Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Art 27082009164925
Art 27082009164925
INTRODUÇÃO AOS
FUNDAMENTOS DO PENSAMENTO
ESTRATÉGICO EMPRESARIAL
MACAPÁ - AP
2004
Copyright © - Alexandre Gomes Galindo
ISBN 85-904123-1-8
Capítulo 2
PENSAMENTO ESTRATÉGICO E MODELOS DE GESTÃO ....... 27
Capítulo 3
ESFERAS DA GESTÃO ESTRATÉGICA ................................................. 47
3.1 GESTÃO ESTRATÉGICA CORPORATIVA ........................................ 51
3.2 GESTÃO ESTRATÉGICA DA UNIDADE DE NEGÓCIO ............. 61
3.3 GESTÃO ESTRATÉGICA FUNCIONAL E OPERACIONAL ........ 69
Capítulo 4
AVALIAÇÃO ESTRATÉGICA DO AMBIENTE ................................... 79
4.1 ANÁLISE AMBIENTAL EXTERNA ..................................................... 86
4.1.1 Análise Macroambiental ....................................................................... 87
4.1.2 Análise Setorial ......................................................................................... 93
4.1.3 Análise da Concorrência ....................................................................... 97
4.2 ANÁLISE AMBIENTAL INTERNA ...................................................... 99
4.3 FERRAMENTAS DE ANÁLISE AMBIENTAL ................................. 110
Capítulo 5
IDENTIFICAÇÃO, AVALIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE
ESTRATÉGIAS ............................................................................................... 113
5.1 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS ESTRATÉGICAS ....................... 113
5.2 AVALIAÇÃO DE ALTERNATIVAS ESTRATÉGICAS .................... 121
5.3 IMPLEMENTAÇÃO DE ALTERNATIVAS ESTRATÉGICAS ..... 125
5.3.1 Estrutura Organizacional e Implementação Estratégica .......... 129
5.3.2 Processos Essenciais e Implementação Estratégica ................... 133
5.3.3 Cultura Organizacional e Implementação Estratégica .............. 140
5.3.4 Liderança e Implementação Estratégica ........................................ 147
Capítulo 6
GESTÃO ESTRATÉGICA COMO PROCESSO ................................... 155
Capítulo 7
CONSIDERAÇÕES FINAIS: ASPECTOS POLÍTICOS DA
GESTÃO ESTRATÉGICA E GLOBALIZAÇÃO .................................. 167
19
ALEXANDRE GOMES GALINDO
20
CAPÍTULO 1 - ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
21
ALEXANDRE GOMES GALINDO
Insumos Produtos
(entradas) ORGANIZAÇÃO (saídas)
(Processamento)
Materiais Bens
Energia Serviços
Informação Informação
22
CAPÍTULO 1 - ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
23
ALEXANDRE GOMES GALINDO
25
ALEXANDRE GOMES GALINDO
Capítulo 2
PENSAMENTO ESTRATÉGICO E
MODELOS DE GESTÃO
27
ALEXANDRE GOMES GALINDO
3 - Dilema da Especificidade:
Uma boa estratégia deve ser única e nova?
O número de opções é infinito ou limitado?
O sucesso está no respeito às regras ou em sua transgressão?
4 - Dilema do Controle:
Deve-se preferir o controle a priori ao aprofundamento a posteriori?
As estratégias são planos desejados ou esquemas executados?
5 - Dilema do Estrategista:
Quem é ele?
Quem compreende o espírito da organização?
6 - Dilema da Mudança:
(Problema da Mudança) A estratégia deve ser focada na manutenção da
estabilidade ou na mudança?
(Problema da Curva de Mudança) O ritmo da mudança deve ser gradual ou
abrupto?
(Problema da Origem) De onde vem essas novas estratégias? Será que as
organizações aprendem fazendo, pensando, programando, calculando ou
discutindo?
7 - Dilema da Extensão da Escolha:
Qual (onde e quando) é o poder de uma classe dirigente ativa, de uma intuição
pessoal e de um aprendizado coletivo diante das exigências ambientais, da inércia e
dos limites cognitivos?
São as circunstâncias que ultrapassam o estrategista ou vice-versa?
8 - Dilema do Pensamento:
Qual é a melhor relação entre pensar e o agir, isto é, entre a reflexão e a ação?
28
CAPÍTULO 2 - PENSAMENTO ESTRATÉGICO E MODELOS DE GESTÃO
29
ALEXANDRE GOMES GALINDO
30
CAPÍTULO 2 - PENSAMENTO ESTRATÉGICO E MODELOS DE GESTÃO
33
ALEXANDRE GOMES GALINDO
34
Quadro 2- As dez linhas de pensamento sobre estratégia (Fundamentos Teóricos)
Linhas Concepção Planejamento Posicionamento Empreendedorismo Cognição Aprendizado Poder Cultura Ambiente Configuração
Pfeffer e Salanick Chandler (1962),
Lindblom (1959),
(1978) Hannan e Grupo McGill:
Schendel, Cooper, Cyert e March Rhenman e
Schumpeter (1954), Simon (1945), Freeman (1977), Mintzberg, Miller
Selzinck (1957), Hatten (meados de (1963), Weick Normann
Autores Ansoff (1965) Cole (1959), Vários March e Simon Micro: Teóricos da etc
Andrews (1965) 1970), (1969), Quinn (Fins de 1960)
Economistas (1958) Allison (1971), Contingência (Fins de 1970),
Porter (1980-85) (1980), Prahalad e Suécia
Macro: (Fins de 1960) Miles e Snow
Haml (1990)
Asley (1984) (1978)
Economia Nenhuma
Nenhuma Urbanismo, Teoria
Disciplinas de (Organizações (Apesar de os primeiros Psicologia Teoria do Caos na
(A metafórica é dos Sistemas e Ciências Políticas Antropologia Biologia História
Base Industriais); autores terem sido (Cognitiva) Matemática
Arquitetônica) Cibernética
História Militar economistas)
Por vezes o As pessoas
Os curadores dos Os ecologistas, os
Os gerentes planejamento, A imprensa inclinadas para o Os integrantes e
cases de empresas Pessoas com Os Que Fizeram teóricos da
profissionais, os particularmente os especializada em social, o agentes de
(principalmente inclinação para a Experiências organização, os
financistas, os analistas, economia, os As políticas, espiritual, o mudança na
Pontas de Harvad), os psicologia, com os Adaptáveis, positivistas,
consultores nos escritórios de individualistas, as PME, principalmente na coletivo, Holanda e na
Lança adeptos da pessimistas de um Sobretudo no principalmente
EUA e os consultoria e sobretudo na América França principalmente Alemanha, e os da
liderança lado e os otimistas Japão e Países nos Países
tecnocratas na autores militares, Latina e na “diáspora” nos Países transformação nos
(sobretudo nos de outro Escandinavos Escandinavos e no
França principalmente nos Chinesa Escandinavos e no EUA
35
EUA) Japão
EUA Japão
Mensagem Integrar,
Corresponder Formalizar Analisar Antever Empregar ou criar Aprender Promover Unir-se Reagir
Teórica Transformar
Pensar Calcular Revolucionar
Programar Lamentar-se Juntar Capitular
Mensagem (a estratégia nos (ao contrário de Centralizar Jogar Perpetuar (em vez de criar
(ao contrário de ou (em vez de (em vez de
Efetiva casos da linha de criar e se (e depois esperar) (e não se apegar) (em vez de mudar) nuances e se
formular) Imaginar compartilhar) enfrentar)
pensamento) comprometer) adaptar)
Se o sucesso não
Mostre-me sua Há um tempo
Olhar antes de É melhor prevenir Fatos, nada mais É preciso ver para vier na primeira Encontre o
Preceito Quero ver o chefe estratégia e direi Tudo é relativo certo para cada
atravessar do que remediar que fatos crer vez, tente outra número um
quem você é coisa
vez
Staff, ambiente, Por incrementos,
Congruência, Configuração,
Estratégia conceito, estratégia Discussão sobre
correspondência, Adaptação, arquétipo, etapa,
genérica, grupo percepção, emergente, preços, conflito, Valores, crenças,
competência Programa, contingência, ciclo de vida,
Palavras estratégico, análise Golpe de audácia, interpretação, criação de sentido, coalizão, jogo mitos, cultura,
distintiva, orçamento, seleção, transformação,
Chave da concorrência, visão, perspicácia capacidade de espírito político, estratégia ideologia,
vantagem esquema, cenário complexidade, revolução,
curva de raciocínio empreendedor, coletiva, rede, simbolismo
competitiva, nicho reviravolta,
experiência limitada, estilo competência aliança
realização revitalização
cognitivo básica
CAPÍTULO 2 - PENSAMENTO ESTRATÉGICO E MODELOS DE GESTÃO
Conflitante,
Cerebral, simples, Formal, Analítico, Mental, emergente Emergente, agressivo, Ideológico, Integrador,
Passivo, imposto,
Processo informal, crítico, subdividido, sistemático, Visionário, intuitivo, (invasor ou informal, emergente contido, coletivo, episódico,
emergente
Básico deliberado deliberado deliberado deliberado (descritivo) conteúdo desordenado (micro), deliberado ordenado
(descritivo)
(prescritivo) (prescritivo) (prescritivo) descritivo) (descritivo) deliberado (descritivo) (descritivo)
(macro)
Contínua Rara e quântica
Pouco freqüente Ocasional e
(incremental) ou (ecologia),
Ocasional, Periódica, por Fragmentada, Ocasional, oportunista, (rejeitada ou Freqüentemente Rara (resistência revolucionária (se
Mudança fragmentada, até fragmentada
quântica incrementos freqüente revolucionária construída fragmentada ideológica) não for por
com aspectos (teoria da
36
mentalmente) incrementos)
quânticos contingência)
Qualquer um que
Um dos
O presidente da Os que aprendem tenha poder
anteriores,
Ator(es)-Chave empresa (como Os planejadores Os analistas O chefe O espírito (que sabem fazer (micro), a A coletividade O ambiente
dependendo do
arquiteto) as coisas) organização toda
contexto
(macro)
Estruturada, Conflitante,
Fonte de
subdividida, dá desalinhada
Ordenada, dá seu vantagens Normativa, Que consente,
Organização consentimento Maleável, simples Acessória Eclética, flexível (micro), agressiva, Mutante
consentimento competitivas ou coerente simples
para a facilita controle
acessórias
programação (macro)
Fonte de Fraca (micro),
Dominadora, Atenta para os Atenta para Atenta ao O agente de
Liderança Dominadora, intuitiva conscientização indeterminada Simbólica Sem poder
crítica procedimentos análises aprendizado mudança
passiva ou criativa (macro)
Contestador
Que consente se
Manobrável, cheio de Invasor ou Complicado, (micro),
Ambiente Prático Que consente for bem Acessório Exigente Um dos anteriores
nichos construído imprevisível conciliador
compreendido
(macro)
37
Organização Uma máquina enorme construída Todas são profissionais Missionária, uma Máquina
Uma máquina (simples, profissional missionária em
Implicitamente enorme por divisões e possíveis (micro), mecânica máquina imóvel (obediente)
regulamentada) (descentralizada) caso de
Preferida(s) globalizada fechada ou
transformação
adhocracia em
rede (macro)
Desafio político,
Concepção Evolutivo, bloqueio, fluxo
Início das operações, Interesse principal
Estado (Mais Programação original, sobretudo na (micro),
Nova concepção Avaliação transformação, tamanho Reforço, inércia Maturidade, morte pela
Provável) estratégica (re)concepção, ausência de dominação,
pequeno transformação
inércia precedentes cooperação
(macro)
Fonte: Mintzberg et al (2002)
CAPÍTULO 2 - PENSAMENTO ESTRATÉGICO E MODELOS DE GESTÃO
ALEXANDRE GOMES GALINDO
CONDIÇÕES COMPETÊNCIA
AMBIENTAIS E DIFERENCIAL
TENDÊNCIAS
Capacidade
Econômicas Financeira
Técnicas OPORTUNIDADES E RECURSOS DA Gerencial
Físicas RISCOS EMPRESA Funcional
Políticas Identificação Organizacional
Para ampliar ou restringir
Sociais Pesquisa oportunidades
Avaliação dos Riscos Reputação
Comunidade História
Identificação de pontos
Nação
fortes e fracos
Mundo
Programas para aumento
de capacidade
CONSIDERAÇÃO DE
TODAS AS
COMBINAÇÕES
ESTRATÉGIA:
ESCOLHA DE PRODUTOS E MERCADOS
38
CAPÍTULO 2 - PENSAMENTO ESTRATÉGICO E MODELOS DE GESTÃO
39
ALEXANDRE GOMES GALINDO
OPORTUNIDADES E AMEAÇAS DO
AMBIENTE EXTERNO
Macroambiente Ambiente setorial
AMBIENTE INTERNO
Recursos, Missão Organizacional e Objetivos da
Empresa
FORMULAÇÃO DE ESTRATÉGIAS
Formulação de Estratégias
Empresariais
Formulação de Estratégias
de Unidade de Negócio
Formulação de Estratégias
Funcionais
IMPLEMENTAÇÃO DE ESTRATÉGIAS
Estrutura Organizacional
Liderança, Poder e Cultura Organizacional
CONTROLE ESTRATÉGICO
Processo de Controle Estratégico e de
Desempenho
Feedback
40
CAPÍTULO 2 - PENSAMENTO ESTRATÉGICO E MODELOS DE GESTÃO
Ambiente
Externo
Intenção Estratégica
Missão Estratégica
Ambiente
Interno
Insumos e Informações
Estratégicas
Ações Estratégicas
Competitividade Estratégica
Retornos Superiores à Média
Feedback
Resultados Estratégicos
41
ALEXANDRE GOMES GALINDO
Gestão
Estratégica
42
CAPÍTULO 2 - PENSAMENTO ESTRATÉGICO E MODELOS DE GESTÃO
43
ALEXANDRE GOMES GALINDO
Gestão
Estratégica
Estratégico
Estratégica
44
CAPÍTULO 2 - PENSAMENTO ESTRATÉGICO E MODELOS DE GESTÃO
Sob essa ótica podemos entender que a empresa deve possuir o impulso
de nunca estar satisfeita com suas realizações, visto que o mercado encontra-se
em constante mutação, exigindo dos gestores a constante identificação de
oportunidades e antecipação frente aos concorrentes. Podemos,
conseqüentemente, identificar através do Quadro 5 alguns princípios da
Gestão Estratégica que compõem a base das ações dos administradores.
45
ALEXANDRE GOMES GALINDO
46
Capítulo 3
ESFERAS DA GESTÃO
ESTRATÉGICA
47
ALEXANDRE GOMES GALINDO
Níveis de Tipos de
Características Esquema
Diversificação Diversificação
48
CAPÍTULO 3 - ESFERAS DA GESTÃO ESTRATÉGICA
Missão / Objetivos
Estratégia
Nível Institucional
Táticas
Nível Intermediário
Planos Operacionais
Nível Operacional
49
ALEXANDRE GOMES GALINDO
Principal Categoria
Responsabilidade
Empresa de um Único Negócio
50
CAPÍTULO 3 - ESFERAS DA GESTÃO ESTRATÉGICA
51
ALEXANDRE GOMES GALINDO
1-Tirar vantagem do que o comprador percebe A oportunidade talvez seja excelente para algumas
como uma excepcional oportunidade de mercado. empresas, mas a oportunidade em geral não tem
sido adequada para a empresa compradora.
3-Criar um fluxo de lucros mais estável. As diversificações efetuadas por esse motivo
possuem vantagens muito modestas e riscos das
desvantagens elevados, somados aos custos de
aquisição que as vezes são altos em relação ao
possível aumento de valor para os acionistas.
4-Proteger os investidores pessoas físicas dentre Na maioria dos casos, os custos de entrada e de
os seus acionistas de uma “dupla tributação” dos aprendizado na nova empresa são bem maiores em
dividendos, mediante o reinvestimento dos relação ao benefíciofiscal.
excessos de caixa em novas empresas.
52
CAPÍTULO 3 - ESFERAS DA GESTÃO ESTRATÉGICA
53
ALEXANDRE GOMES GALINDO
.
1- Quais são os nossos recursos exclusivos?
Considere as marcas, o nome da corporação, as tecnologias de fabricação patenteadas, as patentes
diversas e outras propriedades intelectuais.
.
2- Quais são as nossas capacidades diferenciais? O que fazemos especialmente bem?
Quanto às capacidades dentro de uma única função, como P&D ou marketing, considere a amplitude
3-Que outras empresas (se dispusessem de todas as informações) estariam dispostas a se fundir conosco, a
adquirir o nosso controle ou construir uma aliança estratégica conosco para aproveitar os nossos recursos
e capacidades?
..
4-Em que mercados de produtos esses recursos ou capacidades seriam alavancados?
A nossa empresa seria capaz de criar vantagens competitivas em cada mercado?
..
5-Que recursos e capacidades complementares são necessários?
Para aproveitarmos essa oportunidade, quais seriam os recursos necessários que não temos hoje?
Para aproveitarmos essa oportunidade, o que precisamos fazer que não fazemos hoje?
54
CAPÍTULO 3 - ESFERAS DA GESTÃO ESTRATÉGICA
Para Porter (1998, p.246-250) deve-se realizar três testes essenciais antes
da empresa formular estratégias de diversificação. Esses testes visam
especificar as condições que proporcionarão a criação de valor para os
acionistas.
O primeiro chama-se Teste de Atratividade e busca identificar onde os
setores escolhidos têm que ser, ou capazes de ser, estruturalmente atraentes. O
segundo, Teste do Custo de Entrada no Setor, visa avaliar se o custo do
capital necessário para entrar no setor não deve consumir todos os lucros
futuros. Já o terceiro, Teste de Validade de Diversificação, busca identificar
se a nova unidade de negócio ou a corporação irá obter vantagem competitiva
oriunda da ligação que se estabelecerá entre os dois.
A adequação dos limites que definem o escopo corporativo referente às
demandas ambientais comporta três tendências de estratégia: Estratégias de
Crescimento do Escopo, Estratégias de Manutenção do Escopo e Estratégias
de Contração do Escopo.
As alternativas estratégicas de gestão corporativa apresentadas por
Christensen (1999, p.70) para a expansão do escopo são o desenvolvimento
interno (organização “a partir do nada”); as aquisições, fusões ou
incorporações (integração bem-sucedida, após a conclusão do acordo) e a
aliança estratégica (gestão sob forma de parceria e não no modo
hierárquico). Já as alternativas relacionadas com a contração do escopo são a
venda como empresa em operação; a compra alavancada; a cisão
(desvinculação de Unidades de Negócios); a colheita (eliminação programada
dos investimentos de Unidades de Negócio em operação) e a liquidação dos
ativos.
Ainda no que se refere às alternativas estratégicas Wright et al (2000,
p.130-151) também descrevem uma classificação, apresentada no Quadro a
seguir, com o intuito de balizar as principais tomadas de decisões sobre os
possíveis caminhos relacionados com a esfera corporativa.
55
ALEXANDRE GOMES GALINDO
2-ESTRATÉGIAS DE ESTABILIDADE
3-ESTRATÉGIAS DE REDUÇÃO
A- Reviravolta (Turnaround)
B- Desinvestimento
C- Liquidação
56
CAPÍTULO 3 - ESFERAS DA GESTÃO ESTRATÉGICA
INTEGRAÇÃO
CONCENTRAÇÃO EM VERTICAL
TOTAL
UM ÚNICO NEGÓCIO (Todos os estágios da Industria)
PARCIAL
(Estágios Selecionados)
57
ALEXANDRE GOMES GALINDO
58
Quadro 10- Aspectos relacionados com as estratégias corporativas
COMPARTILHAMENTO DE
GERÊNCIA DE CARTEIRA REESTRUTURAÇÃO TRANSFERÊNCIA DE HABILIDADES
ATIVIDADES
Elevada capacidade de descobrir e adquirir
empresas a preços abaixo do valor real.
Tendência a revender logo as unidades que
não dão certo ou a revender
oportunisticamente as de bom desempenho se Elevada capacidade de descobrir Atividades nas unidades existentes que
os compradores estiverem dispostos a pagar oportunidades de reestruturação. podem ser compartilhadas com novas
um bom preço. Disposição e capacidade de intervir e Habilidades exclusivas em atividades unidades de negócios para ganhar uma
Ampla autonomia para as unidades e transformar unidades adquiridas. importantes para a vantagem competitiva nos vantagem competitiva.
restrições aos tipos de unidades que podem Grandes semelhanças entre as unidades em setores industriais visados. Benefícios advindos do compartilhamento
PRÉ-REQUISITOS entrar na carteira, para garantir que a alta carteira. Capacidade de conseguir a transferência de mais do que compensam os custos.
ESTRATÉGICOS gerência não encontre dificuldade em Disposição para cortar prejuízos, revendendo habilidades de uma unidade para outra de Tanto formação quanto aquisição de novas
desempenhar o papel de análise crítica unidades nas quais a reestruturação tenha se forma permanente. unidades de negócios podem servir como
eficientemente . mostrado inviável. Aquisição de posições “cabeça de ponte” em forma de entrar em novos setores.
Uma empresa controlada por poucas pessoas Disposição para revender unidades com a novos setores para servirem de base. Capacidade de superar resistências
físicas ou mercado de capitais reestruturação completa, resultados visíveis e organizacionais à colaboração entre as
subdesenvolvido. condições de mercado favoráveis. unidades de negócios.
Capacidade de abandonar a gerência de
carteira à medida que os mercados de capitais
se tornam mais eficientes ou que a empresa
se torne difícil de conduzir.
Unidades de negócios normalmente
autônomas mas capazes de colaborar umas
com as outras.
59
Unidades estratégicas de negócio que são
Corporação com gerência sênior de alto
estimuladas a compartilhar atividades.
Unidades de negócios autônomas nível, que considera a atividade integradora
Um ativo papel de planejamento estratégico
Unidades de negócio autônomas. Uma corporação que dispõe dos talentos e como seu papel principal.
nos níveis de divisão, departamento e
Corporação com cúpula gerencial muito recursos para tolerar as manobras e Compromissos assumidos conjuntamente por
PRÉ-REQUISITOS corporação.
reduzida, de baixo custo. reposicionamentos estratégicos das unidades várias unidades de negócios, força-tarefa e
ORGANIZACIONAIS Corporação com gerência sênior de alto
Incentivos normalmente baseados nos adquiridas. outras atividades conjuntas servindo como
nível, que considera a atividade integradora
resultados das unidades de negócios. Incentivos normalmente baseados nos pontos focais para a captação e transferência
como seu papel principal.
resultados das unidades de negócios. de capacidades.
Incentivos fortemente baseados nos
A transparência de capacidades figura entre
resultados das divisões da corporação.
os objetivos dos gerentes de linha.
Incentivos baseados parcialmente nos
resultados da corporação.
Considerar erroneamente um setor “quente”
ou em rápido crescimento como indicação
Compartilhar pelo próprio compartilhamento
suficiente de que existe uma oportunidade de Considerar erroneamente semelhanças e
Perseguir uma Gerência de Carteira em e não porque essa prática conduz a uma
reestruturação . conveniências nos negócios como bases
países com mercado de capitais eficiente e vantagem competitiva.
Não dispor de determinação ou recursos suficientes para a diversificação.
com uma reserva amadurecida de talentos de Imaginar que o compartilhamento vai ocorrer
CILADAS MAIS COMUNS suficientes para enfrentar situações difíceis e Não proporcionar meios práticos para que se
gerência profissional. naturalmente, sem que a alta gerência
para intervir nas gerências . realize a transferência de capacidades.
Ignorar o f ato de que a estrutura do setor não desempenhe um papel ativo.
Ignorar o fato de que a estrutura do setor não Ignorar o fato de que a estrutura do setor
é atraente Ignorar o fato de que a estrutura do setor
é atraente e praticar a reestruturação mais em industrial não é atraente.
industrial não é atraente.
palavras do que em atos.
CAPÍTULO 3 - ESFERAS DA GESTÃO ESTRATÉGICA
60
CAPÍTULO 3 - ESFERAS DA GESTÃO ESTRATÉGICA
61
ALEXANDRE GOMES GALINDO
INFRA-ESTRUTURA DA EMPRESA
(Financiamento, planejamento e relações com os investidores) M
A
GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS
R
(Recrutamento, treinamento e sistemas de remuneração)
ATIVIDADES G
DE APOIO
DESENVOLVIMENTO DA TECNOLOGIA E
(Projeto do produto, testes, projeto do processo, pesquisas de mercado e de materiais) M
62
CAPÍTULO 3 - ESFERAS DA GESTÃO ESTRATÉGICA
63
ALEXANDRE GOMES GALINDO
COMPRAS DE MATERIAIS
Sistemas e procedimentos orientados a encontrar produtos de menor custo e adquiri-los como matéria-prima.
Processos freqüentes de avaliação para aferir o desempenho dos fornecedores.
64
CAPÍTULO 3 - ESFERAS DA GESTÃO ESTRATÉGICA
INFRA-ESTRUTURA
Sistemas de informações desenvolvidos para maior entendimento das preferências dos clientes.
Ênfase em toda a companhia à importância de fabricar produtos de alta qualidade. M
Elevada qualidade de treinamento pessoal. R. HUMANOS A
Uso de medidas subjetivas e não objetivas na avaliação do desempenho. R
Programas de remuneração destinados a incentivar a criatividade e a produtividade dos empregados. G
Alta capacidade de pesquisa básica. DESENV. DA TECNOLOGIA E
Investimento em tecnologias que permitam à empresa fabricar produtos altamente diferenciados. M
COMPRAS DE MATERIAIS
Sistemas e procedimentos orientados a encontrar matérias-primas da mais alta qualidade.
Aquisição de peças de alta qualidade para substituição.
Manuseio Fabricação Procedimentos de Concessão Treinamento
altamente constante de processamento de extensiva de extensivo de
adequado das produtos pedidos que opções de crédito compradores para
matérias-primas atraentes. permitam maior para os clientes. assegurar a alta
de modo a exatidão e rapidez qualidade das M
minimizar danos Respostas rápidas instalações de A
de resposta.
e melhorar a às especificações
qualidade do de fabricação produtos. R
produto final. únicas dos Entregas de G
clientes. produtos rápidas e Estoque completo
oportunas aos de peças de E
clientes. reposição em M
campo.
65
ALEXANDRE GOMES GALINDO
CUSTO CUSTO
DIFERENCIAÇÃO DIFERENCIAÇÃO
Nicho-Custos Baixos Nicho-Diferenciação
CUSTO
DIFERENCIAÇÃO
Nicho-Custos Baixos/Diferenciação
66
CAPÍTULO 3 - ESFERAS DA GESTÃO ESTRATÉGICA
CUSTO CUSTO
DIFERENCIAÇÃO DIFERENCIAÇÃO
Custos Baixos Diferenciação
CUSTO
DIFERENCIAÇÃO
Custos Baixos-Diferenciação
67
ALEXANDRE GOMES GALINDO
68
CAPÍTULO 3 - ESFERAS DA GESTÃO ESTRATÉGICA
69
ALEXANDRE GOMES GALINDO
70
CAPÍTULO 3 - ESFERAS DA GESTÃO ESTRATÉGICA
Custo
Por Unidade
Resultado
Acumulado
Figura 17 - Curva de Experiência.
Fonte: Wright et al (2000)
71
ALEXANDRE GOMES GALINDO
72
CAPÍTULO 3 - ESFERAS DA GESTÃO ESTRATÉGICA
73
ALEXANDRE GOMES GALINDO
74
Quadro 12- Relação entre estratégicas genéricas e funcionais usadas por pequenas Unidades de Negócio
Adm. de Compras Adm. de Produção Pesquisa e Adm. de Recursos Sistemas de
Estratégia Finanças Marketing
e Materiais e Operações Desenvolvimento Humanos Informações
Compras a custos Diminuir os custos
baixos por meio de Enfatizar pequenos financeiros contraindo
redes e contatos com investimentos iniciais empréstimos quando Enfatizar o P&D de Enfatizar distribuição
Enfatizar um sistema Enfatizar informações
fornecedores nacionais em instalações, os custos do crédito processos com o com custos baixos e
de recompensas que sem atrasos e
Nicho-Custos Baixos e estrangeiros. Operar equipamentos e pontos estiverem baixos, objetivo de reduzir divulgação e
encoraje a redução de pertinentes sobre o
unidades de estoques e de saída. Enfatizar vendendo ações custos de operação e promoção com custos
custos. custo das operações.
armazenamento e custos operacionais ordinárias quando o distribuição. baixos.
controlar o estoque de baixos. mercado estiver
forma eficiente. favorável etc.
Comprar insumos de
alta qualidade, mesmo
Enfatizar a obtenção
que custem mais caro. Enfatizar informações
de recursos e
Conduzir atividades sem atrasos e Enfatizar a
Enfatizar qualidade financiamentos de Enfatizar o P&D para Enfatizar um sistema
de estocagem, pertinentes sobre os distribuição
especializada nas melhorias e inovações produtos/serviços com de recompensas que
armazenamento e atuais processos especializada, bem
Nicho-Diferenciação operações, mesmo que de resultados. o objetivo de encoraje melhorias de
75
administração de especializados que como a divulgação e
isso implique custos Enfatizar inovações incrementar os produtos ou
estoques com o geram resultados promoções com alvo
altos. mesmo quando os resultados da empresa. inovações.
máximo de cuidado, altamente bem direcionado
custos financeiros são
mesmo que isso diferenciados.
altos.
implique maiores
custos.
Comprar insumos de
alta qualidade, se Enfatizar informações
Enfatizar a
possível a custos Enfatizar a obtenção sem atraso e
Enfatizar um sistema distribuição
baixos. Conduzir de recursos e o pertinentes sobre
Enfatizar a qualidade Enfatizar o P&D de de recompensas que especializada e
atividades de financiamento de custos operacionais e
Nicho-Custos especializada nas produtos/serviços e encoraje a redução de divulgações e
estocagem, melhorias ou os processos
Baixos/Diferenciação operações, se possível também o P&D de custos e melhorias de promoções com alvo
armazenamento e adm inovações de especializados atuais
a custos baixos. processos. produtos ou bem direcionado, se
de estoques com o resultados, se possível que geram resultados
inovações. possível a custos
máximo cuidado, se a custos baixos. altamente
baixos.
possível a custos diferenciados.
baixos.
Custos Baixos instalações de economias de escala e estão baixos, objetivo de reduzir os baixos e divulgações e
encoraje a redução de pertinentes sobre os
estocagem e possibilidades de vendendo ações custos de operação e promoções a custos
custos. custos das operações.
armazenamento e substituição ordinárias quando o distribuição. baixos.
controlar o estoque de capital/trabalho. mercado está
forma eficiente. favorável etc.
Comprar insumos de
alta qualidade, mesmo Enfatizar a obtenção
que custem mais caro. de resultados e Enfatizar informações
Enfatizar a
Conduzir atividades financiamentos de Enfatizar o P&D de Enfatizar um sistema sem atraso e
Enfatizar a qualidade distribuição
de estocagem, melhorias e inovações produtos/serviços com de recompensas que pertinentes sobre os
nas operações, mesmo especializada e
76
Diferenciação armazenamento e adm de resultados. o objetivo de encoraje melhorias de atuais processos
que isso implique divulgação e
de estoques com o Enfatizar inovações incrementar os produtos ou especializados que
custos maiores. promoções em ampla
máximo de cuidado, mesmo quando os resultados da empresa. inovações. geram resultados
escala.
mesmo que isso custos financeiros são diferenciados.
implique maiores altos.
custos.
Comprar insumos de
alta qualidade, se Enfatizar informações Enfatizar a
Enfatizar a obtenção
possível a custos Enfatizar um sistema sem atrasos e distribuição
de recursos e
baixos. Conduzir Enfatizar a qualidade Enfatizar o P&D para de recompensas que pertinentes sobre diferenciada e
financiamento de
Custos Baixos- atividades de nas operações, se produtos/serviços e encoraje as melhorias custos operacionais e enfatizar divulgações
melhorias ou
Diferenciação estocagem, possível a custos também o P&D de de produtos ou os processos e promoções em
inovações de
armazenamento e adm baixos. processos. inovações e a redução especializados atuais ampla escala, se
resultados, se possível
de estoques com dos custos. que geram resultados possível a custos
a custos baixos.
cuidado, se possível a diferenciados. baixos.
custos baixos.
Estratégias Múltiplas Mescladas Mescladas Mescladas Mescladas Mescladas Mescladas Mescladas
77
ALEXANDRE GOMES GALINDO