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Educação

 Constituição Federal Artigo 205: A


educação, direito de todos e dever do Estado e da família,
será promovida e incentivada com a colaboração da
sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para
o trabalho. (Responsabilidade compartilhada. Estado e
Família)

 O Nome da Rosa: Autor da história que inspirou o


filme, Umberto Eco (1932-2016) foi um intelectual italiano que
ficou conhecido tanto pelos seus romances como pelos
estudos em comunicação. O filme “O nome da Rosa”,
baseado no livro de Umberto Eco, se passa no ano de 1327,
em um mosteiro beneditino na Itália, que possuía uma
biblioteca com grande acervo de livros, tanto cristãos quanto
clássicos gregos considerados pelos muitos religiosos como
pagãos, porém poucos tinham acesso à biblioteca.
 O mundo nessa época via a supremacia da Igreja Católica
que detinha o saber, educava o povo com vistas à submissão
e exercia grande influência sobre muitos governos instituídos,
por vezes ela se uniu ao poder monárquico.
 Poucos conheciam o real significado de seus dogmas e para
garantir seu poder, qualquer questionamento, reflexão ou
ação contrária a seus preceitos era julgada e punida pela
Santa Inquisição, uma espécie de tribunal instaurado a fim de
punir os hereges. As mulheres também sofreram muitas
perseguições por parte da Igreja nesse período, pois, eram
consideradas como demoníacas causadoras do pecado e
feiticeiras. A Inquisição foi um movimento de tal tamanho que
muitos soberanos e nobres a temiam, podem-se citar grandes
personagens da história como Galileu, Giordano Bruno e
Joana Dar’c que sofreram com o jugo desse movimento de
repressão religiosa.
 O monge franciscano William de Baskerville é designado a
desvendar crimes que estavam ocorrendo em um mosteiro
beneditino italiano, nele religiosos foram encontrados mortos
após o manuseio de um determinado livro, e sem divulgar o
que haviam lido foram vítimas de envenenamento. O livro que
esses homens leram era um clássico de Aristóteles que falava
sobre o riso. Essa expressão humana de contentamento era
considerada perigosa por um dos monges da história, o
Venerável Jorge, que tudo fazia de tudo para manter as
rígidas disciplinas no mosteiro.
 No filme William que tem uma postura humanista e racional
num mundo guiado pela fé, ele representa o intelectual
renascentista e com suas investigações percebe o real motivo
vos crimes que culminou na instalação de um tribunal da
Santa Inquisição presidido pelo inquisidor Bernardo Gui, um
personagem histórico real.
 Umberto Eco, autor da história, nos revela conflitos medievais
onde ocorriam abusos de poder, ostentação, injustiças e
demagogia. Esse mundo era dominado pela da Igreja Católica
que mantinha todo o conhecimento produzido até então, e não
permitia a homens comuns terem acesso aos dogmas
religiosos em que a Igreja estava embasada. Ela, por assim
dizer mantinha a sete chaves tudo o que considerava pagão e
herege; que pudesse vir a ser prejudicial à ordem e o poder já
estabelecido.
 Pro Dia Nascer Feliz: O documentario "Pro Dia
Nascer Feliz", dirigido por João Jardim, aborda as
desigualdades na educação brasileira, mostrando os dramas
e as dificuldades dos professores e jovens de diversas regiões
do Brasil.
É totalmente perceptível as diferenças existentes entre escola
pública e privada. Os professores de escolas públicas são
sujeitos a educar em condições precárias desde falta de água,
de segurança, transporte, falta de verbas, até casos de
violência. Já os professores de escolas particulares desfrutam
de um alto salário e um ambiente agradável e prazeroso. 
     A sabotagem educacional, é outro fator retratado ao longo
do documentário. Segundo a revista Veja, todos os anos 20%
dos alunos repetem de serie. Isso significa que o estado tem
anualmente de gastar 20% a mais do que deveria. Tal
situação explica a tão evitada reprovação. O governo não tem
interesse na qualidade e sim na quantidade de alunos
aprovados. 
     A falta da participação familiar e o desinteresse dos alunos
também é constante, eles usam o ambiente escolar como
lugar para seus interesses, tais como: namoricos, conhecer
novas pessoas, marginalização, passando maior parte do
tempo fora da sala de aula, o que é claramente prejudicial ao
seu desenvolvimento. Com toda essa banalização da
educação, o caminho que os governantes devem traçar para
se elevar a qualidade do ensino público é muito longo. Deve-
se haver um maior investimento tanto em segurança, quanto
em infraestrutura, além de propor uma boa qualificação para
os profissionais.   
  Apesar de inúmeros problemas, existem pessoas que
acreditam e lutam por um futuro melhor. No documentário o
diretor mostrou a menina Valéria, que apesar de não
acreditarem em sua capacidade, sempre declamava suas
poesias sorridente. E até mesmo Douglas, que encontrou no
grupo de música (iniciativa de uma professora), uma
ocupação para se distanciar das más influências.
 João Jardim demonstra em seu documentário a realidade que
todos negam ver. Enquanto o Brasil não adotar políticas
públicas educacionais e não criar um vínculo entre a aptidão
do professor, o comprometimento do governo e a
responsabilidade dos pais, não poderá se pensar em ensino
de qualidade, continuando em penúltimo lugar no ranking
mundial da educação.
 Dirigido por João Jardim, o documentário “Pro dia nascer feliz”
aborda as desigualdades na educação brasileira, mostrando
as dificuldades dos professores e jovens em diversas regiões
do Brasil. Desde escolas públicas, até as privadas, mostrando
que, independentemente da classe social, todos são
indivíduos com sonhos e dificuldades, que apesar de tudo
continuam tendo esperança de que suas vidas melhorem.
 A primeira escola apresentada era de Pernambuco, revelava
uma qualidade péssima de educação, quase sem recursos
didáticos e até mesmo de necessidades básicas, onde nem os
banheiros eram adequados para o uso dos alunos. O
desinteresse assim, era com um, tanto das crianças quanto
dos professores, que muitas vezes nem apareciam na escola
para lecionar. Nas escolas do Rio de Janeiro e de São Paulo,
o maior problema é a segurança, devido à alta criminalidade e
violência, com pontos de venda de drogas perto das escolas,
além da violência entre os próprios alunos. Os problemas com
relação ao interesse dos alunos e professores eram os
mesmos, na maioria das vezes os alunos eram liberados mais
cedo devido a excessiva falta de professores. Além do
desinteresse no estudo, que muitas vezes era justificado com
problemas em casa, com os pais, falta de atenção ou até
mesmo pressão que os alunos sentiam, para tirar notas boas.
 Percebem-se as diferenças entre as escolas, no cultural e
social, mas também se notam as semelhanças. Apesar da
desigualdade social, todas possuem seus problemas, e a
maioria possui os mesmos. O comodismo é percebido, até
hoje, nas escolas de todo o Brasil. O caminho para elevar a
qualidade de ensino é longo, mas não é impossível, deve-se
investir muito mais na conservação das escolas, tanto quanto
na preparação dos professores.
 Todos merecem uma educação de qualidade,
independentemente de onde vivam, e é exatamente isso que
podemos ver nesse documentário
 Nunca me sonharam: O sonho de um futuro
melhor e a desilusão de percebê-lo distante, inacessível. A
educação como o caminho para a realização e mudança e um
sistema escolar alienado das necessidades e interesses dos
jovens. Ou, como resume um entrevistado, “muito sonho,
muita ideia, pouca gente escutando pra realizar ”.
 Lançado nesta quarta-feira (24/05) na mostra Ciranda de
Filmes, em São Paulo, o documentário Nunca Me
Sonharam costura essas ambiguidades para traçar um
sensível retrato das realidades presentes no Ensino Médio
das escolas públicas brasileiras a fim de compreender porque
a etapa persiste como a mais problemática da Educação
Básica, marcada pela evasão e distorção idade-série .
 Para além dos percalços enfrentados pelos jovens e
educadores, o filme aponta caminhos. Um deles é
a aproximação dos conhecimentos transmitidos pela escola e,
na maioria das vezes, tratados de forma abstrata, do cotidiano
dos alunos.
 Em uma das cenas, um professor explica aos seus alunos
porque nos sentimos mais leves quando estamos imersos na
água. O cenário da aula, no entanto, dispensa carteiras,
lousas e paredes. A turma escuta atenciosamente suas
palavras banhada pelo próprio rio da região. Enquanto
aprendem sobre as noções de Física, se movimentam e
brincam com a água.
 Outro momento do filme conta a história de um diretor que
convocou alunos desmotivados para compor, às pressas, um
time de futebol e, após a primeira derrota, conseguiu fazê-los
visualizar a importância da dedicação.
 “Como meus pais não foram bem sucedidos na vida, eles
também não me influenciavam, não me davam força para
estudar. Achavam que quem entrava na universidade era filho
de rico. Acho que eles não acreditavam que o pobre também
pudesse ter conhecimento, que pudesse ser inteligente. Para
eles, o máximo era terminar o ensino médio e arrumar um
emprego: trabalhador de roça, vendedor, alguma coisa desse
tipo. Acho que nunca me sonharam sendo um psicólogo,
nunca me sonharam sendo professor, nunca me sonharam
sendo um médico, não me sonharam. Eles não sonhavam e
nunca me ensinaram a sonhar. Tô aprendendo a sonhar.” A
declaração do estudante Felipe Lima dá nome e sintetiza bem
o espírito do documentário Nunca Me Sonharam, longa-
metragem de Cacau Rhoden, que estreia nesta quinta-feira
(8) em circuito comercial em São Paulo e Rio de Janeiro, com
sessões grátis no primeiro final de semana. Nas cidades onde
ele não estiver em cartaz nos cinemas, ele estará disponível
para exibições públicas gratuitas no Videocamp, uma
plataforma de distribuição online de filmes de interesse social.

 Escritores da Liberdade: A professora Erin


Gruwell é a protagonista da comédia dramática passada em
um subúrbio problemático norte-americano. Ela é uma
docente recém formada que leciona para o primeiro ano do
Ensino Médio as disciplinas de inglês e literatura. Erin trabalha
em uma escola da periferia, em Long Beach, Califórnia (Los
Angeles). O desafio enfrentado pela professora é grande: os
alunos que encontra pelo caminho são marcados pela
violência, pela descrença, pela desobediência, pela
desmotivação e principalmente pelos conflitos raciais. São
jovens oriundos de famílias desestruturadas, vítimas de
abandono e descaso. Na sala de aula, os alunos dividem-se
naturalmente em grupos: os negros só interagem com os
negros, os latinos andam com os latinos, os brancos
conversam com os brancos. Já na primeira aula ela percebe o
obstáculo que terá pela frente. São alunos mal dispostos, que
ignoram a sua presença, a desrespeitam, agridem uns aos
outros e fazem pouco caso do material escolar.

 Émille Durkheim: Em cada aluno há dois seres


inseparáveis, porém distintos. Um deles seria o que o
sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917) chamou de
individual. Tal porção do sujeito - o jovem bruto -, segundo
ele, é formada pelos estados mentais de cada pessoa. O
desenvolvimento dessa metade do homem foi a principal
função da educação até o século 19. Principalmente por meio
da psicologia, entendida então como a ciência do indivíduo, os
professores tentavam construir nos estudantes os valores e a
moral. A caracterização do segundo ser foi o que deu
projeção a Durkheim. "Ele ampliou o foco conhecido até
então, considerando e estimulando também o que concebeu
como o outro lado dos alunos, algo formado por um sistema
de idéias que exprimem, dentro das pessoas, a sociedade de
que fazem parte", explica Dermeval Saviani, professor emérito
da Universidade Estadual de Campinas.

 Dessa forma, Durkheim acreditava que a sociedade seria


mais beneficiada pelo processo educativo. Para ele, "a
educação é uma socialização da jovem geração pela geração
adulta". E quanto mais eficiente for o processo, melhor será o
desenvolvimento da comunidade em que a escola esteja
inserida.

 Nessa concepção durkheimiana - também chamada de


funcionalista -, as consciências individuais são formadas pela
sociedade. Ela é oposta ao idealismo, de acordo com o qual a
sociedade é moldada pelo "espírito" ou pela consciência
humana. "A construção do ser social, feita em boa parte pela
educação, é a assimilação pelo indivíduo de uma série de
normas e princípios - sejam morais, religiosos, éticos ou de
comportamento - que baliza a conduta do indivíduo num
grupo. O homem, mais do que formador da sociedade, é um
produto dela", escreveu Durkheim.

 Essa teoria, além de caracterizar a educação como um bem


social, a relacionou pela primeira vez às normas sociais e à
cultura local, diminuindo o valor que as capacidades
individuais têm na constituição de um desenvolvimento
coletivo. "Todo o passado da humanidade contribuiu para
fazer o conjunto de máximas que dirigem os diferentes
modelos de educação, cada uma com as características que
lhe são próprias. As sociedades cristãs da Idade Média, por
exemplo, não teriam sobrevivido se tivessem dado ao
pensamento racional o lugar que lhe é dado atualmente",
exemplificou o pensador.

 Nas palavras de Durkheim, "a educação tem por objetivo


suscitar e desenvolver na criança estados físicos e morais que
são requeridos pela sociedade política no seu conjunto". Tais
exigências, com forte influência no processo de ensino, estão
relacionadas à religião, às normas e sanções, à ação política,
ao grau de desenvolvimento das ciências e até mesmo ao
estado de progresso da indústria local.

 Paulo Freire: O autor Paulo Freire foi um respeitado e


conceituado educador brasileiro. Ele desenvolveu o método
de alfabetização popular chamado “Método Paulo Freire”.
Também criou o MOVA – Movimento de Alfabetização, que é
um programa público de apoio a educação em salas
comunitárias, adotado por várias prefeituras. Paulo Freire foi
dotado de grande inteligência e senso crítico. Foi professor,
ocupou vários cargos governamentais: diretor do
Departamento de Educação e Cultura do Serviço Social no
Estado de Pernambuco; diretor do Departamento de
Extensões Culturais da Universidade do Recife; Supervisor
para o programa do partido para alfabetização de adultos;
Secretário de Educação da cidade de São Paulo. Paulo Freire
criticava o sistema tradicional de educação. Por esse motivo
elaborou novos métodos de ensino e lançou várias obras
literárias com ricos conteúdos para a área de educação.

 A educação fundamentada na ética, respeito e na dignidade


foi uma constante preocupação durante a sua vida como
educador e político.

 Paulo Freire (Pedagogia da Autonomia) critica as formas de


ensino tradicionais. Defende uma pedagogia fundada na ética,
no respeito, na dignidade e na autonomia do educando.
Questiona a função de educador autoritário e conservador,
que não permite a participação dos educandos, suas
curiosidades, insubmissões, e as suas vivências adquiridas no
decorrer da vida e do seu meio social. Coloca vários
argumentos em prol de um ensino mais democrático entre
educadores e educandos, tendo em vista que somos seres
inacabados, em constante aprendizado. Todo indivíduo seja
educadores ou educandos devem estar abertos a curiosidade,
ao aprendizado durante seu percurso de vida. Nesse sentido
destaca a importância dos educadores e suas práticas na vida
dos alunos. Atitudes, palavras, simples fatos advindos do
professor poderão ficar marcados pelo resto da vida de uma
pessoa contribuindo positivamente ou não para o seu
desenvolvimento. Enfatiza a cautela quando o assunto é
educar, pois educar é formar. Destaca a importância do
educador e sua metodologia. Ressalta que o educador deve
estar aberto também a aprender e trocar experiências com os
educandos, pois a vivência dos educandos merece respeito.
Em seus métodos atuais enfatiza que a curiosidade dos
educandos é um aspecto positivo para o aprendizado, pois é
um fator importante para o desenvolvimento da criticidade. O
ensino dinâmico desenvolve a curiosidade sobre o fazer e o
pensar sobre o fazer. Paulo Freire destaca a necessidade do
respeito, compreensão, humildade e o equilíbrio das emoções
entre educadores e educandos em seus métodos de ensino.

 No capítulo 2 Paulo Freire aborda a questão da ética entre


educador e educando. Discursa sobre a prática de ensinar.
“Ensinar não é transferir conhecimento”, é respeitar a
autonomia e a identidade do educando. Para passar
conhecimento o educador deve estar envolvido com ele, para
envolver os educandos. Deve estimular os alunos a
desenvolverem seus pensamentos. Fornece argumentos
mostrando que desta forma é possível o desenvolvimento da
crítica. Ele se volta para a teoria do pensar certo. Constata as
diferenças de forma de tratamento às pessoas em relação ao
seu nível social. Educar é também respeitar as diferenças
sem discriminação, pois esta é imoral, nega radicalmente a
democracia e fere a dignidade do ser humano. Qualquer
forma de discriminação deve ser rejeitada. Aborda alguns
conceitos que são necessários para o desempenho do bom
ensino tendo por conseqüência maior aproveitamento no
aprendizado. A ética, o bom senso, a responsabilidade, a
coerência, a humildade, a tolerância são qualidades de um
bom educador. Ele também aborda a questão do professor
defender seus direitos e exigir condições para exercer sua
docência, pois dessa forma estará exercendo sua ética e
respeito por si mesmo e pelos alunos.

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