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História Econômica do Século XX – 02/2020

Fichamentos da Unidade 3
FICHAMENTO 1 (OPCIONAL - ESPECIFICAR O TEXTO):

SAES, F. & SAES, A. M. História econômica geral. São Paulo: Saraiva, 2013.
cap.19

(1) Objetivos do texto:

Anteriormente fizemos a análise da Era de Ouro do capitalismo, do período que


corresponde entre 1950 até 1973. Porém o desenvolvimento dos países e o estado de
Bem-Estar social chegou foi inserido e teve um alcance para uma parcela muito
pequena da população mundial. Vale-se destacar que os países que foi denominado
como primeiro mundo, juntamente com uma parcela da população destes países
gozaram de uma maneira mais abrangente os benefícios da prosperidade do período.
Porém se destacamos que houve um chamado primeiro mundo, formado pelos países
capitalistas desenvolvidos liderados pelos Estados Unidos. Há um segundo mundo,
formado pelos países socialistas, sob a influência da União Soviética e China. Porém
há uma parcela significativa de países em grande parte localizados na Ásia, África e
América Latina, que não estavam situados no bloco do primeiro mundo nem no
segundo mundo. Estes chamados de terceiro mundo, países geralmente mais pobres
que os desenvolvidos seja por que conquistaram sua independência ou por uma série
de motivos não alcançaram, se assim poço dizer, as condições necessárias para
fazerem sua industrialização precoce, como caso da América Latina. Nestes países
que os líderes dos dois blocos anteriores, EUA e URSS buscavam exercer influência
para consolidar seu modelo econômico proposto.

Então o objetivo do texto é destacar como se desarrolhou estas economias, menos


desenvolvidas, durante a Era de Ouro do capitalismo, elencando fatores como
comércio mundial e as finanças internacionais, a descolonização do período e o
desenvolvimento das nações do terceiro mundo.

(2) Argumentos desenvolvidos no texto:

 Os argumentos apresentados pelo autor do texto, começa apresentando sobre qual
ótica iremos olhar sobre o ponto de vista das nações menos desenvolvidas, que o
autor caracteriza como terceiro mundo. Que o autor diz que para muitas nações a Era
de Ouro passou longe de representar um espetacular desempenho, resultado ou
mudanças para os países e para a maior parte de suas populações. Se bem ao falar
sobre a mudança devemos ser cuidadosos, pois sim houve uma mudança significativa
na maneira que os países desenvolvidos deveriam atuar em sua relação com os países
subdesenvolvidos.
Em relação ao comércio mundial e as finanças internacionais. Iniciando o autor fala
brevemente sobre o período das restrições do comércio internacional, que neste
período havia um protecionismo entre os países para limitar as importações e manter
um nível de emprego dentro de suas fronteiras. Em Bretton Woods, tendeu prevalecer
a noção de recuperar a noção de livre comércio. No entanto, o comércio internacional
durante o período da Era de Ouro não se conformou plenamente ao livre comércio, no
entanto a partir dos anos 1950 as restrições foram reduzidas, no entanto não foi
plenamente para o livre comércio. Na verdade, houve resistências a uma ampla
abertura econômica, onde o exemplo dos Estados unidos, embora a doutrina do livre
comércio fazia parte da doutrina oficial do governo suas políticas de comércio
internacional esteve longe de corresponder a esse paradigma.
A partir daí é possível entender o porquê das políticas de desenvolvimento de países
como os da América Latina tiveram caráter protecionista. Pois não há dúvida que a
indústria nascente depende de um grau de proteção para aguentar à concorrência dos
países industrializados. Ou seja, então podemos dizer que a Era de Ouro não foi uma
época de ampla liberdade no comércio internacional. No entanto, o elevado
crescimento das economias nacionais acabou por produzir uma razoável expansão do
comércio internacional.
Do ponto de vista do comércio mundial os países industrializados se mantiveram ou
mesmo ampliaram sua participação nas exportações e importações de mercadorias.
Neste período os países exportadores de petróleo começavam a se beneficiar da
posição de seu produto no mercado mundial, e ao passo que os países em
desenvolvimento e economias socialistas perderam participação no comércio
mundial.
Teve também o Banco Mundial, que foi criado inicialmente com a função de
financiar a reconstrução dos países envolvidos na Segunda Guerra, objetivo que foi
ampliado para atender às necessidades financeiras dos países subdesenvolvidos.
Houve também um predomínio absoluto de empresas norte-americanas a partir de
instalações de subsidiárias no exterior, no período analisado, conquistando os
mercados internos dos países em que se instalavam. E confirmam também a
importância do investimento direto como instrumento do fluxo internacional de
capitais nos anos da Era de Ouro.
E a partir destes investimentos houve também uma reativação do sistema financeiro
internacional privado. E essa reativação prenunciava a enorme expansão da esfera
financeira no plano mundial que ocorreria nas décadas finais do século XX.
Durante a Era de Ouro, houve também um vasto processo de descolonização, em
especial aquelas que tinham sido absorvidas pelas potências na época do
Imperialismo. Porém este processo de descolonização esteve longe de ser um
processo simples e rápido. Em muitos casos, as metrópoles resistiram em conceder
independência às colônias, em outros, a negociação sobre o estatuto das nações
recém-libertadas (em relação às suas antigas metrópoles) também gerou dificuldades.
Além disso, a própria constituição das novas nações levou à disputa de grupos dentro
dos territórios coloniais.
O problema de manter colônias em pleno século XX, pois crescia o consenso quanto à
inadequação de manter-se colônias em pleno século XX, em nome do princípio da
autodeterminação dos povos. O autor cita alguns processos de libertação, a exemplo
da Argélia, que foi um processo longo e sangrento
É inegável a importância política da descolonização, pois ela se deu em plena Guerra
Fria e acabou sendo o palco da disputa entre Leste e Oeste pela ampliação de suas
zonas de influência no âmbito mundial. Do ponto de vista econômico, seu impacto
parece ter sido pequeno, cita o autor.
Porém a pobreza não era um problema que afligia apenas as antigas colônias; ela
também afetava outras áreas da periferia da economia capitalista que ingressam na
Era de Ouro à procura de rumos para seu desenvolvimento.
Dando continuidade a argumentação o autor cita um pouco sobre o desenvolvimento
das nações do Terceiro Mundo durante a Era de Ouro. Pois, com o fim da Segunda
Guerra Mundial, o problema da pobreza no Terceiro Mundo se tornou foco de
grandes preocupações. A descolonização criara inúmeras nações independentes em
que a maioria da população nativa vivia em situações de extrema pobreza. Num
momento em que o comunismo se expandia, a existência de nações extremamente
pobres era vista como um campo fértil para a germinação de movimentos
revolucionários. Esta foi uma das razões, certamente não a única, que produziu uma
série de ações no sentido de “pensar” teoricamente a questão da pobreza e, mais
especificamente, do subdesenvolvimento e também de criar instituições e propor
políticas para combater esse problema disseminado por amplas partes do mundo.
Então a disciplina Teoria do Desenvolvimento Econômico passou a existir. Essa
mesma preocupação também esteve presente na criação de organismos oficiais
destinados a pensar e agir sobre os problemas do subdesenvolvimento, principalmente
na esfera da ONU. No caso da América Latina, houve a criação de um organismo
dedicado aos problemas da região: a CEPAL (Comissão Econômica para a América
Latina). Em suma, havia a percepção de que os problemas do subdesenvolvimento
exigiam uma reflexão própria e também ações diretamente dirigidas ao seu
enfrentamento.
Os benefícios da prosperidade da Era de Ouro se distribuíram de modo bastante
desigual, no Terceiro Mundo, as disparidades nos ritmos de crescimento foram muito
acentuadas. Em suma, ao fim da Era de Ouro, as disparidades entre os níveis de renda
per capita das economias desenvolvidas e das economias do Terceiro Mundo ainda
era substancial.
Se considerarmos que nos países do Terceiro Mundo a distribuição de renda quase
sempre é muito desigual, é possível avaliar o grau de pobreza que grassava entre as
populações desses países (inclusive aqueles que já desfrutavam de níveis mais
elevados de renda). Então desse modo, parece plausível a afirmação de Hobsbawm:
“Hoje é evidente que a Era de Ouro pertenceu essencialmente aos países capitalistas
desenvolvidos...
No entanto, para a maior parte dos países subdesenvolvidos, a industrialização era
vista, nos anos 1950 e 1960, como o fenômeno fundamental dos processos de
desenvolvimento.
O autor termina sua argumentação falando de algumas características de alguns
processos de industrialização periféricas, como o da América Latina, Brasil e Coreia
do Sul.
Vamos ver o caso coreano, contando com forte apoio norte-americano, o governo
coreano atuou em algumas direções: 1) suporte à industrialização de bens de consumo
não duráveis, de baixa intensidade de capital, através da combinação clássica de
créditos favorecidos e de licenças de importação; 2) criação de grupos capitalistas
nacionais, através de operações subsidiadas de privatização de várias empresas que
haviam sido encampadas pelo governo como herança da colonização japonesa; 3) sob
pressão americana iniciou-se a implantação de um ampla reforma agrária, visando
diminuir as tensões sociais no campo e criar uma nova base social de apoio ao
regime, sob a forma de uma pequena burguesia rural; 4) ainda sob a inspiração dos
Estados Unidos, o governo coreano empreendeu nos anos 50 um grande esforço de
alfabetização e de desenvolvimento do ensino básico. (COUTINHO, 1999, p.352).

(3) Impressões do estudante sobre o texto:

Uma importância discussão sobre o desenvolvimento econômico dos países


subdesenvolvidos, é a maneira que estes países enfrentaram e passaram a era de ouro
do capitalismo. Na parte final do texto, o autor fala das diferenças de como Brasil e
Coreia do Sul passaram por esse período. Enquanto o país asiático passou por uma
reforma agrária o país latino não fez uma reforma. Assim como um enorme
investimento na educação para o desenvolvimento de profissionais qualificados na
Coreia. Então nesse sentido, as experiências do Brasil e da Coreia nos anos da Era de
Ouro apresentam grandes similaridades, mas também algumas diferenças importantes
que ajudam a entender o rumo distinto de suas economias a partir dos anos 1980.
Porém não é algo simples para se discutir, pois há também o contexto histórico entre
os dois países, e a singularidade das oportunidades não podem ser facilmente
ignoradas para explicar estas diferenças entre os dois países.

(4) Trechos que por alguma razão você queira destacar (com indicação de
página):

 Portanto, a industrialização, embora tenha promovido o rápido crescimento da


economia brasileira e sua transformação estrutural (do mesmo modo que em outras
economias latino-americanas), frustrou a expectativa de muitos que julgavam que ela
poderia realizar efetivamente o desenvolvimento: ou seja, simultaneamente conduzir
ao desenvolvimento nacional, eliminando a dependência em relação aos países
capitalistas desenvolvidos, e ao desenvolvimento social, reduzindo as enormes
disparidades que já caracterizavam as economias latino-americanas. No entanto, o
fracasso em reduzir as disparidades não parecia ser inerente ao processo de
industrialização nos países subdesenvolvidos, e sim fruto de peculiaridades de como
se promoveu a industrialização latino-americana. (pag.510)

FICHAMENTO 2 (OPCIONAL - ESPECIFICAR O TEXTO):

Referência (SOBRENOME DO AUTOR, Nome do autor. Título da obra: subtítulo


da obra. Local: Editora, ano da edição consultada. Parte da obra que está
sendo resenhada).

(1) Objetivos do texto:

(2) Argumentos desenvolvidos no texto:

(3) Impressões do estudante sobre o texto:

(4) Trechos que por alguma razão você queira destacar (com indicação de
página):

FICHAMENTO 3 (OPCIONAL - ESPECIFICAR O TEXTO):

Referência (SOBRENOME DO AUTOR, Nome do autor. Título da obra: subtítulo


da obra. Local: Editora, ano da edição consultada. Parte da obra que está
sendo resenhada).
(1) Objetivos do texto:

(2) Argumentos desenvolvidos no texto:

(3) Impressões do estudante sobre o texto:

(4) Trechos que por alguma razão você queira destacar (com indicação de
página):

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