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*
O MESTRE
Certa vez, ao cair da tarde, ia Jesus
por um dos floridos caminhos da Gali-
leia. Naquele tempo, a terra exalava um
perfume de rosas! Caminhando encon
trou dois meninos que brincavam alegre
mente, e se deteve a contemplá-los. O
Mestre encontrava algo divino no ino
cente jogo dos pequeninos. Ao vê-Lo,
os meninos correram ao seu encontro;
pois sabiam que era o homem Milagroso
que resuscitara a filha da viuva. R a b i!
R a b i! Como és milagroso ! ■
— exclamou
um dos meninos, enquanto outro acari
ciava suavemente as mãos de Jesus.
Logo, o primeiro que falou disse: Se
és tão milagroso, dá-me umas moedas de
ouro para que eu compre um cordeirinho ;
minha mãe é tão pobre! E u quizera ter
como os meninos ricos, um cordeirinho
para com ele brincar. Jesus escutou sor
rindo, e docemente perguntou ao outro:
E tu o que queres? E u quero uma es
trela, Rabi. Se és tão bom e tão mila
groso, da-me uma estrela. Jesus que
dou-se silencioso e pensativo. Depois
inclinou-se e tomando um punhado de
barro do caminho, e elevou com suas
mãos puras para o ceu. Então o barro
converteu-se em ouro, ouro luminoso de
um punhado de moedas, que deu ao me
nino. Este cheio de alegria, não pen
sando mais senão no cordeirinho, beijou
as mãos milagrosas do Mestre e se afas
Na 1 3 C a p a : tou correndo pelo caminho. O outro
menino com n..olhar ancioso, mirando o
O Templo de Nazareno, luminosamente puro naquele
instante, aguardava silencioso, Jesus
Logan, Utah
imóvel permanecendo diante dele, talvez
orando ap P a i! A briza ondulava deli
cadamente os aneis de sua cabeleira. Em
dado momento abaixou-se, e tomando en
tre suas mãos a linha cabecinha do me
nino, beijou-lhe a fronte pura e, acon
chegando os lábios ao ouvido do menino
disse-lhe. A estrela que me pedes, está
cm ti mesmo! Cuida de que nunca se
apague o seu divino fulgor!
São Paulo
JA N E IR O DE 1952
Rua Itapeva, 378
Ano V N.° 1
T e L : 33-6761
S U M Á R I O
“ A LIAHONA” é publi E D I T O R I A L ........................................................................ 5
cada mensalmente no Trad. por Mario Gonçalves
Brasil pela Igreja de Je
A IG RE JA NO M U N D O .................................................... 4
sus Cristo dos Santos dos
O NOVO LAR — Curta História da Igreja — 20.a parte 6
Ültimos Dias. Preços das
assinaturas: c a d a O RUMO DOS R A M O S .................................................... 19
4 A L IA H O N A
EDITORIAL
P ELO S F R U T O S OS C O N H E C E R E IS
Janeiro de 1952 5
o
Novo
Lar
Historia la IGREJA
20.a PARTE
I
mens desviaram as águas de um rio pe de Orson Pratt. Queriam seguir o pla
queno para as terras. no proposto para a Cidade de Sião, fei
to por Jcsé Smith, em Independence,
Missouri -— cidade esta que não chegou
6
a ser construída. Cada quarteirão erá direção de Charles C. Rich, trouxe, do
dividido em terrenos de um quarto de leste, equipamentos militares. Foi cons
acre, exceto o do centro que seria desti- truído um forte para proteger os San
rado aos edifícios públicos. As fazendas tos, dos índios. Era uma grande pra
ficarem fora da cidade. “ Deixa que cada ça cercada de muros, construídos com
homem”, dizia Presidente Young, “ cul t . ros de madeira que serviam como par
tive sua própria terra, plante árvores te posterior das casas e de tijolos seca
frutíferas e de sombra, para o embeleza dos no sol. Mais tarde, mais duas pra
mento da cidade”. As ruas eram lar ças fcrtes foram construídas. E aqui pas
gas e eram cortadas por ângulos retos. saram os dois mil pioneiros o seu pri
meiro inverno.
Naquele mesmo dia, Presidente
Young e os apóstolos andaram uma pe Numa conferência ficou resolvido que
quena distância do acampamento, até a seria nomeada uma presidência e um con
um pedaço de terra onde City Creek se selho, para supervisionar os Santos no
bifurcava. Êste sítio foi escolhido para vale. A presidência consistia de três ho
a construção de um templo. mens, que já se achavam a caminho. Ao
rio que atravessava o vale, deram o no
me de Jordão, pois êste, como o Jordão
na Palestina, liga um lago de água dôce
a outro de água salgada.
Janeiro de 1952 7
UMA M E N S A G E M
P A R A 0 ANO NOVO
Pelo Pres. G e o r g e A lbert Sm it h
8 A L IA H O N A
Por isso ao castigo da morte foi a ter
Pelo Seus ra sujeita, e nossos pais tiveram que
trabalhar para ganhar seu pão. Êste cas
tigo sóbre todo o gênero humano e des
Proprios de então o temos sofrido. Assim como
nos sobrevei êste castigo sem termos fei
to nada, senão pelo delito de uma só
Pecados pessoa — o de nosso primeiro Pai Adão
— assim também somos redimidos da
morte, sem fazermos nada de nossa par
te, senão pelo que fêz uma só pessóa —
Quando Deus colocou nosso Pai Adão e essa pessôa é Nosso Senhor Jesús
no Jardim do Edem, lhe disse “ . .. D e Cristo — oRedentor do mundo. “E
tôda a árvore do jardim comerás, porém nisto se mostrou o amor de Deus para
da árvore da ciência do bem e do mal com nós, que enviou a seu Filho Uni-
não comerás, porque no dia em que gênito ao mundo para que vivamos por
dela comeres certamente morrerás” . Êle” . ( I João 4 :9 ). “ Porque enquanto a
morte veio por um homem, assim tam
bém em Cristo todos serão vivifiçados.”
( I Cor. 15:21-22; veja também I Tim,
2:5-6).
Pelo que foi citado e por muitas ou
tras escrituras que se poderiam citar
e de igual teor, vê-se claramente que
tôda a pessoa ressuscitará da morte e
será redimida na queda. Esta redenção
geral da queda significa que o homem
será redimido de seus próprios pecados
e voltará a presença de Deus sem obras
de sua parte. Os bons e os maus, jus
tos e injustos ressuscitarão. Nenhum
Janeiro de 1952 9
0 que é
o Homen
“ O que é o homem, a quem tú deves
engrandecer?” perguntou Job em meio
de uma das suas grandes provas. Esta
pergunta é uma das mais importantes que
se conhece em religião e filosofia. Nós
devemos conhecer o que éramos antes,
para termos uma idéia definida do plano
e propósito da nossa existência e nosso
futuro destino. Disse um dos maiores
descendentes de Deus? Ainda Paulo, em
homens do mundo de hoje: “ diga-me
sua carta aos Hebreus, dá-nos a respos
qual é o lugar do homem no Universo e
ta. Êle diz-nos que nós “ . . .tivemos pais
eu lhe direi qual o seu êxito.” Sem o
de nossa carne, os quais nos corrigiram,”
conhecimento do divino propósito da vi
e então acrescentou: “Além disso nós
da do homem sôbre a terra, não é possí
tivemos na verdade nossos pais carnais
vel dizer-se quais as provas reais de uma
que nos corrigiam, e que olhavamos com
vida brilhante. O que é o homem? Sha-
respeito. Porém para vivermos esteja
kespeare, numa das suas mais belas es
mos sujeitos ao Pai dos espíritos.” Deus
trofes poéticas, deu a sua definição sô
é o Pai dos nossos espíritos. Em certa
bre o homem: “ Qual uma peça de traba
ocasião Jesús disse: “ Eu e meu Pai so
lho, é o homem ; tão nobre em razão
mos um “ ; a observação ofendeu grande
quanto infinito em faculdades, em forma, e
mente aos Judeus. Êles tomaram pe
na maneira admirável de seus movimen
dras e apedrejaram-No. Jesús respon
tos e ação; parece um anjo com forma
deu as suas ameaças dizendo: “ Mostrei-
de um Deus”. —
vos muitas obras boas da parte de meu
Porém que resposta a Bíblia nos dá Pai, e por estas obras vindes apedrejar-
sôbre tão poderosa pergunta? Nós en Me? — ■“ não viemos apedrejar-te por
contramos alguma luz sôbre essa ques uma boa obra, mas por blasfêmia; e por
tão, em Lucas, Genealogia do Salvador. que sendo Tu um homem, te fazes Deus.”
N o último verso do 3.o capítulo lê-se: Jesús respondeu-lhes: “ Não está escrito
“ . . . o qual era filho de Enos, que era na vossa L e i: ‘Eu disse que vós sois
filho de Seth, que era filho de Adão, o Deuses’ (João, 10-34). Nisto o Mestre
qual era filho de Deus.” Assim, Adão, citou expressivamente um trecho do Sal
o primeiro pai da raça humana, era filho mo 85, para provar que o homem é di
de Deus. Paulo em seu Sermão em vino. O Espírito do homem vem de
Atenas, dá um testemunho concernente Deus. E m Eclesíastes nós lemos : “ . .. e
à nossa divina linhagem. Naquêle dis o pó volta para a Terra, como era, e o
curso êle diz: “ Pois nêle vivemos, e nos Espírito volta para Deus que o deu.”
movemos, e existimos pois até alguns Note bem a palavra volta. Nós não
dos vossos poetas têm dito: “ P O R Q U E poperíamos voltar a um lugar de onde
D ELE TAM BEM SOM OS G ERA não tivessemos vindo. Nossos espíritos
Ç Ã O ” . Mas, em que sentido somos nós têm consciência da existência antes do
10 A L IA H O N A
nascimento. Job diz-nos que “ todos os Jeovah, o homem, e soprou-lhe nas nari
filhos de Deus gritaram de alegria quan nas 0' sôpro de v id a ; e o homem tornou-
do a fundação da terra foi posta em se um ser vivente”. O espírito e o cor
ação". (Job, 3-7). Jeremias foi ordena po constituem a alma do homem. O ho
do a ser profeta antes de seu nascimen mem é revestido de um corpo, que é a
to. “ Antes que eu te formasse te co imagem semelhante de Deus. O homem
nhecia ; e antes que saísses da madre, te possuirá êsse corpo depois da ressurrei
santifiquei: um profeta para as nações ção, quando então será glorificado. Quan
te constitui. (Jeremias - 1-5). Paulo do Jesús depois de sua ressurreição, apa
informa-nos que fomos escolhidos antes receu na sala onde se achavam seus dis
da formação do mundo, a sermos San cípulos, Êle disse: “ Olhai para minhas
tos ; “ assim como nos escolheu antes da mãos e os meus pés, pois sou eu mesmo;
fundação do mundo para sermos Santos apalpai-me e vê-de, porque um esprito
e sem defeito perante êle.” (Ephesios - não tem carne nem osso como vêdes que
1.4). tenho. Jesús fôra o primeiro a ressusci
tar. Assim como êle, nós seremos um
Os discípulos de Jesús Cristo compre
dia ressuscitados. Grave bem o belo
enderam que os homens tiveram a cons
testemunho de João: “ Amados, agora
ciência da existência antes da vida mor
somos filhos de Deus, e não está ainda
tal. Êles perguntaram ao Mestre, refe
manifesto o que havemos de ser. Sabe
rindo-se a um homem cego: “ Mestre,
mos que, se êle se manifestar seremos
quem pecou para que êste homem nas
semelhantes a Êle, porque o veremos co
cesse cego, êle ou seus pais? Sua per
mo Êle é.” A idéia de que o homem é
gunta mostra-nos claramente que o ho
realmente de origem divina, que em sua
mem poderia ter pecado antes do nas
ressurreição êle será glorificado com um
cimento. Por assim pensar êles supu
corpo indestrutível; que os nossos atuais
seram que Deus tivesse punido aquêle
conhecidos poderemos reconhecer na vi
homem com cegueira antes de seu nasci
da futu ra; e que aquêles que têm uma
mento. Entretanto o Senhor não res
pondeu: “ Êste homem não poderia ter (Continua na pág. 17)
pecado antes do nascimento”, mas dis
se expressivamente: “ Nem êste homem
pecou, nem seus pais”. Com efeito dis
se Jesús, “ êste homem não pecou antes
de nascer” . Isto foi, indubitavelmente
a sua significação, para os discípulos que
inquiriram quanto a conduta do homem
cego antes de seu nascimento. O espí
rito do homem é um ser consiso, no cor
po ou fora dêle. Paulo fala de que para
conhecer o tal homem (se no corpo, ou
separado do corpo, não sabeis; Deus o
saberá). Jesús também pregou aos es
píritos na prisão, muitos anos depois da
morte de seus corpos.” Pedro 3-19.) Na
transfiguração de Jesús, Moisés e Elias
apareceram. (Lucas 9-33). Mas, o ho
mem é mais do que um espírito. Esta
verdade fêz-se plenamente conhecida,
através do segundo capítulo de Gênesis,-
onde lemos: “ Do pó da Terra formou
Jàneiro de 1952
Em duas partes pelo
Presidente David O. McKay
12 A L IA H O N A
para Enternidade
O M A L D O D IV Ó R C IO tôda parte, a mulher casada continua
seguindo sua vocação ou desperdiçando
Grande é o número daqueles que es seu tempo à procura de novos estimu
tão destroçando suas vidas no recife que lantes — • sem crianças para cuidar, sem
o divórcio, e entre êstes, jovens casais. casa para limpar, sem refeições para co-
Sempre pensei que o homem fôsse o sinhar. Sob tais condições as futilida-
único culpado por êsses lares desfeitos. cles passam absorver todo o seu inte-
Cheguei à idade madura acreditando que rêsse, o que frequentemente afasta-se
não houvesse uma mulher infiel. Minha de seu marido, em vez de uni-la a êle.”
mãe, minhas irmãs e minha espôsa eram
o meu ideal. Sempre atribuí ao homem
tôda a culpa das desavenças de famí
lia. E sinto que fôsse obrigado a m u
dar o meu ideal, colocando-o num ní
vel mais baixo. As principais causas do
divórcio são infidelidades, de uma par
te ou de outra, embriagues freqüente,
crueldade física ou violência; união de
uma jovem inocente a um devasso.
Eis as razões usualmente apresenta
das para justificar uma separação. Se
pudéssemos rem?vê-las, creio que nun
ca haveria divórcios. O ideal do Cris
to é que o lar e o casamento sejam per
manentes. À pergunta do fariseu:
“ . . . é lícito ao fariseu repudiar sua
mulher por qualquer m otivo?”
o Salvador respondeu:
“ . .. N ã o tendes lido que aquêle que
os fêz no princípio macho e fêmea os
fêz?” e disse: “ Portanto deixará o ho
mem pai e mãe, e se unirá à sua m u
lher, e serão dois numa só carne? A s
sim não são mais dois, mas uma só
U m a frívola atitude perante o casa
carne. Portanto o que Deus a juntou
mento, o imprudente estímulo ao “ casa
não o separe o homem” (Màteus 19:3
mento experimental”, base da diabólica
-6 ) .
teoria do “ free sex experimertt” e a fa
O casamento é uma união sagrada,
cilidade do divórcio são perigosos re
feita com propósitos bem conhecidos.
cifes, contra os quais, muitas famílias
E ' claro para aqueles que observam,
se têm destroçado.
que os casamentos modernos procuram
“ Nosso Estado funda-se em nossos
frustar êsses propósitos.
lares”, disse o antigo Presidente Taft
“ Antigamente a mulher casada tin-
<:m certa ocasião. “ E se não proteger-
nha um lar para cuidar e geralmente
muitos filhos. H oje em dia, em quase (Continua na pág. 16)
Janeiro de 1952 13
A VITAMINA DOS AUMENTOS
mm mmm
O interesse pelos problemas de ali alimentos, prisões de ventre e outras
mentação entre nós vem aumentadto complicações.
consideravelmente de dia para dia, em
■ O terceiro grupo de vitaminas é o
fase da divulgação de novos conheci
denominado pela letra C, cuja impor
mentos sobre o assunto.
tância na vida é hoje muito conhecida.
Como visitante conhecemos as subs
Existe nas frutas cítricas, inclusive no
tâncias que desempenham um papel im
limão, que é riquíssimo.
portantíssimo na vida. São substâncias
instáveis e pouco ressitentes à influên
cias do calor, razão por que a melhor ma
neira de utilizá-las é sem preparo algum,
nos casos das frutas e legumes. Mas, se
é agradável comer frutas cruas, nem sem
pre acontece o mesmo com os vegetais,
como hortaliças e legumes quando en
tão entra em cena a culinária, preparan
do-os de maneira a torná-los mais agra
dáveis ao paladar.
Já não se discute a importância das
vitaminas, pois todos aceitam a teoria
da necessidade delas sem objeção algu
ma.
As vitaminas tomam várias designa
ções — A, B. C. D, e outras represen
tando cada letra um tipo de vitaminas
bem estudado. A falta de vitaminas no
organismo acarreta doenças conhecidas
pela designação geral de avitaminose. A vitamina C, entretanto, é muito
A vitamina A , por exemplo, tem si sensível ao calor, e por isso deve ser
do mais conhecida pelo fato de a sua au cozinhado, quando se trata de legumes
sência determinar a cegueira nocturna e verduras, em panelas fechadas. Por
e muitas lesões da pele. cutro lado, a água onde são cozinhados
os alimentos ricos em vitamina C não
Dos alimentos mais comuns, os que deve ser jogada fora, pois essa vitami
apresentam maior teor em vitamina na é muito solúvel e passa para a água
-— são: agrião, cenoura, espinafre, lei de cocção. ,
te, creme, manteiga, e ovo.
Entre as verduras que contêm gran
Outro grupo importante de Vitami- de teor de vitamina C, destacam-se o
nasé o representado pela letra B, que pimentão, tomate, repolho, couve etc..
tem grande valor no equilíbrio do sis Outra vitamina importante é a D, a
tema nervoso. Dentro do grupo B 1, B 2,
qual é utilizada para manter o cálcio
etc., sendo cada um perfeitamente co e o fósforo no organismo. E ’ vulgar
nhecido. Quando há deficiências dêsses
mente conhecida como vitamina do sol,
elementos no organismo, aparecem logo
falta de apetite, falta de assimilação dos (Continua na pág. 23)
24 A L IA H O N A
I Como podemos ser Um ? I
Falando o Presidente Clark na sessão As mesmas finalidades e os mesmos
do sacerdócio na última Conferencia desideratos.
disse: “ Julgo que todas as vezes que vos Significa desenvolver as mesmas ca
tenho falado nestes últimos dois ou tres racterísticas e atributos.
anos tenho-o feito sobre a unidade, e Aqueles que são “ u m ” conseguem
volto agora ao mesmo assunto” . . . sê uma completa fé, esperança, caridade e
não sois um não sois meus! (D & C . 38: amor, e todos os demais explendidos
27). Afirmo novamente que a menos dons.
que sejamos um, não poderemos fazer Eqüivale a fazer todas as cousas de
aquilo que Deus espera de nós.” acordo com o esprito e o desejo do Se
Jesús orou pelos doze e por todos nhor e ter a companhia constante do es
quantos creram n ’Êle, “ a-fim-de que to pírito Santo.
dos sejam um, e que, como Tú, Pai, és Todos os homens que são guiados
em mim e eu em Ti também sejam eles pelas revelações do Espírito Santo serão
em n ó s .. . eu n ’eles e T ú em mim para “ u m ” entre sí e com o Senhor.
que sejam aperfeiçoados em um . . (São Os homens devem assumir o nome do
João 17: 21-23). Senhor,., “ recordá-lo sempre e guardar
que tenham sempre consigo o Seu Es
p r ito .. ” (D & C 20- :77).
Não poderão ser “ um ” entre sí e com
o Senhor a menos que tenham seu Espí
rito entre eles.
A estrada da unidade é a estrada da
obediência, e aqueles que viajam neste
caminho recebem o Esprito Santo como
Que significa realmente para os seu guia.
Santos ser um entre eles, e também com Os discípulos que são assim guiados
Cristo e o Pai ? pensam e crêm nas mesmas cousas.
Para ser um, os Santos precisam de
Tornam-se semelhantes na probidade,
os mandamentos que Êle lhes deu; para
na santidade e na piedade.
chegar a uma perfeita unidade e harmo
nia sobre todas as cousas. Cada homem se torna como seu irmão
e todos se esforçam em ser como o Se
Devem suster com a mão erguida e
nhor.
por obediência aos seus conselhos, as
autoridades locais e gerais da Igreja. Ninguém se eleva mais do que aos
Devem viver em estrita conformidade outros.
com todos os princípios do Evangelho. É com aquêle que preside assim como
Ser um, significa ter os mesmos pro com aquêles sôbre quem os direitos de
pósitos. tal presidência são exercitados.
Jansiro de 1952 15
mos nossos lares contra essa constante casar. A pergunta do rapaz não deve
e desmoralizadora ruína, seria melhor ser: — Qual a mais bonita que eu co
que vêssemos as estatísticas dos casa nheço? — E a moça não deve pergun
mentos realizados no tempo e fora do tar: — Qual dêles me tratará como uma
templo, nêstes últimos dez anos. E’ eterna noiva? — A verdadeira pergunta
um pouco difícil fazer um julgamento deve ser:
entre os casamentos de membros da — Será ela a melhor mãe que pode
Igreja, pois mesmos aqueles que se ca rei encontrar para meus filhos?
sam fora, dentro de um ano, ou pouco
mais, vêm ao templo a fim de que seu
casamento seja feito para a eternidade.
16 A LIAHONA
0 QUE É O HOMEM nossas possibilidades quando disse; “ se
de pois, vós, perfeitos, como vosso Pai
(Continuação da pág. 10)
Celestial é perfeito” .
vida pura, serão exaltados e lhes será
permitido associar-se com Deus, o Pai
Eterno, é uma das doutrinas constantes
do :M ormonism o” . Esta é a mais no
bre concepção do lugar do homem no
universo, a qual tem sido feita conhecer
pela raça humana Ela exalta e engran
dece os ideais da vida. Faz com que sin
tamos ser nossa existência algo de real
e grandiosa. Nós temos estampada em
nós, a divindade. Nós recebemos de
Deus ns primeiros ensinamentos em nos
sos corações endurecidos. Viemos a êste
mundo cheios de possibilidades divinas.
Paulo em sua carta aos Efésios fala dos
santos referindo-se: “ até que cheguemos
Isto é como se fôra a nessa nobre he
à unidade da fé e do pleno conhecimen
rança. Nossa existência é interminável,
to do Filho de Deus, ao estado de homem
na escola do progresso. O verdadeiro so
feito, à medida da estatura da plenitu
frimento de Deus é nosso curso de per
de de Cristo.” Está dentro de nossa pos
feição, o Espirito Santa, é o nosso in
sibilidade obter a estatura moral e men falível Tutor. Os anos eternos de Deus
tal de Cristo. Nós devemos ser tão for é o período dos nossos estudos e desen
tes, puros, bons, gentis, verdadeiros e volvimento. Com essa alta concepção de
santos como o Filho de Deus. O Senhor nossa origem e destino, pois, de que ou
tinha em mente esta nobre concepção das tro modo poderemos julgar que sejam os?
•O
Janeiro de 1952 17
0 NOVO LAR Na primavera muitas famílias muda
(Continuação da pág. 7) ram-se do forte, que nunca íôra um lu
gar confortável. Muitas famílias mora
Apesar da clemência do inverno, al vam num só quarto, -estavam aglomera
guns trabalhos construtivos tiveram que das e quando chovia havia goteiras, de
ser feitos. Adotaram-se medidas conci modo que logo que puderam, sairarn pa
liatórias com os nativos. Os caçadores ra procurar utras paragens onde teriam
e os traficantes de peles foram procura mais espaço e menos desconforto.
dos, aos quais ensinaram o sentimento
de cooperativismo. Um govêrno, meio Porém a primavera e o verão também
p lítico, meio religioso, foi formado, com tinham os seus inconvenientes. Quando
regras especificas de conduta e penali o milho, a ervilha, o feijão e os pepinos
dades. a começaram a crescer, veio a geada e
os queimou. Mais tarde, quando o tri
Uma comissão foi nomeada, tendo Ge go principiou a amadurecer, no vasto
neral Rich como presidente, para formu campo arado, tratado e cercado com
lar regras e regulamentos. Em Dezem grande esforço dos mormons, veio uma
bro, essa comissão fêz o seu relatório. nuvem de gafanhotos, dos canyons, e
devorou quase tudo. Êstes, teriam aca
bado com tôda a plantação se não fos
sem as gaivotas, que se fartaram de co
mer gafanhotos, fazendo a festa nos ria
chos vizinhos e voltando para repetir
o trabalho de salvação, durante alguns
dias, até que todos os gafanhotos desa
pareceram. Esta foi a resposta às pre
ces dos colonizadores, que já haviam de
sistido de lutar contra a peste. Já ha
viam tentado jogar água, esfregões e
outros utensílios de cozinha e até mes
mo atear fogo, porém, sem resultado.
w
jHy A oração foi a mais forte arma. Um
w
18 A LIAHONA
p m
| 0 RUMO DOS R A M O S I
J U N D IA Í corro. Devemos tudo isto, ao esforço
Bôas notícias! Mais um ramo foi e abnegação da nossa Irmã Ida Laba-
aberto na missão brasileira. Elder Tra- lardo, Presidente da Sociedade, que tu
vis Haçs e Donald Liman chegaram em do tem feito e que por certo continuará
Jundiai no dia 17 de agôsto, com gran fazendo pelo engrandecimento da So
de privilégio de começar o trabalho de ciedade de Socorro.
missionários. O trabalho está sendo No dia seguinte, sábado, o Ramo de
muito apreciado e de gransde progresso. Pinheiros, organizou um pic-nic na
Já contamos crm inúmeros amigos e Praia do Avay. Se não fôsse a chuva
mais de 80 Livros de M ormon foram fina e esparsa que caiu durante a ma
vendidos. nhã, o pic-nic teria sido cem por cento.
Na ncite de 24 de outubro, com a Assim mesmo, nos divertimos à
presença de 2C0 pessoas apresentamos “ pamparra", com os esportes, os pas
dois filmes sôbre “ A s Américas antes seios à cavalo, charrete etc., além do
de Colom bo” os quais tiveram grande maravilhoso panorama.
apreciação. Assistimos ainda, no dia 9 de dezem
bro, o batismo da nossa Irmã Maria dos
Elder Lyman foi transferido e assim
Santos, na Casa da Missão, tendo sido
outro chegou. Elder Hardcastle conti
confirmado no mesmo dia, à tarde.
nuará no ramo que é bem novo.
A festa de Natal, êste ano, foi rea
Com orações de todos e ajuda de nos lizada no dia 22, tendo sido maravilho
so Pai que está nos céus, vamos fazer samente organizada pela Presidência do
dêste ramo o melhor da missão brasi Ramo, com a colaboração da Mútuo.
leira. Vejam, Jundiai p r o g r id e !... “ O “ Papai N oel” chegou na hora “ H ”
progride sempre!
do espetáculo e começou a distribuir
Elder Travis Haws presentes a tôda a garotada. Foram
apresentados diversos números interes
SÃ O P A U L O santes de poesias de natal, pelas meni
Realizou-se no dia 1,o de Dezembro, nas, além de outros números musicais
uma festa na Casa da Missão, a qual, magníficos. N o final, foram distribuí
esteve animadíssima com as diversas dos a todos os presentes, muitos doces e
e divertidíssimas brincadeiras apresen refrescos.
tadas, não faltando, é claro, o já tra E assim, ficaram encerradas as ativi
dicional “ cachorro quente” . dades do ano de 1951 no Ramo cle São
Paulo.
A Sociedade de Socorro, realizou no
E aqui, levando o nosso abraço sin
dia 7, o seu “ Bazar” de 1951. Nêste
cero e cordial, aos membros e amigos de
bazar foi apresentado aos presentes mag
todos os Ramos do Brasil, desejamos
nífico show, e ofertada farta mesa de
que o ano de 1952 nos seja próspero e
comes-e-bebes.
ieliz, e que a paz de Deus estêja sem
Os trabalhos apresentados, para ven pre conosco, no trabalho, nos passeios e
da, foram cs melhores e os mais belos até principalmente em nossos lares.
hoje aresentados pela Sociedade de So
Ademar de Souza
Janeiro de 1952 19
R IO C L A R O cês todos, tenham completo conheci
mento de nossas alegrias. Dia 24 de de
As últimas notícias de nosso Ramo, zembro, véspera de Natal, os membros
são bastante alegres; no dia 9 de de de nosso querido ramo proporcionaram
zembro a Igreja ganhou um novo mem a todos o grande prazer de partici
bro : o irmão w aldemar F. de Toledo, parmos de uma alegre e bem organi
que foi levado às águas do batismo. zada festa, em comemoração ao dia san
Os Elders w aldron e Sant testemunhou tificado pelo nascimento de Cristo, nos
e confirmou respectivamente o novo so amado Redentor. Nesse dia tivemos
membro, embora já não faça mais par a feliz oportunidade de assistir à uma
te de nosso ramo, pertencendo agora pequena peça representada pela petizada
ao de São Carlos. da primária. Quão maravilhoso foi,
amigos, vêr aquêles pedacinhos de gen
Nossas alegrias também são muitas;
te interpretando o nascimento de Jesús!
aproveitamos sempre todos os feriados
Confesso-vos que foi um belo espetáculo.
para divertirmos. Assim foi que tive
mos um belo pic-nic no dia 8 p.p. no O h ! — Também não podemos deixar
qual divertimo-nos muitíssimo, e que de apontar aqui a homenagem de amor
constituiu uma maravilha. Mas, não foi e carinho, prestado por membros, ami
realmente um p ic-n ic; poderíamos cha gos, investigadores e missionários dêste
mar um churrasco. Partimos às 18,30 ramo ao irmã© Orlando Crótt. Troca
horas regressando as 20,00. Estiveram mos as renas de Papai Noel por um ca
conosco nesse belo passeio os_ Elders minhão que comportava tôda a turma;
Sant, Bentley e Stevens. Brincamos eram 23,30 horas de 24 de dezembro
m uito; jogamos, cantamos e quando quando chegamos em sua casa, e sem
cansados, sentamos ao redor da foguei fazer o menor ruído, irrompemos de su
ra e saboreamos salsichas assadas no es petão a cantar “ Noite Feliz” com o má
peto. quentinha, feita na hora e de acor xim o entusiasmo. Foi um momento de
do com o gósto do freguês. . . forte com oção para todos, inclusive para
nosso irmão doente, que não pode si-
Regressamos muito contentes e agra quer falar, suas lágrimas porém canta
decidos ao Nosso Pai Celestial pelo bom ram seus sentimentos, principalmente
êxito que propiciou ao empreendimen quando lhe foi entregue uma cesta de
to que nos trouxe tanta alegria. Mas natal contendo presentes de seus irmãos.
nossos contentamentos não são apenas
Decididamente, os mormons, são
êstes; tivemos muitos outros, pois o
nosso pequeno Ramo de R io Claro, tam gente que sabem espalhar alegria, disto
bém enviou uma missionaria: Dulce dando próvas êste pequeno grupo de
R io Claro, que ao findar sua homena
Green, que está trabalhando na Casa da
gem ao irmão Crótt, foi da mesma for
Missão como tradutora. Temos tam
ma visitar o senhor Martinho Hunger,
bém irmã Vicentina Saraiva, que está
pai de nossa querida irmã Rachel H un
como missionária de Distrito, tendo sido
ger Green. Não posso, irmãos, descre
designada por Elder Stevens, presiden
ver com palavras a comoção que apo-
te do Distrito de Campinas. O traba
derou-"se dêsse senhor quando abrindo
lho da irmã Vicentina tem alegrado a
a porta de sua casa encontrou um grupo
todos. Estamos satisfeitos com ela e
de criaturas para êle ainda estranhas, en
temos a certeza de que a irmã Dulce
toando os suaves cantos do Natal. T o
também fará sempre o melhor. Dese
dos nós vimos seu corpo ser sacudido
jamos-lhe felicidades. pelos soluços e vimos as lágrimas, ex
Esperem irm ãos! as novidades ainda pressão sincera de sua gratidão, desli
não terminaram, pois desejamos que vo zarem sem receio pelo semblante abati
20 A LIAHONA
do pela enfermidade. Fêz-nos entrar em corro, planejou para dia 15 um grande
sua casa, ofereceu-nos tudo o que pos bazar, que por certo devia ter sido co
suía. Comemos e passamos alegres m o roado de grande êxito, devido ao esfor
mentos. Eramos ao todo 30 pessoas, e ço das sócias, amigas e do nosso esti
ali mesmo não pidem os deixar de ofe mado irmão Osvaldo França. Estamos
recer ao Senhor nossas orações. muito satisfeitos com a realização dêsse
Foi um feliz natal para todos. Sim, bazar, pois a renda reverterá em bene
um natal completo com o batismo de fício da construção da capela.
mais duas pessoas que, livremente usan Também temos a dizer-lhes que as
do dos seus direitos de escolha, recebe novas presidências da Escola Dominical
ram o previlégio de serem incluídos en e da Associação de Melhoramento M ú
tre os Santos dos Últimos Dias. tuo estão assim constituídas:
Janeiro de 1952 21
THE ENGLISH PACE
THE L I STENERS
by W alter de la M are
Som e folks are like row-boats, for they have to be pulled wherever
they go. Sometim es it is a hard struggle to keep them pointed in the
right direction.
O thers are like saii-boats. I f the wind blows east, that's their direc-
lion. If it blows west, they go that w ay. O f course it is possible for them
10 “ beat against the w in d ," by they don't often do it. Ih ey are inclined
to follow every wind of emotion and popular sentiment.
O thers still are like power-boats who drive against the wind or tide
and. in the face of great difficulties keep their even course. W hich one
w ill you try to be like?
S atu rday M o rn in g R e v ie w
SÂ U C E (Continuação da pág. 14)
pelo fato de pxler ser formada pelo municado é chamar a atenção dos inte
próprio organismo, estimulada pela ressados para a sua importância na ali-
ação dos raios solares na pele. vitaminas, o objetivo principal dêste co-
A falta de vitamina D no organismo mentação das populações rurais, pro-
determina o aparecimento de complica b1ema êste que deve constar de toda
ções ósseas. Os cascs de avitaminose plano educativo. Da divulgação de tais
por falta de vitamina D são raros entre conhecimentos, dependerá melhor apro
nós, dada a existência de sol em quase veitamento, por parte das populações
todo o ano. rurais brasileiras, de nossos produtos
Dessa forma, mesmo sem entrar em destinados à alimentação.
mai res detalhes sôbre a influência das ( Vida e Saude - Setembro 1951)
NOVOS
M IS S IO N Á R IO S
M IS S IO N Á R IO S D E S P E D ID O S
Em ausência
da
fotografia
Cleo Jordan
Porto Alegre,
R. G. do Sul