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Universidade Federal de Minas Gerais

História do Brasil III


Síntese de Leitura: Os intelectuais e a política cultural do Estado Novo – Monica P. Veloso
Aluno: Tales Felipe Ferreira Isabel

Após o fim da primeira guerra e a chegada da década de 20, a cultura brasileira


inicia um processo de mudança, saindo do ideal cosmopolita (eurocêntrico) e passa a ter
um caráter nacionalista, sendo que os intelectuais passam a ter como foco a busca de
nossas origens brasileiras, entretanto, foi a partir de 1930 que o eles se enveredam no
ambiente político, apresentando várias proposições para uma inserção da cultura na
política ideológica do estado.
Para se analisar o projeto cultural do Estado Novo, é necessário entender a
participação dos intelectuais no regime, esta que é de suma importância, vez que ocorre
em um dos setores mais valorizados pelo governo – a Cultura. vez que dá a conhecer um
dos núcleos organizatórios mais sólidos do regime: a cultura.
A ideia de um intelectual isolado cai por terra durante o Estado Novo, o ingresso
de Getúlio Vargas para a Academia Brasileira de Letras, confirma a entrada dos
intelectuais no cenário político nacional, bem como reforça um dos ideais doutrinários do
regime que prega a união do homem do pensamento e o homem de ação, sacralizando a
união da política e a literatura.
É na propaganda política onde os intelectuais vão atuar, a parti da criação do DIP
(Departamento de Imprensa e Propaganda), órgão subordinado ao poder executivo, que
irá exercer um controle de toda vida cultural brasileira. Uma das medidas tomadas para a
execução do controle cultural, foi a criação da Rádio Nacional, esta que nasceu com a
missão de monopolizar a audiência popular, trazendo conteúdo diferente das demais
rádios, entretanto tal disparidade não agradou ao público.
Um instrumento usado para atrai o público foi a música, todavia, esta expressão
cultural deveria ser policiada para que não propagasse “temas imorais”. O DIP se utiliza
dos mais diversos setores da cultura, desde a cartilhas infantis ao cinema, tendo influencia
até mesmo no carnaval, atuando com extrema eficiência, se tornando uma entidade
onipresente, enraizado em todas camadas da sociedade.
O Estado Novo se preocupava em demonstrar que o regime instaurado não era
apenas uma expressão política, mas nascera também de uma base cultural, sendo este o
argumento para a campanha quanto a necessidade de uma espécie de reciclagem de
cultural, onde deveriam ser abandonados velhos costumes estrangeiros, tão cultuados pela
elite – esta que passa ser culpada por todos os problemas do país – e abraçadas as
expressões culturais genuinamente brasileiras, o que demonstra uma agenda
político/cultural extremamente nacionalista.

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