O documento discute a educação no Brasil, comparando escolas públicas e privadas e destacando os desafios do ensino médio público, como falta de estrutura, desinteresse dos alunos e dificuldades dos professores. Apesar dos problemas, alguns documentários como "Pro Dia Nascer Feliz" e "Nunca me Sonharam" mostram exemplos positivos de quem luta por uma educação melhor.
O documento discute a educação no Brasil, comparando escolas públicas e privadas e destacando os desafios do ensino médio público, como falta de estrutura, desinteresse dos alunos e dificuldades dos professores. Apesar dos problemas, alguns documentários como "Pro Dia Nascer Feliz" e "Nunca me Sonharam" mostram exemplos positivos de quem luta por uma educação melhor.
O documento discute a educação no Brasil, comparando escolas públicas e privadas e destacando os desafios do ensino médio público, como falta de estrutura, desinteresse dos alunos e dificuldades dos professores. Apesar dos problemas, alguns documentários como "Pro Dia Nascer Feliz" e "Nunca me Sonharam" mostram exemplos positivos de quem luta por uma educação melhor.
educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (Responsabilidade compartilhada. Estado e Família)
O Nome da Rosa: Autor da história que inspirou o
filme, Umberto Eco (1932-2016) foi um intelectual italiano que ficou conhecido tanto pelos seus romances como pelos estudos em comunicação. O filme “O nome da Rosa”, baseado no livro de Umberto Eco, se passa no ano de 1327, em um mosteiro beneditino na Itália, que possuía uma biblioteca com grande acervo de livros, tanto cristãos quanto clássicos gregos considerados pelos muitos religiosos como pagãos, porém poucos tinham acesso à biblioteca. O mundo nessa época via a supremacia da Igreja Católica que detinha o saber, educava o povo com vistas à submissão e exercia grande influência sobre muitos governos instituídos, por vezes ela se uniu ao poder monárquico. Poucos conheciam o real significado de seus dogmas e para garantir seu poder, qualquer questionamento, reflexão ou ação contrária a seus preceitos era julgada e punida pela Santa Inquisição, uma espécie de tribunal instaurado a fim de punir os hereges. As mulheres também sofreram muitas perseguições por parte da Igreja nesse período, pois, eram consideradas como demoníacas causadoras do pecado e feiticeiras. A Inquisição foi um movimento de tal tamanho que muitos soberanos e nobres a temiam, podem-se citar grandes personagens da história como Galileu, Giordano Bruno e Joana Dar’c que sofreram com o jugo desse movimento de repressão religiosa. O monge franciscano William de Baskerville é designado a desvendar crimes que estavam ocorrendo em um mosteiro beneditino italiano, nele religiosos foram encontrados mortos após o manuseio de um determinado livro, e sem divulgar o que haviam lido foram vítimas de envenenamento. O livro que esses homens leram era um clássico de Aristóteles que falava sobre o riso. Essa expressão humana de contentamento era considerada perigosa por um dos monges da história, o Venerável Jorge, que tudo fazia de tudo para manter as rígidas disciplinas no mosteiro. No filme William que tem uma postura humanista e racional num mundo guiado pela fé, ele representa o intelectual renascentista e com suas investigações percebe o real motivo vos crimes que culminou na instalação de um tribunal da Santa Inquisição presidido pelo inquisidor Bernardo Gui, um personagem histórico real. Umberto Eco, autor da história, nos revela conflitos medievais onde ocorriam abusos de poder, ostentação, injustiças e demagogia. Esse mundo era dominado pela da Igreja Católica que mantinha todo o conhecimento produzido até então, e não permitia a homens comuns terem acesso aos dogmas religiosos em que a Igreja estava embasada. Ela, por assim dizer mantinha a sete chaves tudo o que considerava pagão e herege; que pudesse vir a ser prejudicial à ordem e o poder já estabelecido. Pro Dia Nascer Feliz: O documentario "Pro Dia Nascer Feliz", dirigido por João Jardim, aborda as desigualdades na educação brasileira, mostrando os dramas e as dificuldades dos professores e jovens de diversas regiões do Brasil. É totalmente perceptível as diferenças existentes entre escola pública e privada. Os professores de escolas públicas são sujeitos a educar em condições precárias desde falta de água, de segurança, transporte, falta de verbas, até casos de violência. Já os professores de escolas particulares desfrutam de um alto salário e um ambiente agradável e prazeroso. A sabotagem educacional, é outro fator retratado ao longo do documentário. Segundo a revista Veja, todos os anos 20% dos alunos repetem de serie. Isso significa que o estado tem anualmente de gastar 20% a mais do que deveria. Tal situação explica a tão evitada reprovação. O governo não tem interesse na qualidade e sim na quantidade de alunos aprovados. A falta da participação familiar e o desinteresse dos alunos também é constante, eles usam o ambiente escolar como lugar para seus interesses, tais como: namoricos, conhecer novas pessoas, marginalização, passando maior parte do tempo fora da sala de aula, o que é claramente prejudicial ao seu desenvolvimento. Com toda essa banalização da educação, o caminho que os governantes devem traçar para se elevar a qualidade do ensino público é muito longo. Deve- se haver um maior investimento tanto em segurança, quanto em infraestrutura, além de propor uma boa qualificação para os profissionais. Apesar de inúmeros problemas, existem pessoas que acreditam e lutam por um futuro melhor. No documentário o diretor mostrou a menina Valéria, que apesar de não acreditarem em sua capacidade, sempre declamava suas poesias sorridente. E até mesmo Douglas, que encontrou no grupo de música (iniciativa de uma professora), uma ocupação para se distanciar das más influências. João Jardim demonstra em seu documentário a realidade que todos negam ver. Enquanto o Brasil não adotar políticas públicas educacionais e não criar um vínculo entre a aptidão do professor, o comprometimento do governo e a responsabilidade dos pais, não poderá se pensar em ensino de qualidade, continuando em penúltimo lugar no ranking mundial da educação. Dirigido por João Jardim, o documentário “Pro dia nascer feliz” aborda as desigualdades na educação brasileira, mostrando as dificuldades dos professores e jovens em diversas regiões do Brasil. Desde escolas públicas, até as privadas, mostrando que, independentemente da classe social, todos são indivíduos com sonhos e dificuldades, que apesar de tudo continuam tendo esperança de que suas vidas melhorem. A primeira escola apresentada era de Pernambuco, revelava uma qualidade péssima de educação, quase sem recursos didáticos e até mesmo de necessidades básicas, onde nem os banheiros eram adequados para o uso dos alunos. O desinteresse assim, era com um, tanto das crianças quanto dos professores, que muitas vezes nem apareciam na escola para lecionar. Nas escolas do Rio de Janeiro e de São Paulo, o maior problema é a segurança, devido à alta criminalidade e violência, com pontos de venda de drogas perto das escolas, além da violência entre os próprios alunos. Os problemas com relação ao interesse dos alunos e professores eram os mesmos, na maioria das vezes os alunos eram liberados mais cedo devido a excessiva falta de professores. Além do desinteresse no estudo, que muitas vezes era justificado com problemas em casa, com os pais, falta de atenção ou até mesmo pressão que os alunos sentiam, para tirar notas boas. Percebem-se as diferenças entre as escolas, no cultural e social, mas também se notam as semelhanças. Apesar da desigualdade social, todas possuem seus problemas, e a maioria possui os mesmos. O comodismo é percebido, até hoje, nas escolas de todo o Brasil. O caminho para elevar a qualidade de ensino é longo, mas não é impossível, deve-se investir muito mais na conservação das escolas, tanto quanto na preparação dos professores. Todos merecem uma educação de qualidade, independentemente de onde vivam, e é exatamente isso que podemos ver nesse documentário Nunca me sonharam: O sonho de um futuro melhor e a desilusão de percebê-lo distante, inacessível. A educação como o caminho para a realização e mudança e um sistema escolar alienado das necessidades e interesses dos jovens. Ou, como resume um entrevistado, “muito sonho, muita ideia, pouca gente escutando pra realizar ”. Lançado nesta quarta-feira (24/05) na mostra Ciranda de Filmes, em São Paulo, o documentário Nunca Me Sonharam costura essas ambiguidades para traçar um sensível retrato das realidades presentes no Ensino Médio das escolas públicas brasileiras a fim de compreender porque a etapa persiste como a mais problemática da Educação Básica, marcada pela evasão e distorção idade-série . Para além dos percalços enfrentados pelos jovens e educadores, o filme aponta caminhos. Um deles é a aproximação dos conhecimentos transmitidos pela escola e, na maioria das vezes, tratados de forma abstrata, do cotidiano dos alunos. Em uma das cenas, um professor explica aos seus alunos porque nos sentimos mais leves quando estamos imersos na água. O cenário da aula, no entanto, dispensa carteiras, lousas e paredes. A turma escuta atenciosamente suas palavras banhada pelo próprio rio da região. Enquanto aprendem sobre as noções de Física, se movimentam e brincam com a água. Outro momento do filme conta a história de um diretor que convocou alunos desmotivados para compor, às pressas, um time de futebol e, após a primeira derrota, conseguiu fazê-los visualizar a importância da dedicação. “Como meus pais não foram bem sucedidos na vida, eles também não me influenciavam, não me davam força para estudar. Achavam que quem entrava na universidade era filho de rico. Acho que eles não acreditavam que o pobre também pudesse ter conhecimento, que pudesse ser inteligente. Para eles, o máximo era terminar o ensino médio e arrumar um emprego: trabalhador de roça, vendedor, alguma coisa desse tipo. Acho que nunca me sonharam sendo um psicólogo, nunca me sonharam sendo professor, nunca me sonharam sendo um médico, não me sonharam. Eles não sonhavam e nunca me ensinaram a sonhar. Tô aprendendo a sonhar.” A declaração do estudante Felipe Lima dá nome e sintetiza bem o espírito do documentário Nunca Me Sonharam, longa- metragem de Cacau Rhoden, que estreia nesta quinta-feira (8) em circuito comercial em São Paulo e Rio de Janeiro, com sessões grátis no primeiro final de semana. Nas cidades onde ele não estiver em cartaz nos cinemas, ele estará disponível para exibições públicas gratuitas no Videocamp, uma plataforma de distribuição online de filmes de interesse social.
Escritores da Liberdade: A professora Erin
Gruwell é a protagonista da comédia dramática passada em um subúrbio problemático norte-americano. Ela é uma docente recém formada que leciona para o primeiro ano do Ensino Médio as disciplinas de inglês e literatura. Erin trabalha em uma escola da periferia, em Long Beach, Califórnia (Los Angeles). O desafio enfrentado pela professora é grande: os alunos que encontra pelo caminho são marcados pela violência, pela descrença, pela desobediência, pela desmotivação e principalmente pelos conflitos raciais. São jovens oriundos de famílias desestruturadas, vítimas de abandono e descaso. Na sala de aula, os alunos dividem-se naturalmente em grupos: os negros só interagem com os negros, os latinos andam com os latinos, os brancos conversam com os brancos. Já na primeira aula ela percebe o obstáculo que terá pela frente. São alunos mal dispostos, que ignoram a sua presença, a desrespeitam, agridem uns aos outros e fazem pouco caso do material escolar.
Émille Durkheim: Em cada aluno há dois seres
inseparáveis, porém distintos. Um deles seria o que o sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917) chamou de individual. Tal porção do sujeito - o jovem bruto -, segundo ele, é formada pelos estados mentais de cada pessoa. O desenvolvimento dessa metade do homem foi a principal função da educação até o século 19. Principalmente por meio da psicologia, entendida então como a ciência do indivíduo, os professores tentavam construir nos estudantes os valores e a moral. A caracterização do segundo ser foi o que deu projeção a Durkheim. "Ele ampliou o foco conhecido até então, considerando e estimulando também o que concebeu como o outro lado dos alunos, algo formado por um sistema de idéias que exprimem, dentro das pessoas, a sociedade de que fazem parte", explica Dermeval Saviani, professor emérito da Universidade Estadual de Campinas.
Dessa forma, Durkheim acreditava que a sociedade seria
mais beneficiada pelo processo educativo. Para ele, "a educação é uma socialização da jovem geração pela geração adulta". E quanto mais eficiente for o processo, melhor será o desenvolvimento da comunidade em que a escola esteja inserida.
Nessa concepção durkheimiana - também chamada de
funcionalista -, as consciências individuais são formadas pela sociedade. Ela é oposta ao idealismo, de acordo com o qual a sociedade é moldada pelo "espírito" ou pela consciência humana. "A construção do ser social, feita em boa parte pela educação, é a assimilação pelo indivíduo de uma série de normas e princípios - sejam morais, religiosos, éticos ou de comportamento - que baliza a conduta do indivíduo num grupo. O homem, mais do que formador da sociedade, é um produto dela", escreveu Durkheim.
Essa teoria, além de caracterizar a educação como um bem
social, a relacionou pela primeira vez às normas sociais e à cultura local, diminuindo o valor que as capacidades individuais têm na constituição de um desenvolvimento coletivo. "Todo o passado da humanidade contribuiu para fazer o conjunto de máximas que dirigem os diferentes modelos de educação, cada uma com as características que lhe são próprias. As sociedades cristãs da Idade Média, por exemplo, não teriam sobrevivido se tivessem dado ao pensamento racional o lugar que lhe é dado atualmente", exemplificou o pensador.
Nas palavras de Durkheim, "a educação tem por objetivo
suscitar e desenvolver na criança estados físicos e morais que são requeridos pela sociedade política no seu conjunto". Tais exigências, com forte influência no processo de ensino, estão relacionadas à religião, às normas e sanções, à ação política, ao grau de desenvolvimento das ciências e até mesmo ao estado de progresso da indústria local.
Paulo Freire: O autor Paulo Freire foi um respeitado e
conceituado educador brasileiro. Ele desenvolveu o método de alfabetização popular chamado “Método Paulo Freire”. Também criou o MOVA – Movimento de Alfabetização, que é um programa público de apoio a educação em salas comunitárias, adotado por várias prefeituras. Paulo Freire foi dotado de grande inteligência e senso crítico. Foi professor, ocupou vários cargos governamentais: diretor do Departamento de Educação e Cultura do Serviço Social no Estado de Pernambuco; diretor do Departamento de Extensões Culturais da Universidade do Recife; Supervisor para o programa do partido para alfabetização de adultos; Secretário de Educação da cidade de São Paulo. Paulo Freire criticava o sistema tradicional de educação. Por esse motivo elaborou novos métodos de ensino e lançou várias obras literárias com ricos conteúdos para a área de educação.
A educação fundamentada na ética, respeito e na dignidade
foi uma constante preocupação durante a sua vida como educador e político.
Paulo Freire (Pedagogia da Autonomia) critica as formas de
ensino tradicionais. Defende uma pedagogia fundada na ética, no respeito, na dignidade e na autonomia do educando. Questiona a função de educador autoritário e conservador, que não permite a participação dos educandos, suas curiosidades, insubmissões, e as suas vivências adquiridas no decorrer da vida e do seu meio social. Coloca vários argumentos em prol de um ensino mais democrático entre educadores e educandos, tendo em vista que somos seres inacabados, em constante aprendizado. Todo indivíduo seja educadores ou educandos devem estar abertos a curiosidade, ao aprendizado durante seu percurso de vida. Nesse sentido destaca a importância dos educadores e suas práticas na vida dos alunos. Atitudes, palavras, simples fatos advindos do professor poderão ficar marcados pelo resto da vida de uma pessoa contribuindo positivamente ou não para o seu desenvolvimento. Enfatiza a cautela quando o assunto é educar, pois educar é formar. Destaca a importância do educador e sua metodologia. Ressalta que o educador deve estar aberto também a aprender e trocar experiências com os educandos, pois a vivência dos educandos merece respeito. Em seus métodos atuais enfatiza que a curiosidade dos educandos é um aspecto positivo para o aprendizado, pois é um fator importante para o desenvolvimento da criticidade. O ensino dinâmico desenvolve a curiosidade sobre o fazer e o pensar sobre o fazer. Paulo Freire destaca a necessidade do respeito, compreensão, humildade e o equilíbrio das emoções entre educadores e educandos em seus métodos de ensino.
No capítulo 2 Paulo Freire aborda a questão da ética entre
educador e educando. Discursa sobre a prática de ensinar. “Ensinar não é transferir conhecimento”, é respeitar a autonomia e a identidade do educando. Para passar conhecimento o educador deve estar envolvido com ele, para envolver os educandos. Deve estimular os alunos a desenvolverem seus pensamentos. Fornece argumentos mostrando que desta forma é possível o desenvolvimento da crítica. Ele se volta para a teoria do pensar certo. Constata as diferenças de forma de tratamento às pessoas em relação ao seu nível social. Educar é também respeitar as diferenças sem discriminação, pois esta é imoral, nega radicalmente a democracia e fere a dignidade do ser humano. Qualquer forma de discriminação deve ser rejeitada. Aborda alguns conceitos que são necessários para o desempenho do bom ensino tendo por conseqüência maior aproveitamento no aprendizado. A ética, o bom senso, a responsabilidade, a coerência, a humildade, a tolerância são qualidades de um bom educador. Ele também aborda a questão do professor defender seus direitos e exigir condições para exercer sua docência, pois dessa forma estará exercendo sua ética e respeito por si mesmo e pelos alunos.