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Pessoal, eu não vou falar nenhuma novidade.

Você tem que aprender, você vai ter


que estudar: a lei seca, a jurisprudência, a doutrina... E, a partir desses três (lei
seca, jurisprudência e doutrina), você precisa criar um raciocínio jurídico, para que
você consiga interpretar a questão e consiga, consequentemente, responder de
maneira correta.

Olha só, vem cá. Veja que um dos elementos centrais é o estudo da lei seca. E aqui
eu te digo que a lei seca é o mais importante elemento para a prova de concurso. E
aqui eu estou falando tanto para a prova objetiva, quanto para a prova discursiva,
quanto para uma fase oral. A literalidade da lei é o mais cobrado em prova

E se você não tem ainda essa ideia, não faça isso. O estudo da lei seca, pessoal, é
importantíssimo. E ele vem junto do estudo doutrinário. Eu sempre fiz isso nos meus
estudos.

Tirava um tempo considerável do meu estudo, e ficava lendo apenas a parte da lei
seca, isolada da doutrina, isolada da parte teórica. 

E falamos também da doutrina. A doutrina é relevante para te dar base de


conhecimento, de raciocínio jurídico. E até mesmo para te dar um vocabulário
melhor.

A jurisprudência, pessoal, é extremamente relevante também para o estudo, porque


ela vai complementar as formas de cobrança em prova. 60, 65, 70% estão na lei
seca, e talvez 15, 20% estão na jurisprudência e um pouquinho de doutrina. Então a
jurisprudência talvez seja o segundo elemento mais relevante do estudo. E também,
pessoal, a jurisprudência é muito relevante para você ser cobrado - e responder,
claro - na prova discursiva e na prova oral.

Você precisa muito fazer exercícios: exercícios objetivos, exercícios discursivos e


exercícios de prova oral. Cada um no seu momento adequado. E é exatamente o
que eu passo a te questionar.
Portanto, você precisa aprender: (i) o que é que você precisa dizer e (ii) como você
vai dizer aquilo que você precisa dizer.

Como Estudar a Lei Seca

Outras ferramentas de estudo

ERRO

Como estudar Jurisprudência


Raciocínio Jurídico.

Então, seria esse tipo de raciocínio lógico a qual me refiro. Como eu disse,
geralmente esse tipo de raciocínio, ele é exigido do candidato em provas orais e
também em provas escritas. Um ponto de partida para resolver a maioria das
questões, em uma prova dissertativa, por exemplo, é a Constituição Federal. O
candidato, ele pode partir dos princípios gerais da Constituição Federal e, a partir
daí, ingressar na questão de modo mais específico.

Então, é possível você fazer essa correlação entre princípios também. Isso
demonstra para o teu examinador que você tem efetivamente um conhecimento e
conseguiu desenvolver esse raciocínio.
Uma outra forma, é correlacionar, por exemplo, princípios ou artigos da parte geral
como os princípios da parte especial. Temas relacionados à parte geral com a parte
especial. Isso vai permitir com que você desenvolva também esse raciocínio jurídico.

Por fim, fazer essa correlação entre lei, jurisprudência e doutrina. Isso é muito
importante, sobretudo para resolver questões escritas, uma prova de segunda fase,
por exemplo, ou provas orais, em que o examinador eventualmente faça uma
pergunta e você responde de bate pronto. Essa resposta de bate pronto pode não
ser muito bem aceita.

É importante que você faça de um modo resumido, é claro, você não pode encher
linguiça na tua prova, você não pode querer gastar tempo. É importante que você
faça esse raciocínio de uma forma rápida, mas mostre pro seu examinador que você
tem esse conhecimento amplo, esse conhecimento sistematizado sobre o
ordenamento jurídico.

Richard Thaler (Nobel economia 2017)


Qual é o momento em que a gente deve fazer essas questões?

Foi o que eu te disse: quando você já tiver uma base mínima, uma solidez mínima sobre uma
determinada matéria. Não é ideal que você estude uma matéria uma vez e vá fazer exercícios sobre ela,
porque, muito provavelmente, você vai errar muita coisa, e isso vai te desmotivar, vai te desanimar e você
não deve continuar o estudo.

Outro ponto que eu lembro aqui agora e falo para você é: nunca faça exercícios logo após o estudo da
matéria. Quero dizer: você tirou a manhã ou tirou o dia para estudar obrigações do direito civil; e, à tarde
ou à noite, ao final do seu dia de estudo, você pega, vai lá e resolve as questões de obrigações. Não,
pessoal, isso está errado!

Eu sempre gostava de resolver questões um tempo depois, um período depois, de três, quatro, cinco
dias, daquilo que eu tinha estudado. Então, se eu estudei na segunda, eu gostava de resolver o exercício
lá no sábado, lá na sexta. Porque, como eu já passei pela matéria, já teve dias que eu passei pela
matéria, muita coisa vai se perder, então aí é, de fato, que eu vou saber o que que eu absorvi ou não, e o
que que eu vou precisar reforçar ou não no meu estudo. Entende?!

Existem três tipos de questões:

•a que você acerta integralmente;

•a que você acerta por eliminação;

•a que você erra ou a que você acerta por chute.

Essas questões devem ir para o caderno de erros e serem estudadas.

E as questões discursivas, hein? Qual é o momento, primeiro, de fazer as questões discursivas?

As questões discursivas, diferente das objetivas, elas demoram um pouquinho a entrar no seu estudo. Se
eu te disse que nas questões objetivas, você precisa fazê-las quando você tiver uma base mínima, nas
questões discursivas você precisa ter uma base média. Você já precisa estar melhor estudado, mais bem
entendido do assunto, para poder resolver a questão discursiva.

E o que é importante aprender nas questões discursivas?

A forma de escrita, como escrever, o uso correto do vernáculo, o uso correto do português, estruturação
na resposta. Fazer questões, textos cursos. Não fazer um parágrafo de dez linhas, por exemplo, fazer
parágrafos de entre 4 a 7 linhas, para o seu texto ficar mais fluido, mais solto.
Porque, quando você pega um parágrafo com 10 linhas, com 13 linhas - como eu costumo, às vezes,
receber para corrigir - nossa é terrível, que preguiça de ler isso aqui. O examinador já vai com preguiça.
Quando você divide melhor a ideia, em parágrafo menores, de 4 a 7 linhas, o seu texto flui melhor e o
examinador vai gostar melhor. 

Então veja: nas questões discursivas, para resolvê-las, você tem que saber o direito material, óbvio. Mas,
mais do que saber o direito material, você tem que saber também uma estruturação de resposta. O uso
correto do vernáculo, uma estruturação em parágrafos, que te ajude a escrever melhor, que faça você ser
mais claro junto ao seu examinador.

E você vai perceber também que as questões discursivas são aquelas que vão cair... São aquelas
questões que o examinador vai cobrar de você, a banca vai cobrar, de uma jurisprudência recente, de um
tema conflitante, de divergências que há na doutrina... E aí é importante, em uma questão discursiva,
você expor os dois lados. E, caso a questão exija, se posicione pelo que seja melhor para a carreira, para
instituição.

Então você tem que pensar isso, que você está resolvendo para uma instituição específica a prova. Então
você tem que fazer a questão discursiva como se você fosse um procurador, como se você fosse um juiz,
como se você fosse um delegado. Você tem que direcionar resposta. Embora haja divergência na
doutrina, você tem que se posicionar de acordo com a carreira. 

Como que eu vou começar a minha questão? Como que eu vou desenvolver e como que eu vou
terminar?

Pessoal, eu sempre gosto de estabelecer uma premissa maior, uma premissa menor e a conclusão.
Vocês que assistem as minhas unidades de aprendizagem, assistem as minhas aulas, vocês sabem que
eu sempre começo... Eu brinco e falo: "vamos começar do começo".

Qual que é o começo?

É o conceito. Vocês está em uma questão: conceitue o instituto envolvido. Não é, pessoal, apenas
transcrever o conceito, é conceituar explicando o conceito e, muito possivelmente, já trazendo o conceito
para a questão. Então comece de uma premissa maior: traga o conceito, explique o conceito. Se possível,
atrele o conceito a sua questão.

Premissa maior: vá na Constituição (CF/1988). Depois premissa menor: vá na lei seca, vai na doutrina,
vai na jurisprudência. Mas a premissa maior primeiro, a CF/1988.

Onde que está o instituto na CF/1988?


Ele deve estar!

Eu estou falando de licitação?

Está na CF/1988: art. 37, XXI.

PROVA ORAL

Primeiro ponto é a importância da postura. Pessoal, a linguagem não verbal, ela é muito importante em
uma prova oral. Ela não vai te aprovar ou te reprovar, mas ela vai passar muita seriedade e passar muita
convicção para os seus argumentos. Porque você não fala somente com aquilo que sai da sua boca, o
seu corpo fala. A sua linguagem não verbal, ela pode dar ênfase e ela pode dar peso para a sua resposta,
ou ela pode, muitas vezes, acabar gerando dúvida, deixando uma baixa credibilidade naquele conteúdo
que você expõe.

Então é importante, inclusive para demonstrar a autoridade do seu conhecimento e dos seus argumentos,
que a sua linguagem verbal seja somada a sua linguagem não verbal. Isso quer dizer postura corporal,
quer dizer gestos e posturas. Está relacionado também à vestimenta, aos usos da linguagem e ao bom
uso do vernáculo do português. Tudo isso está relacionado a essa linguagem não verbal.

Algumas observações rápidas... Postura corporal, pessoal. Em relação à nossa postura, a gente tem que
ter alguns cuidados. Por exemplo, olhos: os seus olhos devem estar sempre direcionados aos olhos da
pessoa com quem você está falando. Você não pode responder o seu examinador olhando para um lado,
olhando para o outro.
Percebam, eu vou falar com vocês olhando para o lado. Vocês não têm a empatia. Vocês não têm a troca.
Eu preciso olhar nos olhos da pessoa com quem eu estou falando, e responder para a pessoa com quem
eu estou falando, porque isso gera uma sensação de recebimento, de troca, gera segurança. 

Se eu começo a olhar para baixo, olhar para cima para dar uma resposta, eu estou me evadindo. Então
eu preciso olhar nos olhos do examinador e dar uma resposta à pergunta que foi formulada.

A cabeça, de igual forma, ela tem que estar direcionada ao examinador. Eu não posso, muitas vezes, falar
com o examinador olhando, embora eu olhe nos seus olhos, mas com a cabeça para um lado, com a
cabeça para cima, com a cabeça para baixo. A cabeça tem que estar em uma postura ereta. Nem demais,
com queixo levantado demais, nem de menos.

Até porque, quando a gente analisa um pouco de linguagem corporal, a gente sabe que a cabeça muito
baixa, o tronco fechado, braço cruzado, isso nos dá uma impressão de proteção, de desconfiança... De  
proteção mesmo, como se não tivéssemos segurança sobre aquilo que a gente falasse.

Então a nossa postura, o nosso corpo, o nosso olhar, a nossa cabeça tem que estar sempre direcionada à
pessoa com quem a gente está falando. Sempre de forma clara, sempre de forma também de gestos que
demonstrem uma abertura, uma franqueza naquele conhecimento que a gente está expondo. 

Por isso que a gente tem que tomar cuidado também com os troncos. A gente não pode nos curvar
demais, a gente tem que estar sempre com o tronco aberto, com os braços e com as nossas mãos
também abertas. A gente não pode cruzar os braços, porque isso também dá uma sensação de proteção,
de informalidade. Os nossos braços abertos. Se a gente estiver sentado, eles podem estar com a palma
da nossa mão encostada na nossa perna.

A gente pode movimentar, sim, os braços. A gente movimenta os braços... A área de movimentação,
pessoal, adequada para os braços, ela gira entre o nosso ombro e a nossa cintura. Toda a movimentação
dos braços, ela deve percorrer essa posição que vai da cintura até o ombro. A gente deve evitar
movimentos que fiquem muito altos e também movimentos que fiquem muito baixos e que  sejam muito
chamativos. 

Então a nossa movimentação de mãos, ela gira aqui em torno do nosso ombro, perto do nosso peito, com
gestos delicados, com uma mão sobre a outra. Mas também sempre de forma muito natural. A gente
gesticula as mãos quando a gente fala, e  isso é importante.

E um treino bem legal para você, quando estiver se preparando para a prova oral, é sentar na frente do
espelho e responder as perguntas, olhando sua postura e analisando a sua postura enquanto você está
falando no espelho.
Outro ponto também bem importante é gravar a sua resposta. Pegue seu celular, pegue um tripé, e grave
a sua resposta, grave a sua argumentação e a sua fala, para você perceber os seus vícios de postura e
os seus vícios de linguagem. É importante.

Então feitas essas observações, de forma mais genérica: pessoal, tentem ter postura e gestos mais
neutros, nada muito espalhafatoso, nada muito chamativo. Sempre optem pela neutralidade. 

E isso também vale um pouquinho sobre as nossas vestimentas, sobre as nossas roupas. A gente tem
que tomar um pouco de cuidado, principalmente com bancas que são mais tradicionais (por exemplo: o
Tribunal de Justiça do estado de São Paulo, é um tribunal bem conservador)

Então a gente tem que tomar um pouco de cuidado com as vestimentas e com as roupas, sempre
preferindo pela sobriedade e pela neutralidade. Nada que vá tirar a atenção do nosso examinador do
nosso conteúdo e trazer para a nossa vestimenta, para as nossas roupas, unhas, seja o que for. Então
sempre tentem ser o mais neutros possíveis e menos... O mais sóbrios possíveis, para que o
conhecimento fique realmente na sua linguagem verbal e não verbal.

Cuidado também maneirismos e vícios de linguagem. Isso a gente percebe muito quando nós gravamos o
nosso conteúdo. Vocês vão perceber que muitas pessoas vão ter alguns cacoetes, vão ter algumas
manias... Falar o "é". Vocês vão perceber como é comum, a pessoa está respondendo e começa a falar
"é...", ao final de cada palavra: "é...". Isso são vícios de linguagem que a gente tem que retirar, quando a
gente vai expor o assunto oralmente. Isso a gente percebe e vai corrigindo conforme nós formos
treinando.

Se você não gravar a sua resposta, se você não se olhar no espelho, se você não fizer simulados e
treinos, vai ser muito difícil você perceber esses vícios de linguagem e esses maneirismos que podem
acontecer na sua fala, e corrigir eles para que, quando chegar na prova oral, você não os tenha. 

"Como que eu faço, Bruno, para sair de uma situação ruim na prova oral ou de uma pergunta sem
resposta? Se o meu examinador me colocar em uma 'saia justa' ali, seja em relação a uma pergunta ou
uma colocação, como que eu faço para sair de uma situação como essa?"

E aqui eu vou apresentar umas respostas um pouco mais genéricas, e um ponto para mim é fundamental
na prova oral.
Pessoal, inteligência... Os estudos mais modernos de neurociência vão mostrando isso. A inteligência não
é só o QI (o coeficiente de inteligência). A inteligência, nos dias de hoje, ela também é medida pelo QE,
pelo coeficiente emocional. E a inteligência emocional, sem sombra de dúvidas, ela é aferida, ela é
medida na sua prova oral.

Então, muitas vezes, situações ruins e perguntas sem respostas e eventuais indelicadezas e indiscrições
de outros examinadores ou de pessoas que estejam na plateia ouvindo, elas podem ser utilizadas para
medir a sua inteligência emocional.  E, ainda que não diretamente, a forma como você se porta em
relação a elas pode demonstrar um nível alto de inteligência emocional para lidar com essas situações,
que vão acontecer no seu cotidiano de trabalho, seja em qual profissão for. 

Então isso são mecanismos, são formas de você poder demonstrar um nível de inteligência emocional,
um nível de preparo emocional para o exercício daquele cargo, daquela função pública de alto relevo. 

Então a gente precisa, pessoal, sempre... E digo isso sem sombra de dúvida: sempre ter humildade na
nossa postura, na nossa resposta, no nosso jeito de agir. E essa é uma regra de ouro, e vale para todos
os cargos.

Humildade não se confunde com insegurança, com incerteza, com dubiedade. Você pode ser humilde,
mas ser assertivo e firme na sua colocação. O que você não pode ser na sua prova oral é arrogante, é
prepotente, é desrespeitoso, é, de qualquer forma, passar soberba no seu conhecimento. Vocês sempre,
pessoal, têm que ter humildade na forma como vocês vão expor o conhecimento e na forma como se
comportar diante das mais diversas situações de uma prova oral.

Então a regra de ouro para você se sair de situações ruins e de perguntas sem respostas é tendo
humildade. Se você realmente não sabe aquele conhecimento, aquela pergunta, você pode, sim,
responder: "Excelência, esse conteúdo foi estudado, mas infelizmente nesse momento eu não me recordo
da resposta".

E você pode, muitas vezes, também, discorrer sobre o tema, sobre temas afetos àquela pergunta que foi
feita. E, se o seu examinador te cortar e falar "candidato, eu não estou perguntando sobre isso, eu
perguntei sobre aquele outro ponto, você sabe ou não sabe?", vocês não têm que ser grossos ou
desrespeitos com a afirmação, com a pergunta do examinador. Vocês podem responder: "Excelência, de
fato, sobre esse tema específico, eu não me recordo da resposta".

E quando também vão dialogar ou abordar sobre outros temas, eventualmente até manifestar a opinião
de vocês, a convicção de vocês sobre um ou outro assunto, sempre tenham humildade. Isso é muito,
muito, muito importante, principalmente para lidar com situações ruins, com situações de embate que
podem existir entre determinadas situações... Ou questionamentos mais rudes, mais incisivos por parte
do examinador. Tenham sempre humildade.

E, para lidar um pouco, principalmente com perguntas mais complexas e perguntas sem respostas,
prefiram o desenvolvimento do raciocínio jurídico. Memorizar é importante para a gente ter alguns
conceitos que a gente possa abordar, para a gente  trazer algumas informações para os nossos
examinadores. Mas - principalmente diante de perguntas complexas - é o raciocínio jurídico que vai trazer
para vocês uma tranquilidade de desenvolver, buscando base principiológica, buscando a base na
Constituição da República, buscando fundamento em tratados e em convenções internacionais, para
construir uma solução para aquele problema jurídico eventualmente colocado pelo seu examinador e pela
sua examinadora. 

Então raciocínio jurídico é fundamental dentro de uma prova oral. E perguntas complexas, as perguntas
mais complexas, muitas vezes, são aquelas que mais nos permitem desenvolver o raciocínio jurídico.

E, ainda que a gente não chegue na resposta correta, certamente pontos vão ser atribuídos por temos
desenvolvido um raciocínio jurídico a respeito daquela questão, por termos nos portado corretamente em
relação à tentativa de solucionar aquele problema que foi colocado pelo examinador ou pela
examinadora. 

Mais um ponto para falar com vocês: como se expressar melhor. E aqui a gente entra na arte da oratória. 

A linguagem não verbal, ela é importante?

Muito! Mas a linguagem verbal também é muito importante. E a linguagem não verbal: a postura, os
nossos gestos, eles existem justamente para a gente dar maior ênfase e dar maior força para a nossa
linguagem verbal.

Então a gente precisa, para nos expressar melhor, fazer um bom uso da oratória. É lógico que a gente
não tem que ser... Nós não temos que ser exímios oradores, declamarmos poemas enquanto estamos
respondendo uma prova oral, mas a gente tem, sim, que ter bastante cuidado para sermos eloquentes
nas nossas falas, para darmos entonação quando buscarmos dar convicção para um determinado
assunto que estamos falando.

Então percebam, pessoal, basicamente, para que a gente tenha uma boa oratória no âmbito de uma
prova oral, a gente tem que ter um bom uso do vernáculo, a gente tem que falar o português da forma
correta. A gente precisa, dada a solenidade do evento de uma prova formal, respondermos e nos
tratarmos de uma forma solene com uma banca examinadora.

E óbvio que é possível, principalmente em algumas carreiras mas joviais, mais informais (como a
Defensoria Pública de alguns estados), que quando nos dirigimos a um examinador pela "excelência",
pelo pronome correto, que é "excelência", e ele fala "candidato, não precisa me chamar de 'excelência'",
aí você pode dispensar o uso desse pronome de "excelência". Nos demais casos, sempre se dirijam aos
examinadores e examinadoras como "vossas excelências". Então é uma solenidade importante. A gente
tem que usar o português de forma correta nesses casos.

É importante também que a gente 'diccione' bem as palavras. A gente, principalmente quando está
nervoso, a gente vai encurtando as palavras. Então é importante que a gente tenha uma boa dicção,
movimente a boca de forma correta, para que a nossa dicção sobre as palavras seja de forma correta e
os examinadores possam compreender bem aquele raciocínio que a gente está desenvolvendo. 

Também é bem importante a entonação. Quando eu acabo falando sempre no mesmo tom, eu vou
trazendo uma sensação de cansaço, de desmotivação... O conteúdo que eu estou expondo, ele não
ficando atrativo. De outro lado, quando eu acabo expondo melhor, quando eu acabo entonando melhor a
minha fala, ela se torna mais agradável, ela se torna mais convincente. Então é importante que vocês, ao
longo de uma prova oral, tenham uma entonação na sua resposta.

E qual é a regra de ouro para o bom orador?

O bom orador tem uma regra de ouro, que eu acho que vocês não saberiam qual é, que é a respiração.
Pessoal, essa é uma dica de ouro, que é muito importante quando a gente vai falar em público, quando a
gente está exercendo a nossa oratória, que é a respiração. 

Principalmente quem não está acostumado a falar em público, podem perceber, a pessoa começa a falar
muito rápido, e ela vai emendando um raciocínio no outro e ela vai acelerando o tom da fala dela, e ela
começa a falar muito rápido, porque ela tem muita coisa para falar, e quando ela percebe ela não tem
mais ar para puxar, e ela precisa respirar.

E a respiração, pessoal, a falta de respiração vai nos deixar vermelhos, vai nos deixar ofegantes. Vai faltar
oxigenação no cérebro, muitas vezes, para a gente conseguir raciocinar e pensar naquilo que é
necessário. Então é a respiração é a regra de ouro para o bom orador.
A respiração, podem perceber, ela dá um ar de solenidade na fala. Percebam como eu vou falando, a
partir de agora. Além de um ar de solenidade, necessário para esses momentos, a respiração também
pode permitir com que você tenha um tempo maior de raciocínio. E esse tempo de raciocínio com a
respiração, ele pode, sem sombra de dúvida alguma, garantir com que vocês tenham um raciocínio
jurídico adequado, com que vocês tenham uma resposta mais adequada para atingir aquela pergunta
feita pelo examinador. 

Perceberam a diferença?

•De uma fala rápida, uma fala que eu quero jogar o conhecimento para o examinador, eu falo tudo... Os
princípios, as regras que eu tenho...
•De uma fala também convicta, mas com respiração adequada, pausada, em que eu menciono princípios, em
que eu menciono regras, em que eu busco a Constituição da República. É uma fala que é uma fala com
respiração.

Então vocês têm que usar a respiração a favor de vocês. Lembrem-se sempre de respirar, que essa é
uma regra de ouro na oratória.

REVISÕES

Resumos + Questões
Elas são, de regra:

Direito Penal e Processual Penal;

Direito Constitucional e Direito Administrativo:

Direito Civil e Medicina Legal;*

cada vez mais aparece a Criminologia **


Em Processo Penal, se você ver na sua tela, o tema da investigação preliminar se consubstancia em
aproximadamente 18% das questões de prova. E aqui a gente abrange inquérito policial, que é o grosso
desses 18%, quase, mas também procedimentos investigativos criminais conduzidos pelo Ministério
Público e CPI's (Comissões Parlamentares de Inquérito), bem como outras formas de investigação
preliminar. Provas, competência criminal, ação penal e prisão e liberdade se consubstanciam também nos
tópicos centrais.

Todo esse complexo de disciplinas e de tópicos, você os deve estudar sempre percebendo a normativa
geral do CPP. A grande maioria das questões de processo penal são extraídas do texto de lei do CPP em
conluio com a jurisprudência... "Conluio" é uma palavra ruim, parece conspiratório, mas em conjunto - era
o que eu queria dizer - com os julgados do STF e do STJ.

Claro que a doutrina aqui ajuda, dá liga no pensamento, mas o grosso disso, você tem que construir com
base na leitura da lei seca e no julgados do STJ e do STF.
Em Direito Constitucional, entretanto, a necessidade de consumir a doutrina é muito maior, na medida que
nós temos como três temas centrais: direitos e garantias fundamentais, Poder Legislativo e controle de
constitucionalidade e Poder Judiciário, quase 60%, 70% da prova. E aqui nós temos uma visão teórica
muito grande, um corte da literatura que vai se mostrar muito evidente. E você não pode negligenciar.

Claro que existem outros tópicos laterais em Direito Constitucional, como organização do estado e
competências administrativas, que também merecem atenção.

Em Direito Penal, os crimes em espécies, a legislação extravagante, e a teoria geral do crime se


consubstanciam no núcleo duro da disciplina. E aqui a gente tem duas situações:

•Para crimes em espécie, Parte Especial do Código Penal, o estudo deve se pautar mais fortemente na
legislação e nos comentários um pouco mais básicos da doutrina.
•Entretanto, na legislação extravagante (Lei de Drogas, Hediondo, Interceptação, ORCrim e tudo), vale

muito a pena se manter... Aliás é indispensável se manter atualizado nos julgados, na jurisprudência.
•Quando a gente, entretanto, vai para a teoria geral do delito, aí não tem jeito, você tem que consumir a mais
poderosa doutrina em Direito Penal.

Em Direito Administrativo: agentes públicos, licitações e contratos, organização administrativa do Estado,


e poderes e atos são o núcleo duro, os tópicos que você jamais pode negligenciar.

Em Direito Civil: família, responsabilidade civil, e teoria geral do Direito Civil (ou seja, a teoria do negócio
jurídico, prescrição, pessoas) são os temas quentes.

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