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Sistemas de Gestão
Integrada: ambiental;
qualidade; saúde e segurança
Introdução
A noção de sistema sempre foi usada intuitivamente. Mesmo o homem selvagem depen-
de da noção de sistema quando cria referenciais de ordenamento para compor seus mitos ou
para estabelecer a ocupação de seus espaços. O pensamento moderno e contemporâneo fez
uso continuado desse conceito, como mostrou na medicina Claude Bernard (1813-1878), ao
distinguir o “ambiente externo e interno” do corpo humano.
O avanço tecnológico, especialmente no pós Segunda Guerra Mundial, é notório e evi-
dente em todas as áreas do conhecimento. Um dos resultados deste avanço é o aumento
da complexidade dos processos produtivos e também as relações de produção e consumo,
formando uma cadeia sistêmica de autocontrole. Desde este momento, o termo sistemas
vem sendo mais conhecido e popularizado na sociedade moderna. As novas demandas e
a necessidade de se buscar novos caminhos para realizar tarefas nas empresas fazem sur-
gir novas profissões voltadas ao “enfoque sistêmico”, com o objetivo de realizar a função
estabelecida com o máximo de eficiência e menores custos possíveis, melhorando assim os
fluxos financeiros das empresas (NEGRI, 2016).
Um sistema pode ser representado por um complexo de elementos em interação, e pode
ser definido de várias maneiras, como por exemplo, um sistema de equações diferenciais
simultâneas. Para Negri (2016), podem-se diferenciar complexos de acordo com o seu nú-
mero, espécie, ou de acordo com suas relações nas organizações. Ocorrem as características
somativas e as características constitutivas, sendo as somativas, por exemplo, a representa-
ção da massa molecular e o calor, enquanto as constitutivas não são explicáveis a partir de
características de alguma parte isolada, seguindo o pensamento de que “o todo é mais do
que a soma das partes”.
Sistema é, portanto, uma forma lógica de apreensão da realidade vivenciada em seu
tempo e espaço. Quando se constrói sistemas, não se faz com o objetivo da busca de um
“reflexo” do mundo real, mas sim a descrição ou destaque daqueles “traços” da realidade,
cujo conjunto permite a percepção de uma condição de ordem e a proposição de uma forma
operativa voltada para um dado objetivo.
Churchman (1971) é um importante autor que abordou de forma clara e objetiva a apli-
cabilidade e praticidade da teoria sistêmica na área da gestão e administração, organizando
e descrevendo considerações básicas como o objetivo central do sistema, o seu ambiente, os
recursos e os componentes dos sistemas e suas respectivas medidas de rendimento.
Dentre as definições sugeridas pelo autor, destacam-se algumas que têm grande utili-
dade no auxílio da aplicação prática dessa teoria.
a) Sistemas: Conjunto estruturado visando a um fim, no qual existem relações
complexas e não triviais entre os elementos constitutivos, de modo que o todo
seja mais do que a soma das partes. Exemplo: sistema econômico.
b) Sistema operacional: Conjunto de atividades estruturadas, visando a um obje-
tivo estabelecido, especialmente à produção de bens e serviços econômicos ou
socialmente valiosos. Exemplos: empresa, hospital, escola.
Dimensão Benefícios
Melhoria de qualidade e aumento da pro-
dutividade em produtos e serviços.
Produtividade
Economia de tempo e custos por meio da oti-
mização dos processos de trabalho.
Transparência dos processos internos e redução da
burocracia por meio da gestão documental.
Fortalecimento da imagem da empresa e au-
Comunicação mento na participação no mercado.
Melhoria do relacionamento com todas as par-
tes interessadas (clientes, colaboradores, fornece-
dores, sociedade, meio ambiente e acionistas).
Satisfação dos critérios dos investidores estra-
Econômicos tégicos e melhoria do acesso ao capital.
Possibilita a redução dos custos de seguros.
Oportunidades para conservação de re-
cursos ambientais e energia.
Permite a consideração de custos ambientais e de se-
gurança em paralelo com os custos da qualidade.
Prevenção de reclamações, redução dos riscos
Gestão ambiental
e impactos ambientais, além dos riscos de aci-
dentes com os colaboradores por meio da ado-
ção e priorização de práticas de prevenção.
Demonstrar, para reguladores e governo, um compro-
metimento em obter conformidade legal e regulatória.
Fonte: Elaborado pelo autor.
Nos últimos anos, alguns valores e crenças que darão forma ao novo para-
digma estão se construindo. O primeiro valor a ser incorporado é a inte-
gração entre homem e natureza.
Atividades
1. Escolha um tipo de sistema (sistemas, sistema operacional, sistema administrati-
vo e sistema de informação) e faça um organograma de algum meio a sua esco-
lha (gestão domiciliar (de sua casa), de sua escola, trabalho, etc.) na aplicação prá-
tica da teoria de sistemas. Correlacione as entradas e saídas de fluxos presentes no
sistema escolhido.
2. Identifique em sua cidade ou região uma ou duas empresas que possuem o Siste-
ma de gestão integrada (SGI) e faça uma análise contrastando com outra(s) que não
possuem o SGI. Por meio de uma matriz, correlacione os principais aspectos de um
SGI como, por exemplo, licenças ambientais, relação com a comunidade, projetos
desenvolvidos pela empresa etc. Faça uma coluna de avaliação em que fique de livre
escolha a forma de pontuar (bom-ruim, escala numérica de 0-10 etc.)
Referências
ANTUNES, Mariana do Amaral. Quais as vantagens de um sistema de gestão integrada? Artigo
publicado em 2013. Disponível em: <www.geminisistemas.com.br/quais-as-vantagens-de-um-
sistema-de-gestao-integrada/>. Acesso em: 15 out. 2016.
BIO 3 MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE. Sistema de gestão integrado. Disponível em:
<http://www.bio3consultoria.com.br/sistema-de-gestao-integrado/>. Acesso em: 12 out. 2016.
CHURCHMAN, CN. Introdução à teoria de sistemas. Rio de Janeiro: Ed. Vozes, 1971.
DARTMOUTH COLLEGE. The PDCA Cycle. Dartmouth Medical School, Hanover (USA), 2000.
MALHADAS JUNIOR, M.J.O. Conflitos organizacionais à luz da teoria geral dos sistemas. In:
V!RUS. n. 3. São Carlos: Nomads.usp, 2010. Disponível em: <http://www.nomads.usp.br/virus/
virus03/submitted/layout.php?item=6&lang=pt>. Acesso em: 16 out. 2016.