Você está na página 1de 24

JANEIRO DE 1952

*
O MESTRE
Certa vez, ao cair da tarde, ia Jesus
por um dos floridos caminhos da Gali-
leia. Naquele tempo, a terra exalava um
perfume de rosas! Caminhando encon­
trou dois meninos que brincavam alegre­
mente, e se deteve a contemplá-los. O
Mestre encontrava algo divino no ino­
cente jogo dos pequeninos. Ao vê-Lo,
os meninos correram ao seu encontro;
pois sabiam que era o homem Milagroso
que resuscitara a filha da viuva. R a b i!
R a b i! Como és milagroso ! ■
— exclamou
um dos meninos, enquanto outro acari­
ciava suavemente as mãos de Jesus.
Logo, o primeiro que falou disse: Se
és tão milagroso, dá-me umas moedas de
ouro para que eu compre um cordeirinho ;
minha mãe é tão pobre! E u quizera ter
como os meninos ricos, um cordeirinho
para com ele brincar. Jesus escutou sor­
rindo, e docemente perguntou ao outro:
E tu o que queres? E u quero uma es­
trela, Rabi. Se és tão bom e tão mila­
groso, da-me uma estrela. Jesus que­
dou-se silencioso e pensativo. Depois
inclinou-se e tomando um punhado de
barro do caminho, e elevou com suas
mãos puras para o ceu. Então o barro
converteu-se em ouro, ouro luminoso de
um punhado de moedas, que deu ao me­
nino. Este cheio de alegria, não pen­
sando mais senão no cordeirinho, beijou
as mãos milagrosas do Mestre e se afas­
Na 1 3 C a p a : tou correndo pelo caminho. O outro
menino com n..olhar ancioso, mirando o
O Templo de Nazareno, luminosamente puro naquele
instante, aguardava silencioso, Jesus
Logan, Utah
imóvel permanecendo diante dele, talvez
orando ap P a i! A briza ondulava deli­
cadamente os aneis de sua cabeleira. Em
dado momento abaixou-se, e tomando en­
tre suas mãos a linha cabecinha do me­
nino, beijou-lhe a fronte pura e, acon­
chegando os lábios ao ouvido do menino
disse-lhe. A estrela que me pedes, está
cm ti mesmo! Cuida de que nunca se
apague o seu divino fulgor!
São Paulo
JA N E IR O DE 1952
Rua Itapeva, 378
Ano V N.° 1
T e L : 33-6761

ÓRGÃO OFICIAL DA MISSÃO BRASILEIRA DA IG R E JA DE JESUS CRISTO DOS

SANTOS DOS ÜLTIMOS DIAS

S U M Á R I O
“ A LIAHONA” é publi­ E D I T O R I A L ........................................................................ 5
cada mensalmente no Trad. por Mario Gonçalves
Brasil pela Igreja de Je­
A IG RE JA NO M U N D O .................................................... 4
sus Cristo dos Santos dos
O NOVO LAR — Curta História da Igreja — 20.a parte 6
Ültimos Dias. Preços das
assinaturas: c a d a O RUMO DOS R A M O S .................................................... 19

exemplar, Cr$ 4,00; por


ano, Cr- 40,00; exterior, ARTIGOS ESPECIAIS
Cr$ 50,00. Tôda corres­
PELOS SEUS PRO PRIO S P E C A D O S .......................... 7
pondência à Caixa Postal UMA MENSAGEM PARA O ANO N O V O ..................... 8
862, São Paulo, S. P. Pres. George Albert Smith
Diretor-Redator O QUE É O HOMEM ? .................................................... 10
Trad. por Gilscn P. de Souza
Cláudio Martins dos
CASAMENTO PARA E T E R N ID A D E ............................... 12
Santos Pres. David O. McKay

Registrado sob N.° 93 do


VARIOS
Livro “ B ” n.° 1, de Ma­
trícula de Oficinas Im ­ O M E S T R E ......................................................................... 2
pressoras, Jornais e Pe­ S A U D E ................................................................................... 14
riódicos, conforme De­
COMO PODEMOS SER UM ? .......................................... 15
creto N.° 4857, de 9-11-
1939. ENGLISH P O E T R Y ......................................................... 22

Endereços dos Ramos da Igreja no Brasi!


SÃO PAULO R IO GRANDE DO SUL
Sao Paulo: Rua Seminário, 165 - 1.° and. Perto Alegre: Av. New York, 72
Pinheiros: Rua Borba Gato, 82 Novo Hamburgo: R. David Canabarro, 77
Campinas: Rua Cesar Bierrenbach, 133 FARANÃ
Sorocaba: Rua Mandei José de Fonseca, 79
Curitiba: Rua Dr. Ermelino de Leão, 451
Ribeirão Preto: Rua Alvares Cabral, 93
Pcnta Grossa: Rua 15 de Novembro, 354 -
Santos: Rua Paraiba, 94
3.° andar
Rio Claro: Avenida 1, 301
Baurú: Rua 1.° de Agosto, 1-70 SANTA CATARINA
RIO DE JANEIRO Joinvile: Rua Frederico Hüber
ryoméia: Estrada para Videira
Tijuca: Rua Camaragibe, 16
MINAS GERAIS
Copacabana: Rua Djalam Ulrich, 184
Niterol: R. Tav. de Macedo, 193 (Icaraí) Belo Horizonte: R. Rio Grande dc Sul, 1194
PONTOS ADICIONAIS PARA INFORMAÇÕES:
Americana: Rua Fernando Camargo — Edi­ Piracicaba: Vila Boyce, Rua Alfredo, 5
fício Cocque 2.° Jundiaí: Barão de Jundiaí, 1125
São Carlos: Estancia Suissa Araraquara: Avenida Brasil, 925
A Igreja
no Mundo
 Primeira Presidencia

Devido a guerra, grande numero de


jovens solteiros, anteriormente conside­
rados pcsiveis missionários estavam
sendo chamados para o exército e o lu­
gar dos 1000 missionários que em bre­
ve regressarão deverá ser prenchido, se
a grande campanha missionária da Igre­
ja for continuada. Long Beach, Califórnia
Esse numero será fornecido pelos 345
quorunms de setenta da Igreja, sendo Vinte e oito membros da Sociedade Ge­
os homens, casados e com familias. nealógica da Estaca de Long Beach gas­
taram 780 horas copiando tôda a esta­
Esse será por certo um acontecimento
tística vital das campas do Cemitério
unico na historia da cristandade. M il
de Woodlawn, perto de Compton, Cali­
homens deixando suas familias para pre­
fórnia, bem como copiando os arquivos
gar o- evangelho de Jesus Cristo. Eles
soxton, cobrindo os anos de 1871 a 1951.
deverão se sustentar e às suas familias
A informawão assim obtida será arqui­
com suas economias ou outros meios. vada na Biblioteca da Sociedade Genea­
E ’ em realidade um testemunho para to­ lógica da Igreja. Os nomes do arquivo
dos. Familias se união em esforço e
sexton atinge um total de 8820.
trabalho para enviar o evangelho àque­
les que não tiveram a oportunidade de
conhecer a Igreja Restaurada. Algumas M unich , Alem anha
familias serão ajudadas, na. ausência do
chefe da casa, por parentes ou outros Os Santos dos Últimos Dias de M u ­
membros da irmandade. nich — Alemanha — e amigos reuni­
ram-se recentemente para a cerimônia
A Sociedade Genealógica de lançamento da primeira pedra da Ca­
pela da Igreja a ser construída naquela
A sociedade genealógica da Igreja está cidade.
se expandindo. A sociedade estêve fe­
A capela está sendo construída com
chada por um curto espawo de tempo a
dois andares, sendo o andar térreo usa­
fim de mudar os arquivos para o novo
do para as reuniões sacramentais e in­
anexo. Mais de 50.000 rolos de negati­
cluindo também uma cosinha.
vos de filmes e muitos milhares de livros
e arquivos foram transferidos do porão Os membros da Igreja foram priva­
para o novo anexo. Os fichários índice dos do previlégio de construir a capela,
ocuparão o porão da nova extensão do mas, devido as leis da cidade, a cons­
edifício. A bibliotéca genealógica da trução deve ser feita por uma firma co­
Igreja tem agora 78.000.000 de páginas mercial, em vez da doação de tempo e
de arquivos micro-filmes. trabalho pelos membros.

4 A L IA H O N A
EDITORIAL
P ELO S F R U T O S OS C O N H E C E R E IS

O u fazei a árvore bôa, e O seu fruto b o m ; ou fazei a árvore má


e o seu fruto mau ; porque pelo fruto se conhece a árvore. (M at. 12 :33)
Quando um lavrador lança em terra uma semente, 0 faz cont
o intuito de colher mais tarde bs boris frutos do seu trabalho. A fim
de que êle possa cólhêr bons frutos é necessário dispensar à plan­
ta grandes atenções como carinho e trato.
LJm médico quando está cuidando de um doente, tem em fneiitê
aplicar seus conhecimentos com o fim de por meio do seu trabalho,
restaurar a saúde do paciente.
Nós os membros da Igreja de Cristo, deveríamos nos comparar
a um lavrador ou a um médico, que, como exposto acima, trabalham
com o fito de melhorar seus conhecimentos, trazendo, dessa forma,
como resultado, melhores benefícios à humanidade.
Nós, que procuramos um meio cnde possamos progredir, apren­
der a amar-nos uns aos outros, temos por obrigação plantar bôas
sementes e socorrer aos necessitados.
Cristo disse: — Ide por todo o mundo, e pregai o Evangelho a
tôda criatura. Quem crêr e fôr batizado será salvo; mas quem não
crêr será condenado: (Marcos, 16:15.16).
Só pelo fato de espalhar a mensagem do Evangelho restaurado
estamos dando um grande passo para à nossa exaltação. E é pre­
gando que podemos aumentar não só os nossos conhecimentos como
também o rebanho do Salvador aqui na terra.
E ’ também espalhando as bôas novas do Evangelho que esta­
remos salvando a humanidade da escuridão espiritual na qual se
acha mergulhada.
Religião ao meu vêr, irmãos, só é um meio de melhorar nossa
vida tanto espiritual como materialmente.
A religião, qual seja a nossa, que nos ensina ser corretos, bene­
volentes e castos, é de grande influência para nossa vida material.
Tomemos também em consideração a “ Palavra da Sabedoria” ;
que nos arrima e preserva uma saúde duradoura. Sigamos, pois, ir­
mãos, êsse belo preceito que nos ensina a “ Palavra da Sabedoria”,
para que possamos constituir melhores famílias, com bôa saúde e
formação moral de ordem elevada.
Irmãos, é necessário ponderarmos sôbre o tesouro maravilhoso
que possuímos, e façamos bom uso dêle, pois é êsse o único tesouro
que nem a traça, nem a ferrugem podem consumir.
Semeemos, então, todos unidos, boas sementes e procuremos
incançàvelmente ajudar aos fracos de espírito, levando-lhes conforto
espiritual, e lhes ministrando as boas do Evangelho restaurado.

Janeiro de 1952 5
o
Novo
Lar
Historia la IGREJA
20.a PARTE

O espetáculo que se apresentou aos le do Lago Salgado. N a reunião da tar­


pioneiros, da encosta leste da montanha, de, Brigham Young que estava doente,
não foi nada atrativo, a menos que fôs- fêz um pequeno discurso. Segundo in­
se visto com olhos da imaginação. Não formações êle disse aos irmãos “que não
havia quase nenhuma árvore nem vege­ deveriam trabalhar aos domingos; que
tação alguma. Cercado de montanhas se trabalhassem perderiam cinco vêzes
em lago salgado, o vale era mais um de­ mais do que trabalhando.” “ Ninguém
serto, onde tinha-se a impressão de que deveria caçar naquele dia e nenhum dos
nada cresceria. que vive entre nós poderá deixar de ob­
Era um sábado, quando a última servar estas regras. Os transgressores
companhia de pioneiros desceu até à poderão ir para qualquer lugar, mas não
dacia. No dia seguinte, portanto, o gru­ ficarão entre nós"*' Disse também que
po, agora constando de cento e setenta nenhum homem poderia comprar terras,
e quatro pessoas, celebrou serviços re­ que não havia nenhuma à venda, mas
ligiosas. que todos teriam o seu quinhão medido
para a formação da cidade e das planta­
A terra havia sido dedicada pelo
apóstolo Orscn Pratt. Foi esta a pri­ ções. Deveria cuidar da terra como bem
meira coisa feita pela guarda avançada quizesse, mas que fôsse trabalhador e
de pioneiros. Algumas terras foram cuidadoso”. Não haveria possessões pri­
aradas, para a plantação de batatas e vadas das matas bem como dois rios que
outros produtos. Esperava-se que ha­ desciam das montanhas.
veria colheita antes que a geada atingis­ Ficou resolvido escolher um traçado
se a colônia. Para que a terra se tor­ para a cidade, o que foi feito no dia 28.
nasse mais mole para ser arada, os ho- As pesquizas foram feitas sob a direção

I
mens desviaram as águas de um rio pe­ de Orson Pratt. Queriam seguir o pla­
queno para as terras. no proposto para a Cidade de Sião, fei­
to por Jcsé Smith, em Independence,
Missouri -— cidade esta que não chegou

Celebraram dois serviços religiosos no A L IA H O N A


primeiro domingo que passaram no va­

6
a ser construída. Cada quarteirão erá direção de Charles C. Rich, trouxe, do
dividido em terrenos de um quarto de leste, equipamentos militares. Foi cons­
acre, exceto o do centro que seria desti- truído um forte para proteger os San­
rado aos edifícios públicos. As fazendas tos, dos índios. Era uma grande pra­
ficarem fora da cidade. “ Deixa que cada ça cercada de muros, construídos com
homem”, dizia Presidente Young, “ cul­ t . ros de madeira que serviam como par­
tive sua própria terra, plante árvores te posterior das casas e de tijolos seca­
frutíferas e de sombra, para o embeleza­ dos no sol. Mais tarde, mais duas pra­
mento da cidade”. As ruas eram lar­ ças fcrtes foram construídas. E aqui pas­
gas e eram cortadas por ângulos retos. saram os dois mil pioneiros o seu pri­
meiro inverno.
Naquele mesmo dia, Presidente
Young e os apóstolos andaram uma pe­ Numa conferência ficou resolvido que
quena distância do acampamento, até a seria nomeada uma presidência e um con­
um pedaço de terra onde City Creek se selho, para supervisionar os Santos no
bifurcava. Êste sítio foi escolhido para vale. A presidência consistia de três ho­
a construção de um templo. mens, que já se achavam a caminho. Ao
rio que atravessava o vale, deram o no­
me de Jordão, pois êste, como o Jordão
na Palestina, liga um lago de água dôce
a outro de água salgada.

Naquêle primeiro inverno, os pionei­


ros se encontravam em situação bastan­
te precária. A colônia mais próxima, a
leste do acampamento, distava mil e qui­
nhentos quilômetros e a do oeste, mil e
duzentos quilômetros. E ’ evidente que
haviam trazido provisões bastante para
durar até a próxima colheita, pois que
tiveram de recorrer às raizes e aos car-
d s, ccmo alimento. Havia perigo, tam­
Antes do fim da semana já havia che­ bém do inverno ser forte demais para
gado mais forasteiros — os homens do êles, porquanto aquela estação do ano,
Batalhão Mormon, comandado pelo ca­ com neves e geadas fortes era, sabida­
pitão James Brown, num total de du- mente, muito rigorosa. Além disso o
zenías pessdas. Imediatameríte começa acampamento inteiro tinha receio de que
ram a construir um proscênio ondefo- fôsse completamente destruído pelos ín ­
ram realizadas as primeiras reuniões dios. A pesar dos nativos daquela re­
em Utah. Mais tarde ali apresentaram gião serem pacíficos, haviam outras tri-
peças teatrais.Consistiade um quadrân­ bus, não muito longe dali, bastante fe­
gulo de mastros, fincados no chão e li­ rozes.
gados entre si por vigas no alto e cober­ Felizmente, muitas coisas foram favo­
to com toros de madeira e galhos de ráveis ao acampamento naquêle ano. O
árvores, em forma de telhado. Assim as inverno foi tão brando que os trabalhos
pessoas, ali reunidas, ficavam abrigadas de arar, planar e construir, continuaram
do sol. durante a maior parte da estação. So­
mente os índios mais próximos os visi­
Em outubro de 1847, umas mil e oi-
taram, não tendo havido aborrecimentos
tocentas pessoas chegaram ao vale, con­
com êles.
duzidas pelos apóstolos Parley P. Pratt
e John Taylor. U m dos grupos, sob a (Continua na pág. 18)

Janeiro de 1952 7
UMA M E N S A G E M
P A R A 0 ANO NOVO
Pelo Pres. G e o r g e A lbert Sm it h

Encontramo-nos nesta época cheios mundo e o aparente aumento do poder


de bênçãos e também de muitos proble­ do mal, aquêles que ainda estão em lu­
mas. Sejam quais fórem nossas bên­ gares sagrados podem dicernir através
çãos, provêm tôdas de uma única fonte de todo o trabalho da mão do Senhor
— nosso Pai do Céu. E quaisquer que na consumação dos seus propósitos. O
sejam os nossos problemas, poderiam Todo Poderoso reina e continuará a rei­
todos ser resolvidos se os filhos nar !
do nosso Pai guardassem os seus man­ O Nosso Pai Celestial, em sua miseri­
damentos. E m tôda parte os homens córdia, enviou ao mundo o seu Filho
perguntam o que está se passando com Unigênito. E êste Filho, que é Jesús
o mundo. Por que será que a maioria Cristo, nosso Senhor e Salvador, m i­
dos povos do mundo são como são? O nistrou entre os filhos dos homens.
Senhor proveu para que tivessemos tu­ Curou os doentes, destapou os ouvidos
do que nos fizesse felizes. Enviou o seu dos surdos, restaurou a vista aos cegos
Filho ao mundo para nos trazer as bên­ e levantou os mortos. Convenceu os
çãos que só dêle poderiam vir. Ee no seus seguidores de que o propósito da
entanto com tôdas as igrejas e denomi­ nossa vida nesta terra é o de nos pre­
nações e tôdas as organizações que há, pararmos para a vida futura que é mais
creio que o mundo nunca estêve em con­ importante. Eventualmente deu a sua
dições tão críticas quanto hoje em dia. vida e foi capaz de sobrepujar a morte
Por que será ? A razão; que a maio­ e a sepultura e mostrar q caminho à
ria dos filhos do Nosso Pai que vivem vida eterna.
na terra não estão guardando os seus E novamente, nesta ocasião, desejo
mandamentos. testificar que sei que Jesús é o Cristo,
O mundo ainda está abalado por cau­ o Filho do Deus Vivo, que Joseph Smith
sa dos efeitos de guerras e rumores de foi um profeta do Senhor. Sei que re­
guerra; os barulhos dos levantamentos cebeu o Evangelho. Sei que os discí­
políticos e sociais fazem com que os co­ pulos do Salvador conferiram a êle au­
rações dos homens tremam de tem or; toridade divina e a transmitiram à Igre­
muitas vêzes não é permitida a entra­ ja quando a mesma for organizada. E
da, nos conselhos das nações, da pomba sei também que Jesús Cristo, nosso Se­
da paz. nhor, deu o seu nome a esta Igreja, e
Apesar cie todos os elementos contrá­ que espera que c reconheçamos e a hon­
rios, pode-se contar com o cumprimen­ remos onde quer que estejamos no m un­
to total das promessas do Senhor. Ca­ do. Afirm o que sei estas coisas. Sei
da dia que passa nos aproxima mais da que são verdadeiras. Encontramos pes­
data da Sua vinda em poder e glória. soas que são criticas e que dizem: “ Isto
E ’ verdade que a hora e o dia da Sua é afirmar m uito.” E realmente estou
vinda nenhum homem sabe; mas o de­ afirmando muito. Mas sei que estas coi­
ver dos Santos dos Últimos Dias é o sas são verdadeiras, a divindade do Sal­
de vigiar e orar com esforços só para a vador, o chamado divino do Profeta Jo-
verdade, abundantes de boas obras. Ape­ (
sar do descontentamento existente no (Continua na pág. 17)

8 A L IA H O N A
Por isso ao castigo da morte foi a ter­
Pelo Seus ra sujeita, e nossos pais tiveram que
trabalhar para ganhar seu pão. Êste cas­
tigo sóbre todo o gênero humano e des­
Proprios de então o temos sofrido. Assim como
nos sobrevei êste castigo sem termos fei­
to nada, senão pelo delito de uma só
Pecados pessoa — o de nosso primeiro Pai Adão
— assim também somos redimidos da
morte, sem fazermos nada de nossa par­
te, senão pelo que fêz uma só pessóa —
Quando Deus colocou nosso Pai Adão e essa pessôa é Nosso Senhor Jesús
no Jardim do Edem, lhe disse “ . .. D e Cristo — oRedentor do mundo. “E
tôda a árvore do jardim comerás, porém nisto se mostrou o amor de Deus para
da árvore da ciência do bem e do mal com nós, que enviou a seu Filho Uni-
não comerás, porque no dia em que gênito ao mundo para que vivamos por
dela comeres certamente morrerás” . Êle” . ( I João 4 :9 ). “ Porque enquanto a
morte veio por um homem, assim tam­
bém em Cristo todos serão vivifiçados.”
( I Cor. 15:21-22; veja também I Tim,
2:5-6).
Pelo que foi citado e por muitas ou­
tras escrituras que se poderiam citar
e de igual teor, vê-se claramente que
tôda a pessoa ressuscitará da morte e
será redimida na queda. Esta redenção
geral da queda significa que o homem
será redimido de seus próprios pecados
e voltará a presença de Deus sem obras
de sua parte. Os bons e os maus, jus­
tos e injustos ressuscitarão. Nenhum

(Gênesis 2:16,17) Vemos pois que o


castigo da violação dêste mandamento C3
foi a morte. A Eva disse: multiplica­
rei abundantemente tuas dores e tua
gravidez, com dores terás teus filhos, e
teu desêjo será teu m arido; êle preva­
lecerá sôbre ti.” A Adão dirigiu estas
palavras: “ Porque obedecestes a vóz de
tua mulher e comestes da árvore que te
mandei dizendo: “ Não comerás dela”,
maldita será a terra ; com dores come­
rás dela todos os dias de tua vida, es­ será castigado pela transgressão de
pinhos e abrolhos te produzirá e come­ A d ã o ; porém os maus não obstante par­
rás a erva do campo; com ó suor do teu ticiparem da ressureição serão castigados
rosto comerás o pão até que voltes para pelos seus próprios pecados que come­
a teria de onde fostes tomado : pois, pó teram nesta vida. (João 5:28-29; D a­
eras e pó tornarás a ser” . (Gen. 3 :16-19). niel 12:2; Apocalipse 20; 12).

Janeiro de 1952 9
0 que é
o Homen
“ O que é o homem, a quem tú deves
engrandecer?” perguntou Job em meio
de uma das suas grandes provas. Esta
pergunta é uma das mais importantes que
se conhece em religião e filosofia. Nós
devemos conhecer o que éramos antes,
para termos uma idéia definida do plano
e propósito da nossa existência e nosso
futuro destino. Disse um dos maiores
descendentes de Deus? Ainda Paulo, em
homens do mundo de hoje: “ diga-me
sua carta aos Hebreus, dá-nos a respos­
qual é o lugar do homem no Universo e
ta. Êle diz-nos que nós “ . . .tivemos pais
eu lhe direi qual o seu êxito.” Sem o
de nossa carne, os quais nos corrigiram,”
conhecimento do divino propósito da vi­
e então acrescentou: “Além disso nós
da do homem sôbre a terra, não é possí­
tivemos na verdade nossos pais carnais
vel dizer-se quais as provas reais de uma
que nos corrigiam, e que olhavamos com
vida brilhante. O que é o homem? Sha-
respeito. Porém para vivermos esteja­
kespeare, numa das suas mais belas es­
mos sujeitos ao Pai dos espíritos.” Deus
trofes poéticas, deu a sua definição sô­
é o Pai dos nossos espíritos. Em certa
bre o homem: “ Qual uma peça de traba­
ocasião Jesús disse: “ Eu e meu Pai so­
lho, é o homem ; tão nobre em razão
mos um “ ; a observação ofendeu grande­
quanto infinito em faculdades, em forma, e
mente aos Judeus. Êles tomaram pe­
na maneira admirável de seus movimen­
dras e apedrejaram-No. Jesús respon­
tos e ação; parece um anjo com forma
deu as suas ameaças dizendo: “ Mostrei-
de um Deus”. —
vos muitas obras boas da parte de meu
Porém que resposta a Bíblia nos dá Pai, e por estas obras vindes apedrejar-
sôbre tão poderosa pergunta? Nós en­ Me? — ■“ não viemos apedrejar-te por
contramos alguma luz sôbre essa ques­ uma boa obra, mas por blasfêmia; e por­
tão, em Lucas, Genealogia do Salvador. que sendo Tu um homem, te fazes Deus.”
N o último verso do 3.o capítulo lê-se: Jesús respondeu-lhes: “ Não está escrito
“ . . . o qual era filho de Enos, que era na vossa L e i: ‘Eu disse que vós sois
filho de Seth, que era filho de Adão, o Deuses’ (João, 10-34). Nisto o Mestre
qual era filho de Deus.” Assim, Adão, citou expressivamente um trecho do Sal­
o primeiro pai da raça humana, era filho mo 85, para provar que o homem é di­
de Deus. Paulo em seu Sermão em vino. O Espírito do homem vem de
Atenas, dá um testemunho concernente Deus. E m Eclesíastes nós lemos : “ . .. e
à nossa divina linhagem. Naquêle dis­ o pó volta para a Terra, como era, e o
curso êle diz: “ Pois nêle vivemos, e nos Espírito volta para Deus que o deu.”
movemos, e existimos pois até alguns Note bem a palavra volta. Nós não
dos vossos poetas têm dito: “ P O R Q U E poperíamos voltar a um lugar de onde
D ELE TAM BEM SOM OS G ERA ­ não tivessemos vindo. Nossos espíritos
Ç Ã O ” . Mas, em que sentido somos nós têm consciência da existência antes do

10 A L IA H O N A
nascimento. Job diz-nos que “ todos os Jeovah, o homem, e soprou-lhe nas nari­
filhos de Deus gritaram de alegria quan­ nas 0' sôpro de v id a ; e o homem tornou-
do a fundação da terra foi posta em se um ser vivente”. O espírito e o cor­
ação". (Job, 3-7). Jeremias foi ordena­ po constituem a alma do homem. O ho­
do a ser profeta antes de seu nascimen­ mem é revestido de um corpo, que é a
to. “ Antes que eu te formasse te co­ imagem semelhante de Deus. O homem
nhecia ; e antes que saísses da madre, te possuirá êsse corpo depois da ressurrei­
santifiquei: um profeta para as nações ção, quando então será glorificado. Quan­
te constitui. (Jeremias - 1-5). Paulo do Jesús depois de sua ressurreição, apa­
informa-nos que fomos escolhidos antes receu na sala onde se achavam seus dis­
da formação do mundo, a sermos San­ cípulos, Êle disse: “ Olhai para minhas
tos ; “ assim como nos escolheu antes da mãos e os meus pés, pois sou eu mesmo;
fundação do mundo para sermos Santos apalpai-me e vê-de, porque um esprito
e sem defeito perante êle.” (Ephesios - não tem carne nem osso como vêdes que
1.4). tenho. Jesús fôra o primeiro a ressusci­
tar. Assim como êle, nós seremos um
Os discípulos de Jesús Cristo compre­
dia ressuscitados. Grave bem o belo
enderam que os homens tiveram a cons­
testemunho de João: “ Amados, agora
ciência da existência antes da vida mor­
somos filhos de Deus, e não está ainda
tal. Êles perguntaram ao Mestre, refe­
manifesto o que havemos de ser. Sabe­
rindo-se a um homem cego: “ Mestre,
mos que, se êle se manifestar seremos
quem pecou para que êste homem nas­
semelhantes a Êle, porque o veremos co­
cesse cego, êle ou seus pais? Sua per­
mo Êle é.” A idéia de que o homem é
gunta mostra-nos claramente que o ho­
realmente de origem divina, que em sua
mem poderia ter pecado antes do nas­
ressurreição êle será glorificado com um
cimento. Por assim pensar êles supu­
corpo indestrutível; que os nossos atuais
seram que Deus tivesse punido aquêle
conhecidos poderemos reconhecer na vi­
homem com cegueira antes de seu nasci­
da futu ra; e que aquêles que têm uma
mento. Entretanto o Senhor não res­
pondeu: “ Êste homem não poderia ter (Continua na pág. 17)
pecado antes do nascimento”, mas dis­
se expressivamente: “ Nem êste homem
pecou, nem seus pais”. Com efeito dis­
se Jesús, “ êste homem não pecou antes
de nascer” . Isto foi, indubitavelmente
a sua significação, para os discípulos que
inquiriram quanto a conduta do homem
cego antes de seu nascimento. O espí­
rito do homem é um ser consiso, no cor­
po ou fora dêle. Paulo fala de que para
conhecer o tal homem (se no corpo, ou
separado do corpo, não sabeis; Deus o
saberá). Jesús também pregou aos es­
píritos na prisão, muitos anos depois da
morte de seus corpos.” Pedro 3-19.) Na
transfiguração de Jesús, Moisés e Elias
apareceram. (Lucas 9-33). Mas, o ho­
mem é mais do que um espírito. Esta
verdade fêz-se plenamente conhecida,
através do segundo capítulo de Gênesis,-
onde lemos: “ Do pó da Terra formou

Jàneiro de 1952
Em duas partes pelo
Presidente David O. McKay

vras o propósito do casamento: — ge­


rar filhos e construir uma família. Guar­
demos isto em mente.
—• “ Como posso eu casar-me e sus­
tentar uma espôsa da maneira a que ela
foi acostumada ?” ;
—“ Como poderei obter uma educa­
ção e manter uma fam ília?”
—• “ N ão consigo nem mesmo um lu­
gar para morar.”
São perguntas que surgem frequente­
mente entre os milhares de jovens que
hoje em dia têm que enfrentar êsses
Tenho um só pensamento em meu co­ problemas.
ração: — Que a juventude da Igreja E u estou pronto a reconhecer e en­
seja feliz! E somente no lar encontra­ frentar estas e outras dificuldades, ten­
remos a verdadeira felicidade desta vi­ do sempre em mente as palavras do Se­
da. Podemos fazer de nosso lar um re­ nhor :
canto do céu, pois êste é, na verdade, a “ O casamento foi ordenado por Deus
continuação de um lar perfeito. ao homem.” E repito que a finalidade
Os cientistas dizem atualmente que do casamento é a constituição da famí­
se pode avaliar as diferentes fases de lia e não um mero deleite do homem
uma civilização, pelo desenvolvimento ou da mulher. Aplicando êsse pensa­
do lar. Estudando a história dos povos, mento à vida de casados, as dificulda­
encontramos diferentes formas de casa­ des serão aplainadas e mais prontamen­
mento entre os primitivos e entre as di­ te encontraremos alegria e felicidade.
versas raças. A maioria dos escritores Vejamos como poderemos sobrepujar
são unânimes em afirmar que a famí­ algumas dessas dificuldades. Adiar o
lia é a mais alta forma de vida associa­ casamento, não resolve a situação. Sei
da. E ’ a base de todo o desenvolvimen­ que existem muitos pais que, vendo seus
to cívico futuro. filhos lutarem com tantas dificuldades,
Diz-nos o Senhor : “ . . . todo aquêle pensam que seria melhor se adiassem o
que proibe o casamento, não é ordena­ casamento até terminarem os estudos.
do de Deus, pois o casamento é insti­ Mas não creio que seja esta a solução.
tuído por Deus para os homens. Por­ Cada caso deve ser considerado de a-
tanto, é legítimo que o homem tenha côrdo com seus méritos. O principal é
uma espôsa, e os dois serão uma só que se amem mutuamente, pois casamen­
carne, isto tudo para que a terra cum­ to sem amor conduz à infelicidade. Mas
pra o fim da sua criação”. (D e C se êles estão certos de que se compre­
49:15-16). endem e têm os mesmos ideais, geral­
Esta passagem, recebida por revela­ mente o casamento entre jovens são os
ção direta, explica-nos em poucas pala- mais felizes.

12 A L IA H O N A
para Enternidade
O M A L D O D IV Ó R C IO tôda parte, a mulher casada continua
seguindo sua vocação ou desperdiçando
Grande é o número daqueles que es­ seu tempo à procura de novos estimu­
tão destroçando suas vidas no recife que lantes — • sem crianças para cuidar, sem
o divórcio, e entre êstes, jovens casais. casa para limpar, sem refeições para co-
Sempre pensei que o homem fôsse o sinhar. Sob tais condições as futilida-
único culpado por êsses lares desfeitos. cles passam absorver todo o seu inte-
Cheguei à idade madura acreditando que rêsse, o que frequentemente afasta-se
não houvesse uma mulher infiel. Minha de seu marido, em vez de uni-la a êle.”
mãe, minhas irmãs e minha espôsa eram
o meu ideal. Sempre atribuí ao homem
tôda a culpa das desavenças de famí­
lia. E sinto que fôsse obrigado a m u­
dar o meu ideal, colocando-o num ní­
vel mais baixo. As principais causas do
divórcio são infidelidades, de uma par­
te ou de outra, embriagues freqüente,
crueldade física ou violência; união de
uma jovem inocente a um devasso.
Eis as razões usualmente apresenta­
das para justificar uma separação. Se
pudéssemos rem?vê-las, creio que nun­
ca haveria divórcios. O ideal do Cris­
to é que o lar e o casamento sejam per­
manentes. À pergunta do fariseu:
“ . . . é lícito ao fariseu repudiar sua
mulher por qualquer m otivo?”
o Salvador respondeu:
“ . .. N ã o tendes lido que aquêle que
os fêz no princípio macho e fêmea os
fêz?” e disse: “ Portanto deixará o ho­
mem pai e mãe, e se unirá à sua m u­
lher, e serão dois numa só carne? A s­
sim não são mais dois, mas uma só
U m a frívola atitude perante o casa­
carne. Portanto o que Deus a juntou
mento, o imprudente estímulo ao “ casa­
não o separe o homem” (Màteus 19:3
mento experimental”, base da diabólica
-6 ) .
teoria do “ free sex experimertt” e a fa­
O casamento é uma união sagrada,
cilidade do divórcio são perigosos re­
feita com propósitos bem conhecidos.
cifes, contra os quais, muitas famílias
E ' claro para aqueles que observam,
se têm destroçado.
que os casamentos modernos procuram
“ Nosso Estado funda-se em nossos
frustar êsses propósitos.
lares”, disse o antigo Presidente Taft
“ Antigamente a mulher casada tin-
<:m certa ocasião. “ E se não proteger-
nha um lar para cuidar e geralmente
muitos filhos. H oje em dia, em quase (Continua na pág. 16)

Janeiro de 1952 13
A VITAMINA DOS AUMENTOS
mm mmm
O interesse pelos problemas de ali­ alimentos, prisões de ventre e outras
mentação entre nós vem aumentadto complicações.
consideravelmente de dia para dia, em
■ O terceiro grupo de vitaminas é o
fase da divulgação de novos conheci­
denominado pela letra C, cuja impor­
mentos sobre o assunto.
tância na vida é hoje muito conhecida.
Como visitante conhecemos as subs­
Existe nas frutas cítricas, inclusive no
tâncias que desempenham um papel im­
limão, que é riquíssimo.
portantíssimo na vida. São substâncias
instáveis e pouco ressitentes à influên­
cias do calor, razão por que a melhor ma­
neira de utilizá-las é sem preparo algum,
nos casos das frutas e legumes. Mas, se
é agradável comer frutas cruas, nem sem­
pre acontece o mesmo com os vegetais,
como hortaliças e legumes quando en­
tão entra em cena a culinária, preparan­
do-os de maneira a torná-los mais agra­
dáveis ao paladar.
Já não se discute a importância das
vitaminas, pois todos aceitam a teoria
da necessidade delas sem objeção algu­
ma.
As vitaminas tomam várias designa­
ções — A, B. C. D, e outras represen­
tando cada letra um tipo de vitaminas
bem estudado. A falta de vitaminas no
organismo acarreta doenças conhecidas
pela designação geral de avitaminose. A vitamina C, entretanto, é muito
A vitamina A , por exemplo, tem si­ sensível ao calor, e por isso deve ser
do mais conhecida pelo fato de a sua au­ cozinhado, quando se trata de legumes
sência determinar a cegueira nocturna e verduras, em panelas fechadas. Por
e muitas lesões da pele. cutro lado, a água onde são cozinhados
os alimentos ricos em vitamina C não
Dos alimentos mais comuns, os que deve ser jogada fora, pois essa vitami­
apresentam maior teor em vitamina na é muito solúvel e passa para a água
-— são: agrião, cenoura, espinafre, lei­ de cocção. ,
te, creme, manteiga, e ovo.
Entre as verduras que contêm gran­
Outro grupo importante de Vitami- de teor de vitamina C, destacam-se o
nasé o representado pela letra B, que pimentão, tomate, repolho, couve etc..
tem grande valor no equilíbrio do sis­ Outra vitamina importante é a D, a
tema nervoso. Dentro do grupo B 1, B 2,
qual é utilizada para manter o cálcio
etc., sendo cada um perfeitamente co­ e o fósforo no organismo. E ’ vulgar­
nhecido. Quando há deficiências dêsses
mente conhecida como vitamina do sol,
elementos no organismo, aparecem logo
falta de apetite, falta de assimilação dos (Continua na pág. 23)

24 A L IA H O N A
I Como podemos ser Um ? I
Falando o Presidente Clark na sessão As mesmas finalidades e os mesmos
do sacerdócio na última Conferencia desideratos.
disse: “ Julgo que todas as vezes que vos Significa desenvolver as mesmas ca­
tenho falado nestes últimos dois ou tres racterísticas e atributos.
anos tenho-o feito sobre a unidade, e Aqueles que são “ u m ” conseguem
volto agora ao mesmo assunto” . . . sê uma completa fé, esperança, caridade e
não sois um não sois meus! (D & C . 38: amor, e todos os demais explendidos
27). Afirmo novamente que a menos dons.
que sejamos um, não poderemos fazer Eqüivale a fazer todas as cousas de
aquilo que Deus espera de nós.” acordo com o esprito e o desejo do Se­
Jesús orou pelos doze e por todos nhor e ter a companhia constante do es­
quantos creram n ’Êle, “ a-fim-de que to­ pírito Santo.
dos sejam um, e que, como Tú, Pai, és Todos os homens que são guiados
em mim e eu em Ti também sejam eles pelas revelações do Espírito Santo serão
em n ó s .. . eu n ’eles e T ú em mim para “ u m ” entre sí e com o Senhor.
que sejam aperfeiçoados em um . . (São Os homens devem assumir o nome do
João 17: 21-23). Senhor,., “ recordá-lo sempre e guardar
que tenham sempre consigo o Seu Es­
p r ito .. ” (D & C 20- :77).
Não poderão ser “ um ” entre sí e com
o Senhor a menos que tenham seu Espí­
rito entre eles.
A estrada da unidade é a estrada da
obediência, e aqueles que viajam neste
caminho recebem o Esprito Santo como
Que significa realmente para os seu guia.
Santos ser um entre eles, e também com Os discípulos que são assim guiados
Cristo e o Pai ? pensam e crêm nas mesmas cousas.
Para ser um, os Santos precisam de
Tornam-se semelhantes na probidade,
os mandamentos que Êle lhes deu; para
na santidade e na piedade.
chegar a uma perfeita unidade e harmo­
nia sobre todas as cousas. Cada homem se torna como seu irmão
e todos se esforçam em ser como o Se­
Devem suster com a mão erguida e
nhor.
por obediência aos seus conselhos, as
autoridades locais e gerais da Igreja. Ninguém se eleva mais do que aos
Devem viver em estrita conformidade outros.
com todos os princípios do Evangelho. É com aquêle que preside assim como
Ser um, significa ter os mesmos pro­ com aquêles sôbre quem os direitos de
pósitos. tal presidência são exercitados.

“ Quase todos os males não têm fundamento senão na nossa imagi­


nação. São os nossos temores do futuro que os aguçam. O sofrimento pre-
,-ente, geralmente bem leve, não nos basta. Queremos sofrer, além disso,
no passado e no futuro.” —■Lamcnnais.

Jansiro de 1952 15
mos nossos lares contra essa constante casar. A pergunta do rapaz não deve
e desmoralizadora ruína, seria melhor ser: — Qual a mais bonita que eu co­
que vêssemos as estatísticas dos casa­ nheço? — E a moça não deve pergun­
mentos realizados no tempo e fora do tar: — Qual dêles me tratará como uma
templo, nêstes últimos dez anos. E’ eterna noiva? — A verdadeira pergunta
um pouco difícil fazer um julgamento deve ser:
entre os casamentos de membros da — Será ela a melhor mãe que pode­
Igreja, pois mesmos aqueles que se ca­ rei encontrar para meus filhos?
sam fora, dentro de um ano, ou pouco
mais, vêm ao templo a fim de que seu
casamento seja feito para a eternidade.

“ Há algo errado em relação aos ca­


samentos hoje em dia” , disse alguém. E
atribue êsse lapso ao fato de que os ho­
mens se casam sem o menor conheci­
mento das responsabilidades de um pai.
Escolhem suas noivas entre a galeria
de “ fans” , antes de refletir: “ Será ela
uma boa mãe para os meus filhos?” ; e
as jovens procuram por herois, em vez
de pensar: “ Será êle um bom marido e
um bom p a i?” . Êste autor diz ainda:
“ Uma ccisa certa e fundamental, torna-
se cla ro: ninguém ensina as responsa­
bilidades de um pai, na América. E a
paternidade é a principal razão da exis­
tência do homem. Nossa sociedade in­
ventou tôda a sorte de distrações infan­
tis, tais como programas de rádio, livros
cômicos, cinemas, Jardins de Infância e
acampamentos de verão, a fim de subs­
tituir os pais o mais possível.

Se o lar é o alicerce da nação e da


sociedade, nós como um povo, faríamos
melhor se começássemos a construir
verdadeiras famílias. Está-se tornando — Será êle o melhor pai? — Ou en­
grandemente popular a idéia de que a tão : — Quereria eu ser sua filha ? — ■
criança é um estorvo, de modo que se Tais são as expressões de quem está
procura por todos os meios evitar a ciente das responsabilidades de um lar
sua companhia. A s crianças educadas onde crescerão os seus filhos. Êste é
por semelhante casal, só poderão trazer- o ponto essencial, e se considerarmos o
lhe aborrecimentos em vez de prazer. casamento com seriedade e não esera-
mos dêle apenas uma indulgência egoís­
A felicidade de uma pessoa depende
muito de sua capacidade de ser severo ta, evitamos muitos mal-entendidos, pois
pai e mãe esquecer-se-ão de si próprios
para consigo própria e indulgente para
pensando nos filhos que hão de vir e,
cOm o próximo.
na vida dessas criancinhas, êles encon­
Se quizermos que o casamento tenha trarão alegria e verdadeira felicidade.
um bom início, temos que reformar as
(Continua no próximo numero)
idéias e sentimentos daquêles que se vão

16 A LIAHONA
0 QUE É O HOMEM nossas possibilidades quando disse; “ se­
de pois, vós, perfeitos, como vosso Pai
(Continuação da pág. 10)
Celestial é perfeito” .
vida pura, serão exaltados e lhes será
permitido associar-se com Deus, o Pai
Eterno, é uma das doutrinas constantes
do :M ormonism o” . Esta é a mais no­
bre concepção do lugar do homem no
universo, a qual tem sido feita conhecer
pela raça humana Ela exalta e engran­
dece os ideais da vida. Faz com que sin­
tamos ser nossa existência algo de real
e grandiosa. Nós temos estampada em
nós, a divindade. Nós recebemos de
Deus ns primeiros ensinamentos em nos­
sos corações endurecidos. Viemos a êste
mundo cheios de possibilidades divinas.
Paulo em sua carta aos Efésios fala dos
santos referindo-se: “ até que cheguemos
Isto é como se fôra a nessa nobre he­
à unidade da fé e do pleno conhecimen­
rança. Nossa existência é interminável,
to do Filho de Deus, ao estado de homem
na escola do progresso. O verdadeiro so­
feito, à medida da estatura da plenitu­
frimento de Deus é nosso curso de per­
de de Cristo.” Está dentro de nossa pos­
feição, o Espirito Santa, é o nosso in­
sibilidade obter a estatura moral e men­ falível Tutor. Os anos eternos de Deus
tal de Cristo. Nós devemos ser tão for­ é o período dos nossos estudos e desen­
tes, puros, bons, gentis, verdadeiros e volvimento. Com essa alta concepção de
santos como o Filho de Deus. O Senhor nossa origem e destino, pois, de que ou­
tinha em mente esta nobre concepção das tro modo poderemos julgar que sejam os?

•O

UMA MENSAGEM PARA O Se houvesse alguma dúvida no meu


ANO NOVO (Continuação (ia pag. 8) coração sôbre estas coisas, que êrro es­
seph Smith, a organização da Igreja, a taria eu fazendo em testificar desta ma­
dádiva do sacerdócio aos homens em neira !; mas não estou errado. ■Sei o
nossos dias — tôdas estas coisas são que estou dizendo, e testifico a todos
verdadeiras. que o Evangelho de Jesús Cristo é o
Mas se estas coisas não fossem ver­ poder do Senhor para a Salvação, como
dadeiras, seria uma coisa muito séria o nos foi revelado nestes últimos dias, e
fato de vos estar eu dizendo que o são, com o é seguido pelos membros da Igre­
pois não está longe o dia em que serei ja que trás q seu nome, a Igreja de Je­
de repente chamado para o outro lado. sús Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Sabendo disto e conhecendo-lhe a im­ Sei que estas coisas são verdadeiras e
portância, digo-vos que Jesús Cristo é as repito, conhecendo a seriedade de tal
o Filho de Deus. Joseph Smith foi um afirmação se a mesma não fôsse ver­
Profeta de Deus, e a Igreja que foi dadeira; deixo-vos este testemunho em
restaurada por êle é a Igreja do Cor­ amor e fraternidade, em nome de Je­
deiro de Deus. sús Cristo nosso Senhor. Amen.

Janeiro de 1952 17
0 NOVO LAR Na primavera muitas famílias muda­
(Continuação da pág. 7) ram-se do forte, que nunca íôra um lu­
gar confortável. Muitas famílias mora­
Apesar da clemência do inverno, al­ vam num só quarto, -estavam aglomera­
guns trabalhos construtivos tiveram que das e quando chovia havia goteiras, de
ser feitos. Adotaram-se medidas conci­ modo que logo que puderam, sairarn pa­
liatórias com os nativos. Os caçadores ra procurar utras paragens onde teriam
e os traficantes de peles foram procura­ mais espaço e menos desconforto.
dos, aos quais ensinaram o sentimento
de cooperativismo. Um govêrno, meio Porém a primavera e o verão também
p lítico, meio religioso, foi formado, com tinham os seus inconvenientes. Quando
regras especificas de conduta e penali­ o milho, a ervilha, o feijão e os pepinos
dades. a começaram a crescer, veio a geada e
os queimou. Mais tarde, quando o tri­
Uma comissão foi nomeada, tendo Ge­ go principiou a amadurecer, no vasto
neral Rich como presidente, para formu­ campo arado, tratado e cercado com
lar regras e regulamentos. Em Dezem­ grande esforço dos mormons, veio uma
bro, essa comissão fêz o seu relatório. nuvem de gafanhotos, dos canyons, e
devorou quase tudo. Êstes, teriam aca­
bado com tôda a plantação se não fos­
sem as gaivotas, que se fartaram de co ­
mer gafanhotos, fazendo a festa nos ria­
chos vizinhos e voltando para repetir
o trabalho de salvação, durante alguns
dias, até que todos os gafanhotos desa­
pareceram. Esta foi a resposta às pre­
ces dos colonizadores, que já haviam de­
sistido de lutar contra a peste. Já ha­
viam tentado jogar água, esfregões e
outros utensílios de cozinha e até mes­
mo atear fogo, porém, sem resultado.
w
jHy A oração foi a mais forte arma. Um
w

A s regres sugeridas, explicou a comis­


são, foram oferecidas “ na ausência da
comunidade” . Uma das regras era que
todo homem capáz devia trabalhar. Se
assim não fizesse, seria trazido perante
o juiz e pronunciado um vadio e nêsse
caso seria forçado a trabalhar, entregan­
do sua féria aos dependentes. Outras Utah, portanto, a gaivota é um pássaro
regras regiam a conduta. Havia regras sagrado e protegido pela lei. Na praça
sôbre o furto, roubo, alcoolismo e infra­
do Templo, na cidade do Lago Salgado,
ções das leis morais.
há um monumento à gaivota, para co­
A s principais ocupações dos homens memorar c salvamento da primeira plan­
no vale do Lago Salgado foram cons­
tação dos colonizadores. Êste é talvez,
truir casas e cêrcas, plantar, preparar a
lenha, conciliar os índios e procurar no­ no mundo inteiro, o único monumento
vas fontes de alimento. erigido a um pássaro.

18 A LIAHONA
p m
| 0 RUMO DOS R A M O S I
J U N D IA Í corro. Devemos tudo isto, ao esforço
Bôas notícias! Mais um ramo foi e abnegação da nossa Irmã Ida Laba-
aberto na missão brasileira. Elder Tra- lardo, Presidente da Sociedade, que tu­
vis Haçs e Donald Liman chegaram em do tem feito e que por certo continuará
Jundiai no dia 17 de agôsto, com gran­ fazendo pelo engrandecimento da So­
de privilégio de começar o trabalho de ciedade de Socorro.
missionários. O trabalho está sendo No dia seguinte, sábado, o Ramo de
muito apreciado e de gransde progresso. Pinheiros, organizou um pic-nic na
Já contamos crm inúmeros amigos e Praia do Avay. Se não fôsse a chuva
mais de 80 Livros de M ormon foram fina e esparsa que caiu durante a ma­
vendidos. nhã, o pic-nic teria sido cem por cento.
Na ncite de 24 de outubro, com a Assim mesmo, nos divertimos à
presença de 2C0 pessoas apresentamos “ pamparra", com os esportes, os pas­
dois filmes sôbre “ A s Américas antes seios à cavalo, charrete etc., além do
de Colom bo” os quais tiveram grande maravilhoso panorama.
apreciação. Assistimos ainda, no dia 9 de dezem­
bro, o batismo da nossa Irmã Maria dos
Elder Lyman foi transferido e assim
Santos, na Casa da Missão, tendo sido
outro chegou. Elder Hardcastle conti­
confirmado no mesmo dia, à tarde.
nuará no ramo que é bem novo.
A festa de Natal, êste ano, foi rea­
Com orações de todos e ajuda de nos­ lizada no dia 22, tendo sido maravilho­
so Pai que está nos céus, vamos fazer samente organizada pela Presidência do
dêste ramo o melhor da missão brasi­ Ramo, com a colaboração da Mútuo.
leira. Vejam, Jundiai p r o g r id e !... “ O “ Papai N oel” chegou na hora “ H ”
progride sempre!
do espetáculo e começou a distribuir
Elder Travis Haws presentes a tôda a garotada. Foram
apresentados diversos números interes­
SÃ O P A U L O santes de poesias de natal, pelas meni­
Realizou-se no dia 1,o de Dezembro, nas, além de outros números musicais
uma festa na Casa da Missão, a qual, magníficos. N o final, foram distribuí­
esteve animadíssima com as diversas dos a todos os presentes, muitos doces e
e divertidíssimas brincadeiras apresen­ refrescos.
tadas, não faltando, é claro, o já tra­ E assim, ficaram encerradas as ativi­
dicional “ cachorro quente” . dades do ano de 1951 no Ramo cle São
Paulo.
A Sociedade de Socorro, realizou no
E aqui, levando o nosso abraço sin­
dia 7, o seu “ Bazar” de 1951. Nêste
cero e cordial, aos membros e amigos de
bazar foi apresentado aos presentes mag­
todos os Ramos do Brasil, desejamos
nífico show, e ofertada farta mesa de
que o ano de 1952 nos seja próspero e
comes-e-bebes.
ieliz, e que a paz de Deus estêja sem­
Os trabalhos apresentados, para ven­ pre conosco, no trabalho, nos passeios e
da, foram cs melhores e os mais belos até principalmente em nossos lares.
hoje aresentados pela Sociedade de So­
Ademar de Souza

Janeiro de 1952 19
R IO C L A R O cês todos, tenham completo conheci­
mento de nossas alegrias. Dia 24 de de­
As últimas notícias de nosso Ramo, zembro, véspera de Natal, os membros
são bastante alegres; no dia 9 de de­ de nosso querido ramo proporcionaram
zembro a Igreja ganhou um novo mem­ a todos o grande prazer de partici­
bro : o irmão w aldemar F. de Toledo, parmos de uma alegre e bem organi­
que foi levado às águas do batismo. zada festa, em comemoração ao dia san­
Os Elders w aldron e Sant testemunhou tificado pelo nascimento de Cristo, nos­
e confirmou respectivamente o novo so amado Redentor. Nesse dia tivemos
membro, embora já não faça mais par­ a feliz oportunidade de assistir à uma
te de nosso ramo, pertencendo agora pequena peça representada pela petizada
ao de São Carlos. da primária. Quão maravilhoso foi,
amigos, vêr aquêles pedacinhos de gen­
Nossas alegrias também são muitas;
te interpretando o nascimento de Jesús!
aproveitamos sempre todos os feriados
Confesso-vos que foi um belo espetáculo.
para divertirmos. Assim foi que tive­
mos um belo pic-nic no dia 8 p.p. no O h ! — Também não podemos deixar
qual divertimo-nos muitíssimo, e que de apontar aqui a homenagem de amor
constituiu uma maravilha. Mas, não foi e carinho, prestado por membros, ami­
realmente um p ic-n ic; poderíamos cha­ gos, investigadores e missionários dêste
mar um churrasco. Partimos às 18,30 ramo ao irmã© Orlando Crótt. Troca­
horas regressando as 20,00. Estiveram mos as renas de Papai Noel por um ca­
conosco nesse belo passeio os_ Elders minhão que comportava tôda a turma;
Sant, Bentley e Stevens. Brincamos eram 23,30 horas de 24 de dezembro
m uito; jogamos, cantamos e quando quando chegamos em sua casa, e sem
cansados, sentamos ao redor da foguei­ fazer o menor ruído, irrompemos de su­
ra e saboreamos salsichas assadas no es­ petão a cantar “ Noite Feliz” com o má­
peto. quentinha, feita na hora e de acor­ xim o entusiasmo. Foi um momento de
do com o gósto do freguês. . . forte com oção para todos, inclusive para
nosso irmão doente, que não pode si-
Regressamos muito contentes e agra­ quer falar, suas lágrimas porém canta­
decidos ao Nosso Pai Celestial pelo bom ram seus sentimentos, principalmente
êxito que propiciou ao empreendimen­ quando lhe foi entregue uma cesta de
to que nos trouxe tanta alegria. Mas natal contendo presentes de seus irmãos.
nossos contentamentos não são apenas
Decididamente, os mormons, são
êstes; tivemos muitos outros, pois o
nosso pequeno Ramo de R io Claro, tam­ gente que sabem espalhar alegria, disto
bém enviou uma missionaria: Dulce dando próvas êste pequeno grupo de
R io Claro, que ao findar sua homena­
Green, que está trabalhando na Casa da
gem ao irmão Crótt, foi da mesma for­
Missão como tradutora. Temos tam­
ma visitar o senhor Martinho Hunger,
bém irmã Vicentina Saraiva, que está
pai de nossa querida irmã Rachel H un­
como missionária de Distrito, tendo sido
ger Green. Não posso, irmãos, descre­
designada por Elder Stevens, presiden­
ver com palavras a comoção que apo-
te do Distrito de Campinas. O traba­
derou-"se dêsse senhor quando abrindo
lho da irmã Vicentina tem alegrado a
a porta de sua casa encontrou um grupo
todos. Estamos satisfeitos com ela e
de criaturas para êle ainda estranhas, en­
temos a certeza de que a irmã Dulce
toando os suaves cantos do Natal. T o ­
também fará sempre o melhor. Dese­
dos nós vimos seu corpo ser sacudido
jamos-lhe felicidades. pelos soluços e vimos as lágrimas, ex­
Esperem irm ãos! as novidades ainda pressão sincera de sua gratidão, desli­
não terminaram, pois desejamos que vo­ zarem sem receio pelo semblante abati­

20 A LIAHONA
do pela enfermidade. Fêz-nos entrar em corro, planejou para dia 15 um grande
sua casa, ofereceu-nos tudo o que pos­ bazar, que por certo devia ter sido co­
suía. Comemos e passamos alegres m o­ roado de grande êxito, devido ao esfor­
mentos. Eramos ao todo 30 pessoas, e ço das sócias, amigas e do nosso esti­
ali mesmo não pidem os deixar de ofe­ mado irmão Osvaldo França. Estamos
recer ao Senhor nossas orações. muito satisfeitos com a realização dêsse
Foi um feliz natal para todos. Sim, bazar, pois a renda reverterá em bene­
um natal completo com o batismo de fício da construção da capela.
mais duas pessoas que, livremente usan­ Também temos a dizer-lhes que as
do dos seus direitos de escolha, recebe­ novas presidências da Escola Dominical
ram o previlégio de serem incluídos en­ e da Associação de Melhoramento M ú­
tre os Santos dos Últimos Dias. tuo estão assim constituídas:

O Dr. Debs W ebster batizado por Escola Dominical: Superintendente -


Elder Packer, e Geny Loureiro por El- Irmão José O rdacow ski; 1.° conselheiro -
der Waldron, tornaram-se membros da Irmão Otávio R odrigues; 2.o conselhei­
Igreja de Jesús Cristo, no dia 25 quan­ ro - Julio Kogut N etto; secretária -
do tôda a humanidade rejubilava-se pe­ Antonia Gonçalves.
lo nascimento do Cristo. Estas duas al­
A . M. M .: Presidente — Irmã Lia
mas renascerem para uma vida nova,
de Paula ; l.o conselheiro — Irmão Eloy
pautada de agora em diante pelo amor
Gonçalves; 2.o conselheiro — Irmã Eli-
a Deus e a Cristo fazendo assim um
zabeth Tigges e secretária Lemir de
convênio eterno para a eterna salvação.
Paula.
Estas são, amigos, as notícias do R a­
mo de Rio Claro e como vêem, tudo vai Esperamos que as novas presidências
azul na cidade azul. Feliz ano novo das duas organizações possam contar
para todos são os votos de seus irmãos com a cooperação de todos e assim le­
rioclarenses. var avante o trabalho do Senhor aqui
na terra.
Míriam Gonçalves e Irmã Yolanda
E ’ com prazer que anunciamos o co-
C U R IT IB A mêço do côro do Ramo de Curitiba, com
um objetivo de permanência. O dire-
A l ô ! Membros e amigos da Igreja em tor-supervisor é Leugim de Paulo, com
todo o Brasil. Volta novamente a in­ Enos de Castro Deus, presidente; Lola
formar o Ramo de Curitiba, e com no­ Ordacowski, secretária, e Laura Orda­
tícias de grande regozijo para todos, cowski, organista.
principalmente para os membros da Ci­
dade Sorriso. Finalisaxido as informações, os mem­
bros, amigos, e missionários de Curiti­
Êste Ramo iniciou há dois mêses a ba, enviam a todos os membros, amigos
Campanha pró-construção da nossa ca­ e missionárias do Brasil, um forte abra­
pela. Assim, os membros, amigos e mis­ ço e votos de felicidades e Prospero Ano
sionários, estão trabalhando com grande N ovo, e que o trabalho de cada um,
entusiasmo para que em bréve, com a principalmente o da Igreja, seja coroa­
ajuda de Deus, possamos obter o que do de êxito. E pedimos as bênçãos do
tanto almejamos. A Sociedade de So­ Senhor sôbre todos.

Quando rétribués injurias por injuria, pões-te abaixo do teu inimigo,


quando dele te vingas, a êle te assemelhas; quando, porém, perdoas-lhe’
colocas-te acima dele. — Benjamim Franklyn.

Janeiro de 1952 21
THE ENGLISH PACE
THE L I STENERS
by W alter de la M are

“ Is there anybody there? said the T ra v e lle r ,


K n o ck in g on the moonlight d o e r ;
A n d his horse in the silence champed the grasses
O f the forest's fern y flo o r:
A n d a bird fle w up out of the turret,
A b o ve the T ra vellers h ead;
A n d he smote upon the door again a second tim e;
“ Is there anybody th ere?" he said.
B u t no one descended to the T r a v e lle r;
N o head from the leaf-fringed sill
L ea n ed over and looked into his g rey eyes,
W here he stood p rep lexed and still.
B u t nely a host of phantom listeners
t h a t dw elt in Ire lone house then
S tood listening in the quiet of the moonlight
Stood thronging the faint memmon beams on the dark stair..
That goes dow n to the em pty hall,
H earkenin g in an air stirred and shaken
B y the lonely T ra vellers call.
A n d the felt in his heart their strangeness.
T h eir stillness answ erngg his cry,
W hile his horse m oved, cropping the dark turg,
’N eath the starred and leafy s k y ;
F o r he suddenly smote on the door, even
L o u d er, and lifted his h e a d : —
“ T ell them I came, and no one answered,
That I kept m y w o r d ,” he said.
N e v e r the least stir made the listeners,
T hough every w o rd he spake
F e ll echoing through the shadormness of the still house
F ro m the one man left a w a k e :
A y , they heard his foot upon the stirrup.
A n d the sound of iro n on stone
A n d how the silence surged softly backw ard
W hen the plunging hoofs w ere gone.

Som e folks are like row-boats, for they have to be pulled wherever
they go. Sometim es it is a hard struggle to keep them pointed in the
right direction.
O thers are like saii-boats. I f the wind blows east, that's their direc-
lion. If it blows west, they go that w ay. O f course it is possible for them
10 “ beat against the w in d ," by they don't often do it. Ih ey are inclined
to follow every wind of emotion and popular sentiment.
O thers still are like power-boats who drive against the wind or tide
and. in the face of great difficulties keep their even course. W hich one
w ill you try to be like?
S atu rday M o rn in g R e v ie w
SÂ U C E (Continuação da pág. 14)

pelo fato de pxler ser formada pelo municado é chamar a atenção dos inte­
próprio organismo, estimulada pela ressados para a sua importância na ali-
ação dos raios solares na pele. vitaminas, o objetivo principal dêste co-
A falta de vitamina D no organismo mentação das populações rurais, pro-
determina o aparecimento de complica­ b1ema êste que deve constar de toda
ções ósseas. Os cascs de avitaminose plano educativo. Da divulgação de tais
por falta de vitamina D são raros entre conhecimentos, dependerá melhor apro­
nós, dada a existência de sol em quase veitamento, por parte das populações
todo o ano. rurais brasileiras, de nossos produtos
Dessa forma, mesmo sem entrar em destinados à alimentação.
mai res detalhes sôbre a influência das ( Vida e Saude - Setembro 1951)

NOVOS

M IS S IO N Á R IO S

Hygino de Freitas Emmanuel Ballstaedt


Sorocaba, S. P. Sait Lake City, Utah

M IS S IO N Á R IO S D E S P E D ID O S

Em ausência
da
fotografia
Cleo Jordan
Porto Alegre,
R. G. do Sul

Wayde Stoker José Maria de Camargo


Panquitch, Utah Campinas, S. P.
Um Pensamento
para o Ano Novo
O D O M Í N IO D E SI M E S M O

Nenhum homem é sábio, a não ser


que êle seja o seu próprio mestre. Con­
tra isso, nenhum tirano é mais impiedoso
e mais temido que o desejo ou a paixão
incontrolável. Isto, nós encontramos se
nos deixarmos vencer pelos desejos ar-
❖ rebataveis da carne, e os seguir, pois, o
❖ fim será irremediavelmente amargo, in-
» jurioso e lastimoso, tanto ao próprio in-
^ divíduo como à sociedade. E ’ doloroso
» em exemplos como também nas conse-
^ quências, principalmente ao descontrola-
^ do, quando a negação dêstes desejos ca- J
^ recer a crucificação da carne, e assim ▼
^ falando, aaspiração de algo nobre. E, ’
V sempre que nos fôr possível, façamos o V
^ bem aos nossos semelhantes, esperan- ®
$ do alcançar no futuro, os tesouros do ®
^ céu, onde as trasas e o môfo não podem ^
0 corromper, e onde o ladrão não os pode V
^ roubar. Estas couisas, sim, trarão a V
^ eterna felicidade; dêste mundo e do v
0 outro mundo. Não há prazer na satisfa- $
0 ção dos nossos desejos físicos; comer, $
beber, nas associação alegres, e em
outros prazeres mundanos, pois, êstes
não são mais do que bôlhas de sabão.
Deles não podemos tirar nenhum pro­
veito, neles nada há, beneficio ou feli­
cidade durável.
José Smith

Você também pode gostar