como um marco de consciência mundial no que
CONSUMO E MEIO AMBIENTE:
HISTÓRICO:
 Revolução Industrial: Iniciada no século XVIII,
na Inglaterra, a Revolução Industrial se desdobrou
em todo o mundo e fez com que houvesse um
excedente produtivo para os poucos
consumidores da época. Assim, estimulou o
consumo na sociedade e impactou negativamente
o meio ambiente devido a sua exploração.
 Revolução Verde: As inovações tecnológicas na
agricultura para a obtenção de maior
produtividade através do desenvolvimento de
pesquisas em sementes, fertilização do solo,
utilização de agrotóxicos e mecanização no
campo que aumentassem a produtividade, ficou
denominada de Revolução Verde. Esse processo
ocorreu através do desenvolvimento de sementes
adequadas para tipos específicos de solos e
climas, adaptação do solo para o plantio e
desenvolvimento de máquinas. A expressão
Revolução Verde foi criada em 1966, em uma
conferência em Washington, por William Gown,
que disse a um pequeno grupo de pessoas
interessadas no desenvolvimento dos países com
déficit de alimentos “é a Revolução Verde, feita à
base de tecnologia, e não do sofrimento do povo”.
A implantação de novas técnicas agrícolas iniciou-
se no fim da década de 1940, porém os resultados
expressivos foram obtidos durante as décadas de
1960 e 1970, onde países em desenvolvimento
aumentaram significativamente sua produção
agrícola.
 Relatório Brundtland (1987) / “Nosso Futuro
Comum”: 1º relatório no mundo que descreveu o
termo “desenvolvimento sustentável”, que é “o
desenvolvimento que satisfaz as necessidades
presentes, sem comprometer a capacidade das
gerações futuras de suprir as suas próprias
necessidades”. Portanto, esse documento serve
diz respeito às questões ambientais.
 Rio-92 / Eco-92 / Rio+20: Conferência Mundial
que ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, em
2012, que discutia duas principais problemáticas:
“A economia verde no contexto do
desenvolvimento sustentável e da erradicação da
pobreza”.
“Estrutura institucional para o desenvolvimento
sustentável”.
 “American Way Of Life”: Uma das origens
históricas da “sociedade de consumo”, foi um
estilo de vida norte-americano, surgido a partir da
década de 1950, que propagandeou o
consumismo como o ideal de felicidade, de beleza
e de completude humana. Dessa forma, esse
acontecimento objetivou dar destino para o
excesso de produção das Revoluções Industriais.
DIREITO:
 Constituição Federal de 1988, Art. 225: “Todos
têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se
ao poder público e à coletividade o dever de
defendê--lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações”.
 Constituição Federal de 1988, Art. 23: “É
competência comum da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios:
VI - proteger o meio ambiente e combater a
poluição em qualquer de suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII - fomentar a produção agropecuária e
organizar o abastecimento alimentar;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as
concessões de direitos de pesquisa e exploração
de recursos hídricos e minerais em seus
territórios; Leis complementares fixarão normas
para a cooperação entre a União e os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o
equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em
âmbito nacional.”
 Novo Código Florestal (2012): Novo conjunto de
leis que promoveram a flexibilização do
desmatamento no Brasil, haja vista que permitiu o
desflorestamento próximos de cursos d’água.
Assim, o agronegócio ganhou a disputa pela
proteção da vegetação nativa brasileira.
 Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS/2010): Lei que organiza a forma com que
o país lida com o lixo. De acordo com esse
projeto, em até 2014 o Brasil substituiria todos os
lixões por aterros sanitários. Entretanto, isso não
foi cumprido até então.
 Protocolo de Kyoto: É um tratado internacional ao autoconserto de suas peças. Sua vida consiste
assinado por muitos países (inclusive o Brasil) no em compactar o lixo existente no planeta, que
ano de 1997, na cidade japonesa de Kyoto. Ele forma torres maiores que arranha-céus, e
tem como objetivo mitigar o impacto dos colecionar objetos curiosos que encontra ao
problemas ambientais no mundo, a exemplo da realizar seu trabalho. Até que um dia surge
emissão dos gases estufa. repentinamente uma nave, que traz um novo e
moderno robô: Eva. A princípio curioso, Wall-E
CINEMATOGRÁFICO: logo se apaixona pela recém-chegada.
 “Lixo Extraordinário”: Vik Muniz é um artista
 “A Lei da Água”: Dirigido por André D’Elia, em
plástico brasileiro que vive nos Estados Unidos da
2014, trata-se de um documentário brasileiro que
América. Ao chegar ao Jardim Gramacho, no Rio
explica a relação entre o novo Código Florestal e
de Janeiro, um dos maiores aterros sanitários do
a crise hídrica brasileira. O filme mostra a
mundo, teve a ideia de conhecer a realidade em
importância das florestas para a conservação dos
que a população local vivia e ressignificar o lixo. A
recursos hídricos no Brasil, além de problematizar
renda acumulada com a venda das obras
o impacto do novo Código Florestal, aprovado em
produzidas a partir de lixo foi revertida para a
2012, durante a gestão Dilma Rousseff.
própria comunidade dos catadores. Em síntese, a
 “Ilha das Flores”: Há 30 anos, o cineasta gaúcho
obra expõe os impactos sociais e ambientais dos
Jorge Furtado traçou a lógica do sistema
desperdícios gerados diariamente pela sociedade.
capitalista a partir da trajetória de um simples
 “Trashed: Para onde vai o nosso lixo?”: O
tomate. Em Ilha das Flores, ele expõe a condição
documentário “Trashed”, dirigido por Candida
na qual vivem os habitantes de um bairro
Brady e lançado em 2012, conta com o ator inglês
homônimo na região metropolitana de Porto
Jeremy Irons em seu elenco, com a missão de
Alegre.
nos guiar pelos efeitos e pela extensão do
Um agricultor de Belém Novo, bairro de Porto
problema global do destino que deve ser dado ao
Alegre, planta, colhe e vende seus tomates para
lixo que a humanidade produz. Esta “viagem”
um supermercado. Ele, assim como todos os
investigativa nos impele a sair da passividade
outros seres humanos, se diferencia de animais
para uma posição ativa associada ao ponto de
por duas características: possuir um telencéfalo
vista de que cada um pode fazer a diferença. Logo
altamente desenvolvido e o polegar opositor, o
em seu início é possível ver Jeremy Irons
que permite, entre outros, realizar atividades como
caminhando com botas no meio de uma montanha
a agricultura.
de lixo em uma praia do Líbano, com o objetivo de
No mercado, uma mulher compra porco e tomate
tirar o espectador da sua “zona de conforto”. Por
para o almoço da família. Ela pode comprá-los
mais que as entidades governamentais
graças ao dinheiro obtido com a revenda de
descumpram o seu papel nas questões
perfumes, produto feito a partir de flores. Um dos
ambientais, nós precisamos fazer a nossa parte.
tomates, porém, está estragado e é jogado no lixo.
O documentário deixou evidente que o problema
Do lixo, segue para o aterro sanitário, onde o
do lixo é global e envolve todas as nações do
material orgânico é separado. Os itens em melhor
planeta: determinadas ações, devido às correntes
estado servem de alimento a porcos em um
de ar e às correntes existentes nos mares e
terreno na Ilha das Flores, que só tem flores —
oceanos, acabam por ter um impacto que
como as usadas nos perfumes vendidos pela
transcende as fronteiras existentes entre países.
mulher que comprou o tomate — no nome.
Portanto, é necessário que nós comecemos a
O que os porcos não comem é então dado a
evitar o uso de plásticos e passemos a separar o
famílias pobres que, embora também sejam seres
“lixo que não é lixo”, ou seja, os que podem ser
humanos com telencéfalo altamente desenvolvido
reutilizados.
e polegar opositor, estão abaixo dos porcos na
 “Ser Tão Velho Cerrado”: O documentário de
escala de preferência simplesmente por não terem
André D’Elia faz um painel das lutas para
nenhum dinheiro.
preservação do Cerrado brasileiro, em especial da
 “Wall-e”: Após entulhar a Terra de lixo e poluir a
região da Chapada dos Veadeiros, em Goiás.
atmosfera com gases tóxicos, a humanidade
Intercalando depoimentos de ambientalistas,
deixou o planeta e passou a viver em uma
professores, cientistas e moradores da região com
gigantesca nave. O plano era que o retiro durasse
representantes ruralistas e da mineração, o filme
alguns poucos anos, com robôs sendo deixados
apresenta a importância da biodiversidade e a luta
para limpar o planeta. Wall-E é o último destes
travada para a preservação da região em virtude
robôs, que se mantém em funcionamento graças
da devastação ocorrida com a chegada da
 monocultura da soja e a exploração mineral
naquela área.
O filme começa com uma descrição didática e
minuciosa do Cerrado, considerado o segundo
mais importante bioma da América do Sul, com
uma exuberante e rica quantidade de espécies da
fauna e da flora. Os depoimentos dos
especialistas e dos moradores são entrecortados
com as belíssimas imagens da região e o
espectador recebe as informações científicas e vai
se certificando da extrema importância da
preservação do Ser Tão Velho (que é o Cerrado)
em virtude da ação do Ser Tão Novo (o homem),
que vem destruindo criminalmente a vegetação e
consequentemente os seres vivos nativos — as
cenas em que se veem tratores com grandes
correntes devastando toda a vegetação para o
plantio de soja são revoltantes!
Representantes do agronegócio, de empresários e
mineradores também têm voz no documentário e
a partir daí o espectador passa a entender a luta
insana travada entre os que desejam a
preservação do meio ambiente — e propõem a
agricultura familiar como alternativa à monocultura
— e aqueles que agem unicamente visando o
lucro e o desenvolvimento desenfreado. Os atores
Cazarré e Valéria interferem deixando evidentes
as discordâncias entre os discursos de ambas as
partes.
 “Oceanos de Plástico”: De acordo com o
documentário produzido pela plataforma de
streaming Netflix, nossos oceanos são arrastados
por cinco grandes correntes, resultantes dos
ventos e da rotação da Terra. O que ocorre é que
o lixo lançado nos rios e nas praias acaba sendo
levado para os oceanos e, pelo efeito das
correntes, formam-se as famosas ilhas de
plástico. Outro tipo de poluição ainda pior é a
neblina de plástico, formada pelos microplásticos,
que são oriundos da quebra do material plástico
flutuante nos oceanos. Os dados apresentados no
documentário são alarmantes e requerem solução
urgente, o que necessariamente envolve a
sociedade, que precisa repensar as formas de
consumo e, inclusive, as esferas políticas,
responsáveis por políticas públicas de
enfrentamento a essa realidade.
 “The True Cost”: É um documentário francês
dirigido por Andrew Morgan, gravado em diversas
partes do mundo, a produção aborda os diversos
aspectos e impactos da indústria da moda na
sociedade, principalmente a fast fashion (moda
rápida).
Para atender as necessidades do consumo e
repassar as roupas a baixos preços ao
consumidor, a indústria têxtil passou a ter
uma produção globalizada. Isso quer dizer que a
mercadoria teve sua produção terceirizada para
economias de baixo custo, ou seja, países do
terceiro mundo.
Nesses países os salários são muito baixos, as
condições de trabalho precária e frequentemente
as normas de segurança são desrespeitadas. A
desvalorização da mão de obra cria condições
para que as fast fashions possam manter seu
baixo preço.
Neste lado desconhecido da moda, os
trabalhadores das chamadas “Fábricas de suor”
pagam o preço pelas roupas baratas que milhões
de pessoas consumem diariamente nas fast
fashions.
 “Desserviço ao Consumidor”: O documentário
produzido pela Netflix, demonstra que muitas
vezes quando pensamos que estamos comprando
um produto muito barato, na verdade estamos
pagando um preço muito alto por ele, mas de uma
forma que não percebemos.
É o caso de produtos falsificados ou prejudiciais
ao meio ambiente e à saúde. Segundo os
produtores do programa, a cada 17 minutos, por
exemplo, alguém se fere com a queda de um
móvel mal feito. Já os adolescentes estão cada
vez mais expostos a cigarros eletrônicos, que já
se mostraram um risco à saúde. Maquiagens
falsificadas, por sua vez, não raro apresentam
produtos cancerígenos em sua composição.
 “Minimalismo”: Em uma introdução ao estilo de
vida minimalista, neste documentário produzido
pela plataforma de streaming Netflix há diversos
relatos de indivíduos que aprenderam a viver de
modo a reduzir o consumo. O filme, nesse
sentido, ensina como viver com menos, de forma
a manter a sustentabilidade e, ao mesmo tempo, o
bem- -estar.
EXPRESSÕES:
 “Tripé da Sustentabilidade”: Um produto ou
empresa é considerado sustentável se for
ambientalmente saldável, economicamente viável
e socialmente justa.
 “Os Cinco R’s”: Repensar, Recusar, Reduzir,
Reutilizar e Reciclar
 “Obsolescência Programada”: Em 1881,
Thomas Edison pôs à venda a sua primeira
lâmpada, a qual durou cerca de 1.500 horas.
Porém, em 1924, um cartel denominado Phoebus,
que agrupava os principais fabricantes de
lâmpada dos EUA e da Europa, pactuaram
diminuir essa vida útil, já que objetivavam
aumentar o consumismo na sociedade para lucrar
às custas das pessoas.
 LITERÁRIO:
 “Não Verás País Nenhum”: Livro escrito pelo
brasileiro Ignácio de Loyola Brandão, é uma
distopia que apresenta o que pode ser um futuro
próximo do Brasil. Nesse sentido, Souza,
narrador- -personagem, conta aquilo que poderá
vir a ser o nosso país em pleno caos que o próprio
ser humano criou com o passar do tempo:
escassez de alimentos e água; proibição de livre
circulação da população; opressão; autoritarismo;
falsificação da história; o desastre ecológico
ameaçando a sobrevivência; a violência direta e
indiretamente exercida.
A história se passa São Paulo, uma cidade
tomada pela poluição, após a morte dos rios, das
plantas, dos animais e na qual as pessoas fazem
de tudo para sobreviver. Não só São Paulo, mas
também o país é tomado pelo chamado Esquema,
uma espécie de força ditatorial muito semelhante
àquela de 64. Há fichas para água, a que poucos
têm acesso; fichas de circulação, pois não se
pode mais circular por todo canto, cada um só
pode pegar um ônibus predeterminado; carros não
são mais usados; as comidas são todas feitas em
laboratório; há, inclusive, um museu de água de
rios. A história, nos livros, é sempre reescrita, de
acordo com as ordens e critérios do Esquema.
Após experiências em laboratórios e explosões
nucleares, pessoas se tornaram doentes; as
mulheres são estéreis, as crianças quase não
existem mais. De todo lado surgem pessoas
estranhas, fugindo do forte sol que aniquila
qualquer vida. Muitas têm uma aparência
assustadora: há os carecas que estão
descascando; pessoas que perdem as unhas;
sujeitos sofrem de ossos amolecidos; há os que
ficaram cegos, ou que os olhos saltaram e ficaram
despencados; há os sem destes; os sem nariz; e
aqueles com furos nas mãos. Há um medo
generalizado, entre o que se pode considerar
“classe média” de invasões e de assassinatos por
parte desses miseráveis. Pobres, menos
favorecidos, são transferidos para os chamados
Acampamentos Paupérrimos, onde vivem em
condições desumanas.
O que há muito assustador na obra distópica de
Brandão é que, hoje, ela é muito atual. A começar,
por exemplo, pela escassez de água e as secas.
Principalmente, no que diz respeito à cidade de
São Paulo, que já passou por vários momentos de
escassez. Apenas teve acesso abundante à água
quem tinha condições financeiras para comprá-la,
o que não se aplica à grande parte da população.
Além disso, outro fato ambiental é o
desmatamento. Em Não verás país nenhum, a
falta de preservação do meio ambiente gerou
tanto a inexistência de alimentos, os quais
passaram a ser feitos em laboratórios, quanto a
ausência de chuvas, calor insuportável e a
escassez de água. Na obra, o que não foi
desmatado, foi vendido para outros países, como
é o caso da Amazônia.  Esta, sabemos, tem ido
pelo mesmo caminho, tem sido frequentemente
desmatada, fatiada e entregue a outras mãos.
O calor no livro é insuportável. Não há mais
chuvas há anos. Não podemos dizer que
atualmente, em nossa realidade, isso acontece.
No entanto, não podemos negar que nossa
camada de ozônio está a cada dia mais obstruída
e que, por isso, está cada vez mais calor e cada
vez menos frequente dias chuvosos ou frios.
Outra questão, por fim, é o autoritarismo militar.
Muitas vezes já presenciamos situações de
violência policial, ou tomamos conhecimento por
meio de notícias, nas quais imperam a opressão e
uma carga de autoritarismo, seja nos protestos ou
nas favelas. A polícia brasileira, hoje, é
considerada uma das mais violentas do mundo.
Diante disso, a população brasileira tem estado,
cada vez mais, insegura diante a polícia, o que
deveria ser o contrário.
 “A Sociedade de Consumo”: Livro escrito pelo
filósofo e sociólogo francês Jean Baudrillard, que
demonstra que todas as ações e relações
humanas são permeadas e mediadas pela
aquisição de bens, de produtos ou serviços, já que
geram uma falsa sensação de felicidade. Assim,
nota-se que quanto mais consumista as pessoas
se tornam, mais lixo elas produzem e, dessa
forma, impactam negativamente o meio ambiente.
Ademais, a destinação inadequada desses
resíduos, a exemplo de lixões e cursos hídricos
em detrimento de aterros sanitários, fomentam
ainda mais as consequências aludidas.
 “Eu, Etiqueta”: Poema escrito pelo modernista
Carlos Drummond de Andrade, que ratifica a
afirmação do sujeito mediante o consumo. Ele
relata que é um anúncio ambulante, já que tudo o
que veste e consome propagandeia alguma
marca. Assim, ele anda na moda, nem que para
isso preciso negar a sua identidade, seu gosto,
sua vontade. Por isso, relata que está à mercê
dessa padronização e coisificação.
 “O Mundo Como Vontade e Representação”:
Livro escrito pelo filósofo alemão Arthur
Schopenhauer, que defende os direitos dos
animais. À época, o filósofo criticou a
“coisificação” dos seres não humanos, ou seja,
defendia que os animais não são meros meios
para quaisquer fins.
 “Canção do Exílio”: Poema cunhado por
Gonçalves Dias, escritor da 1ª fase romântica
brasileira, enaltece as riquezas naturais do Brasil.
Assim, é possível traçarmos um contraste com o
contínuo descaso governamental com as
questões ambientais.
 “O Princípio Responsabilidade”: Livro escrito
pelo filósofo alemão Hans Jonas, aborda os
problemas sociais e éticos criados pelos avanços
tecnológicos. Hans Jonas demonstra
necessidade de haver uma nova ética para lidar
com o alcance sem precedentes do poder
tecnológico. Jonas trata de uma ética que impõe
limites ao processo tecnológico, especialmente à
luz do perigo iminente que novas tecnologias
possam causar.
Com o desenvolvimento da tecnologia, a natureza
se tornou vulnerável: passou a ser destruída pela
humanidade. À medida que ocorrem inovações
tecnológicas, formas mais poderosas de
tecnologia são desenvolvidas. A tecnologia vem
estendendo o alcance do poder humano muito
além da capacidade humana de prever as
consequências dos avanços tecnológicos. Jonas
aborda as grandes transformações causadas pela
tecnologia: o perigo nuclear, a destruição do
planeta, o consumo desenfreado de recursos
naturais e a Engenharia Genética. Para Jonas, as
relações entre conhecimento humano, poder
tecnológico, responsabilidade e ética são
complicadas e fundamentais. Na visão do filósofo,
o mundo precisa que os seres humanos tomem
conta dele - um fato sem precedentes na história.
Os seres humanos precisam trabalhar para
garantir o bem-estar de futuras gerações.
Hans Jonas formulou o novo princípio de
moralidade: “Age de tal forma que os efeitos de
tuas ações sejam compatíveis com a permanência
de uma vida humana autêntica sobre a terra".
Jonas não vê com bons olhos a Tecnociência: o
filósofo critica uma ciência que seja
desumanizada. Jonas discute a Bioética e os
deveres que o ser humano tem consigo, com o
meio ambiente e com a posteridade. O filósofo
defende a necessidade de uma ciência com ética.
Em O Princípio Responsabilidade, Jonas aponta
para a ampliação da enorme distância entre a
enorme capacidade tecnológica do ser humano e
a diminuição da sensibilidade moral humana.
GEOGRÁFICO:
 Água Virtual: É a quantidade de água utilizada na
produção dos diversos produtos que consumimos
diariamente. Não significa que determinado
produto possui um reservatório com essa água
armazenada dentro dele, mas sim que essa água
precisa ser gasta na produção daquele produto.
 Caso da Ilha Maya Bay, na Tailândia: Após a
gravação do filme A praia - protagonizado por
Leonardo DiCaprio - nesta ilha, o turismo na
região subiu por volta de 4 a 5 mil turistas ao dia.
Nesse sentido, como o local não possuía
regulações ambientais bem estabelecidas, 77%
das espécies de corais da ilha estão em risco de
a extinção. Entendemos, com este repertório, que
há a necessidade de regulamentação e de
fiscalização do turismo, entre outras atividades
comerciais.
 “Helena”: A narrativa realista de Machado de
Assis, publicada 1876, demonstram inúmeros
personagens preocupados com suas aquisições
de obras únicas e originais para suas bibliotecas,
mas que nunca eram lidas, apenas exibidas.
 “Vida para Consumo”: Escrito pelo sociólogo
polonês contemporâneo Zygmunt Bauman, alerta
que a “modernidade líquida” do século XXI
acredita que é necessário se tornar vendável para
ser atraente.
MUSICAL:
 “Xote Ecológico”: Escrita pelo cantor nordestino
Luiz Gonzaga”, a canção demonstra a exiguidade
dos recursos naturais em função da poluição.
“Cadê a flor que estava aqui?
Poluição comeu!
E o peixe que é do mar?
Poluição comeu...”
 “Asa Branca”: Escrita pelo cantor nordestino Luiz
Gonzaga”, demonstra o aquecimento global ao
comparar a terra com uma fogueira de São João
e, por conseguinte, a morte da plantação, do
alazão e da asa branca (ave característica da
região nordestina).
“Que braseiro, que fornalha
Nenhum pé de plantação
Por falta d’água, perdi meu gado
Morri de sede, meu alazão...”
FILOSÓFICO E SOCIOLÓGICO:
 “Ética Ambiental”: Termo cunhado pelo filósofo
e professor Peter Singer, que defende que a
discussão da ética não deve ser restrita às
relações humanas, mas que debata também as
questões ambientais e as outras formas de vida.
 “Fetichismo da Mercadoria”: Termo cunhado
pelo filósofo e sociólogo alemão Karl Marx, que
demonstra que uma das características do
desenvolvimento de uma sociedade capitalista é o
esvaziamento da utilidade concreta dos produtos
e a sua substituição por um valor simbólico. Ou
 seja, as coisas são ressignificadas pelo status que
lhe foi conferido, e não pelo seu objetivo direto e
real. Por exemplo: um Fusca supre o mesmo
objetivo de locomoção de uma Ferrari, mas a
Ferrari tem um maior valor simbólico que um
Fusca.
 Albert Schweitzer, filósofo alemão: “Vivemos
em uma época perigosa. O homem domina a
natureza antes que tenha aprendido a dominar a
si mesmo”.
 Paul Watson, cofundador canadense da
fundação Greenpeace: “Inteligência é a
habilidade das espécies para viver em harmonia
com o meio ambiente”.
 Victor Hugo, escritor francês: “É triste pensar
que a natureza fala e o gênero humano não a
ouve”.

DADOS ESTATÍSTICOS:
 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), em 2016: O Brasil possui apenas 12% da
área original do bioma Mata Atlântica.
 Organização das Nações Unidas (ONU), em
2016: Em pleno século XXI ainda existem um
bilhão de pessoas que não têm acesso à água
potável.
 Organização Meteorológica Mundial (OMM), em
2018: O planeta está agora quase um grau mais
quente do que estava antes do processo de
industrialização.
 Organização Mundial de Saúde (OMS), em
2018: Sete milhões de pessoas ainda morrem,
anualmente, por causa da poluição do ar.

CONSUMO E MEIO AMBIENTE: