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LIGA ACADÊMICA DA SAÚDE DA MULHER

SUMÁRIO:

 Introdução

 Programação

 Anatomia

 Fisiologia e Embriologia

 Referências Bibliográficas

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INTRODUÇÃO

Esta apostila tem como principal objetivo de apresentar a saúde da mulher sob os pontos de vista anatômico, fisiológico, e
embriológico nos diferentes estágios de sua vida, ou seja, da puberdade à menopausa. Dessa forma, será possível compreender melhor as
mudanças corporais e comportamentais que ocorrem durante a puberdade, gravidez, e menopausa.

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PROGRAMAÇÃO

• 07h30 – Entrega dos Kits • 09:35 – Doenças Ginecológicas Malignas – Dr. Ronaldo
Rangel

• 08:00 – Abertura – Diretoria LSM


• 10:10 – Coffee Break

• 08:10 – Historia da Medicina e a Evolução da Mulher –


Prof. Dr. Nader Wafae • 10:35 – Correlação entre o Ciclo Gravídico Normal e
Patológico – Dra. Elaine Haga

• 08:25 – Atendimento Humanizado a Mulher – Prof.


Luciane Lúcio • 11:10 – Os 50 anos da Pílula – Mulher Moderna

• 08:40 – Parto Humanizado – Prof. Dr. Marcelo Calil • 11:45 – TPM – Dr. José Bento

• 09:00 – Doenças Ginecológicas Benignas – Prof. Dr. Nilo • 12:20 – Encerramento – Diretoria LASM
Bozzini

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ANATOMIA

INTRODUÇÃO

O sistema genital feminino participa da reprodução humana pela produção da célula genital da mulher (óvulo), pela fecundação
quando ocorre o encontro do óvulo com o espermatozóide, pela implantação (processo de fixação do ovo na mucosa uterina), pela
gestação (desenvolvimento do feto) e pelo parto. Além de ter uma função importante nos caracteres sexuais secundários da mulher pela
secreção e produção de hormônios sexuais.
Os órgãos genitais classificam-se em internos e externos. Os órgãos genitais internos são: ovário, útero, tuba uterina e vagina. Os
órgãos genitais externos são: o monte do púbis, lábios maiores, lábios menores, clitóris, bulbo do vestíbulo e glândulas vestibulares maiores
e menores, o conjunto destas estruturas denomina-se vulva ou pudendo.

ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS

ÓVARIO:

- Número: 2 (direito e esquerdo)

- Função: produção de óvulos e de hormônios – estrógeno (responsável pela formação dos caracteres sexuais secundários como a voz,
disposição de pêlos, forma da bacia, mama etc), progesterona (responsável pelo amadurecimento e preparação da mucosa do endométrio,
implantação do ovo e preservação da gravidez) e relaxina (hormônio que durante a gestação flexibiliza as articulações da pelve).

- Situação: fossa ovárica na parte lateral e posterior da bacia

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- Faces - medial (tubária) e lateral.

- Extremidades – superior (tubária) e inferior.

- Margens– anterior (mesovárica) e posterior (tubária).

- Ligamentos – suspensor do ovário (fixa-o à parede lateral da pelve), útero-ovárico (fixa-o ao útero) e mesovário (fixa-o ao ligamento largo).

- Irrigação: artérias ovárica e uterina.

TUBA UTERINA:

- Número: 2 (direita e esquerda).


- Função: transporte do óvulo e dos espermatozóides, e também para a fecundação.

- Comprimento: em torno de 10 cm.

- Partes: uterina (dentro da parede uterina), istmo (mais estreita), ampola (mais longa) e
infundíbulo (mais larga, terminando em prolongamentos chamados fímbrias).

- Óstio: abdominal e uterino.

- Ligamentos: mesossalpinge (liga-a ao ligamento largo).

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ÚTERO:

- Número: 1

- Função> receber o ovo e desenvolver a gestação.

- Localização: no centro da cavidade pélvica.

- Posição:
• Anteversão é o ângulo de inclinação para frente formado entre os eixos da vagina e do útero.
• Antefleção é o ângulo de inclinação para frente formado entre o colo do útero e o corpo do útero.
• Destrotorção é a leve inclinação do útero para a direita.

- Faces: anterior e posterior.

- Partes:
• Fundo (parte superior, arredondada),
• Corpo (apresenta as faces vesical – anterior- e intestinal – posterior),
• Istmo (parte estreita onde se forma o segmento inferior na gravidez – aplicação na cesárea) e colo (apresenta duas partes uma
supra vaginal e outra vaginal no interior da vagina, e dois óstios um anatômico interno e outro na vagina).

- Ligamentos:
• Redondo do útero (liga o fundo do útero ao monte do púbis passando pelo canal inguinal),
• Largo (liga as margens laterais do útero ao monte do útero ás paredes laterais da pelve menor),
• Uterossacro (liga o colo do útero ao sacro e delimita a escavação retrouterina ou fundo de saco de Douglas),
• Cervical transverso (liga o colo do útero á parede lateral da pelve).
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- Conceitos:
• Endométrio – mucosa uterina.
• Miométrio – musculatura do útero.
• Perimétrio – peritônio que envolve o útero
• Mesométrio - localiza-se na lâmina
• Paramétrio – espaço entre as duas lâminas do ligamento largo contendo vasos, linfonodos, gordura.

- Irrigação: Artéria uterina, ramo da artéria ilíaca interna.

VAGINA

- Função: é o órgão da cópula.

- Fórnices são os espaços entre a parede da vagina e o colo do útero e podem ser laterais, posteriores e anteriores.

- Óstio da vagina é a abertura da vagina para o meio externo situado na vulva.

-Hímen é a membrana que veda parcialmente a vagina, substituída posteriormente pelas carúnculas himenais.

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Figura 1 : Artérias dos órgãos genitais femininos internos; O ligamento largo do útero foi extensamente removido, e o peritônio foi parcialmente
retirado. Parte do ligamento útero-ovárico esquerdo foi retirado; vista posterior.

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ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS

MONTE DO PÚBIS:

É a saliência situada na parte anterior da vulva coberta por pêlos.

LÁBIOS MAIORES:

São 2 dobras de pele livres que convergem nas extremidades e que delimitam entre si a rima do pudendo.

LÁBIOS MENORES:

São duas dobras de pele por dentro dos lábios maiores e que delimitam entre si o vestíbulo da vagina.

VESTÍBULO DA VAGINA:

Espaço entre os lábios menores contendo: óstio externo da uretra, óstio da vagina e os óstios das glândulas vestibulares maiores.

CLITÓRIS:

É um dos órgãos eréteis feminino, mediano, que corresponde aos corpos cavernosos do homem. É envolvido por prolongamentos dos
lábios menores que formam o prepúcio do clitóris, superiormente e frênulo do clitóris, inferiormente.

- Partes: ramos, corpo e glande.

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BULBO DO VESTÍBULO:

Outro órgão eréctil da mulher, par, em torno do óstio da vagina, corresponde ao corpo esponjoso.

GLÂNDULAS VESTIBULARES MAIORES:

Par, situadas por trás do bulbo do vestíbulo, lubrificam a parte inferior da vagina.

GLÂNDULAS VESTIBULARES MENORES:

Dispersas pelas paredes do vestíbulo da vagina.

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FISIOLOGIA E EMBRIOLOGIA

Fisiologia Feminina antes da gravidez e Hormônios Femininos

O sistema hormonal feminino, assim como o masculino, consiste em três hierarquias de hormônios:

1. Um hormônio de liberação hipotalâmica, o hormônio liberador de gonadotropina (GnRH)


2. Os hormônios sexuais hipofisários anteriores, o hormônio folículo- estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH), ambos
secretados em resposta à liberação de GnRH do hipotálamo
3. Os hormônios ovarianos, estrogênio e progesterona, que são secretados pelos ovários em resposta a dois hormônios sexuais
femininos da hipófise anterior

Esses diversos hormônios não são secretados em quantidades constantes durante todo o ciclo sexual mensal da mulher, mas em
taxas drasticamente diferentes durante diferentes partes do ciclo.

Ciclo Ovariano Mensal; Função dos hormônios gonadotrópicos

Os anos reprodutivos normais da mulher caracterizam-se por mudanças rítmicas mensais nas taxas de secreção dos hormônios
femininos e correspondem a mudanças nos ovários e em outros órgãos sexuais. Este padrão rítmico é denominado ciclo sexual mensal
feminino. O ciclo dura em média 28 dias. Pode ser curto como 20 dias ou longo como 45 dias em algumas mulheres, embora o ciclo de
duração anormal esteja com freqüência associado a menor fertilidade.
Há dois resultados significativos do ciclo sexual feminino. Primeiro, apenas um único óvulo normalmente é liberado dos ovários a
cada mês, de maneira que normalmente apenas um único feto por vez começará a crescer. Em segundo lugar, o endométrio uterino é
preparado com antecedência para a implantação do óvulo fertilizado no determinado momento do mês.

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Hormônios Gonadotrópicos e Seus Efeitos nos Ovários

As mudanças ovarianas que ocorrem durante o ciclo sexual dependem inteiramente dos hormônios FSH e LH, secretados pela
hipófise anterior. Na ausência desses hormônios, os ovários permanecem inativos (como ocorre durante toda a infância) quando quase
nenhum hormônio gonadotrópico é secretado. Entre os 9 e os 12 anos de idade a hipófise começa a secretar progressivamente mais
FSH e LH, levando ao início de ciclos sexuais mensais normais, que começam entre 11 e 15 anos de idade. Esse período de mudança é
denominado puberdade, e o primeiro ciclo menstrual é denominado menarca.

Crescimento do Folículo Ovariano- Fase ‘’Folicular” do Ciclo Ovariano

Quando uma criança do sexo feminino nasce, cada óvulo está circundado por uma única camada de células granulosas; o óvulo com
este revestimento de células granulosas, é denominado folículo primordial. Durante toda a infância, acredita-se que as células
granulosas ofereçam nutrição para o óvulo e para secretar um fator inibidor da maturação do oócito que mantém o óvulo suspenso em
seu estado primordial no estágio de prófase da divisão meiótica. Em seguida, depois da puberdade quando o FSH e o LH da hipófise
anterior começam a ser secretados em quantidades significativas, os ovários em conjunto com alguns dos folículos dentro deles,
começam a crescer.
O primeiro estágio de crescimento folicular é o aumento moderado do próprio óvulo, cujo diâmetro aumenta duas a três vezes.
Então segue-se o crescimento de outras camadas das células granulosas em alguns dos folículo, conhecidos como folículos primários.

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Figura2: Estágios do crescimento folicular no ovário, mostrando também a formação do corpo lúteo.

Apenas um Folículo Amadurece por Mês e os Restantes Sofrem Atresia

Após uma semana ou mais de crescimento, um dos folículos começa a crescer mais do que os outros; os outros 5 a 11 folículos em
desenvolvimento involuem e diz-se que esses folículos tornam-se atrésicos.
Não se sabe qual a causa da atresia, mas já foi sugerida a seguinte hipótese: as grandes quantidades de estrogênio do folículo de
crescimento mais rápido agem no hipotálamo deprimindo a secreção mais intensa de FSH, bloqueando desta forma o crescimento
posterior dos folículos menos bem desenvolvidos. Portanto, o folículo maior continua a crescer por causa de seus efeitos de feedback
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positivo intrínsecos, enquanto todos os outros folículos param de crescer e efetivamente involuem.
Esse processo de atresia é importante, pois normalmente permite que apenas um dos folículos cresça o suficiente todos os meses
para ovular, o que evita que uma criança se desenvolva em cada gravidez. O folículo único é denominado folículo maduro.

Ovulação

A ovulação na mulher que tem um ciclo sexual de 28 dias se dá 14 dias depois do início da menstruação. Um pouco antes de ovular a
parede externa protuberante do folículo incha-se rapidamente e uma pequena área no centro da cápsula folicular, denominada
estigma, projeta-se como um bico. Em 30 minutos ou mais, o líquido começa a vazar do folículo através do estigma, que rompe
inteiramente permitindo que um líquido mais viscoso, que ocupava a porção central do folículo, projete-se para fora. O líquido carrega
consigo o óvulo cercado por uma massa de milhares de pequenas células granulosas denominada coroa radiada.

O Pico de LH é Necessário Para a Ovulação

O LH é necessário para o crescimento folicular final e para a ovulação. Sem este hormônio, até mesmo quando grandes quantidades
de FSH estão disponíveis, o folículo não progredirá ao estágio de ovulação.
Cerca de 2 dias antes da ovulação, a taxa de secreção de LH pela hipófise anterior aumenta bastante, subindo 6 a 10 vezes e com um
pico em torno de 16 horas antes da ovulação. O FSH também aumenta cerca de 2 a 3 vezes ao mesmo tempo, e FSH e LH agem
sinergicamente causando a rápida dilatação do folículo durante os últimos dias antes da ovulação. O LH tem ainda um efeito específico
nas células granulosas e tecais, convertendo-as principalmente em células secretoras de progesterona. Portanto, a taxa de secreção de
estrogênio começa a cair cerca de 1 dia antes da ovulação, enquanto quantidades cada vez maiores de progesterona começam a ser
secretadas.

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Figura 3: Concentrações plasmáticas aproximadas de gonadotropinas e hormônios ovarianos durante o ciclo sexual feminino normal. FSH, hormônio folículo- estimulante. LH, hormônio luteinizante.

Início da Ovulação

O LH causa rápida secreção dos hormônios esteróides foliculares que contêm progesterona. Dentro de algumas horas ocorrem dois
eventos, ambos necessários para a evolução: a teca externa (a cápsula do folículo) começa a liberar enzimas proteolíticas dos
lisossomos, o que causa a dissolução da parede capsular do folículo e conseqüente enfraquecimento da parede, resultando em mais
dilatação do folículo e conseqüente enfraquecimento da parede, gerando mais dilatação do folículo e degeneração do estigma.
Simultaneamente, há um rápido crescimento de novos vasos sanguíneos na parede folicular e, ao mesmo tempo são secretadas
prostaglandinas nos tecidos foliculares.

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Corpo Lúteo- Fase “Lútea’’ do Ciclo Ovariano

Durante as primeiras horas depois da expulsão do óvulo do folículo, as células granulosas e tecais internas remanescente e mudam
rapidamente para células luteínicas. Elas aumentam de tamanho e tornam-se repletas de inclusões lipídicas que dão a elas uma
aparência amarelada. Este processo é chamado de luteinização, e a massa total de células é denominada corpo lúteo.
Na mulher normal, o corpo cresce até cerca de 1,5 centímetro de diâmetro, atingindo esse estágio de desenvolvimento 7 a 8 dias
após a ovulação. Então ele começa a involuir e efetivamente perde suas funções secretórias, bem como sua característica lipídica
amarelada.

Involução do Corpo Lúteo e Início do Próximo Ciclo Ovariano

O estrogênio particularmente e a progesterona em menor extensão, secretados pelo corpo lúteo durante a fase luteínica do ciclo
ovariano, têm efeitos de feedback potentes na hipófise anterior, mantendo taxas secretórias reduzidas tanto de FSH quanto de LH.

Funções dos Hormônios Ovarianos

Efeito dos Estrogênios sobre sobre o Útero e os Órgãos Sexuais Femininos Externos

Durante a infância, os estrogênios são secretados apenas em quantidades mínimas, mas na puberdade, a quantidade secretada na
mulher sob a influência dos hormônios gonadotrópicos hipofisários aumenta 20 vezes ou mais. Nessa época, os órgãos sexuais
femininos mudam daqueles de uma criança para os de um adulto. Os órgãos genitais femininos aumentam de tamanho e os estrogênios
também alteram o epitélio vaginal de um tipo cubóide para um tipo estratificado, considerado mais resistente a traumas e infecções do
que o epitélio antigo.

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Efeito dos Estrogênios sobre as Mamas

As mamas primordiais de homens e mulheres são exatamente iguais. De fato, sob a influência de hormônios apropriados a mama
masculina durante as primeiras duas décadas de vida pode desenvolver-se o suficiente para produzir leite da mesma maneira que as
mamas femininas.
Os estrogênios causam desenvolvimento dos tecidos estromais das mamas, crescimento de um vasto sistema de ductos, e depósito
de gordura nas mamas. Os lóbulos e alvéolos das mamas desenvolvem-se até certo ponto sob a influência apenas dos estrogênios, mas
é a progesterona e a prolactina que determinam o crescimento e a função final das estruturas.

Efeito dos Estrogênios sobre o Esqueleto

Os estrogênios inibem a atividade osteoclástica nos ossos e, portanto, estimulam o crescimento ósseo. Na puberdade quando a
mulher entra em seus anos reprodutivos, seu crescimento em altura torna-se rápido durante muitos anos. Entretanto os estrogênios
têm um outro efeito potente sobre o crescimento esquelético: causam a união das epífises com a haste dos ossos longos. Este efeito do
estrogênio na mulher é bem mais forte do que o efeito semelhante da testosterona no homem. Consequentemente, o crescimento da
mulher geralmente pára muitos anos antes do crescimento do homem.

Efeito dos Estrogênios sobre o Metabolismo Corporal e o Depósito de Gordura

Os estrogênios aumentam ligeiramente a taxa metabólica de corpo todo, mas apenas cerca de um terço a mais que o aumento
causado pelo hormônio sexual masculino testosterona. Causam também depósito de quantidades maiores de gordura nos tecidos
subcutâneos. Consequentemente, a porcentagem de gordura corporal no corpo do homem é menor, pois contém mais proteína.

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Efeito dos Estrogênios sobre a Distribuição Pilosa

Os estrogênios não afetam muito a distribuição de pêlos. Entretanto, os pêlos efetivamente desenvolvem-se na região pubiana e nas
axilas após a puberdade. Os androgênios formados em quantidades crescentes pelas glândulas adrenais femininas após a puberdade
são os principais responsáveis por isto.

Efeito dos Estrogênios sobre a Pele

Os estrogênios fazem com que a pele desenvolva uma textura macia e normalmente lisa, mas, mesmo assim, a pele da mulher é
mais espessa que a de uma criança ou de uma mulher castrada. Além disso, os estrogênios fazem com que a pele se torne mais
vascularizada, o que muitas vezes está associado à pele mais quente, promovendo, maior sangramento nos corte superficiais do que se
observa nos homens.

Funções da Progesterona

Efeito da Progesterona sobre o Útero

Sem dúvida a função mais importante da progesterona é promover mudanças secretórias no endométrio uterino durante a última
metade do ciclo sexual feminino mensal, preparando o útero para a implantação do óvulo fertilizado. Além desse efeito no endométrio,
a progesterona diminui a freqüência e a intensidade das contrações uterinas, ajudando assim a evitar a expulsão do óvulo implantado.

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Ciclo Endometrial Mensal e Menstruação

Fase Proliferativa (Fase Estrogênica) do Ciclo Endometrial que Ocorre Antes da Ovulação

No início de cada mês, grande parte do endométrio descamou-se pela menstruação. Após a menstruação resta apenas uma
pequena camada de estroma endotelial e as únicas células epiteliais restantes são as localizadas nas porções remanescentes profundas
das glândulas e criptas do endométrio. Sob a influência de estrogênios, secretados em grandes quantidades pelo ovário durante a
primeira parte do ciclo ovariano mensal, as células do estroma e as células epiteliais proliferam-se rapidamente. A superfície
endometrial é reepitelizada 4 a 7 dias após o início da menstruação.
Em seguida, antes de ocorrer a ovulação, a espessura do endométrio aumenta bastante devido ao crescimento progressivo das
glândulas endometriais e novos vasos sanguíneos no endométrio.

Figura 4: Fases do crescimento endometrial e da menstruação durante cada ciclo sexual mensal feminino.

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Fase Secretora do Ciclo Endometrial que Ocorre Após a Ovulação

Durante grande parte da última metade do ciclo mensal, depois de ter ocorrido a ovulação, progesterona e estrogênio são
secretados em grande quantidade pelo corpo lúteo. A progesterona causa inchaço e desenvolvimento secretório acentuados do
endométrio. As glândulas aumentam em tortuosidade; a finalidade geral dessas mudanças endometriais é produzir um endométrio
altamente secretor que contenha grandes quantidades de nutrientes armazenados para prover condições apropriadas para a
implantação de um óvulo fertilizado durante a última metade do ciclo mensal.

Tensão Pré-menstrual

Cerca de uma em cada três mulheres sofre de tensão pré-


menstrual (TPM) com a aproximação do período menstrual.
Caracteriza-se por um conjunto de sintomas e sinais que se manifesta
um pouco antes da menstruação e desaparece com ela. Se eles
persistirem, não se trata da síndrome de TPM, pois ela está
diretamente relacionada com a produção dos hormônios femininos.
A causa da TPM não é muito conhecida, mas acredita-se que
os sintomas são desencadeados pela ação do estrogênio e da
progesterona antes da menstruação. O estresse também pode piorar
os sintomas, assim como o consumo excessivo de chocolate e bebidas
contendo cafeína (como café). As mulheres têm mais probabilidade
de ter sintomas acentuados de TPM se houver outros casos na família,
embora ainda não se tenham identificado fatores genéticos.

Figura 5: Tensão Pré- menstrual.

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Menstruação

A menstruação é causada pela redução de estrogênio e progesterona, no final do ciclo ovariano mensal. Durante as 24 horas que
precedem o surgimento da menstruação, os vasos sanguíneos tortuosos que levam o sangue às camadas mucosas do endométrio
tornam-se vasoespásticos, supostamente devido a algum efeito da evolução como a liberação de um material vasoconstritor. O líquido
menstrual normalmente é não-coagulado porque uma fibrolisina é liberada em conjunto com o material endometrial necrótico. A
presença de coágulos durante a menstruação muitas vezes representa uma evidência clínica de patologia uterina. Quatro a 7 dias após o
início da menstruação a perda de sangue pára porque neste momento, o endométrio reepitalizou-se.

Menopausa

Entre 40 e 50 anos de idade, o ciclo sexual geralmente torna-se irregular, e a ovulação muitas vezes não ocorre. Depois de alguns
meses a alguns anos, o ciclo pára totalmente. O período durante o qual o ciclo pára e os hormônios femininos caem a quase zero é
denominado menopausa. A causa da menopausa é o ‘’esgotamento’’ dos ovários. Durante toda a vida reprodutiva da mulher cerca de
400 dos folículos primordiais crescem em folículos maduros e ovulam e centenas de milheres de óvulos degeneram-se.
Na época da menopausa a mulher precisa reajustar sua vida, que antes era fisiologicamente estimulada pela produção de
estrogênios e progesterona e agora tona- se desprovida desses hormônios. A perda dos estrogênios geralmente causa mudanças
fisiológicas marcantes, incluindo rubor extremo da pele, sensações psíquicas de dispnéia, irritabilidade, fadiga, ansiedade, diminuição da
resistência e calcificação dos ossos do corpo.

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Fertilidade

Período Fértil de Cada Ciclo Sexual

O óvulo permanece viável e capaz de ser fertilizado depois de ser expelido do ovário por um período provavelmente não superior a
24 horas. Portanto é preciso haver um espermatozóide disponível logo depois da ovulação para haver fertilização. Alguns
espermatozóides podem permanecer férteis no aparelho reprodutor feminino por até 5 dias. Assim, o período de fertilidade feminina
durante cada mês é curto, em torno de 4 a 5 dias.

Supressão Hormonal da Fertilidade- “A Pílula”

A administração de estrogênio ou progesterona, desde que nas quantidades apropriadas durante a primeira metade do ciclo
mensal, pode inibir a ovulação. A razão disso é que a administração apropriada de um desses hormônios pode evitar o pico pré-
ovulatório da secreção de LH pela hipófise, que é essencial à evolução.
Não se sabe exatamente porque a administração de estrógeno e progesterona evita o pico pré-ovulatório da secreção de LH.
Entretanto, estudos experimentais sugerem que imediatamente antes de ocorrer o pico, é provável que haja uma depressão abrupta da
secreção de estrógeno, o que causa o efeito de feedback subseqüente na hipófise anterior que ao pico de LH. A administração de
hormônios sexuais evitaria a depressão hormonal ovariana inicial que representaria o sinal desencadeador da ovulação.
O problema de estabelecer métodos de supressão hormonal da ovulação tem sido o de desenvolver combinações adequadas de
estrógenos e progestinas que suprimam a ovulação, mas não causem outros efeitos indesejáveis. Portanto, quase todas as “pílulas”
usadas no controle da fertilidade consistem em alguma combinação de estrógenos e progestinas sintéticas. A principal razão de se usar
sintéticos, pois os hormônios naturais são quase que inteiramente destruídos pelo fígado pouco tempo depois de serem absorvidos pelo
trato gastro- intestinal na circulação porta-hepática.
Dois dos estrogênios sintéticos mais usados são: o etinil estradiol e o mestranol. Dentre as progestinas mais usadas temos a
noretindrona, noretinodrel, etinodiol e norgestrel.
O fármaco é iniciado normalmente nos estágios iniciais do ciclo mensal e mantido além da época em que normalmente se daria a
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ovulação. Em seguida o fármaco é interrompido, permitindo que ocorra a menstruação e inicie-se um novo ciclo.

GRAVIDEZ

Na gravidez, a placenta forma quantidades especialmente grandes de gonadotropina coriônica humana (hCG), estrogênios,
progesterona e somatomamotropina coriônica humana, sendo que as três primeiras, e provavelmente também a quarta, são essenciais a
uma gravidez normal.
A menstruação normalmente ocorre em uma mulher não-grávida cerca de 14 dias depois da ovulação, época em que grande parte
do endométrio uterino descamou-se da parede uterina e é expelido para fora. Se isto ocorresse após a implantação de um óvulo, a gravidez
seria terminada. Entretanto isso é evitado pela secreção de gonadotropina coriônica humana pelos tecidos embrionários em
desenvolvimento da seguinte maneira:
Simultaneamente ao desenvolvimento das células trofoblásticas do óvulo recém-fertilizado, o hormônio gonadotropina coriônica
humana é secretado pelas células troblásticas sinciciais para os líquidos maternos. A secreção deste hormônio pode ser medida no sangue
pela primeira vez 8 a 9 dias após a ovulação, pouco depois do blastocisto implantar-se no endométrio. Em seguida a taxa de secreção
aumenta rapidamente, atingindo um nível máximo em torno de 10 a 12 semanas de gestação e diminuindo novamente a um valor baixo em
torno de 16 a 20 semanas de gestação, continuando neste nível pelo restante da gravidez.
A gonadotropina coriônica humana tem como função evitar a involução do corpo lúteo no final do ciclo sexual feminino mensal. Ela
efetivamente faz com que o corpo lúteo secrete quantidades ainda maiores de seus hormônios sexuais (progesterona e estrógeno) pelos
próximos meses. Esses hormônios impedem a menstruação e fazem com que o endométrio continue a crescer e a armazenar grandes
quantidades de nutrientes, em vez de descamar no produto menstrual.
A gonadotropina coriônica humana também exerce um efeito estimulador das células intersticiais sobre os testículos do feto
masculino, resultando na produção de testosterona em fetos masculinos até o nascimento, fazendo com que os órgãos masculinos cresçam
no feto, em vez de órgãos femininos. E perto do final da gestação a testosterona secretada pelos testículos fetais também faz com que os
testículos desçam para o saco escrotal.

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Figura 6: Anatomia do feto no útero materno

A placenta, assim como o corpo lúteo, secreta tanto estrógeno como progesterona e o mais importante é que os estrogênios
secretados pela placenta não são sintetizados de novo a partir de substratos básicos na placenta. Em vez disso eles são sintetizados quase
inteiramente a partir dos compostos esteróides androgênicos, que são formados tanto nas glândulas adrenais da mãe quando nas glândulas
adrenais do feto.
A função do estrógeno é de proliferação na maioria dos órgãos reprodutores e anexos da mulher como: aumento do útero materno,
das mamas, ductos da mama, genitália externa feminina da mãe. Outra importante função é que relaxa os ligamentos pélvicos da mãe, de
maneira que as articulações sacorilíacas tornam-se relativamente maleáveis, e as sínfise pubiana elástica, essas mudanças fazem com que
facilite a passagem do feto através do canal do parto.
A progesterona é secretada em quantidades moderadas pelo corpo lúteo no início da gravidez e depois é secretada em enormes
quantidades pela placenta. É um hormônio essencial da gravidez porque é ela que faz as células decíduas desenvolverem- se no endométrio
uterino, e essas células têm um papel importante na nutrição do embrião inicial. Ela também diminui a contractibilidade do útero grávido,
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evitando assim que contrações uterinas causem aborto espontâneo. A progesterona contribui para o desenvolvimento do concepto mesmo
antes da implantação, pois especificamente aumenta as secreções das tubas uterinas e do útero, proporcionando material nutritivo
apropriado para o desenvolvimento da mórula e do blastocisto.
A somatomamotropina coriônica humana é um hormônio placentário descoberto mais recentemente. É secretado progressivamente
durante todo o restante da gravidez em proporção direta ao peso da placenta. Não se sabe ao certo suas funções, a única coisa que se pode
afirmar é que esse hormônio diminui a sensibilidade à insulina e a utilização de glicose pela mãe, disponibilizando assim, quantidades
maiores de glicose para o feto. Outra função é que promove a liberação de ácidos graxos livres das reservas de gordura da mãe,
proporcionando assim uma fonte alternativa de energia para o metabolismo materno durante a gravidez. Ou seja, hoje acredita- se que a
somatomamotropina coriônica humana é um hormônio metabólico geral com implicações nutricionais específicas tanto para a mãe quanto
para o feto.

PARTO

Parto significa o nascimento do bebê. Ao final da gravidez o útero torna-se progressivamente mais excitável , até que finalmente
desenvolve contrações rítmicas tão fortes que o bebê é expelido. Não se sabe a causa exata do aumento da atividade uterina, mas pelo
menos duas categorias principais de eventos levam as contrações intensas responsáveis pelo parto:

1- mudanças hormonais progressivas que aumentam a excitabilidade da musculatura uterina

2- mudanças mecânicas progressivas

A progesterona inibe a contratilidade uterina durante a gravidez, assim a evita a expulsão do feto. Por outro lado, os estrogênios
têm uma tendência definida em aumentar o grau de contratilidade uterina. Tanto a progesterona quanto o estrógeno são secretados em
quantidades progressivamente maiores durante grande parte da gravidez, mas a partir do sétimo mês a secreção do estrogênio continua a
aumentar, enquanto a de progesterona permanece constante ou até mesmo diminui um pouco. Por isso já se postulou que a produção
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estrógeno-progesterona aumenta suficiente até o final da gravidez para ser pelo menos parcialmente responsável pelo aumento da
contratilidade uterina.
A ocitocina é um hormônio secretado pela neuro- hipófise que especificamente causa contrações uterinas. Ela faz com que a
musculatura uterina aumente seus receptores de ocitocina e, portanto, aumente sua sensibilidade a uma determinada dose de ocitocina
durante os últimos meses de gravidez. A taxa de secreção de ocitocina pela neuro-hipófise é consideravelmente maior no momento do
parto.

Figura 7: Indução do trabalho do parto.

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LACTAÇÃO

As mamas começam a desenvolver-se na puberdade. Esse desenvolvimento é estimulado pelos estrogênios do ciclo sexual feminino
mensal, pois os estes estimulam o crescimento da parte glandular das mamas além do depósito de gordura que concederá massa ás
mamas. Além disso, ocorre um crescimento bem mais intenso durante o estado de altos níveis de estrogênio da gravidez, e só então o
tecido glandular torna-se inteiramente desenvolvido para a produção de leite.
Durante a gravidez as grandes quantidades de estrogênios secretadas pela placenta fazem com que os sistemas de ductos das
mamas cresçam e ramifique-se. Simultaneamente, o estroma das mamas aumenta a quantidade de gordura depositada.
Quatro outros hormônios são igualmente importantes para o crescimento do sistema de ductos: hormônio do crescimento,
prolactina, os glicocorticóides adrenais, e a insulina. Sabe-se que cada um deles tem pelo menos algum papel no metabolismo das
proteínas, o que presumivelmente explica sua função no desenvolvimento das mamas.
O desenvolvimento final das mamas em órgãos secretores de leite também requer progesterona. Quando o sistema de ductos
estiver desenvolvido, a progesterona junto com o estrogênio causará crescimento adicional dos lóbulos mamários, com multiplicação dos
alvéolos e desenvolvimento de características secretórias nas células dos alvéolos. Essas mudanças são análogas aos efeitos secretórios da
progesterona no endométrio uterino durante a última metade do ciclo menstrual feminino.
A prolactina é secretada pela hipófise anterior materna e sua concentração no sangue da mãe aumenta uniformemente a partir da
quinta semana de gravidez, até o nascimento do bebê. Além disso a placenta secreta grades quantidades de somatomamotropina coriônica
humana que provavelmente tem propiedades lactogênicas.

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Figura 8: Técnica de amamentação correta.

O líquido secretado durante os últimos dias antes do parto e nos primeiros dias após o parto é denominado colostro, este contém
essencialmente as mesmas concentrações de proteínas e lactose do leite, mas quase nenhuma gordura, e sua taxa máxima de produção de
leite.
Imediatamente depois que o bebê nasce, a perda súbita tanto da secreção de estrogênio quanto da progesterona pela placenta
permite que o efeito lactogênico da prolactina da hipófise materna assuma seu papel natural de promotor da lactação e durante os
próximos 1 a 7 dias, as mamas começam a secretar quantidades copiosas de leite em vez do colostro.
Depois do nascimento do bebê, o nível basal da secreção de prolactina retorna aos níveis não-grávidos durante algumas semanas.
Entretanto cada vez que a mãe amamenta, sinais neurais dos mamilos para o hipotálamo causam um pico de 10 a 20 vezes na secreção de
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prolactina que dura aproximadamente 1 hora. Essa prolactina age nas mamas maternas, pois mantém as glândulas mamárias secretando
leite nos alvéolos para os períodos de amamentação subseqüentes. Se o pico de prolactina estiver ausente ou for bloqueado em
decorrência de dano hipotalâmico ou hipofisário ou se a amamentação não prosseguir, as mamas perdem a capacidade de produzir leite
dentro de 1 semana mais ou menos. Entretanto a produção de leite pode se manter por vários anos se a criança continuar a sugar, embora
a taxa de formação de leite normalmente diminua consideravelmente depois de 7 a 9 meses.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Guia Veja Medicina e Saúde - volumes: 4; 9; 20. Editora Abril Coleções., 2008.

- GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier Ed., 2006.

- MOORE, K.L. ; Embriologia clínica. 8ºed. Rio de Janeiro, Guanabara., 2008.

- SOBOTTA, J; BECKER.; Sobotta- Atlas da Anatomia Humana. 21ºed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan S.A., 2000.

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