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O desastre de Mariana

Nome: Ana Luiza Villamarim Morgado – 5o. JP

O REJEITO E AS BARRAGENS

Antes de entender o desastre é importante saber o que são os rejeitos e


barragens de rejeitos de mineração: Os rejeitos de mineração são o que sobra do
processo de separação do minério da rocha, que é feito com a utilização de água, este
rejeito é um composto de minérios pobres (com baixa concentração de ferro) e água, por
isso tem um aspecto de lama.

Esse rejeito de mineração é armazenado em grandes barragens, que são


contruções que se destinam a garantir a retenção de todos os materiais não
aproveitados durante o processo da separação do minério, no caso da barragem do
Fundão, em Mariana, ela era do tipo de “alteamento a montante” onde a barragem e
contruida com degraus utilizando-se o próprio material do rejeito e ela vai aumentando
de volume e altura ao longo do tempo.

O ROMPIMENTO DA BARRAGEM

No dia 05 de novembro de 2015, por volta das 16:30hs, rompeu-se a barragem de


rejeitos de mineiração denominada de “Fundão”, que fica localizada no município de
Mariana em Minas Gerais e derramou mais de 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos
sobre o vale do córrego de Santarém, inundando completamente os subdistritos de Bento
Rodrigues e Paracatú de Baixo que foram quase totalmente destruídos pela enxurrada de
lama, outros vilarejos e distritos também foram afetados com um impacto menor.

AS CONSEQUENCIAS DO DESASTRE

O desastre causou a morte de 19 pessoas, deixou sequelas em toda a bacia do Rio


Doce e gerou uma série de impactos ambientais, sociais e econômicos, atingindo mais de
39 municípios de Minas Gerais até o Espírito Santo.

A bacia do Rio Doce foi totalmente afetada pelo derramamento de lama da


barragem do Fundão, no total, 230 municípios utilizam a bacia do Rio Doce como forma
de subsistência, isso gerou grande impacto econômico às famílias da região que, de uma
hora para outra, ficarm sem o seu meio de sobrevivência, sejam agricultores que não
puderam mais utilizar as águas do rio para irrigação, pescadores que tiveram que
interromper as atividades devido à lama tóxica que estava contaminando os peixes, etc.

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O IBAMA informou que das 80 espécies de peixes no Rio Doce, 11 delas estão ameaçadas
de extinção, a mortandade verificada após o desastre reforça a preocupação de extinção
de peixes ainda desconhecidos e espécies importantes para a sobrevivência das
comunidades locais que exploram a atividade pesqueira. O efeitos de longo prazo sobre
estas espécies ainda são desconhecidos, assim como danos aos peixes marinhos, já que
a lama também atingiu o mar.

No dia 22 de Novembro a lama atingiu o mar, no norte do Espirito Santo, houve


interdição das praias da região e a mancha de lama se espalhou por mais de 15
kilometros afetando regiões biológicas importantes como áreas de desova de tartarugas,
estima-se que isso afetará milhares de espécies da fauna e flora marítima ao longo do
tempo. Estima-se que a recuperação da infra-estrutura de Mariana custe cerca de 100
milhões de reais, valor que supera em 4 vezes o valor que o município recebeu a título de
compensação financeira pela exploração do minério no ano de 2015.

COMO ERA E COMO FICOU

As imagens abaixo mostram o tamanho do impacto causado pelo rompimento da


barragem, soterrando quase que completamente o subdistrito de Bento Rodrigues sob
muitos metros de lama.

Antes do rompimento Depois do rompimento

OS RESPONSÁVEIS PELA TRAGÉDIA

Em junho de 2016, a Polícia Federal indiciou oito pessoas e três empresas no


inquérito que apurava os crimes ambientais e contra o patrimônio histórico provocados
pelo rompimento da barragem de Fundão. Segundo a investigação, a Samarco estava
aumentando a capacidade da barragem em uma velocidade maior do que o previsto no
manual da empresa, além de estar sem responsável técnico e com os equipamentos que
mediam a estabilidade quebrados ou insuficientes. A VOGBR, que emitiu o laudo
atestando a estabilidade da barragem, a Vale e a Samarco foram indiciadas, além de
funcionários das duas últimas empresas. Novas denúncias do Ministério Público
Estadual, apontando indícios de fraudes e adulterações de informações, também foram
aceitas pela Justiça de Minas Gerais.

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A reportagem de Mário Bonella, no Jornal Nacional de 22 de junho, destacou que,
segundo a Polícia Federal, a Samarco conhecia os riscos de rompimento da barragem de
Fundão. A análise de e-mails e mensagens internas da mineradora mostrava que os
diretores da empresa chegaram a cogitar uma possível mudança de Bento Rodrigues
para evitar que o vilarejo fosse atingido pelos rejeitos. O inquérito dizia ainda que a
Samarco aumentou sua produção mesmo sabendo que a barragem apresentava
problemas e apontou falhas na construção e na segurança.

Nome: Ana Luiza Villamarim Morgado – 5o. JP

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