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Prezados (as) colegas educadores (as) ao revermos um pouco da história das relações mantidas pelas
sociedades, e em particular pela sociedade brasileira, com o segmento constituído pelas pessoas com deficiência
iremos verificar como o processo de exclusão ainda se encontra presente. Essa reflexão também deve se estender
sobre nós “professores”, sobre o professor que hoje somos e como a nossa formação tem influenciado a nossa
forma de ver o estudante em suas peculiares e com suas características tão singularidades.
Diante do exposto conseguimos perceber que para atender a essas exigências temos que realizar ajustes
e adequações no currículo proposto pela SEDF, Currículo em Movimento, para as modalidades da Educação Básica
de modo a garantir as condições necessárias para que os estudantes com deficiência possam acessar o
conhecimento disponível como qualquer outro estudante, ou seja, proporcionar uma escola que esteja aberta e
preparada para responder educacionalmente a todos os que a procuram.
Elas podem ser implementadas em várias áreas e momentos da atuação do professor: na promoção do
acesso ao currículo, nos objetivos de ensino, no conteúdo ensinado, na metodologia utilizada pelo docente, no
processo de avaliação, na temporalidade, sendo sua primeira instância o planejamento pedagógico que deverá
considerar a diversidade e as características individuais dos estudantes pertencentes ao processo, o que envolve:
• o planejamento das estratégias de ensino que pretende adotar em função dos objetivos
pedagógicos e conteúdos a serem abordados;
• a pluralidade metodológica tanto para o ensino como para a avaliação buscando assim estar
retornando quando o objetivo não for alcançado;
• a flexibilização da temporalidade.
No que se refere aos ajustes que cabem ao professor desenvolver para garantir o acesso e a permanência
do estudante com surdez/deficiência auditiva encontram-se, de maneira geral:
• adaptar materiais de uso comum em sala de aula visando favorecer a compreensão do que esta
sendo trabalho na aula;
Planejar de forma articulado com o professor intérprete educacional para que o mesmo tenha
com antecedência acesso ao conteúdo que será trabalhado;
Sabe-se que uma das principais vias de construção de conhecimento sobre a realidade, de que o homem
dispõe, é a interação social, instância em que a pessoa compartilha experiências linguísticas, por meio das quais
apreende o significado e a função social dos objetos e dos fenômenos sociais. Ora, o aluno surdo não dispõe da
via auditiva para receber e responder aos estímulos que constituem parte da comunicação social. Torna-se
necessário respeitar essa singularidade onde o estudante surdo tem sua primeira Língua a LIBRAS e como
segunda Língua, a Língua Portuguesa na modalidade escrita. Ambas, entretanto, devem ser oferecidas caso essa
seja a opção dos pais/responsáveis. Assim, devemos considerar algumas providências que podem facilitar seu
acesso ao currículo como um todo:
O estudante surdo usuário de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) tem direito ao professor
intérprete de LIBRAS em sala do ensino comum, conforme está previsto em lei;
posicionar o estudante na sala de aula de forma que possa ter acesso ao professor intérprete
educacional e ao professor regente com luminosidade adequada;
• utilizar materiais visuais para favorecer a apreensão das informações abordadas verbalmente;
• utilizar os recursos e materiais adaptados disponíveis para auxiliar os estudantes com deficiência
auditiva que utilizam AASI ou implante coclear;