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Microeconomia II - Resolução Lista 11

Professoras: Érica Diniz, Isabela Brandão e Regina Madalozzo


1o Semestre de 2021

Questão 1.
a. No longo prazo, cada firma produzirá no ponto em que P = CM g = CM e, ou seja, quando o seu custo
100
médio for mı́nimo. Assim, sabendo que CM e = q + e que CM g = 2q, temos que a quantidade
q
produzida por cada firma no equilı́brio de longo prazo é dada por q ∗ = 10.
b. Do item (a), temos que o preço de equilı́brio é dado por P = 20. Logo, a quantidade de equilı́brio é
igual a Q∗ = 7000 − 50 · 20 = 6000. Portanto, o número de firmas no equilı́brio de longo prazo é igual
Q
an= = 6000. O excedente do consumidor é dado por:
q
6000
EC = (140 − 20) · = 360.000
2
Como a curva de oferta de longo prazo é uma reta horizontal (a indústria tem custos constantes), então
o excedente do produtor é zero.

c. No curtı́ssimo prazo, a quantidade total ofertada e o número de firmas operando não mudam. Logo,
pela nova demanda, temos que o novo preço de equilı́brio será dado por 9000−50·20 = 6000 ⇒ P = 60.
Assim, o lucro de cada firma séra igual a πi = 60 · 10 − (102 + 100) = 400.
d. Como os custos são constantes, temos que no novo equilı́brio de longo prazo o preço é igual a P = 20.
Logo, a nova quantidade de equilı́brio será dada por Q∗ = 9000 − 50 · 20 = 8000. Como cada firma
produz 10 unidades do bem, então existirão 800 firmas no mercado e, por definição, cada uma delas
terá lucro zero.

Questão 2.
a. No longo prazo, a firma produzirá no ponto em que P = CM g = CM e, ou seja, quando o seu custo
500
médio for mı́nimo. Assim, sabendo que CM e = 20q − 10 + e que CM g = 40q − 10, temos que
q
a quantidade produzida por cada firma no equilı́brio de longo prazo é dada por q ∗ = 5. Portanto, o
preço de equilı́brio será igual a P = 190. Assim, a quantidade produzida pela indústria no equilı́brio
de longo prazo é dada por Q∗ = 1570 − 3 · 190 = 1000. O número de firmas operando no equilı́brio de
Q∗
longo prazo é dado por n = = 200.
q
b. Note que a curva de oferta da firma é dada pelo trecho da curva de custo marginal que está acima da
curva de custo variável médio. Assim, do problema de maximização de lucro das firmas temos que, no
P + 10
ótimo, P = CM g = 40q − 10 ⇒ q s = . Como no curto prazo existem 200 firmas, então a curva
40
de oferta de curto prazo do mercado é dada por Qs = nq s = 5P + 50.

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c. O imposto introduz uma cunha entre o preço pago pelos consumidores e o preço efetivamente recebido
pelos produtores, de modo que

P d = P s + 80
Qd = 1570 − 3P d
Qs = 5P s + 50
Qd = Qs

Resolvendo o sistema anterior, o novo equilı́brio de curto prazo é dado por P s = 160, P d = 240,
Q∗ = 850, n = 200 e q = 4, 25. Finalmente, o peso morto (área do triângulo ABC na figura a seguir)
é igual a P M = 6000.

d. Novamente, temos as seguintes equações:

P d = P s + 80
Qd = 1570 − 3P d
Qd = Qs

No entanto, o número de firmas no mercado será determinado pela condição de lucro zero P s =
CM e(5) = 190. Desse modo, P d = 270, Q∗ = 760 e n = 152. O peso morto da medida é determinado
pela diferença entre o excedente total da economia antes da introdução do imposto (no longo prazo) e
o excedente da economia após a introdução do imposto (também no longo prazo). Assim, P M = 9600.
Graficamente, trata-se da área do triângulo ABC abaixo.

2
Questão 3.
a. Note que a curva de oferta da firma é dada pelo trecho da curva de custo marginal que está acima da
curva de custo variável médio. Assim, do problema de maximização de lucro das firmas temos que, no
P
ótimo, P = CM g = 40q ⇒ q s = . Como existem 200 firmas, então a curva de oferta agregada de
s s
40
mercado é dada por Q = nq = 5P .
b. Graficamente, o equilı́brio é representado por:

c. Os excedentes do consumidor e do produtor são EC = EP = 22, 5.


d. Nesse novo contexto, o preço de equilı́brio é P ∗ = 1. Logo, os novos excedentes do consumidor e do
produtor são dados, respectivamente, por EC = 62, 5 e EP = 2, 5. Graficamente,

e. Com a tarifa de importação, o novo preço de equilı́brio passa a ser P ∗ = 2. Note que agora o excedente
total da economia é dividido entre consumidores (EC = 40), produtores (EP = 10) e governo (G = 10).
Portanto, a perda de peso morto é de P M = 5. Graficamente,

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Questão 4.
K 3/4 w
a. Do problema de minimização de custos, temos que, no ótimo, T M ST = 3/4 = = 8. Assim,
L v
substituindo K = 16L na função de produção, obtemos as seguintes demandas condicionais por insumos
16q 2 q2 40q 2
Kc = e Lc = . Portanto, a função custo de cada firma é dada por C(q) = .
81 81 27
b. Note que a curva de oferta da firma é dada pelo trecho da curva de custo marginal que está acima da
curva de custo variável médio. Assim, do problema de maximização de lucro das firmas temos que, no
80q 27P
ótimo, P = CM g = ⇒ qs = . Como existem 480 firmas, então a curva de oferta agregada de
27s 80
mercado é dada por Q = nq s = 162P .
c. Em equilı́brio, Qs = Qd . Portanto, P ∗ = 20 e Q∗ = 3240.

d. A representação gráfica é dada por:

e. Com o imposto,

P d = P s + 13, 5
Qd = 3800 − 28P d
Qs = 162P s
Qd = Qs

Assim, no equilı́brio, P d = 31, 5, P s = 18 e Q∗ = 2916. Portanto, o peso morto é igual a P M = 2187.

4
Questão 5.
a. Falso

A oferta agregada é a soma horizontal das ofertas individuais. Assim,

Tipo A
P −1
P = CM g ⇒ P = 1 + 4q ⇒ qA =
4
Tipo B
P
P = CM g ⇒ P = 8q ⇒ qB =
8
Tipo C
2q 5P − 5
P = CM g ⇒ P = 1 + ⇒ qC =
5 2
Note, porém, que apenas a firma B produz quando P < 1. Portanto, a oferta agregada é dada por:

43P − 39, se P ≥ 1
Qs =
P/8, se P < 1

Questão 6.
a. A receita do governo com a tarifa de importação é dada por G = t · qimportada . Assim,

3t − 3t2
 
d s 30 − 3(3 + t)
max G = t(q − q ) = t − (3 + t + 9) =
t 2 2

Resolvendo o problema anterior, temos que t = 1/2.


30 − 7/2 7
b. Para t = 1/2, temos que P ∗ = 3 + 1/2 = 7/2, q d = = 13, 25 e q s = + 9 = 12, 5. Portanto,
   2  2
12, 5 − 12 13, 5 − 13, 25
o peso morto é dado por P M = + = 0, 375.
2 2
Questão 7.
a. Falso

O lucro econômico será igual a zero se, e somente se, o preço for igual ao custo médio. A igualdade entre
o preço e o custo marginal é uma condição necessária para que uma firma em concorrência perfeita
maximize lucros (lembre-se que, para maximizar lucros, toda e qualquer firma iguala a receita marginal
ao custo marginal. No caso particular de concorrência perfeita, a receita marginal é igual ao preço, de
modo que a condição para essa firma é dada pela igualdade entre preço e custo marginal).
b. Falso

No curto prazo é conveniente para uma firma deixar de produzir sempre que o preço for menor que o
custo variável médio, pois nesse caso o prejuı́zo da firma é menor, uma vez que ela incorre apenas no
custo fixo. Note que o preço é igual a receita média da firma (de fato, RM e = RT /q = P q/q = P ).
Logo, temos que P = 800/q. Já o custo variável médio dessa firma é dado por CV M e = CV /q =
1000/q. Note que ∀q > 0, P < CV M e. Portanto, a melhor decisão dessa firma é deixar de produzir no
curto prazo. Alternativamente, basta notar que RT − CF − CV ⇒ −300 = 800 − CF − 1000 ⇒ CF =
100, ou seja, o prejuı́zo é maior que o custo fixo.

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c. Verdadeiro

Antes do aumento do policiamento, o equilı́brio do mercado negro de cigarros era dado por P ∗ = 4 e
8(12 − 4) 8·4
Q∗ = 8. Assim, temos que EC = = 32 e EP = = 16. Após o aumento do policiamento,
2 2
a nova demanda por cigarros é dada por Q = P . Logo, o novo equilı́brio será dado por P ∗ = 6 e
d

6(12 − 6) 6·6
Q∗ = 6. Logo, EC = = 18 e EP = = 18. Portanto, como o excedente do consumidor
2 2
diminuiu e o excedente do produtor aumentou, temos que os produtores foram beneficiados, enquanto
os consumidores foram prejudicados. Graficamente,

Questão 8.
a. Alternativa iv

q2
Note que P = 10 − q1 ⇒ q1 = 10 − P e que P = 10 − ⇒ q2 = 20 − 2P . Assim, a demanda agregada
2
é dada por Q = 50q1 + 30q2 = 1100 − 110P .
b. Alternativa iii

No longo prazo, cada firma produzirá no ponto em que P = CM g = CM e, ou seja, quando o seu custo
médio for mı́nimo. Assim, sabendo que CM e = q 2 − 2q + 4 e que CM g = 3q 2 − 4q + 4, temos que a
quantidade produzida por cada firma no equilı́brio de longo prazo é dada por q ∗ = 1. Logo, o preço de
equilı́brio é dado por P = 3 e a quantidade de equilı́brio é igual a Q∗ = 800 − 200 · 3 = 200. Portanto,
Q
o número de firmas no equilı́brio de longo prazo é igual a n = = 200.
q
c. Alternativa ii

Primeiramente vamos encontrar a oferta agregada desse mercado. Note que, no equilı́brio, a condição
de maximização de lucros de cada firma é dada por P = CM g. Assim, P = 20q ⇒ q s = P/20. Logo, a
oferta agregada desse mercado é dada por Qs = P . Assim, no equilı́brio, temos que Qs = Qd ⇒ P ∗ =

6
30 e Q∗ = 30. Com o imposto, temos que P d = P s + 12. Logo, o novo equilı́brio é dado por P s = 27,
(39 − 27)(30 − 27)
P d = 39 e Q∗ = 27. Portanto, o peso morto será igual a P M = = 18.
2
Questão 9.
a. No equilı́brio, QS = QD . Assim, 40 − 2P = 3P ⇒ P ∗ = 8 ∴ Q∗ = 24. Os excedentes do consumidor e
do produtor são, respectivamente, iguais a

(20 − 8)24
EC = = 144
2
(8 − 0)24
EP = = 96
2

Graficamente,

P
20

15

10

Q
10 20 30 40

b. Com o teto para os preços de P̄ = 6 teremos um excesso de demanda pelo bem. Logo, a quantidade
de equilı́brio será determinada pela oferta. Assim, QS = 3 · 6 = 18. Portanto, os novos excedentes do
consumidor e do produtor são, respectivamente:
9 · 18
EC = + (11 − 6)18 = 171
2
6 · 18
EP = = 54
2

Graficamente,

P
20

15

10

Q
10 20 30 40

7
c. Com o subsı́dio, temos que P S = P D + 5. Logo,

QS = QD ⇒ 40 − 2P D = 3(P D + 5) ⇒ P D = 5 ∴ P S = 10

A quantidade de equilı́brio é dada por Q∗ = 40 − 2 · 5 = 30.

Questão 10.
a. Falso

Como o mercado é competitivo, a imposição de um preço máximo resultará em desabastecimento e


perda de bem-estar. Por sua vez, se a estrutura for de monopólio, por exemplo, o preço máximo poderá
aumentar as quantidades e reduzir o peso morto.
b. Falso

A imposição de um imposto sobre o lucro não afeta a condição de primeira ordem (RMg=CMg).
Portanto, não ocorrerá variação de preços ou quantidades.
c. Verdadeiro

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