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CAPÍTULO 6: O CORAÇÃO E OS VASOS SANGUÍNEOS

Angiologia é a descrição dos órgãos da circulação do sangue e da linfa – o coração


e os vasos sanguíneos, incluindo o baço e o timo.

ANATOMIA DO CORAÇÃO
Considerações Gerais
O coração é um órgão cavitário que se apresenta como uma bomba muscular, cuja
função primária é impulsionar o sangue, para todas as partes do corpo por um sistema
fechado de vasos sangüíneos. As diferenças de pressão causadas pela sua contração e
relaxamento, principalmente, determinam a circulação do sangue e da linfa.
O coração está situado na cavidade torácica entre os pulmões, no meio do espaço
mediastínico do tórax e contido em um saco seroso – o pericárdio. Os vasos são tubulares
e percorrem quase todas as partes do corpo. São denominados de acordo com seu
conteúdo em vasos sanguíneos ou linfáticos. Apesar do sistema linfático drenar para as
veias, tornam-se dois sistemas interdependentes.

Sistema cardiovascular
Consiste em: (1) coração; (2) artérias, que conduzem o sangue do coração para os
tecidos; (3) capilares, tubos microscópicos nos tecidos, que permitem as trocas
necessárias entre o sangue e os tecidos; e (4) veias, que conduzem o sangue de volta
para o coração.

PERICÁRDIO
O coração aparece completamente envolvido por um saco fibrosseroso, o
pericárdio, pelo qual está relacionado, cranialmente em grande parte de sua extensão
com os pulmões e pleuras. Sua forma é, geralmente, similar àquela do coração.
O pericárdio é um saco fibrosseroso que envolve o coração e as raízes dos grandes
vasos. É formado por duas membranas, uma de constituição fibrosa que envolve mais
externamente o coração e grandes vasos em intima relação com as estruturas
mediastinais, denominado pericárdio fibroso; e outras de consistência serosa, o pericárdio
seroso constituído por 2 lâminas, as lâminas parietal e visceral.

CORAÇÃO
O tamanho e a anatomia variam nas diferentes espécies. No eqüino, seu formato é
o de um cone irregular e um tanto achatado. Está inserido em sua base pelos grandes
vasos, mas afora isto fica inteiramente livre no pericárdio. Ele é assimétrico na posição, as
quantidades (por peso) à direita e esquerda do plano mediano sendo de uma proporção de
aproximadamente 4:5. O peso médio do coração é de aproximadamente 4 Kg ( 0,4% do
peso corporal). O eixo longo (do meio da base até o ápice) está direcionado ventral e
caudalmente. A base do coração está direcionada dorsalmente e sua parte mais elevada
situa-se aproximadamente, na junção do terço dorsal e médio do diâmetro dorsoventral do
tórax. O ápice situa-se centralmente dorsal a ultima esternébra. No bovino, 5/7 do coração
(70%) encontram-se no lado esquerdo do plano mediano do tórax, devido ao grande
tamanho do pulmão direito. No adulto pesa 2,5 Kg, ou de cerca de 0,4 a 0,5 do peso do
corpo. O comprimento da base ao ápice é relativamente maior que no eqüino, sendo a
base menor. No ovino, também é cônico e alongado, o peso absoluto varia de 220 a 240g
e sua percentagem de peso é de 0,45 e 0,50%.
Este órgão é formado de 4 cavidades, sendo 2 átrios, direito (esternocostal) e
esquerdo (diafragmática), que são convexas e marcadas pelos sulcos que indicam a
divisão do coração em quatro câmaras. Internamente os átrios estão separados pelo septo
interatrial. Os dois ventrículos, direito e esquerdo, estão separados pelo septo cardíaco que
se evidencia superficialmente, na parte correspondente a divisão dos ventrículos (septo
interventricular). O septo interventricular está situado obliquamente, de modo que na
superfície, a que é convexa, está voltada cranialmente e para a direita; a outra face, a que

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está voltada para dentro do ventrículo esquerdo, é côncava e voltada caudalmente para a
esquerda. A maior parte do septo é espessa e muscular, mas uma pequena parte é fina e
membranosa.

Tronco Pulmonar Aorta

Tronco Braquio-
cefálico
Seio Coronário
Aurícula esquerda

Ventrículo Direito

Ventrículo Esquerdo
Sulco Interventricular
Paraconal

Ápice

Vista Esquerda – Coração Bovino

VISTA Aurícula Direita


ESQUERDA

Tronco Braquio-
cefálico

Tronco Pulmonar Veia Cava Cranial

Aorta

Veia Cava Caudal


Aurícula Esquerda
VISTA DIREITA

Coração de bovino – Vasos (Base)

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Coração Ovino – Vista Esquerda

Tronco Braquiocefálico

Tronco Pulmonar
Aurícula Direita Seio Coronário

Aurícula Esquerda
Ventrículo Direito

Ventrículo Esquerdo

Sulco Interventricular
Paraconal
Ápice
Vista Esquerda

Veia Cava Caudal

Aurícula Esquerda

Seio Coronário

Ventrículo Esquerdo
Ventrículo Direito

Vista Direita

Átrio direito: forma a parte cranial direita da base do coração e situa-se


dorsalmente ao ventrículo. Consiste de um seio venoso das cavas, no qual se abrem as
veias e uma aurícula (apêndice vascular). Esta última é um divertículo cônico que se curva
ao redor à direita da superfície cranial da aorta, seu fundo cego aparecendo sobre o lado
esquerdo cranial da origem da artéria pulmonar; é a parte mais cranial do coração e é uma
bolsa cega com forma de orelha. Existem cinco óstios principais no átrio direito.

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1. Óstio da veia cava cranial: situado na parte dorsal;
2. Veia cava caudal: situado na parte caudal;
3. Seio coronário: abre-se ventral à veia cava caudal, o orifício está provido por
uma pequena válvula semilunar;
4. Pequena veia coronária: separado, mas às vezes, junto com o coronário.
5. Óstio átrio-ventricular direito: situa-se na parte ventral e conduz ao ventrículo
direito.
Da mesma forma que as demais cavidades do coração, os óstios são revestidos por
uma membrana brilhante, o endocárdio. Suas paredes são lisas, excetos no átrio direito e
na aurícula, onde são percorridas, em várias direções, por saliências musculares dos
músculos pectíneos.
Os óstios das veias cavas são avasculares. A fossa oval é um divertículo na
parede septal. A fossa é um remanescente de uma abertura do septo, o forame oval,
através do qual os dois átrios se comunicam no feto.

Ovino – Vista Ventral do tórax

Pericárdio + Coração Pulmão


Esquerdo

Veia Cava
Veia Cava Caudal
Cranial
Veias
Pulmonares

Diafragma

Profª Ana Cláudia Campos


DZ - UFC

Ventrículo direito: constitui a parte cranial direita da massa ventricular. Ele forma
quase toda a borda cranial do coração, mas não alcança o ápice, que é formado
inteiramente pelo ventrículo esquerdo. Sua base está conectada, amplamente, átrio direito
ao qual se comunica através do óstio atrioventricular direito; sua parte esquerda projeta-
se para cima e forma o cone arterial, do qual se origina o tronco pulmonar. O óstio
atrioventricular direito é oval, sendo guarnecido pela valva atrioventricular direita
(tricúspide).
As bordas centrais são irregulares e voltadas para o ventrículo; elas dão inserção às
cordas tendinosas (tendíneas). As superfícies auriculares são lisas, as ventriculares são
rugosas e fornecem inserção a ramos entrelaçados das cordas tendinosas. Estas cordas
estão ligadas ventralmente, aos três músculos papilares que se projetam na superfície
ventricular. Cada cúspide da valva recebe as cordas tendinosas de dois músculos
papilares.

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Átrio e ventrículo direitos (bovino)

Óstio pulmonar: é circular e no cume do cone arterial. É guarnecido pela valva


pulmonar direita composta de três cúspides (semilunares direita e esquerda e
intermediária).
As paredes dos ventrículos (exceto no cone arterial) apresentam cristas e faixas
musculares, denominadas trabéculas carnosas. Estas são de três tipos:
1. Cristas ou colunas em relevo;
2. músculos papilares, projeções cônicas algo achatadas, contínuas na base,
com a parede e originando as cordas tendíneas para as valvas
atrioventriculares direita;
3. trabéculas septomaginais que se estendem do septo à parede oposta.
Acredita-se que elas evitem uma distensão exagerada.

Átrio esquerdo: forma a parte caudal da base do coração. Situa-se caudalmente


ao tronco pulmonar e à aorta e dorsalmente ao ventrículo esquerdo. A aurícula estende-se
lateral e cranialmente sobre o lado esquerdo, e sua ponta, em fundo de saco cego, é
caudal à origem do tronco pulmonar. As veias pulmonares, geralmente são em número de
sete ou oito, abrem-se no átrio caudalmente ao mesmo e do lado direito. A cavidade atrial é
lisa, exceto na aurícula, na qual os músculos pectíneos estão presentes. O óstio
atrioventricular esquerdo está situado ventrocranialmente e geralmente parece menor que
o direito, devido à contração do ventrículo no animal morto.

Ventrículo esquerdo: forma a parte caudal esquerda da massa ventricular. Ele é


mais regularmente cônico que o ventrículo direito e sua parede é mais espessa, exceto no
ápice. Ele forma o contorno caudal da parte ventricular e do ápice do coração. Sua base é
contínua com o átrio esquerdo com o qual ele se comunica com por meio do óstio
atrioventricular esquerdo, mas sua parte cranial abre-se na luz da aorta. A cavidade,
geralmente, parece menor que o do ventrículo direito, no animal morto, devido a grande
contração de sua parede. É quase circular em corte transversal. O óstio atrioventricular
esquerdo é quase circular e está guarnecido pelas valvas atrioventriculares esquerdas
(bicúspide ou mitral). As cúspides das valvas são mais largas e espessas que as do lado
direito do coração.

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Óstio aórtico: está orientado dorsal e levemente cranial. É guarnecido pela valva
aórtica composta de três cúspides semilunares.
São similares às valvas pulmonares, porém são muito mais fortes e espessas. As
cordas tendinosas são menos numerosas e maiores que as do ventrículo direito. As faixas
e trabéculas são variáveis.

Átrio e Ventrículo Esquerdos (bovino)

Músculos
Pectinados

Átrio

Músculos Bicúspide (Mitral)


Papilares
Cordas
Tendinosas
Trabécula septo Músculos
marginal Papilares

Ápice
Profª Ana Cláudia Campos
DZ - UFC

Estrutura do coração
O coração é constituído por tecido muscular, o miocárdio, que tem uma
característica particular: é formado de fibras estriadas e pluricelulares. As fibras musculares
estriadas são características dos músculos que se contraem sob a ação da vontade: por
exemplo, são estriados os músculos dos braços e das pernas que o animal move à
vontade. Os músculos não sujeitos à vontade (como aqueles das vísceras) são, ao
contrário, lisos. O músculo cardíaco apresenta, pois, uma exceção, porque, não estando o
coração sujeito à nossa vontade, é, todavia formado de fibras estriadas musculares que se
unem umas às outras, perdendo a sua individualidade. Temos assim a impressão de que o
coração é um músculo único e não um conjunto de fibras independentes, como acontece
com todos os outros músculos. No interior do músculo se acham quatro anéis fibrosos que
representam o esqueleto fibroso do coração, circundam os óstios nas bases dos
ventrículos. No bovino, dois ossos, os ossos do coração, desenvolvem-se no anel fibroso
aórtico, o direito está em aposição com os anéis atrioventriculares, tendo formato
irregularmente triangular (tem aproximadamente 4 cm de comprimento). O osso esquerdo é
menor e inconstante. No ovino, apenas um osso aparece, no caprino é par. Como temos já
acentuado, o músculo cardíaco é envolvido por uma túnica fibrosa, o pericárdio, que é um
verdadeiro revestimento do coração, ao qual, porém não adere intimamente. Entre este e o
músculo cardíaco fica um espaço ou cavidade pericárdico, forrado por uma membrana que
constitui o pericárdio verdadeiro; deste distinguimos um folheto visceral, que adere ao
músculo cardíaco, e um folheto parietal que reveste a parede interna do pericárdio fibroso.
A cavidade pericárdica permite ao músculo cardíaco dilatar-se e contrair-se livremente. As

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cavidades cardíacas são forradas por uma membrana delgada: o endocárdio que é
continuo com a camada interna dos vasos que entram e saem do órgão.

Suprimento sangüíneo do coração

Tanto o suprimento arterial como a drenagem sangüínea do coração é estabelecida


por um sistema próprio de artérias e veias. O coração recebe sangue venoso de três
fontes:
A veia cava cranial traz sangue da cabeça, pescoço, apêndices torácicos e tórax;
A veia cava caudal coleta o sangue venoso do abdome, pelve e apêndices
pélvicos;
O átrio direito recebe sangue venoso proveniente do miocárdio por meio do seio
coronário.
.

Quando o sangue retorna ao coração através de


veias do corpo, ele entra no átrio direito de onde é
impulsionado para o ventrículo direito. É bombeado
para os pulmões por meio do tronco pulmonar, que
tem origem no ventrículo direito. As artérias
pulmonares cedem gás carbônico e absorvem
oxigênio. O sangue oxigenado nos pulmões retorna,
por meio das veias pulmonares, ao átrio esquerdo,
que é impulsionado para o ventrículo esquerdo. O
ventrículo esquerdo bombeia o sangue através da
aorta e artérias sistêmicas através dos capilares, e
retorna ao coração por meio de veias.

Esquema da circulação sangüínea: 1-Coração; 2-


Circulação cerebral; 3-Circulação pulmonar; 4-Circulação
hepática; 5-Circulação gástrica; 6-Baço; 7-Circulação renal;
8-Circulação intestinal; 9-Circulação nos membros inferiores

Vasos do coração: Até o próprio coração tem necessidade de ser


convenientemente nutrido. O sangue que circula no coração não o nutre, passa
simplesmente pelas suas cavidades. A sua nutrição será, ao contrário, realizado por um
complexo de artérias e de veias particulares: as artérias coronárias (direita e esquerda).
Provêm elas da aorta. Apenas saída do ventrículo esquerdo, a aorta dá origem as artérias
coronárias que reentram imediatamente no coração ramificando-se no músculo cardíaco
em numerosas subdivisões. O sangue que nutriu e oxigenou o músculo cardíaco é
coletado pela grande veia coronária, a qual desemboca diretamente na aurícula direita. O
coração é, pois, provido de uma pequena circulação independente.

Nervos do coração: O coração é um órgão relativamente autônomo. Como possui


uma circulação autônoma, também pulsa "por si só". O estímulo que faz bater o coração
nasce; na verdade, no íntimo do músculo cardíaco. Isto é, o coração está em condições de
bater sem a intervenção do sistema nervoso. No entanto, ao coração chegam nervos que
provêm do nervo vago e do sistema simpático. Estes nervos regulam as batidas cardíacas:
o simpático o acelera, enquanto o vago o torna vagaroso.

VASOS SANGUÍNEOS:
Os vasos sangüíneos são divididos em pulmonar e sistêmico.

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O termo sistema porta é muitas vezes aplicado para a veia porta e suas tributárias
que vêm do estômago, intestino, pâncreas e baço. A veia entra no fígado, onde ela se
ramifica como uma artéria, de modo que o sangue neste sistema subsidiário passa através
de um segundo conjunto de capilares (no fígado), antes de ser conduzido ao coração pelas
veias hepáticas e caudal.
Um corpo cavernoso é uma estrutura erétil que consiste essencialmente, em
espaços sangüíneos intercomunicantes delimitados por músculo liso e tecido fibroelástico.
Estes espaços são revestidos por endotélio e contem sangue. São responsáveis pela
ereção do pênis.
Vasa vasorum são pequenas arteríolas presentes nas paredes de grandes vasos,
sendo responsáveis pela nutrição destes vasos.

Estrutura dos vasos sangüíneos:


As artérias e as veias não são canais rígidos: são dotadas de determinadas
propriedades, tais: a extensibilidade, a elasticidade e a contractibilidade. Tais caracteres
são mais acentuados nas artérias, as quais recebem a onda sanguínea que o coração
lança nelas a cada sístole ventricular. O choque da onda sanguínea contra as paredes
arteriais é tanto mais forte quanto mais a artéria está próxima do coração. As paredes das
artérias são constituídas de três túnicas, concentricamente dispostas, que, de dentro para
fora, são: -a túnica interna, constituída pelo endotélio, em direto contacto com o sangue
circulante; -a túnica média, formada por numerosas fibras musculares e elásticas que
conferem à artéria a sua propriedade de alargar-se ou estreitar-se, de acordo com a
necessidade; -a túnica externa ou adventícia, que tem a estrutura conjuntiva; na sua
espessura se distribuem as terminações nervosas as quais trazem às artérias os estímulos
que as fazem estreitar-se (nervos vaso-constritores) ou as fazem dilatar (nervos vaso-
dilatadores).
Também as veias têm uma estrutura
análoga, mas a sua parede é muito mais delgada;
além disso, possuem poucas fibras musculares e
elásticas. Isto se explica com a diferente função que
têm as veias em relação às artérias. As artérias
recebem a onda sanguínea e têm de dilatar-se
bastante, e imediatamente contrair-se (devem ser,
em uma palavra, muito elásticas) para lançar a onda
de sangue até a extrema periferia do corpo. As
veias, ao contrário, recebem o sangue depois que
este percorreu os capilares. A velocidade do sangue
que era notável nas artérias diminui muito nos
capilares e nas veias. A onda sanguínea perdeu a
sua força e as veias, na verdade, não pulsam. A
velocidade do sangue nas artérias é maior durante
as pulsações do que no intervalo entre uma
pulsação e outra. O sangue corre nas artérias com a
velocidade de 50 centímetros por segundo. Nos
capilares, a velocidade fica reduzida a poucos
milímetros por segundo e assim também nas veias.
Como é então possível que o sangue volte ao
coração, particularmente devendo caminhar de
baixo para cima? A velocidade que possui seria
insuficiente para vencer a gravidade. Intervêm,
então, outros fatores. Antes de tudo, as veias estão
providas de válvulas, chamadas, pela sua forma característica, de válvulas em "ninho de
andorinha". A presença dessas válvulas e a sua disposição permitem à corrente de sangue
progredir em um só sentido, impedindo-o de tornar para trás. Além disso, as veias são
comprimidas pelos músculos entre os quais correm. O sangue recebe então, um decisivo
impulso para o coração.

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Anatomia dos Grandes Vasos

Tronco pulmonar
Surge do cone arterial no lado esquerdo da base do ventrículo direito. Bifurca-se
caudalmente ao arco da aorta em artéria pulmonar direita e artéria pulmonar esquerda. O
tronco é bulboso em sua origem e forma três bolsas, os seios do tronco pulmonar, que
correspondem às cúspides da valva do tronco pulmonar. Depois disto ele gradativamente
diminui o calibre. Artéria pulmonar direita é mais longa e ligeiramente mais calibrosa do
que a artéria pulmonar esquerda, que por sua vez é mais curta.

Veias Pulmonares
As veias são, geralmente, arranjadas do mesmo modo que as artérias, mas são de
maior calibre. No canto cranial esquerdo da base do coração chegam as veias pulmonares
esquerda após coletarem o sangue arterial fruto da hematose no pulmão esquerdo. As
veias pulmonares penetram no átrio esquerdo e são recobertas parcialmente pela lâmina
serosa do pericárdio

Aorta
É a principal artéria sistêmica da grande circulação. Ela tem início no ventrículo
esquerdo e é quase mediana na sua origem. Sua principal parte é a aorta ascendente.
Após passar pelos pulmões atravessa o hiato aórtico e penetra na cavidade abdominal.
Ventralmente, à 5a ou 6a vértebra lombar (eqüino), ela se divide em duas artérias ilíacas
internas. Da bifurcação, um pequeno vaso, a artéria sacral mediana (média), às vezes
transcorre caudalmente na superfície pélvica do sacro. O calibre da aorta ascendente é
maior na sua origem, que é denominada bulbo da aorta.

Aorta Ascendente: situa-se dentro do pericárdio até o ponto de inserção do


ligamento arterial, e está circundada, juntamente com o tronco pulmonar, num
prolongamento do epicárdio. Além desse ponto ela continua como aorta descendente.
As duas artérias coronárias, direita e esquerda, são distribuídas quase
inteiramente para o coração, mas enviam algumas pequenas ramificações para as origens
dos grandes vasos na base do coração.

Tronco braquiocefálico: é um vaso muito grande que surge da convexidade do


arco da aorta dentro do pericárdio. Está direcionado cranial e dorsalmente. Nos cavalos
tem aproximadamente 1,5 a 5 cm de comprimento e de 10 –12 cm no bovino. Nesta última
forma um tronco comum com a artéria subclávia esquerda.

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Aorta Descendente: Pode ser convenientemente dividida nas partes torácica e
abdominal. A aorta torácica passa caudalmente entre os dois sacos pleurais. Ela á cruzada
á direita pelo esôfago e traquéia, à esquerda pelo nervo vago esquerdo. A aorta abdominal
está relacionada dorsalmente às vértebras lombares, ao ligamento longitudinal ventral e ao
músculo psoas menor esquerdo. Em sua direita está a veia cava caudal, e em sua
esquerda, o rim esquerdo e o ureter. O trecho abdominal, que estende a partir do hiato
aórtico do diafragma até a bifurcação, aproximadamente ao nível de L4, na qual derivam as
artérias ilíacas comuns direita e esquerda. É, portanto, a principal fonte de irrigação da
região abdominal e membros posteriores.

Artéria Veia

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