Você está na página 1de 127

Licenciatura em Máquinas Marı́timas

LICENCIATURA EM MÁQUINAS
MARÍTIMAS
Combate a Incêndios
Sistemas Fixos de CI

Daniel Lopes

ISECMAR - UTA

July 12, 2021


Licenciatura em Máquinas Marı́timas

Sumário
Introdução
Rede de Incêndios
Tipos de Redes de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios
Neblina
Sprinkler
Sistema fixo de espuma
Sistema fixo de Pó Quı́mico
Sistema fixo de CO2
Sistemas fixos de protecção local
SISTEMAS DE INUNDAÇÃO TOTAL COM OUTROS
GASES
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Introdução

Sumário
Introdução
Rede de Incêndios
Tipos de Redes de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios
Neblina
Sprinkler
Sistema fixo de espuma
Sistema fixo de Pó Quı́mico
Sistema fixo de CO2
Sistemas fixos de protecção local
SISTEMAS DE INUNDAÇÃO TOTAL COM OUTROS
GASES
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Introdução

Conceitos Gerais

→ O objectivo principal do combate ao incêndio é o rápido


controlo e extinção;
→ Este objectivo pode apenas ser alcançado se o agente
extintor for colocado em contacto com as chamas
rapidamente e em quantidades suficientes;
→ Sistemas fixos são concebidos exactamente para isto,
podendo alguns sistemas serem capazes de aplicar o agente
directamente, sem ajuda directa da tripulação.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Introdução

Conceitos Gerais

→ Por um lado, a protecção estrutural protege os passageiros,


tripulações e equipamento essencial dos efeitos do fogo o
tempo suficiente para permitir a utilização das vias de fuga
para um sitio seguro;
→ Por outro lado, o equipamento de combate ao incêndio é
para a protecção do navio;
→ Os requisitos para a protecção estrutural variam com o tipo
de navio e são mais detalhados nos navios de passageiros.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Introdução

Conceitos Gerais

→ Sistemas fixos são desenhados e instalados num navio como


parte como parte integrante da construção;
→ O comandante, os oficiais e a tripulação raramente têm
influência no tipo de sistema fixo instalado;
→ Os engenheiros navais e os engenheiros especialistas em
combate a incêndios desenham o sistema mais adequado ao
tipo de navio, de acordo com os requisitos da
administração marı́tima e de acordo com a IMO
→ A tripulação deve aprender a utilizar os sistemas e realizar
as devidas operações de manutenção.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Introdução

Conceitos Gerais

Os sistemas fixos de combate a incêndios são instalações


permanentes com caracterı́sticas que dependem de diversos
aspectos designadamente:
→ Do tipo de agente extintor que utilizam. (gases inertes,
água, espuma, pó quı́mico);
→ Da forma como são accionados. (automática, manual);
→ Da forma de aplicação. (inundação total, aplicação
local).
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Introdução

Conceitos Gerais
Muitos factores são analisados quando um sistema fixo de C.I. é
instalado num navio, sendo geralmente, a classe de incêndio o
factor determinante para a escolha do tipo de sistema a ser
instalado.
Factores para a escolha de um sistema fixo:
→ Classe de incêndio;
→ Agente extintor empregue;
→ Localização dos riscos;
→ Risco de explosão;
→ A exposição dos materiais combustı́veis;
→ O efeito na estabilidade do navio;
→ Método de detecção;
→ Protecção da tripulação.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Introdução

Conceitos Gerais

→ Existem excepções a estas regras. Por exemplo, os espaços


habitados do navio, são normalmente protegidos contra
incêndios classe A com sistemas que utilizam a água como
agente extintor;
→ Mas a água não é utilizada para proteger porões mesmo
que eles contenham material classe A;
→ A água não é adequada nos porões porque a carga estivada
não permite a penetração para que se possa atingir o fogo e
o excesso de água pode afectar a estabilidade devido a
perda de flutuabilidade e devido ao espelho lı́quido;
I O sistema mais utilizado para proteger os porões é CO2
que controla o fogo pelo abafamento.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Introdução

Conceitos Gerais
Geralmente,
→ Água é utilizada nos sistemas fixos protegendo áreas
contendo combustı́veis ordinários, tais como espaços
públicos e passagens;
→ Espuma ou pó quı́mico são utilizados em sistemas fixos
protegendo espaços sujeitos a incêndios classe B (lı́quidos
inflamáveis);
→ Gases inflamáveis não são extintos com sistemas fixos; a
combustão controlada é recomendada até que a fonte de
combustı́vel seja fechada;
→ CO2 , Halon ou pó quı́mico adequado é utilizado para
proteger espaços contra incêndios classe C (gases
inflamáveis);
→ Não existe sistema fixo aprovado para extinguir incêndios
classe D (metais alcalinos).
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Introdução

Conceitos Gerais

Existem sete diferentes tipos de sistemas fixos nos navios:


Sistemas fixos
1. Rede de Incêndios;
2. Sistema manual ou automático Sprinkler;
3. Sistema de Neblina;
4. Sistema fixo de Espuma;
5. Sistema fixo de CO2 ;
6. Sistema fixo de Halon;
7. Sistema fixo de pó quı́mico.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios

Sumário
Introdução
Rede de Incêndios
Tipos de Redes de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios
Neblina
Sprinkler
Sistema fixo de espuma
Sistema fixo de Pó Quı́mico
Sistema fixo de CO2
Sistemas fixos de protecção local
SISTEMAS DE INUNDAÇÃO TOTAL COM OUTROS
GASES
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios

Rede de Incêndios

→ A rede de incêndios é a primeira linha de defesa contra os


incêndios a bordo;
→ É obrigatório, em todos os navios, independentemente de
outros sistemas instalados no navio;
→ Qualquer tripulante pode ser designado para operar numa
determinada estação de incêndio, devendo por isso estar
preparado e devidamente treinado.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios

Rede de Incêndios

→ Nas situações em que é necessário grandes quantidades de


água como agente extintor, é preciso estruturar e desenhar
cuidadosamente a Rede de Incêndios até os mı́nimos
detalhes, para que em nenhum momento e lugar, haja
perda de eficácia calculada;
→ Muitas situações de emergência devido a incêndios
resultaram-se ineficazes devido a defeitos no
dimensionamento na etapa de projecto da Rede de
Incêndios;
→ Grande parte do sistema está exposto à acção do mar pelo
que a manutenção do sistema deve ser feita de forma
planeada e cuidadosa.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios
Tipos de Redes de Incêndios

Rede de Incêndios
Rede Simples
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios
Tipos de Redes de Incêndios

Rede de Incêndios
Rede em anel
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

→ A rede de incêndios deve ser projectada de tal forma que


possa ser operada a partir de qualquer ponto e em
condições mais adversas que possam ser apresentadas,
incluindo com mau tempo e com parte do circuito
inutilizado, tanto por causa fortuitas, como por trabalhos
de manutenção;
→ Esta caracterı́stica implica que a instalação deva estar
constituı́da por uma série de componentes diferentes e com
duplicação;
→ Estes equipamentos podem ser divididos em dois grandes
grupos:
I Partes fixas da rede de combate a incêndios;
I Equipamentos móveis.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Parte fixa
→ Caixas de incêndios;
→ Tomadas de água;
→ Bombas de incêndio;
→ Circuito de distribuição;
→ Bocas de incêndio;
→ Válvulas;
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Parte móvel
→ Mangueiras;
→ Agulhetas;
→ Uniões;
→ Derivações;
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Diferentes tipos de caixas de incêndios

Válvula Boca C.I.


Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Diferentes tipos de caixas de incêndios


Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios - Válvulas

Figure 2: Válvula
Incêndio Globo Reta JIS
5K DN40, DN50
Figure 1: Válvula
Incêndio Globo SEM
FURO/UNDRILLED
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios - Válvulas

Figure 3: Válvula
Figure 4: Válvula
Incêndio Globo Incêndio Globo Angular
90º JIS 5K DN40, DN50
Reta DIN
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios - Conexões

Figure 5: Conexão
Internacional de Figure 6: Conexão
Internacional de Incêndio
Incêndio
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Rede de Incêndios
Conexão internacional

Figure 7: Conexão Internacional Navio-Terra


Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios - Conexões

Figure 9: Anéis de
Borracha
Figure 10: Conector
Storz Fêmea 40A, 52A,
65A – 1.1/2”, 2”, 2.1/2”
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios - Conexões

Figure 11: Chave Figure 13: Tampa


para Uniões Storz para boca de incêndio

Figure 12: Uniões


Storz para mangueiras de
incêndio
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Rede de Incêndios
Uniões e bifurcações

Uniões Bifurcações
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios - Agulheta (Esguicho)

Figure 14: Esguicho Tipo ELKHART 3 POSIÇÕES 40A, 52A, 65A – 1.1/2”, 2”, 2.1/2”
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios - Agulhetas

Diferentes tipos de agulhetas


Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios - Agulheta (Esguicho)

Figure 15: Esguicho Espuma Nakagima 40A, 52A, 65A – 1.1/2”, 2”, 2.1/2”
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios - Mangueira

Figure 16: Mangueira Incêndio 1.1/2”, 2”, 2.1/2”


Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios - Mangueiras

Diferentes tipos de mangueiras


Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios - Plano de Segurança

Figure 17: TUBO PROJETOS SEGURANÇA


Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Rede de Incêndios
Monitor Hidráulico
Canhões ou monitores, são utilizados quando é necessária uma
grande quantidade de água ou espuma e, normalmente, quando
deve ser lançada a grandes distâncias.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Bombas de Incêndio
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Bombas de incêndio
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Rede de Incêndios
Abastecimento de água

→ O mar constitui uma fonte inesgotável de água para a rede


de incêndios dos navio, no entanto, pode haver algumas
circunstancias em que pode haver alguma dificuldade no
abastecimento, como por exemplo, navegação em rios,
atracação em portos de pequena profundidade (obstrução
das tomadas de água ou entupimento do encanamento, ou
ainda, qualquer situação de contaminação da água.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Rede de Incêndios
Abastecimento de água

→ Nestas circunstancias frequentes, a aspiração das bombas


C.I. pode arrastar para o interior do circuito, materiais e
produtos que diminuem a eficácia do sistema, e
inclusivamente quando o navio descansa sobre o fundo
devido o efeito das marés ou devido a situações anormais
de carregamento, inutilizar por completo a aspiração das
bombas.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Rede de Incêndios
Abastecimento de água

→ Devemos também considerar a possibilidade de


abastecimento de água a partir de terra, nos perı́odos de
reparação, quando o navio está no estaleiro em seco, ou
seja, nos perı́odos em que o navio é incapaz de ser
auto-suficiente.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Rede de Incêndios
Abastecimento de água em tempo frio a partir de instalações de terra

→ O navio deve contar em todo o momento com um sistema


de protecção C.I., sobretudo nos momentos em que são
realizados trabalhos de corte ou soldadura, situações de
alto risco de incêndio e em que o navio está totalmente
dependente do abastecimento de água do exterior;
→ É importante prever a interrupção do abastecimento
durante os perı́odos de baixa temperatura;
→ Nestas circunstâncias, o ramo de mangueira deste a tomada
de terra e até a conexão a bordo pode ser pode ser afectada
pelo gelo, podendo até inutilizar o sistema do navio.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Rede de Incêndios
Abastecimento de água em tempo frio a partir de instalações de terra

→ O navio deve contar em todo o momento com um sistema


de protecção C.I., sobretudo nos momentos em que são
realizados trabalhos de corte ou soldadura, situações de
alto risco de incêndio e em que o navio está totalmente
dependente do abastecimento de água do exterior;
→ É importante prever a interrupção do abastecimento
durante os perı́odos de baixa temperatura;
→ Nestas circunstâncias, o ramo de mangueira deste a tomada
de terra e até a conexão a bordo pode ser pode ser afectada
pelo gelo, podendo até inutilizar o sistema do navio;
→ A congelação da água pode provocar a ruptura da
mangueira.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Rede de Incêndios
Abastecimento de água em tempo frio a partir de instalações de terra

É necessário portanto seguir umas medidas preventivas em tais


situações:
→ Se o navio possui sistemas fixos pressurizados (sprinkelers),
a rede pode ser enchida antes da inactividade forçada do
navio, seccionando as partes do circuito exposta à
intempérie, que deverá ser drenada na sua totalidade;
→ Se o navio não dispõe de sistemas fixos pressurizados,
durante as horas com temperaturas superiores a zero graus,
pode manter-se carregada e a pressão toda a rede de C.I.,
mas necessariamente deve-se esvaziar e manter abertos
determinados pontos abaixo da rede para as horas previstas
de congelamento;
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Rede de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios

Rede de Incêndios
Conexão internacional

→ A conexão de abastecimento de terra deve ser mantida a


bordo em todo o momento, enquanto que a de terra deve
ser desligada, para evitar que a mangueira seja enchida
provocando o entupimento do sistema com gelo;
→ O abastecimento de água pode ser feito com meios de terra,
qualquer que seja o paı́s, ou a sua regulamentação referente
às dimensões da uniões, conexões, diâmetro das
mangueiras, deve ser possı́vel o abastecimento;
→ O Capitulo II-2 do SOLAS especifica o dimensionamento
da conexão internacional.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Neblina

Sumário
Introdução
Rede de Incêndios
Tipos de Redes de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios
Neblina
Sprinkler
Sistema fixo de espuma
Sistema fixo de Pó Quı́mico
Sistema fixo de CO2
Sistemas fixos de protecção local
SISTEMAS DE INUNDAÇÃO TOTAL COM OUTROS
GASES
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Neblina

Sistema de Neblina

Sistemas de Neblina

Figure 18: Sistema de Neblina


Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sprinkler

Sumário
Introdução
Rede de Incêndios
Tipos de Redes de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios
Neblina
Sprinkler
Sistema fixo de espuma
Sistema fixo de Pó Quı́mico
Sistema fixo de CO2
Sistemas fixos de protecção local
SISTEMAS DE INUNDAÇÃO TOTAL COM OUTROS
GASES
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sprinkler

Sistema Sprinkler
→ São sistemas amplamente utilizados em todos os sectores
industriais devido à sua eficácia e à possibilidade de
actuarem sem intervenção humana;
→ Estes sistemas não se destinam exclusivamente à extinção
dos incêndios mas também à protecção estrutural do navio,
controlo das temperaturas, confinamento do fogo, etc;
→ Os diversos tipos de instalações são constituı́dos
normalmente por uma rede de encanamentos suspensos
onde estão ligados dispositivos aspersores ou sprinklers.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sprinkler

Sistema Sprinkler

Tipos de Sistemas Sprinkler


Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sprinkler

Sistema Sprinkler

→ A principal limitação dos sistemas fixos de combate a


incêndios com água nos navios, particularmente nos de
passageiros, ro-ro e ferries, é o perigo de inundação e
eventualmente a perda de estabilidade;
→ Por esse motivo é imprescindı́vel a instalação de um
sistema eficiente de drenagem.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sprinkler

Sistema Sprinkler
Sistema automático de encanamento molhado ou húmido

→ O sistema automático de encanamento molhado é o mais


seguro e simples, sendo constituı́do por um circuito de
distribuição composto por um colector principal que
conduz a água até à área a proteger e um conjunto de
ramais que dão cobertura aos diversos espaços a proteger;
→ O sistema automático de encanamento molhado é o mais
seguro e simples, sendo constituı́do por um circuito de
distribuição composto por um colector principal que
conduz a água até à área a proteger e um conjunto de
ramais que dão cobertura aos diversos espaços a proteger.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sprinkler

Sistema Sprinkler
Sistema automático de encanamento molhado ou húmido

→ Neste sistema os encanamentos são mantidos


permanentemente pressurizados e cheios de água.
→ De forma a manter todo o sistema permanentemente sob
pressão e garantir um relativo grau de autonomia, o
colector principal está ligado a um tanque hidrofórico
(pressurizado) capaz de elevar a água até ao aspersor que
se encontra a cota mais elevada.
→ Este tanque é alimentado por uma bomba comandada
automaticamente por um pressostato que a coloca em
marcha quando a pressão do tanque desce até um valor
pré-estabelecido.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sprinkler

Sistema Sprinkler
Sistema automático de encanamento molhado ou húmido

→ Neste sistema os encanamentos são mantidos


permanentemente pressurizados e cheios de água.
→ De forma a manter todo o sistema permanentemente sob
pressão e garantir um relativo grau de autonomia, o
colector principal está ligado a um tanque hidrofórico
(pressurizado) capaz de elevar a água até ao aspersor que
se encontra a cota mais elevada.
→ Este tanque é alimentado por uma bomba comandada
automaticamente por um pressostato que a coloca em
marcha quando a pressão do tanque desce até um valor
pré-estabelecido.
→ Em caso de incêndio, só actuam os sprinklers que tiverem
sido abertos pela acção da temperatura.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sprinkler

Sistema Sprinkler
Sistema automático de encanamento molhado ou húmido

Figure 19: Esquema geral de um sistema Sprinkler


Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sprinkler

Sistema Sprinkler
Sistema automático de encanamento seco

→ As instalações de sprinklers de encanamento seco são, tal


como no sistema anterior ligadas a um sistema de água de
alimentação, com a diferença de, os encanamentos de
distribuição de água se encontrarem pressurizados com ar
ou azoto, de forma a prevenir o risco de congelamento e
reduzir os efeitos corrosivos e a deposição de calcário.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sprinkler

Sistema Sprinkler
Sistema sprinkler de encanamento seco

Figure 20: Sistema sprinkler de encanamento seco


Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sprinkler

Sistema Sprinkler
Aspersores
→ O aspersor ou sprinkler é constituı́do por um pequeno
dispositivo contendo uma ampola carregada com uma
substância que, sob a acção da elevação da temperatura,
dilata e parte abrindo o circuito de pulverização.

Aspersores ou Sprinklers
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sprinkler

Sistema Sprinkler
Aspersores

Disparo de Sprinkler
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sprinkler

Sistema Sprinkler
Sistema automático de encanamento seco

Existem diversos modelos de aspersores que se distinguem de


acordo com:
→ Tipo - abertos e fechados;
→ Tipo de deflector - de pulverização, de cortina, de cone de
água variável;
→ Diâmetro - 10, 12, 20 mm;
→ Material - bronze, latão, etc;
→ Accionamento - manuais e automáticos;
→ Temperatura de actuação.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sprinkler

Sistema Sprinkler

Figure 21: Sistema Sprinkler em funcionamento


Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sprinkler

Sistema Sprinkler

Figure 22: Sistema Sprinkler em funcionamento


Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sprinkler

Sistema Sprinkler

Figure 23: Sistema Sprinkler em funcionamento


Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sprinkler

Sistema Sprinkler

Figure 24: Sistema Sprinkler em funcionamento


Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de espuma

Sumário
Introdução
Rede de Incêndios
Tipos de Redes de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios
Neblina
Sprinkler
Sistema fixo de espuma
Sistema fixo de Pó Quı́mico
Sistema fixo de CO2
Sistemas fixos de protecção local
SISTEMAS DE INUNDAÇÃO TOTAL COM OUTROS
GASES
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de espuma

Sistema fixo de espuma

A um sistema fixo de espuma encontram-se associadas três


operações distintas:
→ Processo de doseamento do espumı́fero;
→ Processo de distribuição da solução espumante;
→ Processo de geração de espuma.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de espuma

Sistema fixo de espuma


Para a realização destas três operações, o sistema é constituı́do
pelos seguintes elementos:
→ Depósito de armazenagem do espumı́fero;
→ Doseador-misturador;
→ Circuito espumante;
→ Gerador de espuma;
→ Aplicadores.

Após utilização, todo o sistema deve ser lavado através de


circulação de água de forma a eliminar os restos de mistura
espumante, caso contrário, formar-se-ão sedimentos que se
precipitam nas secções horizontais e nos orifı́cios de saı́da,
inutilizando o sistema.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de espuma

Depósitos e doseadores ou indutores

Os depósitos de armazenagem de espumı́fero podem ser dos


seguintes tipos:
→ Pressurizados, em que o depósito é pressurizado, sendo essa
pressão que impulsiona o espumı́fero até ao doseador;
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de espuma

Depósitos e doseadores ou indutores

Os depósitos de armazenagem de espumı́fero podem ser dos


seguintes tipos:
→ Pressurizados, em que o depósito é pressurizado, sendo essa
pressão que impulsiona o espumı́fero até ao doseador;
→ Não pressurizados, em que o depósito se encontra à pressão
atmosférica e o espumı́fero é arrastado por ejectores ou por
meios mecânicos;
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de espuma

Sistema não pressurizado (ejector simples)


A figura mostra um sistema não pressurizado, de ejector
simples, em que o doseador ou indutor é intercalado na rede.
Este método é o utilizado na alimentação de canhões, linhas de
mangueira, etc.

Figure 25: EJECTORES SIMPLES


Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de espuma

Sistema com ejectores de dupla etapa

→ Este sistema é utilizado em navios de grande dimensão


como é o caso dos petroleiros, em que a instalação pode
estar situada bastante longe do ponto de aplicação, o que
implica grande perda de carga.
→ Para compensar esta perda de carga é intercalado um
doseador em paralelo com a rede, que aspira o espumı́fero
desde o depósito e o envia para um segundo doseador.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de espuma

Elementos dos sistemas de produção de espuma

Figure 26: EJECTORES DE DUPLA ETAPA

→ Este sistema é utilizado em navios de grande dimensão


como é o caso dos petroleiros, em que a instalação pode
estar situada bastante longe do ponto de aplicação, o que
implica grande perda de carga;
→ Para compensar esta perda de carga é intercalado um
doseador em paralelo com a rede, que aspira o espumı́fero
desde o depósito e o envia para um segundo doseador.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de espuma

Elementos dos sistemas de produção de espuma

→ Meios mecânicos: A aspiração do espumı́fero desde o


depósito é efectuada por uma bomba que o injecta na rede;
→ Circuito de espuma: O circuito desde o doseador, que
efectua a mistura água/espumı́fero, é construı́do em tubo
de aço e desenhado de forma a suportar as pressões de
trabalho e minimizar as perdas de carga. As tomadas de
acoplamento dos dispositivos são montadas nos
encanamentos do circuito;
→ Gerador de espuma:A formação de espuma no gerador é
conseguida através da turbulência criada pela aspiração de
ar.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de espuma

Elementos dos sistemas de produção de espuma

→ Aplicadores: A espuma é aplicada mediante os


dispositivos habituais que podem actuar das seguintes
formas:
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de espuma

Elementos dos sistemas de produção de espuma

→ Aplicadores: A espuma é aplicada mediante os


dispositivos habituais que podem actuar das seguintes
formas:
1. Por descarga superficial, efectuada suavemente sobre as
anteparas para que não se produzam turbulências que
aumentem a formação de vapores e avivem as chamas.
2. Por descarga sub-superficial, injectando a espuma ao nı́vel
mais baixo possı́vel, de forma a que a espuma flua
livremente.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de espuma

Elementos dos sistemas de produção de espuma

Figure 27: Canhão de espuma de baixa expansão


Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de espuma

Elementos dos sistemas de produção de espuma

Figure 28: Canhão de espuma


Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de espuma

Elementos dos sistemas de produção de espuma

Figure 29: Sistema de inundação de espuma


Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de espuma

Elementos dos sistemas de produção de espuma

Figure 30: Sistema de inundação de espuma


Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de espuma

Elementos dos sistemas de produção de espuma

Figure 31: Sistema de inundação de espuma


Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de espuma

Elementos dos sistemas de produção de espuma

Figure 32: Sistema de inundação de espuma


Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de espuma

Elementos dos sistemas de produção de espuma

Figure 33: Sistema de espuma semi portátil


Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de Pó Quı́mico

Sumário
Introdução
Rede de Incêndios
Tipos de Redes de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios
Neblina
Sprinkler
Sistema fixo de espuma
Sistema fixo de Pó Quı́mico
Sistema fixo de CO2
Sistemas fixos de protecção local
SISTEMAS DE INUNDAÇÃO TOTAL COM OUTROS
GASES
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de Pó Quı́mico

Constituição do sistema de Pó Quı́mico

→ Este tipo de instalação não é comum a bordo dos navios


sendo contudo recomendada pela IMO para protecção das
cobertas nas zonas de carga, particularmente em navios
tanques de transporte de produtos quı́micos, em navio
LNG e LPG (navios para o transporte de gás);
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de Pó Quı́mico

Constituição do sistema de Pó Quı́mico

→ Este tipo de instalação não é comum a bordo dos navios


sendo contudo recomendada pela IMO para protecção das
cobertas nas zonas de carga, particularmente em navios
tanques de transporte de produtos quı́micos, em navio
LNG e LPG (navios para o transporte de gás);
→ Este sistema é recomendado para a extinção de incêndios
em espaços que não admitem a inundação por gases ou a
utilização de água.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de Pó Quı́mico

Constituição do sistema de Pó Quı́mico


O sistema fixo de pó quı́mico seco é constituı́do pelos seguintes
elementos:
→ Depósito de pó: Com capacidade para armazenar uma
quantidade de pó quı́mico superior a 1500 Kg, dispondo de
válvulas de segurança, boca de carregamento e descarga,
reguladores de alta e baixa pressão, etc.
→ Impulsor: O meio impulsor é um gás inerte, em geral
azoto, contido em garrafas que pressuriza o depósito de pó
permitindo a sua descarga para a linha e daı́ para o espaço
a proteger;
→ Monitores: A instalação é provida de vários monitores ou
pistolas, cada um com o seu próprio encanamento e com
capacidade de funcionarem em separado ou em simultâneo.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de Pó Quı́mico

Constituição do sistema de Pó Quı́mico

Figure 35: Cilindros com o gás


impulsor
Figure 34: Depósito de pó
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de Pó Quı́mico

Constituição do sistema de Pó Quı́mico

Figure 36: Caixa com sarilho e Figure 37: Caixa com sarilho e
mangueira mangueira
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de CO2

Sumário
Introdução
Rede de Incêndios
Tipos de Redes de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios
Neblina
Sprinkler
Sistema fixo de espuma
Sistema fixo de Pó Quı́mico
Sistema fixo de CO2
Sistemas fixos de protecção local
SISTEMAS DE INUNDAÇÃO TOTAL COM OUTROS
GASES
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de CO2

Sistema fixo de CO2


Generalidades

→ A descoberta das excelentes caracterı́sticas dos


hidrocarbonetos halogenados como agentes extintores, fez
com que durante bastantes anos fossem concebidos sistemas
fixos de inundação total com base neste tipo de produtos.
→ Contudo nos anos recentes, devido a questões ambientais, a
sua utilização acabou por ser proibida, verificando-se o
retorno aos velhos sistemas de CO2 como elemento
principal na protecção de espaços de máquinas.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de CO2

Sistema fixo de CO2


Generalidades
Tal como anteriormente referido, o CO2 é um dos agentes
extintores mais eficazes e está particularmente adaptado para o
uso nos navios.
Vantagens do CO2
→ Não danifica a carga;
→ Não danifica equipamentos caros;
→ Não deixa resı́duos indesejáveis;
→ Não conduz a electricidade e por isso pode ser utilizados
nos equipamentos eléctricos activos;
→ É libertado como um liquido sob pressão e expande-se num
denso gás à pressão atmosférica normal.
→ Permanece nos nı́veis baixos de um espaço até à sua
diluição com o tempo e com a subida de temperatura.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de CO2

Sistema fixo de CO2


Generalidades

No entanto, o CO2 tem algumas desvantagens.


Desvantagens do CO2 :
→ A quantidade carregada a bordo é limitada, porque tem de
estar armazenado em cilindros ou tanques pressurizados;
→ O CO2 tem um fraco poder arrefecedor em materiais que
foram aquecidos com o fogo;
→ O CO2 extingue os incêndios por abafamento, ou seja,
deslocando o oxigénio nas imediações das chamas até uma
percentagem de cerca de 15% ou menos. Assim, materiais
que geram o seu próprio oxigénio no processo de combustão
não podem extintos com CO2 ;
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de CO2

Sistema fixo de CO2


Generalidades
Desvantagens do CO2 :
→ O CO2 é prejudicial para o ser humano;
→ A concentração mı́nima para extinguir um incêndio não
reduz o oxigénio no ar até um nı́vel nocivo;
→ No entanto, quando respirado, o CO2 eleva a acidez do
sangue impedindo a hemoglobina de absorver o oxigénio
nos pulmões, o que pode provocar uma paragem
respiratória;
→ É perigoso entrar em qualquer compartimento onde foi
lançado o CO2 , sem aparelho respiratório;
→ Isto aplica-se mesmo para perı́odos curtos, por exemplo,
um tripulante pode ser tentado em suster a respiração para
entrar num compartimento para socorrer uma pessoa
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de CO2

Sistema fixo de CO2


Tipos de sistemas utilizados na marinha

São utilizados os seguintes tipos de sistemas fixos de CO2 na


marinha:
→ Sistema de inundação total para a casa de máquinas;
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de CO2

Sistema fixo de CO2


Tipos de sistemas utilizados na marinha

São utilizados os seguintes tipos de sistemas fixos de CO2 na


marinha:
→ Sistema de inundação total para a casa de máquinas;
→ Sistema de inundação total para os porões;
→ Sistema de protecção de paióis de tinta;
→ Sistema de protecção de casa de bombas;
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de CO2

Sistema fixo de CO2

→ O sistema para protecção da casa de máquinas liberta 85%


da sua capacidade em 2 minutos para conseguir a rápida
saturação do ar com CO2 e conseguir a rápida extinção;
→ Esta rápida libertação do CO2 é necessária em espaços
como os da casa de máquinas, onde lı́quidos altamente
combustı́veis devem ser extintos rapidamente;
→ Os sistemas de menor dimensão para a protecção da casa
de bombas e paióis de tintas, podem ser alimentadas pelo
sistema principal ou por sistemas independentes.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de CO2

Sistema fixo de CO2

→ O sistema para os porões não é activado imediatamente


após a descoberta do incêndio;
→ Os porões devem ser fechados e então o agente extintor
deve ser introduzido de forma a manter a percentagem de
oxigénio num nı́vel que não suporta a combustão;
→ Sistemas de protecção de porões de carga são utilizados em
navios de carga geral, porta contentores;
→ Todos os sistemas de CO2 consistem essencialmente em
encanamentos, aplicadores (difusores), válvulas, cilindros
ou tanques de CO2 e um sistema de alarme.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de CO2

Sistema fixo de CO2


Tipos de sistemas utilizados na marinha

Figure 38: Sistemas de alta


pressão

Figure 39: Sistemas de alta


pressão
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de CO2

Sistema fixo de CO2


Tipos de sistemas utilizados na marinha

Figure 40: Sistemas de alta pressão


Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de CO2

Sistema fixo de CO2


Tipos de sistemas utilizados na marinha

1. Cilindro de CO2
2. Colector
3. Válvula
4. Tubulação de
distribuição
5. Sistema de disparo
6. Electro-válvula

Figure 41: Sistemas de alta pressão


Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de CO2

Sistema fixo de CO2


Tipos de sistemas utilizados na marinha

Figure 42: Sistemas de baixa


pressão
Figure 43: Sistemas de baixa
pressão
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de CO2

Sistema fixo de CO2


Forma de lançamento do CO2
Os sistemas de CO2 instalados após 1 de Outubro de 1994
devem cumprir com os seguintes requisitos:
→ Devem ser previstos dois elementos de controlo. Um para o
disparo do gás a partir dos reservatórios, outro para a
abertura da válvula da conduta que liberta o gás no
compartimento.
→ Os dois elementos de controlo devem ser localizados num
quadro claramente identificado para determinado espaço.
→ Se o quadro de controlo foi desenhado para se manter
fechado, a chave deve estar colocada em local adjacente ao
quadro, dentro de uma caixa com tampa de vidro que
facilmente possa ser quebrado.
→ Um sistema de alarme aprovado deve ser instalado em todo
espaço protegido com um sistema fixo de CO2 .
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de CO2

Sistema fixo de CO2


Forma de lançamento do CO2

Lançamento do CO2
1. Avisar todo o pessoal para
evacuar o espaço;
2. Fechar todas as portas e
entradas;
3. Para a máquina principal e
auxiliares;
4. Deslocar-se para o quadro
de disparo;
5. Quebrar o vidro e abrir a
válvula de control;
6. Quebrar o vidro e abrir a
válvula dos cilindros.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de CO2

Sistema fixo de CO2


Manutenção do sistema fixo do CO2

requisitos:
→ Semanalmente, fazer uma inspecção visual da instalação
para verificação do estado de limpeza geral e arrumação do
compartimento e prestar particular atenção no estado de
peação dos cilindros;
→ Mensalmente, comprovar o estado dos difusores e dos seus
orifı́cios verificando que estão livres e desobstruı́dos (tintas,
gorduras ou depósitos) sobretudo nos espaços onde pode
haver concentração de pó em suspensão;
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de CO2

Sistema fixo de CO2


Manutenção do sistema fixo do CO2

→ Anualmente, deve-se comprovar o sistema com ar


comprimido.
Deve-se também verificar o estado de enchimento dos
cilindros. (Cilindros com menos de 90% da carga devem ser
recarregadas.
No caso de tanques de CO2 a recarga deve ser feita se o
conteúdo for inferior a 95%.
Deve-se testar o alarme do sistema de CO2
→ Quadrienalmente, devem ser feitas as provas hidráulicas
(exigidas por todos os equipamentos sobre pressão)
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de CO2

Sistema fixo de CO2


Reentrada num espaço depois do lançamento do CO2

A reentrada numa área com atmosfera saturada de CO2 deve


ser feita com cuidado.
Não existem regras fixas para a reentrada. Vários factores
devem ser considerados:
→ Se o oxigénio entrar na zona quente, estará o metal nessa
área quente de forma a provocar uma re-ignição?
→ É essencial que a máquina seja arrancada de novo o mais
depressa possı́vel devido ao mau tempo?
→ O mar está calmo de forma a permitir o adiamento da
reentrada?
→ Haverá alguma emergência em termos de navegação?
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de CO2

Sistema fixo de CO2


Reentrada num espaço depois do lançamento do CO2

→ Não é recomendável entrar na casa de máquinas antes de


completar uma hora, principalmente para deixar o calor
dissipar;
→ O alagamento de C02 numa área estanque extinguirá a
combustão de lı́quidos inflamáveis quase que
instantaneamente;
→ No entanto, devido ao fraco poder arrefecedor do C02 , as
superfı́cies metálicas permanecerão quentes.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de CO2

Sistema fixo de CO2


Reentrada num espaço depois do lançamento do CO2

→ Depois de uma hora, a reentrada pode ser feita por dois


homens equipados com aparelho respiratório autónomo
com um cabo guia.
→ Devem entrar pela porta mais elevada da casa de
máquinas. Se sentirem muito calor, devem sair
imediatamente e esperar mais 15 ou 30 minutos antes de
fazer outra tentativa.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de CO2

Sistema fixo de CO2


Reentrada num espaço depois do lançamento do CO2

→ Quando forem capazes de aguentar a temperatura devem


proceder para as partes inferiores da casa de máquinas e
com mangueiras devem resfriar as superfı́cies metálicas
perto das zonas do fogo.
→ Não devem retirar as máscaras, já que a atmosfera não
suportará a vida.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de CO2

Sistema fixo de CO2


Reentrada num espaço depois do lançamento do CO2

NÃO RETIRAR A MÁSCARA

A retirada das máscaras


significa a morte quase que
instantaneamente.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistema fixo de CO2

Sistema fixo de CO2


Reentrada num espaço depois do lançamento do CO2

→ A equipa de controlo deve monitorar o tempo gasto na casa


de máquinas para assegurar que saem antes de terminar o
ar das garrafas.
→ A equipa deve sair pelo mesmo caminho que efectuou na
entrada.
→ A tripulação escolhida para efectuar a reentrada deve estar
muito familiarizada com a casa de máquinas.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistemas fixos de protecção local

Sumário
Introdução
Rede de Incêndios
Tipos de Redes de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios
Neblina
Sprinkler
Sistema fixo de espuma
Sistema fixo de Pó Quı́mico
Sistema fixo de CO2
Sistemas fixos de protecção local
SISTEMAS DE INUNDAÇÃO TOTAL COM OUTROS
GASES
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistemas fixos de protecção local

Sistemas fixos de protecção local


→ Os equipamentos fixos de extinção por CO2 , pó quı́mico e
espuma, com mangueira são,normalmente, projectados
para combater incêndios mediante aplicação local ou
inundação total de espaços que não necessitem de actuação
automática.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistemas fixos de protecção local

Sistemas fixos de protecção local


→ Os equipamentos fixos de extinção por CO2 , pó quı́mico e
espuma, com mangueira são,normalmente, projectados
para combater incêndios mediante aplicação local ou
inundação total de espaços que não necessitem de actuação
automática.
→ Ainda que não substituam os sistemas fixos, podem
empregar-se como complemento dos mesmos quando o local
onde o incêndio se pode produzir seja acessı́vel de forma a
permitir o combate manual.
→ Também podem ser utilizados como complemento dos
equipamentos portáteis.
→ Estes equipamentos possuem uma elevada capacidade,
torna-se necessário observar alguns cuidados particulares,
uma vez que a sua utilização num espaço mal ventilado
poderá tornar a atmosfera asfixiante.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistemas fixos de protecção local

Sistemas fixos de protecção local

Figure 44: Equipamento fixo e CO2 com mangueira num espaço de


máquinas
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistemas fixos de protecção local

Sistemas fixos de protecção local

Figure 45: Equipamento fixo e CO2 com mangueira e sarilho


Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistemas fixos de protecção local

Sistemas fixos de protecção local

Figure 46: Sistema de pó quı́mico junto à zona de ligação das


mangueiras de carga.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistemas fixos de protecção local

Sistemas Fixos de Wet Chemical

Figure 47: Sistema Fixo de Wet Chemical


Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistemas fixos de protecção local

Sistemas Fixos de Wet Chemical

Figure 48: Sistema Fixo de Wet Chemical


Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistemas fixos de protecção local

Sistemas Fixos de Wet Chemical

Figure 49: Sistema Fixo de Wet Chemical


Licenciatura em Máquinas Marı́timas
Sistemas fixos de protecção local

Sistemas Fixos de Wet Chemical

Figure 50: Sistema Fixo de Wet Chemical


Licenciatura em Máquinas Marı́timas
SISTEMAS DE INUNDAÇÃO TOTAL COM OUTROS GASES

Sumário
Introdução
Rede de Incêndios
Tipos de Redes de Incêndios
Componentes da Rede de Incêndios
Neblina
Sprinkler
Sistema fixo de espuma
Sistema fixo de Pó Quı́mico
Sistema fixo de CO2
Sistemas fixos de protecção local
SISTEMAS DE INUNDAÇÃO TOTAL COM OUTROS
GASES
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
SISTEMAS DE INUNDAÇÃO TOTAL COM OUTROS GASES

FM-200

→ O FM-200 é um novo agente extintor que actua


quimicamente sobre o fogo, tal como os halons e também
fisicamente.
→ Para concentrações de 8% a 20ºC, considera-se que não
comporta nenhum risco para a saúde, dispondo de um
NOAEL (No Observed Adverse Effect Level) de 9.0% e um
LOAEL (Lowest Observed Adverse Effect level) de 10.8%.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
SISTEMAS DE INUNDAÇÃO TOTAL COM OUTROS GASES

FM-200

→ O volume ocupado por objectos e equipamentos tem por


efeito aumentar a concentração efectiva na emissão do
agente extintor expondo o pessoal a uma atmosfera nociva
devido à pequena margem de segurança entre a
concentração requerida de 8.5% e o NOAEL de 9%.
→ De forma a não se atingir a zona tóxica, não será
recomendável proteger um local com um ı́ndice fictı́cio de
volume ocupado de 23% por exemplo, porque a
concentração poderia atingir os 11% ultrapassando a
fronteira do NOAEL de 9%.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
SISTEMAS DE INUNDAÇÃO TOTAL COM OUTROS GASES

ARGONITE, ARGON E INERGEN

→ São agentes extintores semelhantes que actuam sobre o


incêndio por asfixia tal como o CO2
→ Para garantir a eficácia e inocuidade, é conveniente manter
os ı́ndices de oxigénio numa gama entre os 10.5% e os
13.5%, o que corresponde para o caso do Inergen a uma
concentração de aplicação de 48.9% a 20ºC nos casos
padrão e uma concentração final de 37.5%.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
SISTEMAS DE INUNDAÇÃO TOTAL COM OUTROS GASES

ARGONITE, ARGON E INERGEN

→ Estes gases podem ser nocivos para a saúde devido à


redução parcial do oxigénio sobre os pulmões actuando
como asfixiante.
→ Estes gases, chamados “de substituição”, são um
compromisso entre a saúde e a capacidade para
extinguir um incêndio quando a sua utilização obedece
a padrões definidos.
→ Deste ponto de vista é necessário verificar a percentagem
do volume ocupado do local pelas mesmas razões indicadas
para o FM-200.
→ É recomendável odorizar o gás de forma a advertir o
pessoal em caso de fuga ou de descarga imprevista.
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
SISTEMAS DE INUNDAÇÃO TOTAL COM OUTROS GASES

FE-13 - Trifluorometano
O trifluorometano (FE-13) cuja fórmula quı́mica é CHF3 , é um
composto relativamente recente que possui as seguintes
vantagens especı́ficas:
→ Baixa toxicidade, o que permite a sua utilização mesmo
durante uma fase de evacuação de pessoal da área de
incêndio (ao contrário do que sucede com oCO2 );
→ Grande eficácia – numa concentração de ar de 16% permite
inibir a maior parte das combustões;
→ Ausência de efeitos fı́sicos nos materiais mais frágeis;
→ Mı́nimo impacto ambiental;
→ Não destruidor da camada de ozono (ODP=0 - Ozone
depletion potential)
Licenciatura em Máquinas Marı́timas
SISTEMAS DE INUNDAÇÃO TOTAL COM OUTROS GASES

FE-13 - Trifluorometano

Campo de aplicação
→ Espaços ocupados por pessoal;
→ Tectos altos;
→ Equipamentos electrónicos de elevado valor.
→ Plataformas de petróleo;
→ Industrias do petróleo e gás;
→ Espaços com turbinas;
→ Áreas de controlo de refinarias;
→ Centros informáticos;
→ Centrais telefónicas.

Você também pode gostar