menores que 1) e calcular o valor correspondente de y :
x y  2x  1 x y  2x  1
1,5 4 0,5 2
1,3 3,6 0,7 2,4
1,1 3,2 0,9 2,8
1,05 3,1 0,95 2,9
1,02 3,04 0,98 2,96
1,01 3,02 0,99 2,98
Notamos que à medida que x se aproxima de 1, y se aproxima de 3, ou seja, quando x tende
para 1 x  1 , y tende para 3  y  3 , e escreve-se lim 2 x  1  3
x 1

Tenha-se em atenção que nem é preciso que x assuma o valor 1. Se f x  tende para 3
 f x  3 , dizemos que o limite de f x  quando x  1 é 3, embora possam ocorrer casos em
que para x  1 o valor de f x  não seja 3.

 x2  x  2
 , x 1
Seja, por exemplo, a função f x    x  1 , cujo gráfico é:
 2, x  1

6
 x  1x  2
 , x 1
Como x  x  2  x  1x  2 , temos: f x   
2
x 1

 2, x  1

Podemos notar que quando x se aproxima de 1 x  1 , f x  se aproxima de 3, embora


para x  1 tenhamos f x   2 . O que ocorre é que procuramos o comportamento de y

quando x  1 . E, no caso, y  3 . Logo, o limite de f x  é 3.


Escrevemos:

lim f x   lim
x2  x  2
 lim
x  1x  2  lim x  2  1  2  3
x 1 x 1 x 1 x 1 x 1 x 1

De forma geral, escrevemos: lim f x   L se, quando x se aproxima de a x  a  , f x  se


x a

aproxima de L  f x   L  .
Definição (14.a) (segundo Heine): Seja f uma função definida num
intervalo aberto contendo o ponto a , podendo não estar definida no
ponto a , e seja b um número real. Diz-se que o limite de f x 
quando x tende para a é b e escreve-se lim f x   b se e somente
x a

se, para toda a sucessão xn  de valores de x que tende para a , por

valores diferentes de a , a sucessão de valores  f xn  de valores da


Heinrich Eduard Heine
função f tende para b . (1821-1881)
Simbolicamente escreve-se: lim f x   b   xn   a  xn  a   f xn   b .
x a  xn 

7
Definição (14.b) (segundo Cauchy): Seja f uma função definida
num intervalo aberto contendo o ponto a , podendo não estar definida
no ponto a . Seja b um número real. Diz-se que o limite de f x 
quando x tende para a é b , se e só se, para todo o   0 podemos
encontrar um número   0 tal que, para todo o x do domínio de f ,

se x é tal que 0  x  a   então f x   b   . Simbolicamente

escreve-se:

x a
  
lim f x   b    :  0  x  a    f x   b   .
 0  0 xDf
Augustin-Louis Cauchy
(1789-1857)
As duas definições são equivalentes.
Tenha-se em atenção que para a definição do limite, quando x tende a a , não é necessário que a
função esteja definida em a e pode ocorrer que a função esteja definida em a e lim f x   f a  .
x a

O que interessa é o comportamento de f x  quando x se aproxima de a e não o que ocorre


com f quando x  a .

2.1. Unicidade do limite


Teorema (8): O limite de uma função, se existir, é único.
Se lim f x   L1 e lim f x   L2 então L1  L2
x a x a

2.2. Propriedades algébricas dos limites


Seja a elemento do intervalo aberto I , em I \ a estão definidas as propriedades.
P1) Se f é uma função definida por f x   c , para todo x real, onde c  R , então lim f x   c .
x a

P2) Se c  R e lim f x   L então limcf x   cL .


x a x a

P3) Se lim f x   L e lim g x   M então lim  f  g x   L  M .


x a x a x a

Esta propriedade pode ser estendida para uma soma de um número finito de funções, isto é, se
n  n
lim f i x   Li e 1  i  n então lim  f i x    Li
x a x a
 i 1  i 1
P4) Se lim f x   L e lim g x   M então lim  f  g x   L  M .
x a x a x a

P5) Se lim f x   L e lim g x   M então lim  f  g x   L  M .


x a x a x a

8
Esta propriedade pode ser estendida para um produto de um número finito de funções, isto é, se
 n  n
lim f i x   Li e 1  i  n então lim  f i x    Li
x a x a
 i 1  i 1

P6) Se lim f x   L então lim f x   Ln , para n  Z 


n
x a x a

P7) Se lim f x   L então lim n f x   n L , com L  0 e n  Z  ou L  0 e n ímpar.


x a x a

x a x a
 
P6) Se lim f x   L então lim sen f x   sen lim f x   senL .
x a

P ) Se lim f x   L então lim cos f x   coslim f x   cos L .


8
x a x a x a

P ) Se lim f x   L então lim log  f x   log lim f x   log L , com L  0 , b  0 e b  1


9 b b b
x a x a x a

lim f  x 
P10) Se lim f x   L então lim a f  x   a xa  aL
x a x a

P11) Se lim f x   L e lim g x   M então lim f x 


x a x a x a
g x
x a

 lim f x  xa
lim g  x 
 LM

n
Teorema (9): O limite de uma função polinomial f x   a0  a1 x1  a2 x2  ...  an xn   ai xi ,
i 0

ai  R , para x tendendo para a , é igual ao valor numérico de f x  para x  a , ou seja,

lim f x   f a  .
x a

Problemas resolvidos
46. Calcule os limites:

a) lim x 2  3x3
x 1

Resolução
 
lim x2  3x3  12  3 13  4
x 1


b) lim x 2  3x3
x 1

Resolução
 
lim x2  3x3  12  3 13  2
x 1

c) lim 3x3 cos x


x 

Resolução

9
lim 3x 3 cos x  3 lim x 3  lim cos x  3   3  cos   3 3  1  3 3
x  x  x 

senx
d) lim
x 0 x2  1
Resolução

senx lim senx sen0 0


 x 0
 2  0
lim
x 0 x  1
2
lim x  1 0  1 1
2
x 0
 

e) lim x 2  3
x 1
2

Resolução

 2
lim x 2  3  lim x 2  3
x 1

x 1
   1
2 2
2
 3  42  16

f) lim 3 x3  x 2  4
x 2

Resolução


lim 3 x 3  x 2  4  3 lim x 3  x 2  4  3 23  22  4  3 23  2
x 2 x 2

g) lim ln x 2
x e

Resolução

lim ln x 2  ln lim x 2  ln e 2  2
x e x e

2
3x
h) lim e x
x 1

Resolução
3 x 
lim x 2  3 x 
 e x1  e1 31  e 4
2 2
lim e x
x 1

x 1
 x2  1 
i) lim  
x 0
 x 1 
Resolução
x 1 lim  x 1 0 1
 x2 1   x 2  1  x0  02  1 
lim     lim      1
x 0
 x 1   x 0 x  1   0 1 
2.3. Limites laterais

10
Ao considerarmos lim f x   L , estamos interessados no comportamento da função nos valores
x a

próximos de a , isto é, nos valores de x pertencentes a um intervalo aberto contendo a , mas


diferentes de a e, portanto, nos valores desse intervalo que são maiores ou menores que a .
Entretanto, o comportamento em algumas funções, quando x está próximo de a , mas assume
valores menores que a , é diferente do comportamento da mesma função, quando x está
próximo de a, mas assume valores maiores que a .
4  x , x  1

Por exemplo, na função f x    2, x  1 atribuindo a x valores próximos de 1, porém
 x  2, x  1

menores que 1 (à esquerda de 1), temos que os valores da função ficam próximos de 3; e
atribuindo a x valores próximos de 1, porém maiores que 1 (à direita de 1), temos que os valores
da função ficam próximos de – 1.

Definição (15) (Limite lateral à direita): Seja f uma função definida num intervalo aberto
a, b .
O limite de f x  , quando x se aproxima de a pela direita (limite lateral à direita), será L e
escrevemos lim f x   L se, para todo   0 , existir   0 tal que se a  x  a   então
x a

f x   L   .

Em símbolos, temos:
lim f x   L    0  0 : a  x  a    f x   L   .
x a 

11
Definição (16) (Limite lateral à esquerda): Seja f uma função definida num intervalo aberto

a, b .
O limite de f x  , quando x se aproxima de a pela esquerda (limite lateral à esquerda), será L
e escrevemos lim f x   L se, para todo   0 , existir   0 tal que se a    x  a então
x a

f x   L   .

Em símbolos, temos:
lim f x   L    0  0 : a    x  a  f x   L    .
x a 

As propriedades de limites e o teorema do limite de função polinomial são válidos se


substituirmos x  a por x  a  ou por x  a  .
Teorema (10) (Existência do limite): Seja I um intervalo aberto contendo a e seja f uma
função definida para x  I \ a. Temos lim f x   L se, e somente se, existirem os limites
x a

laterais lim f x  e lim f x  e forem ambos iguais a L , isto é lim f x   lim  lim f x   L .
x a x a x a x a x a

Caso contrário, dizemos que o limite não existe.


Problemas resolvidos
47. Dada a função f x   1  x  3 , determine, se possível:

a) lim f x 
x 3

Resolução
 
lim f x   lim 1  x  3  1  3  3  1
x 3 x 3

b) lim f x 
x 3

Resolução
 
lim f x   lim 1  x  3  1  3  3  1
x 3 x 3

 x 2  4, x  1

48. Seja a função f definida por f x     1, x  1 , determine, se possível lim f x  .
x 1
 3  x, x  1

Resolução

12
 
lim f x   lim x 2  4  12  4  3

x 1
  lim f x   3  xlim f x   2 , então o lim f x  não
x 1

lim f x   lim 3  x   3  1  2  x 1 1 x 1


x 1 x 1 
existe.
49. Seja a função f definida por f x   x . Determine, se possível, lim f x 
x 0

Resolução
 x, x  0
f x   x  f x   
 x, x  0
lim f x   lim  x   0  0

  lim f x   xlim  0 , então lim f x   0 .
x 0  x 0

lim f x   lim x  0 x 0  0  x 0
x 0 x 0 
2.4. Limites infinitos
Definição (17) Seja f uma função definida num intervalo aberto I contendo a , excepto,
possivelmente, em a . Dizemos que, quando x se aproxima de a , f x  cresce ilimitadamente e

escrevemos lim f x    se, para qualquer número M  0 , existir   0 tal que se


x a

0  x  a   então f x   M .

Em símbolos, temos: lim f x     M  0,   0 : 0  x  a    f x   M .


x a

Definição (18) Seja f uma função definida num intervalo aberto I contendo a , excepto,
possivelmente, em a . Dizemos que, quando x se aproxima de a , f x  decresce ilimitadamente

e escrevemos lim f x    se, para qualquer número M  0 , existir   0 tal que se


x a

0  x  a   então f x   M .

13
Em símbolos, temos: lim f x     M  0,   0 : 0  x  a    f x   M  .
x a

Os símbolos "" e "" não representam números reais, indicam-nos apenas o que ocorre
com a função quando x se aproxima de a .
Teorema (11): Sejam L R , f e g funções tais que lim f x   L  0 e lim g x   0 . Então:
x a x a

f x 
 lim   se f x   0 quando x está próximo de a ;
x a g x 
f x 
 lim   se f x   0 quando x está próximo de a ;
x a g x 
g x 
 lim 0
x a f x 

Este teorema continua válido se substituirmos x  a por x  a  ou por x  a  .


2.5. Limites no infinito
Definição (19): Seja f uma função definida num intervalo aberto a, .

Dizemos que, quando x cresce ilimitadamente, f x  se aproxima de L e escrevemos


lim f x   L se, para qualquer número   0 , existir N  0 tal que se N  0 então
x 

f x   L   .

Em símbolos, temos:
lim f x   L    0, N  0 : x  N  f x   L   .
x 

Observando o comportamento da função f definida por f x   1


1
vemos que quando x
x
cresce ilimitadamente, os valores da função f se aproximam cada vez mais de 1, isto é,

14
podemos tornar f x  tão próximo de 1 quanto desejarmos, se atribuirmos para x valores cada

 1
vez maiores e escrevemos lim 1    1
x  
 x

Definição (20): Seja f uma função definida em um intervalo aberto  , a .


Dizemos que, quando x decresce ilimitadamente, f x  se aproxima de L e escrevemos
lim f x   L se, para qualquer número   0 , existir N  0 tal que se x  N então
x 

f x   L   .

Em símbolos, temos:
lim f x   L    0, N  0 : x  N  f x   L    .
x 

Observando novamente o comportamento da função f definida por f x   1


1
vemos que
x
quando x decresce ilimitadamente, os valores da função f se aproximam cada vez mais de 1,
isto é, podemos tornar f x  tão próximo de 1 quanto desejarmos, se atribuirmos para x valores

 1
cada vez menores e escrevemos lim 1    1
x  
 x
As propriedades de limites são válidas se substituirmos x  a por x   ou por x   .
2.6. Limites notáveis
Seja a  R , então:
senf x  f x  0
a) lim  lim     1 , se lim f x   0
x a f x  x 0 senf  x 
0 x a

15
senf x    
b) lim     0 , se lim f x   
x a f x   x a

f x
 1 
c) lim 1    
 1  e , se lim f x   
x a
 f x  x a

 
d) lim1  f x  f  x   1  e , se lim f x   0
1

x a x a

a f x 1  0 
e) lim     ln a , a  0 , se lim f x   0
xb f x  0 x b

f) lim
 f x   1  1  0 
b
    b , se lim f x   0
x a f x  0 x a

lim  f ( x ) 1g ( x )
Teorema(12): Se lim f ( x)  1 e lim g ( x)   então lim f ( x)
x a x a x a
g x
 
 1  e x  a ( a finito

ou infinito).
2.7. Cálculo de limites: Formas indeterminadas
0 
Dizemos que as expressões , ,    , 0   , 0 0 , 1 ,  0 são formas indeterminadas.
0 
Problemas resolvidos
50. Calcule os seguintes limites:

a) lim x 3  x 2  5 x  1
x 2

Resolução

x 2
 
lim x 3  x 2  5x  1   2   2  5 2  1  8  4  10  1  5
3 2


b) lim x 3  2 x 2  4 x  3
x 

Resolução

   2 4 3
lim x 3  2 x 2  4 x  3  lim x 3 1   2  3   lim x 3 1  0  0  0  
x  x 
 x x x  x

x 2 x  1
c) lim
x   x  13  x 3

Resolução

16
x 2 x  1 x2  x  1 1
2   1
x x  1
2
 x 3 x  x  x 1
lim     lim  lim  lim   
x   x  1  x
   x  x  1  x x   x  1
3 3 3 x  3
 1
3 3 3
x 0
3 3
 3 1    1
x x x  x

2 x  e x 1
d) lim
x   e x  2 x 1

Resolução
x
2 x  e x 1 2x  2  1
1   e 1
2 x  e x 1 
 lim  
x 1 x 1 e 1
lim     lim x e  lim x e   1  e
x   e x  2 x 1 x 1 x 1 x 1
 x   e 2 x   e 2 x  
2 e
x 1 x 1
 x 1 e 1   
e e e e

e) lim x2  x  x
x  

Resolução

lim x 2  x  x       lim
x 2
xx  x 2
xx   lim x2  x  x2
x   x  
x2  x  x x 
x2  x  x
x  1 1 1
 lim     lim  
x  
x  x  x 
2 x   1
1 1
1 0 1 2
x


f) lim 3  e x
x 

Resolução

   1
lim 3  e x  lim  3  x   3  0  3
x  x 
 e 

x 3  3x  2
g) lim
x 1 x4  4x  3
Resolução

x 3  3x  2  0 
    lim
x  1 x  2  lim x  2  3  1
2

 
lim 4
x 1 x  4 x  3
0 x 1 x  12 x 2  2 x  3 x1 x 2  2 x  3 6 2
x 8
h) lim
x  64 3 x 4
Resolução
1° processo

17
x 8 0  x 8  x 8 
3
x 2  43 x  16   lim x  64 x
3 2
 43 x  16 
lim
x 64 3
    lim
x  4  0  x 64  3
x  43
x 2  43 x  16  x 8  x 64 x  64 x 8 
3
x 2  43 x  16 48
 lim  3
x 64 x 8 16
2° processo
m.m.c.2,3  6

Fazendo x  t 6 vem: x  64  t  2 , donde:

lim
x 8  0 t3  8
    lim 2  lim
t  2 t 2  2t  4
 lim
 t 2  2t  4 12
 3

x 64 3 x  4  0  t 2 t  4 t 2 t  2t  2 t 2 t2 4
6 x  sen3x
i) lim
x 0 2 x  3sen2 x
Resolução
6 x  sen3x 3sen3x
6
6 x  sen3x  0  x 3x  6  3 1  3
lim     lim  lim
x 0 2 x  3sen 2 x
0 x  0 2 x  3sen2 x x  0 6sen2 x 2  6 1 8
2
x 2x
5 x  25
j) lim
x 2 x  2

Resolução
Fazendo x  2  y  x  2  y donde x  2  y  0 , vem:

lim
5x  25  0 
    lim
52  y  25
 lim
25 5 y  1
 25 ln 5
 
x 2 x  2
 0  y 0 y y 0 y
1  cos 2 x
l) lim
x 0 x2
Resolução
1° processo
1  cos 2 x  0 
 
1  cos 2 x 1  cos 2 x   lim 1  cos 2 2 x  lim sen 2 2 x
lim   lim
x 0 x2  0  x 0 x 2 1  cos 2 x  x 0 x 2 1  cos 2 x  x 0 x 2 1  cos 2 x 

2
 sen2 x  1 1
 lim 4    4  12   2
x 0
 2 x  1  cos 2 x 2
2° Processo

18
1  cos 2 x  0 
2
2sen 2 x  senx 
lim     lim  lim 2   2 1  2
 0  x 0 x  x 
x 0 2 2 x 0
x
ln 2  x 
m) lim
x  1 1  x

Resolução
t  1  x  x  t  1
Fazendo  , vem:
 x  1  t  0
ln 2  x   0  ln 2  t  1 ln 1  t    
    lim ln 1  t t   ln lim 1  t t   1  
1 1
lim     lim  lim
x 1 1  x
 0  t 0 t t 0 t    t 0    t 0 
 ln e  1

n) lim 1  senx 
cos ecx
x 

Resolução
1° processo

lim 1  senx   
 1  lim 1  senx senx  e
1
cos ecx
x  x 

2° processo

 
senx
lim 1 senx1cos ecx
lim 1  senx 
lim senxcos ecx lim lim 1

 1 e e e  e x  e1  e
cos ecx x x x senx
x 

x
 x 
o) lim  
x   x  1
 
Resolução
1° processo
x
  x 1 
x
  x 1 x   x
 x x 1
lim 
 x 
x   x  1
 
 
  1  lim 1  1 
x 
  lim 1 
x  1  x 
  lim 1 
1 

x  1  x   x  1 

  x  
 
1
 lim
 x  x 1
lim    1 1
e n x 1 
e x
 e 1 
e
2° processo
1
 lim
x  x   x  x 1 x
 x 
 
lim  1  x x x 1
lim  lim 1 1

lim    1 e
x x 1 
 e x x 1
e x x 1
e x
 e 1 
 x 1
x   e

19
51. Uma empresa de montagem de computadores determina que um operário após x dias de
20 x 2
treinamento, monta m computadores por dia, onde mx   .
x2  x  5
Quantos computadores um operário estará apto a montar diariamente, quando submetido a um
longo treinamento?
Resolução
20 x 2  20
lim     lim  20
x x 2  x  5
 n  1 5
1  2
x x
Resposta: Quando submetido a um longo treinamento um operário pode montar 20 computadores
por dia.
3. Continuidade de funções
3.1. Continuidade num ponto
Definição (21): Sejam f uma função definida num intervalo aberto I e a um elemento de I .

Dizemos que f é contínua em a se lim f x   f a  .


x a

Notemos que para falarmos em continuidade de uma função num ponto é necessário que este
ponto pertença ao domínio da função.
Da definição decorre que se f é contínua em a  I então as três condições deverão estar
satisfeitas:
 Existe f a  ;
 Existe lim f x   lim f x   lim f x  ;
x a x a x a

 lim f x   f a  .
x a

Definição (22): Sejam f uma função definida num intervalo aberto I e a um elemento de I .

Dizemos que f é contínua à direita de a se lim  f a  e dizemos que f é contínua à esquerda


x a

de a se lim  f a  .
x a

3.2. Propriedades das funções contínuas


P1) Sejam f e g funções contínuas em a e k uma constante então são contínuas em a as
funções

20
f
f  g , kf , f  g , sendo, neste último caso, g (a)  0 .
g
P2) Uma função polinomial é contínua para todo número real.
b) Uma função racional é contínua em todos os pontos de seu domínio.
c) As funções f x   senx e g x   cos x são contínuas para todo número real x .

d) A função exponencial hx   a x a  0, a  1 é contínua para todo número real x .


P3) Teorema (13) (do limite da função composta):
Sejam f e g funções tais que lim f x   b e g é contínua em b . Então
x a

x a x a
x a

lim gof x   g b , ou seja, lim g  f x   g lim f x  .

P4) Se f é contínua em a e g é contínua em f a  então a função composta gof é contínua no


ponto a .
3.3. Pontos de descontinuidade
Definição (23): Seja f uma função definida num intervalo aberto I e a um elemento de I .
Dizemos que f é descontínua em a se f não for contínua em a .
Observemos também que para falarmos em descontinuidade de uma função num ponto é
necessário que este ponto pertença ao domínio da função.
Da definição decorre que se f é descontínua em a  I então as duas condições deverão estar
satisfeitas:
 Existe f a  ;
 Não existe lim f x  ou lim f x   f a  .
x a x a

3.3.1. Classificação dos pontos de descontinuidade


a) Se o limite de f , quando existe mas, é diferente de f a  , o ponto a diz-se ponto de
descontinuidade removível ou eliminável.

21
lim f x   1  f 1  4 , a função tem uma descontinuidade removível no ponto x  1
x 1

b) Se os limites laterais no ponto x  a existem mas são diferentes a descontinuidade diz-se não
removível (não eliminável) ou salto de primeira espécie.

lim f x   4  lim f x   2 , a função tem uma descontinuidade não eliminável (salto) da


x 1 x 1

primeira espécie
c) Se não existe em R algum dos limites laterais no ponto x  a (algum dos limites laterais é
infinito) a descontinuidade diz-se não removível (não eliminável) ou salto de segunda espécie.

22
lim f x    , a função tem uma descontinuidade não eliminável (salto) da segunda espécie.
x 1

3.2. Continuidade num intervalo


Definição (24): Dizemos que uma função f é contínua num intervalo aberto I se f for
contínua em todos os pontos desse intervalo.
Definição (25): Dizemos que uma função f é contínua num intervalo fechado a, b se f for

contínua no intervalo aberto a, b e se também for contínua em a à direita, e em b , à esquerda.


Exemplos
1. A função f x   2 x  1 , definida em R ,

é contínua em 1, pois lim f x   lim2 x  1  2 1  1  3  f 1


x 1 x 1

2 x  1, x  1
2. A função f x    , definida em R ,
 4, x  1

23
é descontínua em 1, pois lim f x   lim2 x  1  2 1  1  3  4  f 1 . Como lim f x   3
x 1 x 1 x 1

existe, a função tem no ponto de abcissa x  1 um ponto de descontinuidade eliminável


(removível).
1  x, x  1
3. A função f x    , definida em R ,
1  x, x  1

é descontínua em 1, pois lim f x   lim1  x   1  1  2 , lim f x   lim1  x   1  1  0 e,


x 1 x 1 x 1 x 1

portanto, não existe lim f x  . Como lim f x   2  lim f x   0 , a função tem no ponto de
x 1 x 1 x 1

abcissa x  1 um ponto de descontinuidade não eliminável (não removível ou salto) de 1a


espécie.
 x, x  1

4. A função f  x    1 , definida em R ,
 x , x  1

24
é descontínua em 1, pois lim f x   1 . Como lim f x    a função tem uma descontinuidade
x 1 x 1

não eliminável (salto) da segunda espécie.


Problemas resolvidos
 4
 x  1  3, x  1

52. Dada a função f x   ax 2  x  b,  1  x  1 , determine os valores de a e b para os quais a
 2 x  b, x  1



função f é contínua em R .
Resolução

 f  1  lim f x   4  3  a  1  b a  b  2 a  3
 x  1 
  11  
 f 1  lim f x   a  2b  1 b  1
 x 1 a  1  b  2  b
Problemas propostos (2)
62. Podemos dizer que “o preço de equilíbrio de um produto corresponde ao valor em que a
procura por parte dos consumidores se iguala ao que é oferecido por parte dos fornecedores, ou
seja, quando a demanda é igual à oferta”.
Considerando as funções demanda e oferta respectivamente y   x  4 e y  2 x  1
a) Calcule algebricamente o ponto de equilíbrio entre oferta e demanda.
b) Represente num mesmo sistema de eixos, os gráficos da oferta e da demanda e indique no
gráfico o break-even point.

25
p
63. A curva de demanda de um artigo é q  10  . Assuma que p representa o preço e q a
4
quantidade.
a) Determine a quantidade demandada se o preço é de 24,00 meticais.
b) Determine o preço se a quantidade demandada é de 7 unidades
c) Qual é o preço mais alto que poderá ser pago por este artigo?
d) Que quantidade poderá ser demandada se o artigo for oferecido gratuitamente?
64. O custo, em meticais, de um certo produto no mercado, é dado por Cq   3q  600 , sendo
q o número de unidades produzidas.
Qual é o custo de 2000 unidades desse produto?
65. Um fabricante produz uma certa mercadoria por 90,00 meticais a unidade, vendendo-a por
150,00 meticais a unidade.
Quantas unidades devem ser produzidas e vendidas para se ter um lucro de 24000 meticais?
66. Ao preço de 500 meticais por unidade, uma empresa oferecerá mensalmente 500 000
lanternas de pilha; a 350 meticais por unidade ela oferecerá 200 000 unidades.
Determine a equação da função oferta para este produto, admitindo que esta função é linear.
67. O custo fixo mensal de uma fábrica que produz sapatos é de 4 200 meticais e o custo variável
é de 55 meticais por par de sapatos. O preço de venda é de 105 meticais por par de sapatos.
a) Se q pares são produzidos e vendidas durante um mês, expresse o lucro mensal como uma
função de q .
b) Se 600 pares forem produzidos e vendidos num mês, qual será o lucro.
c) Quantos pares precisam ser produzidos e vendidos para não haver prejuízo durante um mês?
68. Sabendo-se que a função custo total para fabricar pastéis de feijão nhemba é dada por
C q   q 3  q 2  2q  100 , em meticais, sendo q a quantidade de pastéis de feijão nhemba
produzidos, calcule:
a) O custo total para produzir 5 unidades de pastéis de feijão nhemba.
b) O custo total para produzir 10 unidades de pastéis de feijão nhemba.
c) A função custo médio
d) O custo médio para produzir 5 unidades de pastéis de feijão nhemba.

26
69. O consumo de energia elétrica para uma residência no decorrer dos meses é dado por
Et   t 2  8t  210 , onde o consumo E é dado em Kwh e ao tempo associa-se t  0 a Janeiro,
t  1 a fevereiro, e assim sucessivamente.
a) Determine o(s) mês(es) em que o consumo é de 195 Kwh.
b) Qual o consumo mensal médio (considere a média aritmética dos meses do ano) para o
primeiro ano?
70. Um fabricante de cabos de enxada consegue vender cada cabo por 80 meticais. O custo total
consiste numa sobretaxa de 4500 meticais acrescida ao custo da produção de 50 meticais por
cada cabo.
a) Quantos cabos de enxada o fabricante precisa vender para existir o nivelamento?
b) Qual será o lucro (ou perda) do fabricante se ele vender 500 cabos de enxada?
c) Quantos cabos de enxada o fabricante terá que vender para obter um lucro de 9000 meticais?
71. Calcule o número de unidades da oferta e da procura, para o preço de equilíbrio, sabendo que
a função oferta de um certo produto é f q   q 2  3q  70 e a função procura (demanda) é
g q   410  q .

72. A função receita, em meticais, é dada por Rq   q 2  4q  100 e a função custo por

C q   q  80 , sendo q a quantidade.
a) Determine a função lucro Lq  .
b) Qual o lucro para uma quantidade demandada igual a 100 unidades?
73. Sabe-se que o custo mensal fixo de uma indústria que produz relógios de parede é 850 000
meticais e que o custo variável é 1 000 meticais por relógio fabricado. O preço de venda é de 8
000 meticais por relógio.
a) Se q relógios são produzidos durante um mês, qual é o custo mensal C q  como função de
q?
b) Qual é o lucro no mês de julho se 500 relógios foram produzidos e vendidos neste mês?
74. Uma editora pretende lançar um livro e estima que a quantidade vendida será 20000 unidades
por ano. Se o custo fixo de produção for 150000 meticais por ano, e o variável por unidade de
200 meticais, qual o preço mínimo que deverá cobrar pelo livro para não ter prejuízo?
75. Um bombeiro hidráulico cobra uma taxa de 3100 meticais e mais 260 meticais a cada quarto
de hora de trabalho. Um outro cobra 2500 meticais e mais 320 meticais a cada quarto de hora.

27
Determine um critério para decidir que bombeiro chamar, se forem levadas em conta apenas
considerações de ordem financeira.
76. Determine o domínio das funções
x 2 1 b) nx  
2x
a) px  
x2 1 x  2x  1
c) hx   5  x  3 d) g x  
1
x  x 2
2


e) f x   ln 8  x 3  1  x  f) f x   arcsen 2  x 2  
g) vx   log  x  2  ( x 2  3x) h) z  log  x  2  ( x 2  5x  4)

77. Calcule os seguintes limites:



a) lim x 2  3x  5
x 2
 b) lim
x5
x 3 x 3  7

2
c) lim x 4  4x 1  2x2  x  1 
x  2 d) lim  
x 1
 3x  2 

x 3  2 x 2  3x  2 2x 2  x
e) lim 3 f) lim
x  2 x2  4x  3 x 2 3x

g) lim 3 x 1
x
x 2 h) lim  
 
x 3 e

2
3 x  2 3x2
i) lim 3x x 1
x  2 j) lim e
x 0

l) lim lg x 
x 1000
 
m) lim log 2 4 x 2  7 x  5
x 1

   x 2  3x  2 
n) lim  log 1 x  o) lim  log 3 2 
x4
 2  x  1
 x  5 x  4 

 6x  8  1
x
p) lim  lg  q) lim  
x 3
 4x  8   
x  1 2

78. Calcule os seguintes limites:


x2 1 x2  4
a) lim b) lim
x 1 x 1 x 2 x 2  2x

28
6 x 2  11x  3 x3  1
c) lim d) lim
x   2 x  5 x  12
3 2 x 1 x2 1
2

2x3  x 2  4x  1 3x 3  4 x 2  x  2
e) lim f) lim
x 1 x 3  3 x 2  5 x  3 x 1 2 x 3  3x  1
3x 4  x 3  5 x 2  2 x x3  4x  3
g) lim h) lim
x 0 x2  x x 1 x5  2x  1
x 4  8 x 3  18 x 2  27 x4
i) lim j) lim
x 3 x 4  10 x 3  36 x 2  54 x  27 x 4 x 2
x2 1 2x  3
k) lim l) lim
x 2 2x  2 x 4 x 2
x 2 x 2  3x  2  2
m) lim n) lim
x 0 2 4 x x 2
3x 2  5 x  1  1

1 x  2 2x  x 1
o) lim p) lim
x 3 x3 x 1 x 1
x2 x 8
q) lim 3 r) lim
x 2 5  2x 1 x  64 3 x 4
x 3  3x  2 x2  2
s) lim t) lim
x  2 x2  4 x 0 x
x2 4
x 1
3
x2
u) lim v) lim 3
x 1 x 1 x 2

x 1
 x  x3 
x) lim e x 1 y) lim  lg 2 
x 1 x 0
 x  x 
 x 3   3  1  4x 
w) lim  log 2  z) lim  log 3 
x 3
 x 1  2  x  2
 6  x  2 

79. Calcule os seguintes limites:


3x  2 2x  1
a) lim b) lim
x 1  x  12 x 1 x 1
5x  2 2x  1
c) lim d) lim
x  1 x  1 x 1 x 1

29
2x  3 2x  1
e) lim f) lim
x 1  x  12 x 1 x 1


g) lim  3x 3  2 x 2  5x  3
x 
 
h) lim 3x 4  7 x 3  2 x 2  5x  4
x 

i) lim x 2  2x  2 j) lim x 2  3x  5
x   x 

5  4x 4x 1
l) lim m) lim
x  2 x  3 x  3 x  5 x  2
2

2x  5 2x  5
n) lim o) lim
x  
2x  52 x  
2x2  5

p) lim
3x  2
3
q) lim
2 x 2  3x  5
x   2 x3 x  14 x  1 x  
x4  1
x x
1 1
r) lim   s) lim  
 
x   3
 
x   3

t) lim e x u) lim e x
x   x  

v) lim log 2 x   
x  x) lim  log 1 x 
x  
 2 
80. Calcule os seguintes limites:
sen2 x sen2 x
a) lim b) lim
x 0 2x x 0 x
sen3x tgx
c) lim d) lim
x 0 sen4 x x 0 x
 1  1
e) lim  xsen  f) lim  xsen 
x 0
 x x  
 x
1  cos x h) lim ln x 
g) lim x 0
x 0 x
   1
2x
i) lim  log 1 x  j) lim 1  
x 0
 2  x 
 x
x x2
 3  1
k) lim 1   l) lim 1  
x 
 x x 
 x

30
3x x
 2  x 
m) lim 1   n) lim  
x  x  1
x 
 x  
x 2x
 1  3
o) lim 1   p) lim 1  
x 
 x x  
 x

 x 1  x 3
x x

q) lim   r) lim  
x  x  1 x   x  2
   
x2
 2x 1 
x
 x2  1  t) lim 
s) lim  2  
x   x  3  x  2 x  1
 
 
ln 1  x  ln 1  2 x 
u) lim v) lim
x 0 x x 0 x

x) lim 1  senx senx e senx  1


1

x 
y) lim
x 0 senx

1
ln x 3
w) lim  1  x  x4
x 1 x  1 z) lim  
x 4
 5 
81. Calcule os seguintes limites:
senx  sen senx1  cos x 
a) lim b) lim
x  x  x 0 2x2
e2 x  1 23 x  1
c) lim d) lim
x 0 x x 0 x
e2 x  1 e x  e2
e) lim f) lim
x 0 e 3 x  1 x 2 x  2

e x 1  2 x 1 2 x  3x
g) lim h) lim
x 1 x2 1 x 0 x
e x2  1 10 x  1
i) lim j) lim
x 2 x  2 x 0 5 x  1

82. O custo para produzir q unidades de um certo produto é dado por Cq   0,25q  3600 em
meticais.
Determine o custo médio quando a produção aumenta e interprete o resultado.
83. A função de produção de um certo bem em relação à quantidade de matéria prima, em
q2  4
quilogramas, é dada por pq   .
q2

31
Determine a produção quando se tem 2 quilogramas de matéria prima.
3x  2, x  1

84. Seja a função f definida por f x    2, x  1 . Determine, se possível, lim f x  .
x 1
4 x  2, x  1

 x
 , x0
85. Seja a função f definida por f x    x . Determine, se possível, lim f x  .
x 0
 1, x  0

3x 2  5 x  2
86. Seja a função f definida por f x   , x  2 . Determine, se possível, lim f x  .
x2 x 2

3x  2, x  1

87. Seja a função f definida por f x    3, x  1 . Determine a  R para que exista
5  ax, x  1

lim f x  .
x  1

88. Considere as seguintes funções e o número real a :


x4 x5
a) f x   , a4 b) f x   , a  5
x4 x5

c) f x  
1
, a  8 e determine, se existir:
x 8
i) lim f x  ii) lim f x  iii) lim f x 
x a x a x a

89. Dada a função representada no gráfico

a) Indique se existir:
i) lim f x  ii) lim f x 
x 3 x 3

32
iii) f 3 iv) lim f x 
x 3

b) Indique e classifique os pontos de descontinuidade, se os houver.


90. Dada a função representada no gráfico

a) Indique se existir:
i) lim f x  ii) lim f x 
x  2 x  2

iii) lim f x  iv) f  2


x  2

b) Indique e classifique os pontos de descontinuidade, se os houver.


91. Dada a função representada no gráfico

a) Indique se existir:
i) lim f x  ii) lim f x 
x 1 x 1

iii) lim f x  iv) f 1


x 1

b) Indique e classifique os pontos de descontinuidade, se os houver.


92. Represente graficamente e estude a continuidade das seguintes funções:

33
 x 2  2, x  2 3, x  4
 b) f x   
a) f x    x 0, x  4
 x2
2
 x 2  1, x  1 log x  2, x  2
c) f x    d) f x    2
 x, x  1   x  1, x  2

 x 2  3, x  1
93. Dada a função f x    , determine:
5 x  1, x  1
a) lim f x  b) lim f x 
x 1 x 2

c) lim f x  d) lim f x 
x 1 x 1

 x  1, x  2

94. Dada a função g x    2 x, 0  x  2 , determine:
 x2 , x  0

a) lim g x  b) lim g x 
x 2 x 2

c) lim g x  d) lim g x 
x 2 x 0

e) lim g x  f) lim g x 
x 0 x 0

  x 
sen 2   x, x  1
  

95. Dada a função f x   
2
 x,  1  x  2
 x  3
 2  6 x, x  2


a) Determine:
i) lim f x  ii) lim f x  iii) lim f x 
x  1 x 1 x 0

b) Verifique se a função é contínua no ponto x  2


c) Determine os pontos de descontinuidade e classifique-os, se existirem.
 x 2  a, x  1

96. Dada a função f x    b, x  1 , determine os valores de a e b tais que:
5  ax, x  1

34
a) existe o lim f x 
x 1

b) a função f seja contínua em x  1

 x2  4
 , se x  2
 x  2
97. Determine  e b reais para que a função f x    ax 2  bx  3, se 2  x  3 seja contínua
 2 x  a  b, se x  3



em R .
 3x  6, x  3
98. Considere a função f x    2
 x  ax, x  3
a) Determine a de medo que exista lim f x 
x 3

b) Defina uma função g contínua em R , onde g x   f x  , qualquer que seja x  3 .

Soluções dos problemas propostos (2)


62. a) P1,3
b)

63. a) 4 unidades b) 12 meticais


c) 40 meticais d) 10 unidades
64. 6600 meticais 65. 400 unidades
66. q  2000 p  500000  0 , onde q é a quantidade de lanternas e p é o preço.
67. a) Lq   50q  4200 b) 25800 meticais
c) mais de 83 pares 68. a) 260 meticais

35
b) 1220 meticais
c) Cme q   q 2  q  2 
100
q
d) 52 meticais 69. a) Abril e Junho
b) 208,17 MT 70. a) 150 cabos
b) 10500 meticais c) 450 cabos
71. 20 unidades 72. a) Lq   q 2  3q  20
b) 10320 meticais 73. a) Cq   1000q  850000
b) 2650000 meticais 74. 207,50 MT
75. Se o trabalho durar menos de 2 horas e meia deve-se chamar o bombeiro que cobra 2 500
meticais e mais 320 meticais a cada quarto de hora.
76. a) Dp  R b) Dn  R \  1,2

c) Dh   8,2 d) Dg  R \  1,1
e) Df   2,1    
f) Df   3,1  1, 3

g) Dv   2,0  3, \  1 h) Dz  2,4 \ 3


77 a) 15 1
b) 
10
c) 5 d) 4
e)  2 2 2 1
f)
3
g) 9 1
h)
e3
i) 1 1
j)
e2
l) 3 m) 4
n)  2 o)  1
p)  lg 2 q) 2
78. a) 2 b) 2
7 3
c) d)
11 2
e) 2 f) 0

36
g)  2 1
h) 
3
i) 2 j) 4
k) 2 4
l)
3
m) 4 5
n)
14
1 2
o) p)
4 4
3 r) 3
q) 
2
9 2
s)  t)
4 4
2 v) 81
u)
3
x) e 2 y) 0
w) 2 z) log 3 8  1
79. a)   b)  
c)   d)  
e)   f)  
g)   h)  
i)   j)  
l)  2 m) 0
n) 2 o)  2
9 q) 2
p)
8
r) 0 s)  
t)   u) 0
v)   x)  
80. a) 1 b) 2
3 d) 1
c)
4

37
e) 0 f) 1
g) 0 h)  
i)   j) e 2
k) e 3 l) e

m) e 6 n) e 1
o) e 1 p) e 6
q) e 2 r) e 5
s) e 4 1
t)
e
u) 1 v) 2
x) e y) 1
w) 3 z) 5
e
81. a)  1 b) 0
c) 2 d) ln 8
2 f) e 2
e)
3
1 2
g)  ln 2 h) ln
2 3
i) 1 ln 2
j) 1
ln 5
82. Quando o bem em questão é produzido em grande escala o custo médio tende a estabilizar-se
em 25 centavos.
83. 4 unidades. 84. lim f x   6  lim f x   1
x 1 x 1

85. lim f x   1  lim f x   1


86. lim f x     lim f x  
7 7
x 0 x 0
x 2 3 x 2 3
87. a  10 88. a) i) lim x   1
x 4

ii) lim x   1 iii) lim x  não existe


x 4 x 4

b) i) lim x   1 ii) lim x   1


x 5 x 5

iii) lim x  não existe c) i) lim x   


x 5 x 8

38
ii) lim x    iii) lim x  não existe
x 8 x 8

89. a) i)  1 ii) 3
iii) 1 iv) Não existe
b) Em x  3 a função tem um ponto de descontinuidade não eliminável (não removível) ou salto
de 1ª espécie.
90. a) i) 0 ii) 0
iii) 0 iv) Não existe
b) Em x  2 , a função tem um ponto de descontinuidade eliminável (removível)
91. a) i) 1 ii) 1
iii) 1 iv) 1
b) Função sempre contínua
92. a)

Em x  2 a função tem um ponto de descontinuidade não eliminável (não removível) ou salto de


1a espécie.
b)

39
Em x  4 a função tem um ponto de descontinuidade eliminável (removível).
c)

Contínua em R
d)

Em x  2 a função tem um ponto de descontinuidade não eliminável (não removível) ou salto de


2a espécie.
93. a) 4 b) 7
c) 4 d) 4
94. a) 3 b) 4
c) Não existe d) 0
e) 0 f) 0
ii) lim f x   2
95. a) i)  1  lim f x   lim f x  
1
, x 1
x 1 x  1 2
então não existe o lim f x 
x  1

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iii) lim f x   
1
x 0 3
b)  4  lim f x   lim f x   10 , então a função não é contínua em x  2 .
x 2 x 2

c) Em x  1 e x  2
a função tem descontinuidade não eliminável da 1ª espécie
96. a) a  2 b) a  2, b  3
1 98. a) a  2
97. a  b 
2
 3x  6, x  3

b) g x    3, x  3
 x 2  2 x, x  3

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