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DISCIPLINA: FILOSOFIA

1ª ATIVIDADE AVALIATIVA
DISCURSIVA DIGITAL – 2ª ETAPA
TURMA: 2ª SÉRIE

DATA: 10/06/2021 VALOR: 10,0 NOTA OBTIDA:

ALUNO:

NÚMERO DE MATRÍCULA: _______________________________________________________________________

QUESTÃO 1 (2,0 PONTOS)


Substância, em certo sentido, se diz dos corpos simples: por exemplo, o fogo, a terra, a água, e todos os
corpos como estes; e, em geral, todos os corpos e as coisas compostas a partir deles, como os animais e
os seres divinos e suas partes. Todas essas coisas são ditas substâncias porque não são predicadas de um
substrato, mas tudo é predicado delas. Noutro sentido, substância é o que é imanente às coisas que não se
predicam de um substrato e que é causa de um ser: por exemplo a alma dos animais.
ARISTÓTELES. Metafísica. São Paulo: Edições Loyola, 2002.

RELACIONE as provas da existência de Deus de São Tomás de Aquino à teoria das causas de Aristóteles.

QUESTÃO 2 (2,0 PONTOS)


Lembramo-nos de ter visto aquela espécie de objetos que denominamos chama e de ter sentido aquela
espécie de sensação que denominamos calor. Recordamo-nos, igualmente, de sua conjunção constante em
todos os casos passados. Sem mais cerimônias, chamamos à primeira de causa e à segunda de efeito, e
inferimos a existência de uma com base na existência da outra.
HUME, D. Tratado da natureza humana. Livro I, Parte 3, Seção 6. São Paulo: Unesp, 2001 (adaptado).

Considerando o texto e a as formas de associação de ideias de Hume, EXPLIQUE o princípio que nos faz
acreditar que o futuro será semelhante ao passado.

QUESTÃO 3 (2,0 PONTOS)


Segundo Kant, existem ideias puras da razão – mas essas são meramente princípios relativos a serviço
da experiência. Demonstrando a existência de certas condições não empíricas da experiência e, portanto,
universalmente válidas, Kant prova que a metafísica é possível, mas, em contraposição ao racionalismo,
somente como teoria da experiência e não como uma ciência que transcende o âmbito da experiência; e, à
diferença do empirismo, não como teoria empírica, mas como teoria transcendental da experiência.
HOFFE, 0. Immanuel Kant. São Paulo: Martins Fontes, 2005 (adaptado).

EXPLIQUE, a partir da epistemologia kantiana, como as formas puras da razão atuam no processo de co-
nhecimento humano.
QUESTÃO 4 (2,0 PONTOS)
Examinando com atenção o que eu era, e vendo que podia supor que não tinha corpo algum e que não
havia qualquer mundo, ou qualquer lugar onde eu existisse, mas que nem por isso podia supor que não existia;
e que, ao contrário, pelo fato mesmo de eu pensar em duvidar da verdade das outras coisas seguia-se mui
evidente e mui certamente que eu existia; ao passo que, se apenas houvesse cessado de pensar, embora
tudo o mais que alguma vez imaginar fosse verdadeiro, já não teria qualquer razão de crer que eu tivesse
existido, compreendi por aí que era uma substância cuja essência ou natureza consiste apenas no pensar,
e que, para ser, não necessita de nenhum lugar, nem depende de qualquer coisa material.
DESCARTES, René. Discurso do método.

Eu ou pessoa não corresponde a nenhuma impressão, consistindo naquilo a que todas as nossas várias
impressões e ideias estão supostamente referidas. Se alguma impressão der origem à ideia de eu, esta
impressão deve permanecer invariavelmente a mesma, durante toda a duração de nossas vidas, uma vez
que se supõe que o eu existia desta maneira. Mas não há nenhuma impressão constante e invariável. A dor
e o prazer, a tristeza e a alegria, as paixões e as sensações sucedem-se umas às outras, e nunca existem
todas ao mesmo tempo. Não pode ser, portanto, de nenhuma destas impressões, nem de nenhuma outra,
que nossa ideia de eu é derivada e, consequentemente, essa ideia não existe.
HUME, David. Investigação sobre o entendimento humano. Tradução de Anoar Aiex.
São Paulo: Editora Nova Cultural Ltda, 1999.

Considerando os trechos acima, EXPLIQUE a diferença entre o fundamento do conhecimento para Descartes
e Hume.

QUESTÃO 5 (2,0 PONTOS)


Ao investigar se a existência de Deus se impõe imediatamente à inteligência humana, Tomás de Aquino
conclui:
“A proposição Deus existe, enquanto tal, é evidente por si, porque nela o predicado é idêntico ao sujeito.
Deus é seu próprio ser (...). Mas, como não conhecemos a essência de Deus, essa proposição não é evidente
para nós, precisa ser demonstrada por meio do que é mais conhecido para nós, ainda que por sua natureza
seja menos conhecido, isto é, pelos efeitos”.
AQUINO, Tomás de. Suma Teológica. I, q.2, a.1. Editora Loyola.

Considerando o texto acima e o tipo de abordagem de Tomás de Aquino acerca da existência de Deus, EX-
PLIQUE por que as provas de São Tomas de Aquino são consideradas provas cosmológicas.

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