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CAPÍTULO 8. CONDENSAÇÃO
8.1. Introdução
Existem duas formas para que o ar atmosférico alcance a saturação, são elas:
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Para que haja precipitação (Capítulo 9), entretanto, é necessário que não
somente o vapor d’água retorne à fase líquida, processo que recebe o nome de
condensação, como também que as gotas cresçam até um tamanho suficiente para que
sob a ação gravitacional vençam a resistência e as correntes de ar ascendentes. O
crescimento das gotículas de água formadas por condensação é chamado
coalescência.
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8.3. Fatores que fazem com que a Parcela de Ar seja levada a Saturação
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Tanto mais água deverá condensar, quanto maior a energia que a parcela de ar
tenha para a ascensão. Entretanto, ao condensar ocorre a liberação do calor latente de
evaporação, que promove aumento, extremo, de energia da parcela para continuar o
processo de ascensão na forma de calor sensível (temperatura), com consequente
redução da sua densidade, que poderá levá-la mais ao alto, e assim, eventualmente,
chegar ao nível onde ocorra o congelamento da água.
8.5.1. Relevo
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Figura 8.3. Processo de convecção térmica dando origem a formação de uma nuvem
convectiva.
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8.6. Na Superfície
8.6.1. Nevoeiro
(a) (b)
Figura 8.6. Formação do nevoeiro em diferentes superfícies: sobre uma ponte (a) e uma
superfície montanhosa (b).
Nevoeiro de Radiação
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O vento fraco resulta mistura fraca do ar atmosférico, que transfere calor para a
superfície fria, e faz com que uma camada maior se resfrie até abaixo do ponto de
orvalho, levando o nevoeiro para cima sem dispersá-lo. Se os ventos são calmos, não há
mistura e a transferência de calor é apenas por condução. Por outro lado, se os ventos se
tornam muito fortes, o ar úmido em níveis baixos se mistura com o ar mais seco acima,
a umidade relativa do ar diminui e não se desenvolve o nevoeiro de radiação.
Nevoeiro de Advecção
Ocorre quando o ar quente e úmido passa sobre (escoa) uma superfície fria,
resfriando-se por contato e também por mistura com o ar frio que estava sobre a
superfície fria, até atingir a saturação. Certa quantidade de turbulência é necessária para
um maior desenvolvimento do nevoeiro. Assim, ventos entre 10 e 30 km/h são
usualmente associados com nevoeiro de advecção. A turbulência não só facilita o
resfriamento de uma camada mais profunda de ar, mas também leva o nevoeiro para
alturas maiores. Diferentemente dos nevoeiros de radiação, nevoeiros de advecção são
frequentemente profundos e persistentes.
Nevoeiro Orográfico
É criado quando ar úmido escoa sob terreno inclinado, como encostas de colinas
ou montanhas. Devido ao movimento ascendente, o ar se expande e resfria
adiabaticamente. Se o ponto de orvalho é atingido, pode-se formar uma extensa camada
de nevoeiro.
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8.6.2. Neblina
8.6.3. Orvalho
8.6.4. Geada
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As geadas podem ser classificadas quanto à sua origem ou pelos efeitos visuais
(aspectos das plantas) que elas produzem (Pereira et al., 2002). As geadas têm origem
devido a dois fenômenos meteorológicos: i) Advecção de ar frio e ii) Perda de radiação
de ondas longas (radiação terrestre).
Origem
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Durante a noite, a superfície terrestre emite radiação de ondas longas, como não
se tem incidência de radiação solar, e normalmente a contribuição da contra radiação
atmosférica é menor, o balanço de radiação é negativo (Capítulo 5). Assim, a superfície
terrestre resfria, e, por conseguinte, o ar próximo a essa superfície também resfria,
resultando no fenômeno conhecido como inversão térmica (Figura 8.11). Na inversão
térmica, a temperatura do ar aumenta com a altura, ao invés de diminuir, como seria
esperado na Troposfera. Se o processo de resfriamento próximo à superfície ocorre a
taxas elevadas durante toda a noite, induz a geada.
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Segundo PEREIRA et al. (2002), pode ser observado ainda uma geada mista,
decorrente da ocorrência simultânea dos processos de advecção de massa de ar fria e
seca, com subsequente estagnação da massa na região, o que favorece as perdas por
irradiação no período noturno.
Efeitos Visuais
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Advecção
Irradiação
Esse método permite a previsão de geadas com até oito horas de antecedência.
Para o uso do gráfico de Belfort de Matos é necessário realizar as observações das
temperaturas entre as 19h e 20h. Se a intersecção das temperaturas se localizar na área
de geada provável é necessária realizar novamente as observações de temperatura uma
hora depois para confirmar a ocorrência ou não de geada.
Com essas informações, as datas de plantio são definidas de forma que as fases
fenológicas mais sensíveis ao frio (Tabela 8.1) apresentem menor risco de ocorrer em
épocas de menores temperaturas e maiores incidências de geadas. Dependendo do
comprimento do ciclo da cultura, pode-se também programar para que todo o ciclo
ocorra em épocas menos criticas de ocorrência de geadas.
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Grandes corpos de água livre (lagos, rios, açudes, entre outros) contribuem com
o aporte de umidade para a atmosfera, o que faz com que ocorra aumento de vapor
d´água do ar. O vapor d´água, devido o seu elevado calor específico, funciona como
termorregulador, o que ameniza os extremos de temperatura do ar nas proximidades
desses corpos de água. Além desse efeito, o vapor d´água é um dos principais gases de
efeito estufa, e assim, diminui as perdas de radiação de ondas longas à noite; como
resultado tem-se uma menor taxa de resfriamento do ar próximo à superfície.
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Figura 8.16. Tipos de cobertura usados na agricultura, túnel baixo e estufa de vidro.
Nebulização Artificial
Segundo PEREIRA et al. (2002), dois tipos de neblina artificiais são usadas: 1)
Consiste da emissão de núcleos de condensação (partículas higroscópicas) para a
atmosfera, e 2). Produzida em termo-nebulisadores, comumente com mistura de óleo
diesel com serragem salitrada. A nebulização deve ser aplicada na parte alta do terreno.
Para definição da aplicação ou não da nebulização, utiliza-se o gráfico de Belfort de
Matos.
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Irrigação
Figura 8.18. Sistemas de irrigação por aspersão, usados para controle de geada.
Aquecimento Artificial
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8.7. Nuvens
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Aspecto:
Constituição:
Sólidas – Constituídas por cristais de gelo, e podem conter gelo até mesmo de
tamanho elevado, ocorrendo normalmente em nuvens chamadas de tremulas ou negras.
Líquidas – Constituídas basicamente por gotículas de água.
Mistas – Constituídas tanto por gotículas de água quanto por cristais de gelo.
Estágio ou Altura:
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Nuvens Altas:
Cirrus (Ci): aspecto delicado, sedoso ou fibroso, cor branca brilhante (Figura
8.23).
Figura 8.23. Nuvem Cirrus (Ci). Fonte: Atlas Internacional de Nuvens (OMM).
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Nuvens Médias:
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Nuvens Baixas:
Stratus (St): muito baixas, em camadas uniformes e suaves, cor cinza; próxima à
superfície é denominada de nevoeiro; apresenta topo uniforme (condição de ar
estável) e produz chuvisco (garoa) (Figura 8.28). Quando se apresentam fracionadas
são chamadas fractostratus (Fs).
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Nimbostratus (Ns): aspecto amorfo, base difusa e baixa, muito espessa, escura ou
cinzenta. Produz precipitação intermitente e de intensidade moderada e forte (Figura
8.30).
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Tabela 8.2. Resumo da classificação das nuvens segundo sua designação (em latin),
simbologia e altura da base para a região tropical.
Altura da base
Classes Designação Símbolo
(km)
Cirrus (Cirro) Ci 6 - 18
Cirrocumulus
Cc 6 - 18
Nuvens Altas (Cirrocumulo)
Cirrostratus
Cs 6 - 18
(Cirrostrato)
Altostratus
As 2-8
(Altostrato)
Nuvens Médias
Altocumulus
Ac 2-8
(Altocumulo)
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Stratocumulus
Sc 0-2
Nuvens Baixas (Estratocumulo)
Nimbostratus
Ns 0-2
(Nimbostrato)
Nuvens de Cumulonimbus
Cb 0 - 20
desenvolvimento (Cumulonimbo)
Vertical
Cumulus (Cumulo) Cu 0 - 20
8.7.3. Nebulosidade
Figura 8.34. Condições de céu com nebulosidade 0, ou seja, ausência de nuvens (a) céu
totalmente encoberto 8 ou 10 de nebulosidade (b).
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Referências do Capítulo
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Exercícios Resolvidos
Teóricos
1. O que é Nuvem?
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Exercícios Propostos
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