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ALVES, Lucineia. Educação a distância: conceitos e história no Brasil e no mundo.

Disponível em file:///C:/Users/tantu/Downloads/Artigo_07%20REVISTA%20ABED.pdf).

Neste artigo, elencando conceituações de diferentes autores, destaca a diversidade de


elementos da modalidade de educação Pa distância (EaD). Donde restará caracterizada
essencialmente pela separação espacial e temporal entre aluno e professor, mas tendo o
processo de ensino/ aprendizagem viabilizado por recursos tecnológicos. Nessa modalidade,
em que pese a perda da possibilidade de livre diálogo, em mão dupla, em encontros
ocasionais de fins didáticos e de socialização, a principal vantagem destacada é o alcance de
públicos afastados geograficamente dos grandes centros e de pessoas que não poderiam
frequentar escolas convencionais, bem como a reprodução massiva do material
(industrialização da educação).

Ademais, faz-se uma listagem de fatos relevantes na evolução histórica do EaD. Primeiro
mundial depois nacionalmente.

É de destaque o primeiro registro da modalidade, em 1728, com o anúncio na Gazeta de


Boston, de ensino e tutoria por correspondência. Embora o EaD só viesse a disseminar-se pela
Europa, no século XIX, a partir da inauguração da primeira escola por correspondência, na
Faculdade Sir Isaac Pitman, Reino Unido.

No Brasil, as primeiras iniciativas remontam ao ano de 1904 e publicação em classificados do


Jornal do Brasil de profissionalização a distância. Seguidamente, surgem programas de
educação por rádio ou por rádio e correspondência. Destacando-se, sobretudo, aqueles que
tinham como objetivo a educação formal de adultos e a profissional.

Entretanto o reconhecimento legal da modalidade sobrevirá somente em 1996, com a


publicação da LDB. Quando se criará também, vinculada ao MEC, a SEED – Secretaria de
Ensino à Distância – com o fito de fomentar a inovação tecnológica e sua incorporação a
processos de aprendizagem (extinta em 2011).

Não obstante o sequenciamento de iniciativas públicas e privadas (1995, a TV escola


promove a formação continuada e aperfeiçoamento de professores; 1992, Universidade
Aberta de Brasília; 2000, UNIREDE, consórcio de instituições públicas com afã de
democratização do ensino a distância de qualidade; bem como programas de formação inicial
e continuada de professores da rede pública, encabeçados pelo próprio MEC, a partir de
2004), o EaD só ganhará regulamentação em 2005, com a publicação do Decreto nº 5.622.
Que estabelecerá sua definição legal, bem como a exigência de comparecimento eventual do
aprendente à instituição de ensino, entre outras ocasiões, para realização de avaliações (o que
será extinto com a portaria de nº 10, de 2009).

A autora concluirá que a modalidade EaD amplia o acesso à educação em geral, sendo mais
democrática à medida que atinge um público sem acesso ao ensino convencional.
Reconhecendo ademais a crescente oferta de cursos, formais ou informais, muito embora
persistam “preconceitos” quanto à sua qualidade e controle governamental.

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